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História Amigas de Infância - O primeiro passeio!


Escrita por: Crisvogt

Capítulo 4 - O primeiro passeio!


POV MARINA

- Nina, eu te amo sim e sempre te esperei, afinal você sempre foi minha melhor amiga e melhores amigas devem se amar independente de qualquer distância, passe quantos anos passarem, se a amizade é verdadeira, isso não muda.

Confesso que não era bem o que eu queria ouvir, afinal eu gostaria de me abrir para Pâmela e contar que desde que voltei da França estou sentindo algo estranho por ela e isso está me deixando confusa, porém ela não me deu brecha e depois dessa resposta, eu resolvi realmente parar de pensar nisso e voltar minha atenção apenas para nossa amizade.

- Sim, realmente Pamy, o que você falou é verdade, também te amo minha melhor AMIGA. - - - Fiz questão de enfatizar a palavra amiga para mim mesma e assim poder tirar da minha cabeça esses pensamentos malucos. – Vamos dormir agora?

- Vamos sim Nina, estou meia cansada também.

Deitamo-nos, porém eu havia perdido o sono fazia tempo, pouco tempo depois olhei pra Pâmela e ela parecia dormir gostoso. Foi quando pensei o quanto aquela amiga tinha feito falta na minha vida, e o mais incrível: como ainda éramos tão ligadas, mesmo ficando distantes por tantos anos e vivendo entre culturas totalmente diferentes.

Estava FELIZ da Pâmela ainda ser aquela pessoa que cresci junto. Como ia ser dali pra frente? “Que cheiro bom é esse, afinal? Desde que ela entrou nesse quarto está me embriagando!” Cheguei mais próxima dela e respirei fundo. Sim, era ela mesma que emanava aquele cheiro. “Ahhhh, que isso, Marina”? Cheirando mulher agora? Resolvi deitar bem próxima dela e ficar a observando até cair no sono.

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Acordei no outro dia, era um sábado ensolarado e como eu sei? Simples, acordei pela claridade que batia em meu rosto, eu havia esquecido de fechar as cortinas. Olhei para o lado e Pâmela ainda estava em um sono profundo, então resolvi acordá-la para aproveitarmos mais tempo o dia juntas. Eu sei que teremos muitos dias para aproveitar, mas parece que quero matar as saudades tudo de uma vez só.

- Pâmela, acorda! -- falei baixinho para não a assustar.

- Bom diaaaa, descabeladinhaaaa! – Pâmela disse rindo.

- Seria estranho se eu acordasse penteada, não? – Rimos juntas.

- Levanta Pamy, vamos tomar café, tenho planos para o dia inteirinho e você está incluída em todos eles, ah e nem adianta reclamar do horário, eu sei que está cedo e que desde criança você odiava acorda essas horas, mas anda levanta agora.

- Marina, se você ainda lembra como odeio acordar cedo, me deixa dormir mais um pouco.

- Não! Agora levanta vai

- Ok, você venceu senhora mandona! Vou descer para meu quarto tomar banho e me arrumar, te encontro na cozinha ok?

- Vai logo Pâmela e não demore.

Assim que Pâmela saiu, fui até o banheiro, dei uma ajeitada em mim mesma, lavei o rosto e desci esperar por ela. Meu pai já estava tomando café na mesa da cozinha mesmo.

- Bom dia Papa!

- Bom dia minha filha.

- Bom dia seu Augusto. - - Pâmela entrou na cozinha com aquele sorriso lindo

- Bom dia Pâmela. – Ei meninas tomem café. Tenho que ir para minha aula de tênis. Voltarei para o almoço.

- Não se preocupe conosco pai, eu e a Pâmela vamos passar o dia fora!

- Aonde vocês pensam que vão, hein?!

- Em algum lugar legal, quero matar a saudade da Pamy que ainda não consegui hehe

- Tá bom! Peça ao Carlos para levar vocês onde quiserem, ok?! – Carlos é o motorista da nossa família desde que eu me conheço por gente.

- Ok, pai, fique tranquilo. Tenha um bom dia.

- Marina, eu vou ali tomar café com minha mãe, tá? – Percebi que Pâmela estava meio sem jeito para sentar naquela mesona e por isso resolveu ir para uma sala reservada aonde os empregados faziam suas refeições. Pâmela, sua mãe e seu falecido pai sempre foram tratados como da família, porém nunca aceitaram se sentar conosco nas refeições sempre preferiam ficar na sala dos empregados. Eu tinha que implorar muito quando éramos pequenas para a Pâmela sentar comigo e minha família na mesa.

- Ah! Então, eu vou com você, não quero tomar sozinha! Fomos para aquela salinha e tomamos café com a sua mãe. Nós conversamos bastante e eu fiquei ainda olhando o quanto aquela menina se sentia bem em qualquer lugar.

- Bom, Dona Clara, o papo está bom, mas agora vou roubar sua filha de você, o Carlos vai levar a gente para passear!

- Ok, querida, podem ir. Vocês vêm para o almoço?

- Provavelmente não dona Clara. E meu pai também não, pode ficar sossegada.

- É, ele me avisou agora há pouco. Então vou aproveitar para sair fazer algumas compras para a cozinha.

- Pâmela vamos então?

- Vamos sim.

No momento em que estávamos saindo o telefone de Pâmela começou a vibrar, ela me olhou e disse que era o grupo das meninas, comecei a acompanhar as mensagens no whats junto com ela:

- Ô, idiota desnaturada, beleza? – Eduarda

- Olha o respeito, Eduarda! Eu ia te ligar hoje. - - Pâmela

- Eu sei, resolvi me adiantar, mesmo. O que está fazendo? - - Eduarda

- Vou dar uma saída com a Marina. Uma volta de carro, provavelmente, para ela rever Miami.

- E o que temos para a noite? – Camila

- Por enquanto, nada. – Pâmela

-  Que tal um barzinho, com música ao vivo para colocar as fofocas em dia? –Thais

- Por mim beleza.... Vou falar com a Marina e mais tarde confirmo para vocês, ok?

- Tá bom, gata. Me diz uma coisa.... Ela está, digamos, legal? – Eduarda

- Para de ser folgada, garota. Ela está legal, sim. Mais tarde te ligo. Beijo na bunda. – Pâmela

- Adiciona ela no grupo – Débora

- Vou adicionar sim, mas agora não deixarei ela falar porque estamos de saída e a proposito ela leu todas essas mensagens, ok Eduarda? Haha – Pâmela escrevia rindo da cara que Eduarda deveria estar fazendo.

VOCÊ ADICIONOU MARINA

- Agora vamos! Mas onde?

- Calma Pamy, vamos passar o dia juntas e sem pressa. – O motorista já estava nos esperando.

Saímos em direção a um parque lindo que ficava aqui em Miami mesmo, ele era todo cheio de arvores e tinha um lago imenso, as pessoas adoravam passar o final da tarde ali caminhando e conversando e ele tinha um significado em especial. Logo chegamos e Pâmela não parecia acreditar no que estava vendo.

- Nina esse parque, você ainda lembra? Sempre vinhamos aqui andar de bicicleta e depois que você foi embora eu não vim mais porque me lembrava de você e me fazia sofrer pela tua ausência.

- Claro que lembro e foi por isso que te trouxe aqui. Eu jamais esqueci cada momento que vivi ao seu lado, só eu sei a falta que eu sentia disso tudo.

- Nina você pensa em voltar para França ou para algum outro lugar?

- Ontem tive certeza, que por enquanto, não!

- Por quê?

- Porque quero recuperar todo o tempo que a gente perdeu, e o tempo que perdi só fazendo as coisas que meus pais queriam. Dançando ali e aqui.

- Mas você não gosta de dançar?

- Sim, mas vivia pra isso. Nem amigas eu tinha, a não serem algumas das escolas de dança. Minha cabeça sempre foi só dança. Meu pai me apoiou quando eu disse que queria fazer algo diferente por aqui em Miami mesmo.

- Pensei que ele havia te trazido para começar a aprender os negócios da família!

- Também. Mas pedi para vir porque queria ter uma vida normal, e não ficar morando de país em país.

- Entendo.

- Eu precisava disso. Ficar perto de pessoas que eu gosto, e que gostam de mim. Estava com medo de te encontrar e ver que você não era quem eu imaginava mais.

A gente riu e ficamos ali paradas, sem ter mais o que dizer. Até que eu quebrei o gelo.

- Eai Pâmela, vamos no barzinho hoje à noite com as meninas?

- Por mim tá beleza. Sua agenda está livre hoje?

- Que eu saiba minha agenda está totalmente reservada para momentos contigo a partir do momento que cheguei aqui.

- Que bom saber! -- dei um beijo em sua bochecha e me levantei -- vamos aproveitar o dia.

Era tão bom ficar ao lado dela. Me deixava extremamente animada. Passeamos a manha toda no parque. Almoçamos em um restaurante chinês delicioso e fomos para o Shopping fazer algumas compras. Mais a tarde decidimos ver um filme no cinema. Era uma comédia romântica e antes de entramos Pâmela resolveu tirar uma foto nossa.

- Nina, vamos tirar uma foto nossa, a primeira depois de muito tempo.

- Claro, vamos sim.

- Ficou linda Pamy, depois me passa.

- Passo sim Nina.

A foto ficou linda, na verdade ela ficou linda na foto, aquela touca dela de crochê a deixava tão perfeita. Pâmela guardou o celular e resolvemos entrar no cinema para assistir ao filme. No meio do filme Pâmela resolveu cruzar nossas mãos e um sorriso enorme surgiu em meus lábios, ela realmente era linda. Deitei minha cabeça em seu ombro e ela ficou fazendo carinho em meus cabelos.

 Realmente depois de 10 anos, aquele dia tinha sido um dos melhores, eu estava novamente com ela e dessa vez nada irá nos separar!



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