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História Amigas de Infância - Tudo saindo conforme o planejado!


Escrita por: Crisvogt

Capítulo 41 - Tudo saindo conforme o planejado!


POV PÂMELA

 Débora e Lucy pareciam tontas sentadas no sofá me esperando entrar.

- E aí? Conta! – Débora

- Contar o que?

- Rolou? – Lucy

- Rolou o quê?

- Ahhh, Pâmela! Para de coisa... vocês voltaram a ficar? – Débora

- Claro que não! Eu só sei pensar em Marina, Marina e Marina!

A Adriana foi uma ótima companhia. Só isso! Elas ficaram me zoando e fui me arrumar pra deitar. Assim que encostei a cabeça no travesseiro os pensamentos voltaram: Marina! “Será que acabou tudo mesmo?” Infelizmente estava sentindo que ela não ia me procurar. “Por que ela quer tanto me tirar da cabeça? Ou será que já me tirou?” Eu pensava coisas incoerentes. A história dela poder ter outra pessoa me corroia por dentro. “Só pode, não é possível essa mudança repentina de comportamento! Eu queria ter o poder de ler os pensamentos dela!”

----------------

Passei o resto do domingo com as meninas reunidas no apartamento da Lucy. Débora só me deixou ir embora à noite, pois no outro dia começava uma nova semana e não podia mais faltar nem na faculdade nem no serviço.

Cheguei em casa e dei um jeito nas minhas coisas. Conversei um pouco com a minha mãe que estava no quarto dela e dei uma olhada pela casa. Não notei nenhum vestígio da Marina. Tentei manter a calma conforme a Débora me pediu.

Passei na cozinha, peguei um copo de água e voltei para o meu quarto. Sentei na cama, apoiei os cotovelos na perna e a cabeça sobre as mãos. “Eu podia estar com ela!” Bateu uma angústia muito forte, uma dor no peito. “Por que o amor tem que ser assim? A gente tá tão perto e ao mesmo tempo tão longe!”

 Levantei num salto e saí correndo pela casa em direção ao terceiro andar. Quando cheguei à porta, como sempre estava fechada. Eu estava bufando, cansada, não de correr, mas de lutar contra mim mesma! A fraqueza foi grande, as lágrimas traiçoeiras começaram novamente a rolar. “PUTA QUE O PARIU!” Eu não ouvia absolutamente nada. Apoiei minhas duas mãos sobre a porta e em seguida minha testa, como se quisesse poder passar por aquela barreira que nos separava.

-  Ai, Marina! Por quê? -- chorava baixo.

Num momento de profundo sofrimento, me virei e me encostei na porta, escorregando até me sentar no chão! Eu simplesmente nem sei mais que rumo tomar na vida! “Como uma pessoa pode ter tanto poder sobre a gente? Como eu pude me apaixonar só de olhar para ela? Tenho certeza que foi o cheiro maravilhoso! O jeito como aqueles olhos cor de mel me olhavam não era de mentira, não era falsidade! Eu sei que era real e forte, como o que eu sentia!”

Lembrei dos conselhos que a Débora me deu e me levantei. Olhei mais uma vez para porta e desci as escadas enxugando as lágrimas e as lembranças de como a Marina dançava para mim vieram à tona. O jeito como ela se entregava nos meus braços, como me deixava levá-la pra onde eu queria, sentia amor naquilo tudo! “Não é possível ser tudo encenação!”

Peguei o celular e escrevi uma mensagem para ela: “Sinto muito a sua falta! Vem ser minha de novo! Eu te amo muito!” Deitei na cama com ele ao lado e tentei espantar o sono para ver se ela me respondia.

No dia seguinte acordei com o despertador. A primeira coisa que fiz foi olhar o celular. Nada de mensagens. NADA! Fui para faculdade morrendo de sono e ainda zonza com toda essa situação.

Na hora do meu almoço mandei outra mensagem: “Vamos conversar?” O tempo passou e ela não me respondeu novamente. Decidi ligar. E obviamente que não atendeu! Minhas esperanças estavam zeradas. Mas eu não podia desistir!

A semana foi passando e eu, a cada dia, mais desanimada de tudo. Aquela situação estava me matando. Bem que sempre ouvi: “a pior coisa do mundo é ser ignorado”! Qualquer coisa que fizesse seria em vão, ela não falaria mesmo comigo.

A semana estava passando rápido para meu desespero, porque por mais que eu não soubesse o dia que Marina iria embora, sabia que estava se aproximando.

No trabalho eu e Adriana estávamos cada dia mais unidas, ela era super compreensiva comigo, não forçava nenhuma situação, enxugava minhas lagrimas quando precisava muito chorar, estava sendo tudo para mim naqueles últimos dias.

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Era quarta-feira, horário do meu almoço, quando meu celular tocou. Mais do que rápido olhei, pensando ser a Marina. Era a Adriana! Eu estava tão desanimada que não me deu vontade de atender. Mas pensei melhor e lembrei o quanto estava sofrendo por ser ignorada. Atendi!

LIGAÇÃO ON

- Oi Adriana!

-Oi Pâmela, só liguei para saber se está tudo bem?

-Aham, na medida do possível, você sabe!

- Estou com dois ingressos para aquele stand up que você tanto queria ver. Quer ir comigo? -- disse meio tímida -- É hoje à noite!

 Eu sabia que precisava me distrair, sair um pouco. Afinal, faziam quase duas semanas que Marina estava me ignorando. Decidi abrir meu coração e deixar as coisas rolarem.

-Ah, legal! Quero sim!

- Sério? -- disse animada.

-Simmm! -- rindo.

- Eu passo te pegar então! Hoje não vou trabalhar, tenho que resolver alguns assuntos pessoais. Toma conta de tudo! A peça começa às 21h30, me espera às 21, pode ser?

-Tudo bem, quando chegar, me dá um toque no celular que eu desço, quanto ao trabalho pode deixar que cuido de tudo.

-Tá bom! Beijo, se cuida minha linda!

-Beijo!

LIGAÇÃO OFF

Eu senti a empolgação da Adriana só pela voz. Eu também me animei, afinal, ela sempre foi uma ótima companhia para mim.

Quando cheguei à construtora e me sentei na minha mesa, recebi uma mensagem no celular: “Fiquei muito feliz por você aceitar! Te vejo à noite! Beijos”. Respondi a mensagem: “E eu fiquei feliz em você me convidar! Não vejo a hora de chegar a noite!”. E eu não estava mentindo somente para agradá-la. ERA VERDADE QUE EU HAVIA FICADO FELIZ!

Passei a quarta-feira um pouco ansiosa, até que o meu expediente chegou ao fim. Fui fazer a unha. Gostava de estar sempre com a manicure em dia. Depois fui para casa e, pela primeira vez, não fiquei rodando em busca de uma sombra da Marina. Entrei no chuveiro e tomei um banho demorado, dessa vez quente, já que estava uma garoa fria. Escolhi uma roupa mais básica. Calça jeans justa, uma blusinha preta coladinha, com um decote mais ou menos, e uma jaquetinha branca. Sandália preta de salto, um pouco mais discreta. Make bem feita para marcar presença e um perfume para acabar. Penteei o cabelo com os dedos como gostava de fazer. Fiquei de frente ao espelho e gostei do resultado. Foi quando notei que eu ainda estava com o colar de coração, que selava o meu namoro com a Marina. Mesmo com a raiva que senti dela, nunca o tirei. Levei minhas mãos até o fecho a fim de tirá-lo. Porém uma dor profunda no meu peito não deixou. Lembrei-me que, no dia da discussão, a Marina ainda usava o dela. “Ainda não quero tirar! O meu sentimento não mudou nada e o meu coração ainda é totalmente dela”. O celular tocou e me tirou dos meus pensamentos. Era Adriana. Dei uma geral no espelho, peguei a bolsa e dei tchau para minha mãe.

Quando cheguei ao portão da mansão, vi de longe, ela encostada no carro e olhando para o lado. A chuva tinha dado uma trégua. Quando me viu, descruzou os braços e colocou as mãos nos bolsos da calça, um pouco sem jeito. Eu me espantei totalmente de como ela estava LINDA! Uma calça jeans clarinha colada no corpo, deixando evidente as pernas bonitas, nem saradas e nem torneadas, mas qualquer um olharia, com certeza. Uma bota preta de couro, com alguns detalhes em tachinhas, que ia por cima da calça. Um cinto largo, jogado pro lado, que estava por baixo de uma regata soltinha de cor vermelha. Mas o que me causou um calor foi a jaqueta de couro preta, estilo Halley, daquelas com uma fivela na gola, que contrastava com os cabelos ruivos. A franja querendo cair em cima do olho direito, que estava muito bem delineado. Um estilo totalmente diferente da Marina. Nada de menininha delicada. Eu sabia que Adriana tinha atitude e isso estava mais que evidente na roupa que ela vestia. Fiquei encantada com o figurino, que junto com o seu jeito, era perfeito!

Fui em sua direção. Ela me abraçou forte e me deu um beijo gostoso no rosto. Estava cheirosa, quente e ofegante.

-Vamos?

-Sim! -- sorri.

Entramos no carro e ela ficou um pouco parada, olhando para frente e rindo pro nada.

-Ei, adorei sua jaqueta! Tá linda em você -- disse olhando pra ela.

Ela me olhou e, mesmo eu sabendo que ela estava morrendo de vergonha, disse:

-E você está maravilhosa! -- eu sorri.

 Depois disso mexeu no cabelo e ligou o carro. No caminho ela não conseguia disfarçar o nervosismo. Eu entendia porque sempre me sentia assim com a Marina.

-Está tensa?--– olhei pra ela que parecia fugir do meu olhar.

-Não, não estou não! Impressão...

-Para de coisa! -- ri e peguei na mão dela.

-É que sei lá!

-Tá, então me conta sobre as coisas pessoais que tinha pra resolver hoje. -- tentando descontrair. A partir disso ela foi se soltando, contando sobre o seu dia e tudo mais, porém não me contou o que era que tinha pra resolver hoje e eu não quis parecer intrometida de força-la falar.

Chegamos ao teatro e já entramos. A peça foi muito engraçada e eu amava aquele tipo de humor. Divertimo-nos muito, fazia tempo que isso não acontecia. Eu estava me sentindo totalmente à vontade ao lado dela. O jeito como ela cuidava de mim, de como me olhava e sorria. Era visível a felicidade em seus olhos. E posso dizer que nos meus também era possível enxergá-la, nem que fosse bem pouco.

-Vamos comer alguma coisa agora? Estou com fome, você não está?

-Vamos sim! Estou morrendo de fome também!

-Vamos para o Rock Burguer?

-DEMORÔ! A gente amava aquele lugar. Sempre íamos juntas quando estávamos ficando. Quando entramos no carro, liguei o rádio. As minhas músicas preferidas estavam no som, Lana Del Rey. Ela me olhou e sorriu, afinal sabia do que eu gostava e das coisas que me faziam bem.

Ela dirigia e ficava me observando cantar baixinho. Quando paramos num semáforo, ela pegou minha mão e deu um beijo carinhoso. Abracei o pescoço dela e dei um beijinho no rosto.

-Obrigada! -- disse no seu ouvido.

-Por quê? -- ela riu.

- Por ser quem você é! - Ela me olhou nos olhos e eu fui atacada por uma sensação de entrega.

Naqueles poucos segundos, meu corpo foi tomado por uma avalanche de arrepios. Com os dedos, acarinhou o meu rosto. O semáforo abriu e só percebemos com o nervosinho do carro de trás buzinando. Votei ao meu banco, encostando minha cabeça e fechando os olhos. Tentando acalmar os ânimos. Ela olhava para frente, compenetrada.

Chegamos ao Rock Burguer e logo o nosso pedido estava na mesa. Eu amava como ela me deixava brincar com a comida e ainda achava graça das minhas babaquices. A gente nem ligava para quem estava ao nosso redor, apenas nos divertíamos sem nenhuma vergonha.

- Depois que a gente sair daqui, posso te levar num lugar?

-Pode me levar para onde você quiser! - Pagamos a conta e fui com ela para onde eu nem mesma sabia.

 Chegamos à um prédio e entramos na garagem. Adriana abaixou o vidro do carro e disse ao porteiro:

-E aí Jony! Deixa eu só levar a minha amiga ver a cobertura? Juro que não demoro!

-E aí Adriana! Beleza? Ó, vou deixar, mas tem que ser rapidinho, ok?

-Prometo que vai ser, Jony!

 Ela estacionou o carro e minha curiosidade foi maior.

-Jony?

- O Jony é amigo do meu primo há anos. Ele nos trouxe aqui um dia e eu curti!

 Pegamos um elevador e subimos até o último andar. Ela abriu uma porta de ferro e eu pude, enfim, ter uma vista magnífica da cidade. Apoiei-me no parapeito e fiquei olhando o horizonte, deslumbrada.

- Bonito, né?

-Nossa! Demais! Não sabia que daqui a gente enxergava praticamente o mundo! -- ela riu.

Ficamos lado a lado recebendo aquele vento quase congelante. Dessa vez ela não pediu permissão, me abraçou, como quem quisesse me aquecer. Eu deixei, queria, precisava. Era tão bom senti-la! Virei-me, ficando de frente para ela, a encarando com um sorriso nos olhos! Aquele olhar me derretia toda, me deixava entregue!

Estávamos compenetradas uma na outra. Eu não queria pensar em nada que não fosse aquele momento. As suas mãos que estavam sobre a minha cintura, foram subindo até as minhas costas, por baixo da minha jaqueta. Sentia seus dedos me apertando lentamente.

Adriana aproximou seu rosto ainda mais do meu. Senti seu corpo tremer. Inconsequente, louca e totalmente seduzida. Minhas mãos que antes estavam apoiadas no parapeito, agarraram com força a fivela da jaqueta, fazendo com que grudasse seu corpo do meu.

-Se for só para me enlouquecer mais uma vez, você pode parando por aqui!

Se afastou um pouco. Com as mãos no seu pescoço a puxei com força de volta, fazendo com que nossos narizes se tocassem. Senti as mãos me apertarem mais ainda.

-Eu sou completamente doida por vo...

Calei a boca dela num beijo que nem eu mesma esperava. Minhas mãos se enroscavam nos seus cabelos. Eu queria sentir o gosto daquele beijo de novo! Aquela boca gostosa e macia. Sua língua me invadia com desejo, ódio e paixão. Eu definitivamente adorava me perder nos seus cabelos. Da boca, passei para o pescoço. Minhas mãos desceram até sua bunda e minha boca foi até sua orelha.

-Você que me deixa doida Adriana!

 Ela sorriu e continuou de olhos fechados. Era ótimo poder beijá-la sem culpa e sem medo. “QUE PEGADA!” Tocava-me de um jeito que me entregava toda. Dessa vez pude sentir melhor o seu corpo, seus toques e sua boca. Seu corpo se arrepiando me deixava louca. Foi um beijo longo, gostoso e louco. Suas mãos se esfregavam em mim com desespero e sua boca procurava a minha com vontade. A gente nem sentia mais o frio. Nossos corpos eram praticamente um só. Me enfiei dentro da jaqueta dela e a abracei carinhosamente.

- Pâmela, não precisa falar nada! Eu tenho que te dizer uma coisa, que eu guardo há muito tempo -- sua boca roçava na minha e suas mãos seguravam meu rosto -- EU AMO VOCÊ!

Beijei-a novamente. Dessa vez calmamente. Ela mordeu meus lábios e sorriu, voltando a me beijar. Um beijo que não dava vontade de parar. Perdi-me naquela boca. Eu não queria abrir os olhos, não queria soltá-la. Há tempos eu me segurava para não perder o juízo, mas naquela noite eu queria. O beijo foi parando lentamente. Ela olhou nos meus olhos e eu sorri. Não a larguei!

-Por que você não me contou antes? -- perguntei parecendo não acreditar no tempo que havia perdido em não ficar com ela seriamente. Adriana abriu um sorriso tímido, me abraçou e aproximou a boca no meu ouvido.

- Tem coisas que não precisamos falar, apenas sentir.

 Fechei os olhos, apoiei meu queixo no seu ombro e fiquei ouvindo. Senti o seu coração bater acelerado, como se fosse sair pela boca. Comecei a me lembrar de coisas que vivemos juntas quando ficávamos. Foi quando, com um beijo no rosto, ela me acordou da viagem.

-Amei ouvir isso! -- ela me viu com os olhos cheios de lágrimas causadas pelas lembranças de nós mesmas.

- O que foi?

-Enquanto você falava, lembrava as coisas que a gente sempre fazia juntas no tempo que estávamos ficando e isso me deixou emocionada!

- Ei! A gente vai continuar fazendo tudo que a gente sempre fez! -- me apertando forte nos braços dela.

Beijei sua boca de olhos abertos, para reparar como aquela garota era linda! Estava ficando viciada naquele beijo, em como encostava o seu rosto no meu, parecendo querer me ter por inteira. Ela abriu um pouquinho os olhos e se assustou.

-Por que você estava me olhando? -- perguntou desconfiada.

-Porque você é LINDA!

Vi seu rosto ficar completamente vermelho. Ri da cara dela e apertei sua bochecha. Encheu-me de beijos na boca e no rosto. Era tão gostoso ficar nos seus braços.

-Acho que temos que descer, senão o Jony vai ficar puto comigo!

-Vamos então! Ela segurou na minha mão e a outra colocou no bolso da jaqueta. Eu a olhava, encantada com o jeito autoritário que tinha, andando com o nariz empinado e os cabelos contra o vento.

Abriu a porta e deixou que eu entrasse primeiro. Chamamos o elevador e logo estávamos na garagem novamente. Durante o trajeto não trocamos nenhuma palavra, somente olhares e risos. Entramos no carro e ficamos sentadas, mudas. A gente não acreditava nos minutos maravilhosos que havíamos passado juntas. Eu precisava ser sincera com ela do mesmo jeito que estava sendo comigo.

- Adriana, eu preciso te falar uma coisa.

-Pode falar! -- me olhando meio apreensiva.

-Você sabe que eu amo a Marina -- abaixei a cabeça.

-Eu sei, eu sei! Eu não devia ter feito nada -- desapontada.

-NÃO! Não é isso! Eu queria dizer que apesar de eu amá-la, eu adoro estar com você, ficar com você!

Ela ficou me olhando, com aqueles olhos maravilhosos, como se me pedisse para continuar.

- Eu quero nos dar uma nova chance e recomeçar do sério, mas dessa vez para valer, eu só preciso que você tenha um pouco de paciência comigo. Essa minha história é muito recente, preciso que você seja um pouco tolerante em alguns momentos...

-E? -- já se mostrando ansiosa.

-Porque eu não quero que isso que aconteceu termine essa noite! -  Ela estava imóvel, não acreditando no que eu dizia. Aproximei-me de seu rosto, fiz um carinho com os dedos e lentamente beijei a boca que me fascinava. Ela correspondeu passando a mão sobre os meus cabelos. Eu não tinha planejado dizer nada daquilo. Eu apenas precisava falar a verdade. E a verdade era que eu não estava mais conseguindo me segurar perto dela. Fui sincera quando falei sobre a Marina, mas eu sentia uma coisa muito forte pela Adriana que não conseguia explicar naquele momento. -Depois do nosso primeiro beijo, eu sempre tinha que ficar me segurando ao seu lado. Eu sinto uma atração muito forte que admito que não sei o que é,

- Não precisa ficar explicando nada! Eu só peço que seja sempre sincera comigo. Você sabe o que sinto por você, que quero ficar com você! Eu sei que não foi pelo que aconteceu que já estamos namorando. Mas pelos meus sentimentos, seja sincera quando não quiser mais me ver, só peço isso! -- dizia me olhando firme nos olhos.

-Eu nunca seria capaz de te enganar ou de brincar com você! Se estou falando isso agora é porque é o que eu estou sentindo! Você me faz bem. O que vai acontecer amanhã ou depois eu não sei, mas eu adoro ficar com você!

-Então chega de papo, vamos aproveitar enquanto estamos juntas HOJE! Ela me puxou novamente e me deu um selinho. Ligou o carro e saímos.

-Valeu Jony!

-Sempre às ordens. Manda um salve para o seu irmão!

-Pode deixar.

-Essa noite você fica comigo Pâmela!

- Eu não tinha cogitado outra possibilidade, senão isso!

Ela acelerou o carro fazendo uma cara de má. Como ela estava linda com aquela jaqueta de couro, toda invocada! Liguei o som e sintonizei numa rádio mais animada. A gente cantava alto, dançávamos e andávamos sem destino pela cidade. Agarrava-me ao seu pescoço e mordia sua bochecha. Paramos num semáforo e um cara do carro ao lado abaixou o vidro e foi logo dizendo pra Adriana:

- NOSSA! QUE GOSTOSA!

Ela riu e eu, num ato totalmente insano, abri o vidro dela e gritei para o cara:

-TAMBÉM ACHO!

Puxei-a para mim e lhe beijei a boca, mordendo seus lábios e em seguida fechando o vidro! Ela riu e arrancou com o carro, a gente só ouviu o babaca gritando algo que não conseguimos entender o que era.

Ela nem sabia onde me levar. Só ficávamos rodando de carro, olhando as pessoas na rua e dando uns beijos. Quando de repente eu ouvi o meu celular apitar. MENSAGEM! Ela me olhou, mostrando apreensão.

- Peraí, deixa eu ver quem é!

 Eu também fiquei meio nervosa. Peguei o celular na bolsa e abri a mensagem! UFA! Era da Débora “Ei Pâmela, eu sei que tá tarde, mas queria saber se você está bem. Beijinhos amore!”.

-É da Débora! -- sorri aliviada e ela também.

Vou ligar zoando com a cara dela! Disquei...

LIGAÇÃO ON

-Tá acordada ainda, Pâmela?

- Estou, e você me atrapalhou com essa mensagem!

-Como assim? Não entendi!

-Interrompeu o meu encontro, digamos, romântico com uma pessoa! -- a Adriana ficou totalmente sem graça.

- Está louca?

- É sério, fala com ela!

- Não! Não quero falar com a Débora, pelo amor de Deus -- falando baixinho.

-Vai, larga de frescura! Não percebeu que eu te assumi para minha amiga? -- fazendo cara de dengo.

-Oi Débora, tudo bem? (...) Beleza também! (...) Pois é! (...) Valeu, beijos! Passou o celular para mim de novo.

- Débora agora vai cuidar de sua mulher e sai do meu pé!

-Aeeeeeeeeeeeee, Pâmela! Beije muito essa ruiva gostosa!

-Olha o respeito! Tá no viva voz, viu?

-Ai, desculpa, era só brincadeira! -- eu ri demais do jeito dela.

-É mentira, babaca! E deixa para mim que você sabe que não deixo a desejar, meu bem! Beijos.

-Beijos! -- desligou rindo.

LIGAÇÃO OFF

- Não quero te levar para casa, Pâmela!

-Então não me leva!

- Vamos para minha casa?

-Hoje eu vou para onde você for!



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