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História Amigas de Infância - Novo herdeiro?


Escrita por: Crisvogt

Capítulo 84 - Novo herdeiro?


POV PÂMELA

 Meu casamento com a Marina não podia estar melhor, tudo era do jeito que sempre sonhei que fosse, família e trabalho em perfeita harmonia.

Fazia três meses que havíamos voltamos de nossa lua de mel, já tínhamos registrado a Louise em nosso nome e Marina começou insistir em termos outro filho, baseando-se na ideia que assim ele (a) teria pouca diferença de idade com nossa outra pequena e poderiam se dar melhor, serem parceiros (as) para tudo, o que também diminuiria o risco de brigas entre irmãos (ãs). Eu achei ótimo, aumentaríamos nossa família e teríamos mais um bebê para encher de mimos.

Tudo ia perfeitamente bem, até ela me dizer que era eu quem deveria engravidar, pois queria que a criança nascesse com os olhos da mesma cor que os meus. Ao ter consciência de sua vontade, tudo mudou, eu nunca me imaginei grávida, não saberia como me comportar durante a gestação, sem contar que morria de medo de chegar a hora do parto e sentir muita dor. Tentei faze-la mudar de opinião, que eu doaria os óvulos para ela, mas ela não quis.

Resolvemos ir à clínica de inseminação e escolhermos o doador dos espermas, um rapaz da nossa idade, de origens latinas assim como Marina, olhos castanhos e cabelos pretos, assim a criança também teria alguns traços parecidos com os delas. Escolhemos e reservamos até o dia em que chegássemos à alguma conclusão sobre quem faria a inseminação. Desde então ela não tocava mais no assunto de sermos mães novamente e eu percebi que a mesma tinha uma pequena tristeza no olhar e me sentia péssima em não poder realizar mais um de seus sonhos.

Foi quando tomei uma decisão sozinha, iria fazer uma surpresa para ela, mas acho que me precipitei.

FLASHBACK ON

Era uma sexta-feira, aproveitei que não teria muita coisa para fazer hoje na construtora, programei o despertador na noite anterior para que acordasse antes da Marina, precisava sair sem ela me ver, depois arrumaria uma desculpa.

Ouvi o alarme do celular, 6h30min, abri os olhos sorrindo. Era hoje que eu ficaria grávida, se tudo desse certo e eu daria mais um (a) filho (a) à Marina.

Após fazer minha higiene matinal, desci para a cozinha, tomei apenas uma xícara de café e sai em direção ao apartamento da Débora, é logico que não iria fazer algo tão sério assim sozinha.

Apertei a campainha uma, duas, três vezes e somente na quarta ela abriu a porta com a maior cara de sono.

- Pâmela? O que foi? Espero que tenha acontecido algo muito grave para quase queimar a campainha desse jeito, se acordasse Lucy ou Luna, você iria me pagar.

- Eu vou ao médico Débora e quero você comigo, Marina e mais ninguém pode saber disso!

- Você está doente? O que você tem? É grave?

- Não Débora, eu vou ter um bebê!

- Você o que? – começou rir sem parar.

- Não ria, estou falando sério.

- Não brinca com isso Pâmela, porque Marina não pode saber? o que você fez? Engravidou de quem? Você traiu a Marina depois de tudo que fizeram para ficarem juntas?

- Primeiro eu ainda não estou grávida, segundo vou fazer inseminação e terceiro é surpresa para Marina.

- Você fumou alguma coisa já cedo? Ou deu uma cheirada? Está ficando maluca né, só pode! Como vai fazer uma coisa assim tão séria sem o consentimento da sua esposa?

- Isso é plano nosso, ela sempre quis que eu engravidasse e a desse mais um filho, mas sempre tive medo e negava, percebi o quanto ela ficou triste com essa minha atitude e por isso agora tomei essa decisão, porém será surpresa para ela. Somente quando eu tiver certeza que deu certo, eu irei contar a novidade.

- Pâmela, por mais que seja algo que as duas queiram, acho melhor falar com ela antes, sabe como Marina é e se ela não gostar de você ter vivenciado esse momento sozinha?

- Débora, já está decidido, eu vou ter essa criança. Estamos em uma fase maravilhosa em nossas vidas e não adianta insistir para me fazer mudar de ideia porque isso não irá acontecer. Já escolhemos o doador, está tudo certo e hoje o médico irá fazer a inseminação. Vá se arrumar, você irá comigo! E tome cuidado para Lucy não acordar, lembre-se: só eu e você saberemos disso por enquanto, trate de guardar segredo.

O procedimento foi tranquilo, saímos da clinica logo, Débora foi para a casa dela e eu para a minha, quando cheguei Marina ainda dormia, isso era bom para mim, pelo menos ela não me encheria de perguntas sobre o porque de eu ter saído tão cedo. Fui ao quarto de Louise, a qual estava sentada em seu bercinho, brincando com as cobertas.

- Mamãe. – falou estendendo os bracinhos.

- Bom dia meu amor, está na hora de te arrumar e te levar para a escolinha.

Arrumei-a e fomos para o quarto meu e de Marina, a qual já tinha levantado e estava no banheiro se arrumando.

- Bom dia amores da minha vida. – ela veio em nossa direção nos enchendo de beijos.

- Mamãe. – dessa vez foi em Marina que a Lou babou nas bochechas.

- Bom dia minha amada esposa! – dei-lhe um selinho demorado.

- Acordaram cedo hoje?

- Pois é, resolvemos aproveitar um pouco mais o dia. Nina, vamos levar a Lou pra escola?

- Amor, não estou me sentindo bem hoje, sabe aqueles dias pré-menstruais, se importa se eu ficar em casa?

- Não minha linda, claro que não. A empresa está tranquila, eu dou conta. Agora vamos ir, se cuida e não morra de saudades, logo voltamos! – nós duas lhe demos um beijo e saímos.

Fui para o escritório e um sentimento de culpa começou invadir meus pensamentos. Será mesmo que eu não deveria ter ouvido a Débora, quando me aconselhou a consultar a Marina antes e leva-la comigo? Ela nunca fez nada escondido de mim e nunca me privou dos melhores momentos da vida dela. Aquilo me atormentou o dia inteiro, nem almoçar com ela eu fui, inventei uma desculpa e passei meu horário de almoço na empresa mesma. Agora já estava feito, não tinha como voltar atrás, o médico me deu grandes probabilidades da inseminação dar certo, só me restava contar para ela. Pensei em mil maneiras, porém nenhuma facilitava meu lado, deixei o dia terminar e tentei me acalmar, meus planos eram chegar em casa, tirar coragem da onde eu não tinha e contar tudo de uma vez.

Assim que busquei nossa filha na escola, fomos para casa. Chegamos e Marina estava na cozinha, soltei a Louise e ela foi correndo ao encontro da sua outra mamãe.

- Mamãe Nina

- Oi meu amor, como foi seu dia na escolinha?

- Bem, eu estou com fome!

- Só podia ser tua filha, pra viver com fome! – disse indo em sua direção, abraçando-a e lhe dando um beijo na testa.

- Ah é assim? Então somente eu e ela iremos jantar e olha que hoje eu caprichei na comida.

- Meu amor, você não quer ir brinca um pouquinho na sala, enquanto a mamãe ajuda a outra mamãe a arrumar a mesa? – assim que falei, ela soltou um sorriso lindo, afirmou com a cabeça e foi até a sala.

- O que está pretendendo dona Pâmela? Quer se redimir para não ficar sem jantar? – não disse nada, apenas fui indo para mais perto dela.

Ficamos em um clima de pegação, beijos, abraços e amassos, até ouvirmos o apito do forno afirmando que o jantar estava pronto. Jantamos como uma família feliz, após terminarmos coloquei a Louise na sala e voltei para ajudar a Marina ajeitar a cozinha, quando fomos assistir televisão, ela já havia dormido, Nina deu um beijo nela e eu a levei para a cama. Estava voltando para a sala, quando aquele mesmo sentimento de culpa e arrependimento de ter feito tudo sozinha me invadiu novamente. Eu não estava arrependida de ter um filho e sim de ter me precipitado e tomado essa decisão sozinha. Precisava contar logo para ela, não seria justo ficar escondendo até ter um resultado positivo ou mesmo negativo.

- Nina, acho que precisamos conversar! – falei assim que coloquei os pés na sala.

-  Ah agora não amor, eu quero terminar o que começamos antes na cozinha! – ela estava perto dos dias de ficar menstruada e ai parecia que seu tesão dobrava.

- Marina, por favor, é sério! – eu tentava falar, mas ela não deixava, me beijava e me agarrava de tudo quanto é jeito.

- Pâmela, eu prometo que conversaremos depois o quanto quiser, mas agora eu preciso que você faça amor comigo, amor não, hoje estou afim de muito sexo!

Como não sou de ferro, acabei cedendo as suas investidas. Começamos nos beijar, seu corpo estava pegando fogo. Arranquei sua blusa, beijava seu pescoço, desabotoei seu sutiã e desci a boca para seus seios, enquanto chupava, minhas mãos foram para dentro da sua calça, a encostei na parede e comecei massagear seu clitóris, logo estava  a penetrando, como me pediu, sem pudor nenhum, não tinha carinho, era só vontade, tesão, mas parecia que Marina queria me tocar também, enquanto eu a tocava, quando fez menção de que ia abrir o zíper da minha calça, eu parei, tirei suas mãos de mim e a olhei sério, meus olhos começaram lacrimejar e logo as lágrimas vieram.

- O que houve Pâmela? Eu fiz algo?

- Não Marina, não fez nada, eu que não estou bem! – falei e sai correndo.

Droga! Eu não podia me entregar para ela escondendo uma coisa tão importante, naquele momento eu me sentia uma traidora, sem contar que os médicos haviam recomendado descanso nas primeiras 24 horas, para que as chances da fecundação dar certo fossem maiores. Senti uma ânsia muito forte e fui para o banheiro, lógico que não era por causa da gravidez, essa que eu nem sabia ainda se daria certo, mas sim porque fiquei muito nervosa e geralmente quando isso acontecia eu passava mal.

Estava saindo do banheiro, quando Marina apareceu.

- Amor me perdoa por não ter lhe ouvido, você sabe como sou quando estou perto daqueles dias.

- Tudo bem Nina!

- O que você queria me contar?

- Acho que ainda não é o momento certo! – eu estava indecisa, não sabia mais o que fazer, uma parte de mim gritava para contar, enquanto que a outra não

- Fala Pâmela, está me deixando preocupada, é serio?

- É sim, você irá saber, mas pensando melhor foi até bom você não ter me deixado falar, ainda não podemos tomar decisões precipitadas.

- Do que está falando?

- Nada não, acho melhor irmos dormir, nós duas já perdemos o clima mesmo.

- É isso é verdade, mas porque agiu daquela maneira, saiu correndo e chorando?

- Só meu deu um mal estar, acho que foi porque o jantar estava delicioso e eu comi demais, sabe como meu estomago é sensível.

- Realmente não deveria ter comido tanto minha gulosinha. – ela conseguiu me arrancar um sorriso tímido.

- Pode ir tomar banho e deitar, vou dar uma passadinha no quarto da Lou, ver se está tudo bem!

- Deixa que eu vou, você não está bem, deita ai que já volto.

- Não, eu preciso ir vê-la, por favor.

- Está bem, vai lá enquanto tomo banho, depois eu vou também. – Marina me deu um beijo em minha bochecha e eu sai.

Fui em direção ao quarto da Louise, ela dormia feito um anjinho, sentei ao lado de seu bercinho e comecei conversar com ela, mesmo sabendo que ela estava dormindo e não poderia falar comigo.

- Meu anjinho, eu agi por impulso, fiz uma coisa e agora não sei como contar para sua outra mamãe. Eu a amo muito, deveria ter pensando antes.

Conversei mais um pouco com ela, sai e fui para nosso quarto. Marina já estava dormindo, sentei no sofá que ficava no canto e passei a noite acordada tentando achar uma maneira de contar tudo para ela.

FLASHBACK OFF

- Pâmela, amor, acorda! – acordei assustada com Marina me chamando e então me dei conta de onde estava.

- Bom dia Nina!

- Está tudo bem? Porque dormiu no sofá ao invés da cama?

- Não sei amor, voltei do quarto da Lou, sentei aqui, fiquei pensando em algumas coisas e só acordei agora que me chamou.

- Pra você ter ficado aqui até agora, algo de sério aconteceu. Me conta, sou sua esposa, confia ou não em mim?

- Sim eu confio!

- E então?

- Eu não sei como te contar e nem por onde começar! É difícil!

- Que tal pelo começo?

- Bom, ai eu teria que enrolar muito e eu perderia a coragem.

- Pâmela pelo amor, conta logo.

- Marina, eu posso ....

Nesse momento Louise começou chorar, foi como se fosse um sinal para contar logo. Já era a segunda vez que eu tomava coragem e quando ia falar, algo acontecia.

- Vou ver o que ela tem, já volto!

- Pâmela temos um assunto pendente.

- Agora não Nina, depois.



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