Eu queria que você estivesse aqui.
Comigo, fisicamente e mentalmente, em um breve diálogo sobre coisas em comum, com uma estampada xícara com um chá fervente dentro.
Eu queria que você pudesse compartilhar ideias comigo.
Aqui, com um notebook escuro sobre a mesinha, com duas cadeiras onde estariam eu e você, deixando desabafos ocultos entre as escritas que inventávamos.
Eu queria aprender a cantar músicas com você.
Ali, no celular plugado no fone, com o volume mais da metade, tocando algum som que ouvíamos em comum, cantarolando sem profissionalismo nenhum.
Eu queria poder conversar com você.
Sobre assuntos banais do nosso cotidiano, onde enquanto isso, a mãe de ambos traria um bule de café e algumas xícaras em um dia frio de outono. Onde folhas laranjas passeavam por toda a extensão do quintal a nossa frente, com uma leve vontade de ser explorado.
Eu o idealizei, o montei e fiz sua personalidade que coincidia com a minha.
Eu só queria que você existisse, meu caro amigo.
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