História Amigos Para Sempre - Capítulo Seis

A noticia do meu falso namoro se espalhou rápido, pois quando eu pedi para o Ben me levar pra casa naquela mesma noite, meus pais já sabiam de tudo. Papai me abraçou e disse que já sabia que uma hora ou outra isso iria acontecer. Mamãe vibrou e nos desejou felicidades. 

Na manhã seguinte, Ben veio me buscar e tudo estava parecendo normal.

- Bom dia tia Kate. - falou o moreno entrando na minha casa sem qualquer serimonia.

- Bom dia Benjamin. Já comeu? Quer comer? - perguntou a minha mãe.

- Já sim, mas estou sempre com fome. - informou já comendo.

- Bom dia mamãe, Bom dia Ben. - beijei a minha mãe e sentei-me ao lado do Ben - Onde esta o papai?

- Esta dormindo, ele teve uma viagem longa até aqui ontem.

- Hum... Me passa o açucar mamãe? - pedi - Vai treinar hoje,  Ben? - perguntei adoçando meu cafer.

- Acho que sim - sua boca estava cheia de comida -, o treinador está botando pressão agora que os jogos estão chegando.

- Okay, mas se não for me avisa por quê temos que visitar a banda da nossa festa e escolher a playlist dela.

- Tá bom, mas você sabe o que você escolher eu apoio, não sabe?

- Sei sim. - bebi um pouco do meu cafer.

Minha mãe nos obervava atenta, parecia querer ver alguma demostração de afeto, além de facinada com o fato de namorarmos.

- Algum problema, mamãe?

- Não, nenhum. Só estou muito feliz em saber que vocês estão juntos. - ri meio sem graça.

- Então Anna, quer ir pra escola agora?

- Quero sim.

Saimos os dois quase correndo pra fora da casa. No carro, Ben não puxou assunto como sempre faziamos, ficamos calados e silenciosos. Só abrimos a boca quando estacionamos na frente da escola e saimos do carro.

- O Breno sabe? - perguntei pegando-o de supetão, mas ele pareceu entender.

- Sobre nós?

- Sim.

- Na verdade, ele viu quando a mamãe fez acontecer aquele mal intendido.

- Como?

- Ele entrou na casa de novo e viu tudo.

- Eita!

- É eita, a verdade é que o Breno ficou furioso comigo e disse que eu tinha que resolver esse mal entendido.

- Imagino, ele deve esta me odiando.

- Qualquer um na posição dele estaria.

- Verdade...

- Olha, vou indo. Te vejo mais tarde.

- Tá.

Ele saiu e Linda Carson veio ao meu encontro com a cara de poucos amigos. O que ela queria agora?

- Você mesmo uma falsa descabida! - falou rude.

Mas que tipo de xigamento era esse? Quem xinga assim? Só podia ser uma puritana de merda!

- O que disse?

- Eu te falei que queria ficar com ele pra você e o que você faz? Rouba ele de mim! - me acusou.

- Linda, se acalme! Do que você esta falando? - apesar da situação, eu não queria discutir com ela.

- Não se faça de idiota, tá todo mundo sabendo que você tá namorando o Ben. - onde está aquela timidez dela? Estou com saudades.

- O que? Linda, isso é um mal entendido.

- Mal entendido? Então você nega que está namorando o Ben? - me confrontou.

- Linda, é... Eu.... - eu não poderia negar, nem muito menos afirmar.

- Você é uma falsa filha da puta,  Anna Fontes!! - bom, agora ela xingou direito - Espero que engasgue com o seu proprio veneno sua nojenta! - Linda saiu batendo os pés irritada e ultrajada. Esse mal entendido está custando muito caro.

Fiquei sem ação, observando a garota que a poucos minutos me ofendeu sair pisando firme. Abgail e Carie correram até mim com a cara horrorisadas com o que aconteceu.

- Anna, não deixe aquela fedelha falar assim com você! - disse em revolta Carie.

- Verdade. - concordou Abgail - Você arrasou, tá namorando o Ben, não é?

- O que? Como sabem disso?

- Todo mundo sabe amiga. - informou Carie.

- Parece que a sua mãe e a mãe do Ben ligaram para as nossas mães que ligaram para outras mães e ligaram para os restos das outras mães que falaram para seus filhos a novidade, ou seja, que você e ele estão namorando. - em uma bagunça linguistica, Abgail me contou o que havia acontecido.

- Nossa, como as notícias correm rápido por aqui. - observei espantada.

- Verdade. Mas amiga, devia ter nos dito sobre esse romançe. - fala Abgail.

- Desculpa gente, mas digamos que eu e ele não foi uma coisa planejada. - dizem que em cada mentira tem um pouco de verdade, bem, eu estava começando a acreditar nisso.

- Que seja, o importante é que vocês são um casal lindo. - diz Carie.

Toda aquela conversa estava mim cansando, então quando tive chance, corri para longe delas. O dia se passou com varios olhares curiosos em cima de mim.  Quando eu achei que o meu dia não poderia piorar, a banda que eu ia visitar para fazer a Playlist, disse que tinham tido um imprevisto e não poderiam me ver, assim, cancelando nosso encontro. No fim do dia, fui para casa para tentar escapar daquele pissoteio de olhares e da minha frustação escolar.

- Mãe, cheguei. - gritei.

- Querida, você pode vir aqui? - gritou da cozinha.

- Posso!! - fui até o comodo e entrei. A minha mãe estava cozinhando e o meu pai estava mexendo no seu notebook trabalhando - algum problema mãe?

- Não, nenhum. Só quero conversar. - disse sorrindo.

- Ata. - sorri.

- Oi princesa. - disse meu pai.

- Oi papai. - beijei sua testa e sentei ao seu lado.

- Como foi seu dia querida? - perguntou a minha mãe.

- Foi cansativo.

- E como anda os preparativos da sua festa? Precisa de ajuda? - disse meu pai tirando os olhos do seu notebook para me olhar.

- Talvez um pouco, mas eu posso me virar.

- O Ben está ajudando?

- Ele está fazendo o que sempre faz, mãe, além disso, ele está treinando muito pra os jogos então ele tem muito pouco tempo.

- Isso é ruim.

- É mesmo pai. Mas eu confiu nele.

- Sabemos querida. - diz minha mãe.

- Ele vai vir aqui hoje?

- Acho que não. - fiz uma cara meio triste, mas não por que eu sentia falta do Ben, mas sim por causa de tudo. Eu me sentia carregada, sentia um peso nas costas que estava me deixando tensa, eu não estava aguentando mais, era muita pressão. Tudo o que eu estava afim de fazer era descarregar toda essa tensão da melhor forma: em um boa transa.

- Que isso querida, não faça essa carinha, eu tenho certeza que ele te liga ainda hoje. - o que eu disse mamãe?

- Também acho. - meu telefone começou a vibrar e tocar a musica Two piecing da Dami Lovato. Atendi e descobrir ser o Ben.

- Alô?

- Oi Anna.

- Oi Ben.

- Tais onde?

- Tô em casa com o meu pai e mãe.

- Hum, o telefone está no viva voz?

- Não, por quê?

- Eu quero te pedi um favor.

- Fala.

- Você pode sair de casa e fingir que esta saindo comigo?

- O que? Por que?

- Quero sair com Breno, mas não tenho uma desculpa.

- Eu não sei Ben, eu tenho atividade de casa para fazer, além domais, tenho que ligar para Pietro ainda hoje.

- Mas Anna, me ajuda. Por favor.

- Até que horas você vai precisar de mim?

- meia noite... - falou baixo.

- Tudo isso?!!

- Querida? - minha mãe me chamou - Se você quer sair com o seu namorado, saia oras!

" Não é disso que se trata mãe!!" - pensei.

- Foi sua mãe que disse. - Ben se aproveitou do que a minha mãe disse.

- Okay Ben, a que horas tenho que sair de casa?

- As 6h.

- Okay, até lá. - desliguei.

- Vai sair com o namorado?

- Vou sim papai.

- E pra onde vão? - perguntou minha mãe.

- Não sei ainda.

- Mudando de assunto, querida, seu tio Carlos ligou.

- Serio, o que ele queria?

- Ele disse que esta fazendo as malas e em breve estará aqui com os seus primos.

- Serio? Quando eles chegam?

- Ainda essa semana.

- Que bom, adoro o tio Carlos.

- Ele também te adora. Ele disse que ia ficar até seu aniversario daqui a duas semanas.

- Fico muito feliz em saber disso. Dona Katarina e Senhor Pedro, eu vou sobir para me arrunar para o meu encontro.

Assentiram e eu sobir. Eu sei que eu não ia sair mesmo com o Ben, mas eu me arrumei bem e vestir como se fosse sair mesmo com ele, eu tinha que convencer. Coloquei uma saia vermelha drapeada, uma meia calça arastão preta, uma blusa de alçinha rendada rosa, sueter cinza, calcei uma meia bota de 10 cm cano grosso preta que entrava em un contraste perfeito com as meias. No meu cabelo, fiz uma trança raiz - que tive o cuidade de deixar uma franja na frente -.  Desci as 17:45 e liguei para um táxi.

- Mãe, pai, estou indo.

- Como assim? O Ben não vem te pegar? - perguntou meu pai.

- Mas é claro que vem, ele não iria deixar a namorada dele sair a essa hora da noite sozinha. - de fato ele não deixaria, mas temos um porém na frase da minha mãe, não sou a namorada dele.

- E então querida, ele vem te buscar, não é? - voltou a indagar meu pai.

- Claro, ele já deve esta chegando. - sorri tentando disfarçar o meu nervosismo. Eu precisava ligar para o Ben, e rápido - Com lincença, preciso ir ao banheiro.

Deixei meus pais e fui usar o banheiro do meu quarto. Liguei pro Ben, ele demorou a atender, mas atendeu no fim.

- Ben?

- Anna?

- Ben, vem me buscar agora!

- O que? Por quê?

- Olha, não me pergunte o por quê, mas meus pais colocaram na cabeça que você tem que vir mim pegar em casa para podermos sair, e mais, eu acho que se você não aparecer por aqui, eles não iram mim deixar sair de casa.

- Eu não posso Anna, combinei de sair com o Breno as 6 também.

- Benjamin, é melhor dar o seu jeito e aparecer pra mim buscar! - desliguei na sua cara.

Desci para espera o Ben na sala com os meus pais que assistiam tv.

- E então querida, onde esta o Ben? - disse Pedro, meu pai.

- Já esta chegando. - foi tudo o que eu disse.

Ben se atrasou 10 minutos. Ele apareceu usando uma calça jeans preta rasgada nos joelhos, uma camisa branca e uma jaqueta jeans azual, coturnos marrons com um topete alto lindo.

- Oi Ben. - sorri pra ele.

- Esta atrasado garoto. - gritou da sala meu pai.

- Desculpe senhor Pedro, mas eu estava me arrumando para sua filha, que esta muito mais que linda hoje. - gritou de volta e pudemos ouvir meu pai gargalhar alto.

- Filha, por causa do atraso eu ia dizer para você fazer jogo duro e não ser tão boa pra ele hoje, no entanto, ele me ganhou nos elogios. - disse dona Kate maravilhada com o "meu" namorado.

- Vamos, Anna?

- Vamos. Mãe, pai, tô saindo. Amo vocês e boa noite.

- Também te amamos, e boa noite. - falou minha mãe.

- Juizo viu querida.

- Claro papai.

- É serio, se forem fazer amor, usem proteção! - gritou Katarina e eu pude ouvir alguns protestos em relação a frase da minha mãe vinda da parte do meu pai. Ri.

- Eles não existem. - disse entrando no seu carro.

- Verdade.

- Olha, você pode me deixar na casa de uma das meninas viu. - avisei.

- Hunrum.

O resto do caminho ficamos escutando radio, enquanto eu percebia que aquele não era o caminho de nenhuma das meninas que eu conhencia.

- Ben, esse não é o caminho da casa da Abgail e nem muito nenos da Carie.

- Mas não estamos indo pra lá.

- E para onde estamos indo?

- Vamos pegar o Breno.

- O que? Para esse carro agora!! - gritei.

- Anna! Vê se se acalma!! Só vamos pegar o Breno.

- Ben, você não entendi, mas seu namorado me odeia profundamente!!

- Anna, para com isso, ele não te odeia, agora relaxa que já chegamos. - ele estacionou na frente de uma casa bonita e grande, mas que nem chegava aos pés da minha e muito menos da do Ben. Breno saiu da casa após o Ben tocar a buzina. Ele usava uma calça jeans apertada jeans azul, uma camisa chadres preta e branca e  sapatos vans brancos.

- Oi amor. - disse Breno ao chegar perto do carro. Nunca vi essa bicha tão boa, deu até medo.

Quando ele me viu no banco do passageiro, me lançou uma cara feia. Mas é claro que essa simpatia toda não seria para mim.

- Oi Breno. - falei pra ser educada.

- O que ela faz aqui, Ben??!! - bom, ele não foi tanto quanto eu.

- Eu tive que trazer ela, senão ia me atrasar ainda mais.

- Além disso, o Ben vai me levar pra casa de uma amiga e assim vocês poderam curtir seu encontro. - tentei amenizar as coisas.

- Acho bom.

Breno entrou no banco de trás contra gosto e foi o caminho todo da casa da Carie fazendo uma cara emburrada pra mim. Quando finalmente paramos na frente da casa da Carie, eu quase corri pra porta da minha amiga.

- Anna? - Ben gritou pelo meu nome e eu parei.

- Oi?

Ele saiu do seu carro e me abraçou forte.

- Obrigado. - disse baixinho no meu ouvido.

- Pelo quê?

- Oras, por sempre me ajudar nas minhas loucuras, por sempre me apoiar e se meter nas  minhas confusão ao meu lado. - ele estava sendo sincero, eu sabia, ele estava usando a voz calma, ao mesmo tempo que grossa, não muito rápida mas não muito lenta, e tinha aquela expressão facial suave que relaxa a quem olhasse.

- Ben, eu te amo, além disso fizemos uma promessa: Amigos para sempre. - ele sorriu ao se lembrar.

- É, para sempre. - me beijou no rosto e se foi.

Eu realmente o amava e muito... E eu sempre quis o melhor para ele, mesmo que isso significasse que ele tivessi que ficar com o Breno para isso.