Dois dias depois do incidente nu, Jughead e Betty se despediram das mães, deixando o navio e parando em alto-mar.
Eles foram até o estacionamento, onde encontraram o lindo carro de Betty - uma ASX branca, com uma Minnie na antena.
Guardaram as malas no porta malas e entraram no carro. Antes de dar partida, Jughead sorriu:
-Eu amei nosso feriado. -ele se aproximou todo manhoso, dando beijos na bochecha da loira. Ela riu:
-Minha parte favorita foi ver a sua bunda peladona no meio do corredor. -ele foi se afastando, envergonhado.
-Tá bom, tá bom, já deu...
-Brincadeira... -ela sorriu, parando de rir. Então deu um selinho no moreno- Eu também amei nosso feriado.
-Certo. Próxima parada, casa! -ele gritou.
Mentira. A próxima parada foi uma loja de conveniência no posto, por que Betty precisava fazer xixi. O proto ficava longe do apartamento em que moravam, então havia ainda uma longa viagem de volta -no mínimo mais cinquenta minutos.
Jughead pegou um Gatorade e um mix de Reese's, de pequenos peanut butter cups com amendoim e mini pretzels.
Betty saiu do banheiro:
-Quer alguma coisa?
-Pega um Gatorade de fritas cítricas pra mim, por favor? -ela pediu, arrumando a camiseta azul clara por cima da calça jeans.
Ele pegou a bebida da garota e os dois saíram da lojinha. Andando até o carro, Jughead passou o braço pelos ombros da loira:
-Cintura. -ela desceu o braço dele- Eu gosto na cintura.
-Anotado. -ele assentiu, dando uma apertadinha na cintura da menina. Então soltou- Acho que vou escrever o "Manual de Elizabeth Cooper".
-Ah é? -ela riu.
-Sim.
Ela olhou para ele, descendo o olhar para os lábios rosados do moreno e sorriu. Ele se inclinou e a beijou:
-Isso também vai para o manual. -sorriu.
-Idiota. -ela negou rindo, e se afastou dele. Ele a puxou de volta:
-Estou falando sério. -ele disse, abrindo a porta do carro para ela.
Um pouco depois de entrarem, Betty reclamou:
-Essa música é chata. Passa.
-Eu não tenho premium então não posso ficar passando um monte de música. E eu gosto dessa.
-Passa logo, vai! -fez manha.
-Deixa eu escutar...
Ela passou, e ele a olhou com uma expressão que misturava uma cara feia e uma cara de quem estava achando a situação engraçada. Ela deu de ombros:
-É só uma música, vai tocar de novo na playlist mais tarde. -ele negou com a cabeça, um sorriso maldoso no rosto, e a loira riu.
Seguiram conversando besteira, rindo alto, provocação atrás de provocação, até que uma música de melodia tenra e animada começou a tocar, e a loira cortou o assunto anterior, os olhos brilhando:
-Aiii! Eu amo essa música!!! Amo demais, amo demais!!!! -ela cantarolou batendo palminhas.
Então Jughead olhou para ela com um sorriso maldoso e passou a música:
-Opa... -vendo a expressão de descrença da garota, deu de ombros com um sorriso um tanto femininos e fazendo uma péssima imitação da namorada- É só uma música, vai tocar de novo na playlist mais tarde.
A loira encarou-o, incrédula. Seu rosto murchou:
-Minha música...
Jughead riu, e os olhos de Betry começaram a marejar.
-Betty? -perguntou, começando a se preocupar. Ela estava parada na mesma posição, ainda o encarando, os olhos cada vez mais vermelhos. Ela deixou escapar um longo gemido de tristeza, logo depois se afogando em lágrimas. Ela não parava de chorar, xingando deus e o mundo.
-Não acredito que você fez isso seu arrombado, vai queimar no inferno! Você não tinha esse direito, seu escroto! -ela gritou.
-Betty, calma...
-EU TÔ CALMA! -ela gritou. Ele tentava olhar para a estrada e para a loira ao mesmo tempo, mas falhando nessa missão, acabou estacionando o carro.
-Minha linda, certeza de que você não está de tpm, ou...
-TPM? QUER DIZER QUE UMA MULHER NÃO PODE FICAR CHATEADA POR ALGUMA COISA QUE JÁ É TPM?! ENTÃO NÃO POSSO MAIS FICAR TRISTE AGORA?!
-Eu não sei bem o que fazer agora, eu...
-Eu só queria minha música... -ela soluçou, se virando para o outro lado. Suspirou secando as lágrimas. Houve um momento de silêncio.
-Betty me perdoa. -ela assentiu:
-Eu já estou bem. -suspirou, arrumando o rabo de cavalo.
-Me desculpa, meu amor, me desculpa.
-Já disse que está tudo bem... -ela fungou baixinho, ainda chorando. Então se virou para ele bruscamente, que deu um pulinho, assustado.
Ela o encarou, carente, e ele a abraçou. Escutou ela falar, o rostk ainda afundado no peito do moreno:
-Desculpa. -ela murmurou- É a tpm.
-Eu notei. -ela lhe lançou um olhar raivoso e debochado, se separando dele, que sorriu nervoso- Quer um chocolatinho? -ele tirou do bolso o doce que havia comprado mais cedo.
Ela encarou o pacote laranja na mão do garoto, e o arrancou de suas mãos como um animal atacando a caça:
-Quero.
Deu uma enorme mordida em um chocolate junto com um pretzel, e sorriu:
-Obrigada.
-De nada. -ele fez carinho no joelho coberto de jeans da garota.
-Desculpa pelo ataque. -deu um sorrisinho de lado.
-Não foi nada. -ele beijou sua testa, o inconfundível perfume da garota lhe tomando os sentidos.
Virou a esquina:
-Já Estamos chegando em casa.
No dia seguinte de manhã, Betty se sentou na mesa da cozinha:
-Gostaria de justificar com fatos o meu surto de ontem; me desceu agora de manhã.
-Eu sei. -ele assentiu, desbloqueando algo no próprio celular- O aplicativo me notificou que provavelmente sua menstruação começava hoje. -mostrou para ela o telefone, e a tela mostrava uma bolha vermelha com os dizeres:
"Primeiro dia do ciclo".
-O que? -Betty pegou o telefone- Você tem a minha menstruação registrada?!
-Óbvio. Por que primeiro; você sempre esquece o dia que vai te descer e não leva absorvente ora ligar nenhum; então eu vivo com um na minha carteira. E dois; por que o aplicativo indica os dias em que você está mais fértil, e eu evito relações nesses dias.
-Você é louco, não é possível. -ela riu.
-Louco por você. -ele beijou a testa da menina, e então comentou- E, ah, quantos copos de água você tomou hoje? Por que li aqui no aplicativo uma matéria sobre como beber muita água pode diminuir o tempo de menstruação!
-Jughead, para.
-Não, li também um artigo interessante sobre como o muco vaginal pode...
-Jughead! -ela gritou, correndo para o quarto e batendo a porta. Ele grudou na porta fechada, rindo:
-Você não pode escapar do corpo humano, Betty! Precisa se educar sexualmente ou pode acabar grávida aos dezoito!
-Cala a boca!!! -a menina gritou, deitada na cama com um travesseiro nos ouvidos.
Mas Jughead estava se divertindo muito, e não pararia tão cedo.
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