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História Aminimigos - Capítulo 26


Escrita por: N0Probllama

Capítulo 27 - Capítulo 26


Don't you know I'm no good for you
I've learned to lose you, can't afford to
Tore my shirt to stop you bleedin'
But nothin' ever stops you leavin'

Quiet when I'm coming home and I'm on my own
I could lie, say I like it like that, like it like that
I could lie, say I like it like that, like it like that
•••
Você não sabe que não sou bom pra você?
Eu aprendi a perder você, não posso me dar o luxo de
Rasgar minha blusa para estancar seu sangramento
Mas nada te impede de ir embora

No silêncio, quando estou voltando pra casa e estou sozinha
Eu poderia mentir, dizer que eu gosto assim, gosto assim
Eu poderia mentir, dizer que eu gosto assim, gosto assim

 

Jughead estava no treino de basquete e Betty estava nas aulas de espanhol, sonhando acordada sobre o namorado. Era estranho estar com saudades dele, sendo que o vira não haviam nem duas horas?

Não se importava. Estava apaixonada. Tudo parecia perfeito; o céu estava mais azul, as pessoas estavam mais simpáticas, as coisas mais divertidas. A aula estava mais interessante, e até se via mais bonita no espelho!

Antes de deixar a escola, passou no banheiro, e olhou no espelho. Sorriu. Era a primeira vez que se olhava e não enxergava nenhum defeito. Se lembrou de Jughead, corando.

"Não dá pra colocar defeitos na perfeição."

Ela riu, boba. Arrumou uma mecha do cabelo que havia se soltado do rabo de cavalo e saiu.

Sorria ao passear pelas ruas, cantarolando músicas românticas suspirando, pateta.

Cumprimentou o porteiro, alegre. Logo Jughead também chegava em casa, e os dois poderiam finalmente ficar juntos, depois de um longo dia separados -só haviam passado a manhã juntos, antes de irem para a escola. Tiveram varias aulas separadas e não se encontraram durante o almoço. Ela o encontrara na saída da aula, quando dividiram um suco na cantina antes de seguirem para suas respectivas atividades.

Ela estava morrendo de saudade.

Ainda dentro do elevador, teve uma ideia: faria uma surpresa! Prepararia um jantar delicioso, e colocaria sua lingerie mais sexy e sua roupa mais sensual. Ele ia amar!

Estava andando pelo corredor, animada, quando viu um embrulho no tapete de entrada. Nele, havia um bilhete, escrito:

"Para Elizabeth Cooper, com amor."

Ela pegou o embrulho e entrou em casa, o abrindo rapidamente, por ser um ser humaninho extremamente curioso.

Era um dvd. Ainda mais curiosa, o colocou para passar na TV e se jogou no sofá.

A tela começava com o borrado cor de pele, como se alguém tampasse a tela com o dedo.

Ela deu play. O vídeo começou mostrando a ponta de uma cama bagunçada, um lençol cobrindo as pernas de alguém. Escutou risinhos esganiçados, e imediatamente reconheceu quem era.

-Caroline, tem que ficar filmando tudo? -uma voz familiar perguntou.

A câmera chacoalhou, e um Jughead apareceu na tela. Ele estava sem blusa, a cintura coberta pelo lençol marrom claro. O cabelo estava muito bagunçado, e ele parecia cansado.

-Tenho, coelinho col di losa. -o estômago de Jughead revirou ao escuta-la- Quero guardar lembranças pada mostrar para nosso filhos quando formos velhinhos.

Ele não disse nada, só sorriu. Uma mão magrela de menina, provavelmente a de Caroline, puxou um pouco mais os lençóis. Ela riu baixinho.

-Eu sou a menina mais linda que você já viu, não sou? -perguntou num tom bobo.

-Claro que é.

-E quanto a Betty? -instigou, ciumenta.

-Ela não é ninguém comparada a você.

-Ela me disse que vocês estão namorando. -Caroline soltou.

-Não. -ele parecia desconfortável- Estamos sim juntos, mas não é nada sério.

-Você disse que ama ela? -perguntou em um tom infantil.

-Sim. -deu de ombros.

-Você ama a ela mais do que a mim?

-Não.. -ele riu baixinho.

-Eu sou mais bonita que ela, certo? -ela deu uma risadinha, se ajeitando nos lençóis.

-Sim... -sua viz parecia mais um sussurro

-Ela é gorda. -a voz estridente de Caroline pode ser escutada.

-É... -ele deu um risinho, e se estica com o braço para a câmera- Desliga logo essa merda. -ela ri, e a mão do moreno tamos tudo.

Então a cena mudava. Era Caroline, filmando a si mesma, a comum cara metida de nariz arrebitado sorria largamente. Ela provocou:

-Viu só? Eu te disse que é a mim que ele ama. Por que eu sou uma menina magra. -ela pisca apertado, mandando um beijinho- Beijinhos!

Ela encarou a tela por um momento, incrédula. Voltou ao início, dando replay. Assistiu tudo novamente, as lágrimas contidas agora escorrendo. Não podia acreditar.

Ele realmente amava Caroline.

"Por que ela é muito mais bonita do que eu.", pensou. "Ela é magra."

Sentiu seu estômago revirar. Estava doendo de tanta tristeza. Correu para o banheiro de seu quarto, já preparada para colocar o dedo na goela.

Vomitou, chorando.

Repetiu, querendo morrer.

Vomitou tantas vezes que perdeu as forças, se jogando no chão. Depois de alguns minutos lá, se esforçou para levantar, andando até seu quarto.

Aquilo era montagem, não podia ser. Ele disse que amava ela. Que a amaria para sempre.

"Por que eu amo você e só você.

-Você jura?

-Eu juro. Eu juro que eu amo você e só você para todo o sempre."

Teria ele mentido? Ela fora enganada?

Não podia ser...

Então a raiva a consumiu. Claro que era verdade! Era de Jughead que estava falando! O garoto que sempre fizera da vida dela um inferno! O garoto que sempre a fez se sentir mal, que era o motivo de todas as suas inseguranças...

"-Jughead seu idiota! Não sabe bater não? Eu estou de lingerie!

-Não precisa se cobrir, Betty. -ele lhe lançou um olhar meio debochado- Não tem o que ver aí. -deu de ombros, ainda recostado contra o batente da porta do banheiro."

"-Perdeu alguma coisa, idiota?

-Não... -ele deu de ombros, com um ar debochado- Só estava vendo se achava seus peitos. -ele colocou a mão sobre os olhos e os semicerrou, como se procurando algo no sol- Não, nada. Quem sabe com uma lupa?"

Claro que ele tinha feito aquilo. Procurando outras formas de torturar a menina, inovou suas maldades; a fez se apaixonar, para depois arrancar seu coração e o rasgar ao meio.

Ela deitou na cama, abraçando um travesseiro. Tinha realmente acreditado que ele a amava. Tinha realmente o amado. Tinha se entregado a ele.

Sua primeira vez. Foi com ele. Por que achava que ele realmente tinha mudado; e que realmente gostava dela.

Ele dizia que gostava.

"Ele estava te iludindo, idiota.", brigou consigo mesma "E você caiu que nem um patinho."

Ela suspirou, a respiração trêmula.

Odiava se sentir assim. Ainda mais por culpa de Jughead.

Mas a pior parte era que realmente acreditou ser amada.

"Você è burra de mais!", se xingou "Você sabe que você nunca será amada! Foi muito trouxa de cair nesse papinho!"

Se dobrou na cama, chorando.

Ela se odiava.

E se odiava principalmente por ainda amar Jughead.

Mesmo que ele não merecesse seu amor.

Mesmo que ele não a amasse de volta.



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