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História Amizade Colorida - Sunsun - Recíproco?


Escrita por: Uauter-San

Notas do Autor


Adivinham quem criou vergonha na cara e postou a att? Eu mesmo. Aaaaah, fiquei tão ocupado esses dias, que não pude ter um tempo para escrever esse cap. Como é final de ano, tudo tende a ser puxado quando o assunto é escola. Tive que fazer muitas coisinhas para não deixar minhas notas ruins, embora eu já estava bem de notas, mas ninguém quer se aprovado com notinhas vermelhas no boletim, certo?

Foi cansativo, além de eu não conseguir criatividade suficiente e achar que tudo estava ruim, ou seja, parava de escrever para voltar a escrever na outra semana. E assim foi, fiquei tão triste vendo como demorei para atualizar, faltam apenas três caps para encerrar a fic, e ainda sim eu demoro para atualizar :(

Espero que quando o meu colégio acabar, que eu consiga atualizar o mais rápido possível e encerrar essa fic, para uma próxima. Como são apenas quatros caps, todos serão grandes, como esse de 7k de palavras. Espero que não se incomodem com isso.

Espero que gostem :)

Boa leitura ❤

Capítulo 14 - Recíproco?


 Apenas seus passos e soluços estavam sendo escutados durante a longa caminhada que a mesma escolheu fazer. É de grande dor que ela tenha ficado de lado no seu “encontro” mesmo que não o tenha oficializado ainda. Mas quem se importa? Seu irmão já tratou de estragar aquilo que ela ainda estava construindo. Quem diria, Sunghoon e Sunoo, eles realmente pareciam um casal, é estranho? Um pouco, ou talvez bastante, a real, é confuso. Ela não quer acreditar, mas no fundo algo a faz ter dúvidas em relação aos dois.

 Sunoo e Sunghoon sempre mostraram serem grudados desde o começo da amizade, é verdade que algumas vezes ela ria do Jay dizendo que os dois mais velhos pareciam um casal gay, sim, claro, ela ria daquilo, mas não levava a sério, pois acreditava — e ainda acredita —, que ambos são bons amigos que não tem frescuras e gostam de demonstrar afeto um para o outro. Porém, é difícil de ter uma conclusão que eles são apenas amigos, porque parando para relembrar, havia situações um pouco... Suspeitas. É fato que uma amizade entre duas mulheres seja mais afetiva do que a de dois homens, pois homens tem sim suas dificuldades em demonstrar seus sentimentos, ainda mais quando é para um amigo, mesmo que seja próximo. Claro, também depende, pois ela sabe que há homens que demonstram seus sentimentos muito bem, mas a real é que tem momentos que não parecem brincadeiras de amigos, e sim algo mais comprometedor.

 Como no dia que ela ficou observando os dois de longe no dia da reuniãozinha da piscina, para ela havia algo a mais naquelas trocas de olhares de seu irmão e do Sunghoon, ou quando a mesma observava Sunghoon passar protetor solar no Sunoo, fingindo que não estava vendo aquela cena. Não é de hoje que ela os observa de longe.

 Limpou suas lágrimas com a manga do suéter cor-salmão, ela não queria chorar, não mesmo, sua maquiagem estava tão bem-feitinha, seu look fofo como Sunghoon havia lhe dito que gostava de coisas fofas, tudo apenas para agradar Sunghoon, mas no fim nada aconteceu como o esperado. Eunji tocou a campainha, esperando a dona da casa aparecer na entrada, o que aconteceu, a mais velha apareceu na porta, com seu rosto amassado, possivelmente a garota estava dormindo ou deitada no travesseiro. Heejin esboçou uma expressão de preocupada assim que notou os olhinhos avermelhados de sua melhor amiga.

— O que houve, Eunji-ah? — questionou preocupada, indo até a garota.

— Unnie... — Eunji se jogou nos braços da amiga, escondendo seu rosto pequeno na curvatura do pescoço da mais velha, chorando ali — Meu encontro não deu certo...

 Heejin confusa, apenas abraçou o corpo da menor, a levando para dentro e fechando a porta, agradece por estar sozinha, pois se sua mãe ou pai estivessem ali, Eunji se sentiria envergonhada por chorar na frente dos pais de sua melhor amiga. Ao ajudar Eunji a se sentar no sofá, Heejin correu para sua cozinha pegar um copo d’água e voltar para onde a mais nova se encontrava.

— Está tudo bem, haverá outras oportunidades para vocês dois... É questão de tempo, eu acho... — tentou tranquilizá-la enquanto afagava as costas de Eunji, observando a mesma beber um pouco d’água que foi lhe oferecido.

 Negou com a cabeça freneticamente, inclinando-se para frente para poder pôr o copo na mesa de centro e olhar a mais velha.

— E-eu acho que ele... Eu não sei... É confuso pensar desta forma, mas eles pareciam tão... Próximos... — disse, lembrando da cena que havia visto horas atrás, do Sunghoon tentando beijar seu irmão. Eunji fechou os olhos decepcionada, sentido suas lágrimas acumuladas agora descerem rapidamente por seu rosto.

— Como assim? Eu não estou entendendo, Eunji-ah. Explique, por favor.

— Sunoo-oppa e Sunghoon-oppa...

— O que tem?

— Eu acho que eles são mais que amigos... — Heejin arregalou os olhos. Mais que amigos?

 Heejin estava esperando Eunji dizer que estava apenas brincando, como ela sempre faz, continuou a olhando em silêncio, observando o como sua amiga está arrasada. Então é verdade? Impossível, talvez seja apenas a imaginação dela dando piti devido o encontro não dar certo. Em um gesto de impulso, Heejin acabou rindo, chamando a atenção de Eunji, que franziu o cenho.

— Eunji-ah, meu amor... Você está delirando. Tudo bem que seu encontro não tenha ido de acordo que você planejava, mas dizer que seu irmão e o melhor amigo dele estão tendo um “caso” é estúpido.

— Unnie, estou lhe dizendo, há algo acontecendo debaixo do meu nariz... Será quê... Não! — ela pôs a mão na boca, tampando enquanto tem seus olhos arregalados. Heejin confusa e curiosa, a cutucou, querendo saber o motivo do espanto da garota — Sunghoon-oppa havia feito uma piada, pra mim aquilo foi uma piada, mas parando para analisar agora depois de hoje mais cedo, talvez possa se encaixar.

— O que está dizendo?

— Sunghoon-oppa disse que estava se pegando escondido com Sunoo-oppa... Eu tinha rido no começo, porque não levei a sério, mas agora...

— É sério isso? — Heejin arqueou uma sobrancelha.

— Estou dizendo Unnie, não estou delirando! E tem mais, nesse mesmo dia ele iria passar uma noite lá, então nós três ficamos assistindo algumas coisas na sala, e eu havia visto que era uma hora perfeita para ver se Sunghoon-oppa tinha sentimentos por mim... Então pedi para que Sunoo-oppa, por mensagem, fosse para cozinha e ficasse por lá uns minutinhos. .

— Hum?

— E... Bem, eu tentei beijá-lo.

— Você tentou beijar ele? Como?

— Primeiro eu tentei me aproximar dele, perguntei algo aleatório e o deixei ocupado enquanto respondia minha pergunta, quando eu vi que nossos olhares se conectaram, eu me aproximei dele... Porém, ele perguntou o que eu estava fazendo, quebrando todo o clima... Acabei ficando envergonhada e mentido que queria a almofada que estava atrás dele. Ai ficamos calados sem dizer nada, depois ele foi ver o motivo do Sunoo-oppa estar demorando na cozinha, e eles ficaram lá por sei lá quantos minutos...

— Você está se escutando? Eunji-ah, isto é um absurdo, você está ficando louca. Sunghoon-ssi só estava brincando com você naquele dia, e também eles devem ter ficado conversando, igual eu e você, conversamos tanto que perdemos a noção do tempo — a mais velha apertou o ombro de Eunji, sorrindo — Quer passar a noite aqui? Assim eu posso fazê-la esquecer essa loucura do seu irmão com o amigo dele.

 Eunji assentiu devagar, suspirando alto.

— Tudo bem, talvez você esteja certa e eu só estou delirando.

— Ótimo! Venha, irei fazer kimchi para você — Eunji levantou a cabeça com um sorriso grande nos lábios ao escutar ela dizer que faria seu prato favorito.

— Você é a melhor.

— Sei disto — piscou para a mais nova, antes de agarrar a mão da mesma e levá-la para a cozinha.

 

[...]

 

 O som do sinal batendo soou pelo o local todo, fazendo todos se levantarem já com suas coisas guardadas, assim que todos saíram da sala, foi a vez do loiro com os outros meninos saírem também, todos indo em direção ao refeitório como a maioria dos outros alunos. Ao chegarem lá, compraram seus lanches individuais, logo sentando em uma mesa perto da entrada do refeitório. Conversavam aleatoriamente, algumas vezes mantinham os olhares aos redores. Diferente de Sunoo e Sunghoon que se entreolhavam toda hora, já estão assim desde de cedo, trocavam poucas palavras, mas mantinham os sorrisos de longe, quem visse, diria que ambos estão flertando. E não é negável, desde o dia que os dois trocaram uma intimidade não comum entre amigos, ficou parecendo que eles são paqueras. Nenhum tocou no assunto, mas deixam o momento fluir em suas cabeças.

 Talvez se a mãe de Sunghoon não tivesse aparecido naquele momento, eles já teriam ultrapassado a outra fase. No momento os dois não sabem seus limites, não sabem até onde parar ou continuar, e Sunoo teme que eles possam acabar ultrapassando mais do que deveriam sem perceber.  

 Um suspiro longo saiu por seus lábios, encostando-se na parede e olhando seu sanduiche na metade. Sunghoon que parou de prestar atenção na conversa de seus amigos, levou seu olhar até o loiro, observando o mesmo sem dizer nada. Esboçou um sorriso terno ao ver um biquinho se formar gradualmente no rosto de Sunoo, que adorável, pensou.

— Olá, caras! — todos os garotos da mesa pararam o que fazia para olhar a pessoa que havia chegado.

— Ah, oi Hiroshi... — Jake o cumprimentou, sendo seguido pelo os outros.

— Vão ir na festa do Ni-ki? — Sunoo franziu o cenho, olhando direto para Sunghoon que se encontrava com a mesma expressão.

— Ele vai fazer uma festa?

— Sim, hoje na casa dele. Se vocês não foram convidados, agora estão. Ele está convidando todos do terceiro — disse Hiroshi, com um tom animado.

— Mas Ni-ki não é do primeiro? — Jake perguntou confuso.

— E o que tem? Isso não o impede de convidar os alunos do terceiro. Pode dizer a ele que irei — Heeseung piscou para o mais novo dali entre eles, puxando o braço de Jake — E ele também.

— Mas eu nem confirmei nada! — protestou o acastanhado. Fazendo os outros garotos rirem com sua expressão engraçada.

— Não importa. Eu sei que você irá se eu for — disse o ruivo confiante, recebendo uma cara séria de Jake, que não durou muito, pois o mesmo apenas deu de ombros, afinal, Heeseung está certo sobre isso.

— E vocês três? — Hiroshi encarou os três calados ali.

 Jay automaticamente olhou para seus dois melhores amigos, procurando qualquer expressão de afirmação, mas só encontrou dois bocós confusos que ainda estavam assimilando as informações. Suspirou alto, olhando Hiroshi e depois para Heeseung com Jake, essa é sua chance de aproveitar sua adolescência, sim, ele detesta festas, mas talvez não seja tão ruim. Assim esboçou um olhar determinado, levantando polegar para Hiroshi.

— Nós vamos! — confirmou, vendo o mais novo sorrir.

— Está bem, avisarei Ni-ki. Até mais tarde! — acenou animadamente, virando os calcanhares, mas parando ao se lembrar de algo — Ah, espere, vocês sabem onde é a casa dele, certo?

 Heeseung levantou o braço.

— Eu sei, ele não mora muito longe. Acho que ele mora uns dois ou três quarteirões da casa da minha tia — respondeu, abaixando o braço.

— Então está ótimo. Qualquer coisa mande mensagem para mim que irei mandar a localização.

— Tudo bem, obrigado — Heeseung agradeceu, observando o garoto desaparecer do refeitório.

 Sunoo virou o rosto gradualmente para encarar Jay, que estava bebendo seu suco calmamente.

— Como assim “nós vamos”? — Jay revirou os olhos.

— Se não quiser ir, fique em casa — respondeu indiferente, olhando o loiro que fez beicinho.

— Não é isso, só achei estranho você aceitar.

— Também achei — Heeseung entrou na conversa, sorrindo malicioso — Há alguém que você queria procurar nessa festa? Hein? Hein? Huh?

 Jay franziu o cenho, balançando a cabeça em confusão, que porra esse idiota está insinuando? Pensou.

— Tenho cara de quem está interessado em alguém? Eu só fiquei com vontade. Não pode mais ter vontade de ir em uma festa e se divertir? É crime agora?

— É.

— Foda-se vocês também — proferiu em alto tom, cruzando os braços em seguida. Sunghoon riu, comendo seu bolinho e olhando Sunoo.

— Você vai ir? — perguntou para Sunoo, que o olhou, dando de ombros.

 A verdade é que Sunoo não está no clima de festas nem nada, a última vez que ele foi em uma festa de verdade, ele acabou virando a mãe do grupo e cuidando dos meninos, não foi exatamente divertido em seu ponto de vista.

— Não sei. Tenho que ver se irei ter compromisso hoje.

— Você não disse que sua mãe viajou umas duas semanas atrás? Você pode fazer o que quiser, cara —Jake manifestou, dando dois tapinhas no braço do loiro.

— Mesmo assim, não é porque minha mãe foi viajar que eu poderei fazer o que bem entender. Não é assim que a banda toca, cara — fez beicinho ao dizer, honestamente ele realmente não está afim de ir.

— Se o Sunoo for, eu também irei — Sunghoon afirmou confiante, enquanto Jay apenas esboçou uma cara aborrecida, pois sabe que Sunoo não irá ir na festa, o que resulta no Sunghoon também não irá ir.

— Impressionante o quão cachorrinho você é do Sunoo. Aonde ele vai, você vai junto. O que ele pedir, você fará sem pensar duas vezes, como um cachorrinho treinado pronto para servir seu dono, hum... — zombou, fazendo uma vozinha fina na frase final, provocando o de cabelo negros, que cerrou o olhar.

 Jake com Heeseung acabaram rindo da provocação do garoto, que esboçou um sorriso ladino quando recebeu um dedo no meio de Sunghoon, como sua resposta a provocação dele.

— Não disse a verdade?

— Vai se ferrar, Jay.

 Enquanto os dois garotos entravam em um mini conflito, Sunoo ficou observando-os, porém ele não estava prestando atenção em nada, sua alma estava em outro lugar e sua mente também. Se ele for, Sunghoon também irá, o que é bom, mas parando para pensar melhor, Jay realmente parece querer ir nesta festa, e ele não se lembra de fazer nada para agradar Jay. Tudo bem, Jay não é bem o tipo de pessoa que se agrada fácil, diferente de Sunghoon, mas ele também é seu amigo, melhor amigo. Suspirou derrotado, fazendo um barulho no procedimento, que chamou a atenção dos dois garotos que quase se matavam na mesa.

— Eu irei — pronunciou, olhando as expressões confusas de seus amigos — Eu irei nessa festa. Apenas me mande a localização e estarei lá.

— Como? — Sunghoon perguntou confuso.

 Jay ao contrário, estava com um sorriso largo no rosto e os olhinhos quase brilhando, como se estivesse vendo um anjo, o que não passa longe. Assim, ele levantou o punho em uma forma triunfante, enquanto o de cabelo negros continuava confuso com a decisão do Kim. É estranho ele aceitar, já que quando Hiroshi dizia sobre a festa, ele parecia nada interessado. Mas parece que não é bem assim. No final, ele gostando ou não, irá parar em uma festa, e sabe-se lá o que pode ocorrer.

 

[...]

 

 Sunoo não queria ser chato, estava determinado a pelo menos curtir e tentar beber enquanto joga jogos de adolescentes a flor da pele, para no final ele acabar acordando com uma grande ressaca e com alguém ao seu lado... Pensando bem, tira a última parte, acordar com ressaca já está bom. Mas, não está acontecendo nada o que ele havia dito para Sunghoon e Jay, pois ele se encontrava com cara de tacho parado em um canto na casa enorme, uma bebida desconhecida se encontrava em sua mão, que não foi uma única vez consumida pelo o loiro, já que ele não curte álcool. É estranho na verdade, o anfitrião da festa é de menor, mas em sua cozinha há várias garrafas e latas de bebidas alcoólicas quase na metade, se ele fosse o pai de Ni-ki, o mesmo levaria uma bronca e ficaria de castigo por dois meses por estar fazendo uma festa com álcool mesmo ele sendo de menor e que, claramente, dá para ver que a maioria que estão nesta festa também são de menores, já que ele havia visto algumas garotas do primeiro ano com latas de cerveja em mãos. O cheiro forte do álcool pregou em suas narinas, o fazendo automaticamente formar uma careta desgostoso.   

 Suspirou sôfrego, sentindo sua cabeça doer devido a música alta e falaria dos presentes ali. É isso que dá ele querer ser legal e fazer os gostos de seus amigos. Falando neles, apenas Jake e Jay estavam com ele, já Sunghoon e Heeseung ele não sabe onde estão. Bem, na verdade, ele sabia há cinco minutos atrás, pois os dois garotos haviam dito que iriam pegar algo para comer, mas até agora não voltaram. O loiro virou o rosto para encarar Jay, que bem na hora levou a lata de cerveja até seus lábios e bebeu aquele liquido que, particularmente, é horrível. Sunoo não sabe se Jay está de fato se divertindo, porque o Park está com a mesma cara de sempre enquanto Jake realmente parece se divertir, seu sorriso largo e gargalhadas eram bem escutadas pelo o loiro.

 Cansado, ele tratou-se de sair daquele canto para procurar Sunghoon e Heeseung, curioso para saber o que ambos foram fazer. Jay acabou ficando com Jake no mesmo local, então é só o loiro em meio àquela gentarada. Que a cada passo que ele dava, pessoas o cercavam, convidando-o para uma dança ou para participar de jogos, como o ‘Beer Pong’, onde você tem que acertar uma bolinha de ping-pong nos copos cheios de cerveja dos adversários, uma brincadeira bem conhecida dos EUA. Porém, Sunoo não está afim de participar de nada, ele só quer ficar do lado do seu melhor amigo e ficar lá, talvez só assim para confortá-lo.

 Quando conseguiu sair daquele círculo de adolescentes bêbados, andou direto para o lado de fora da casa, seus olhinhos claros analisavam todos os cantos do jardim, mas nada do seu melhor amigo, talvez ele estivesse na cozinha, sim, claro, tão óbvio. Assim, ele andou até a cozinha da casa, entrando no cômodo que se encontrava lotado, ele passava pelas as pessoas, mas Sunghoon não estava no meio deles, o deixando agora preocupado, onde está Sunghoon?

 Com seu cenho franzido, deu a meia volta, mas ao fazer aquilo, acabou acidentalmente batendo em alguém no ato, fazendo consequentemente o ser humano cair no chão de bunda. O loiro pôs sua destra na boca, com os olhos esbugalhados quando viu que ele fez alguém cair.

— Você está bem? Desculpa, eu não o vi — disse, estendendo a mão logo em seguida, sentido suas bochechas gradualmente pegar uma coloração avermelhada, sentindo-se envergonhado.

— Ah... — o garoto assim que assimilou tudo, levantou a cabeça para ver com quem ele havia se colidido, mostrando um sorrisinho — Tudo bem, hyung. Não foi nada.

— Ni-ki-ssi?

— Uhum. Estou surpreso em vê-lo aqui — pronunciou as palavras com um tom divertido, enquanto pega a mãozinha do loiro, pondo forças em suas pernas e na sua mão que estava no chão, assim levantando-se com um pouco da ajuda do Sunoo.

— Também estou surpreso por estar aqui...

— Hiroshi havia dito que você viria, mas pensei que só confirmou por educação, como você sempre faz.

— Ah... — levou sua destra até sua nuca, coçando ali enquanto sorri sem graça, é verdade, ele dizia que iria nas festas, mas não aparecia em quase nenhuma — Vim por causa do Jay, ele queria vir.

 O japonês arqueou o cenho, soltando um som de compreensão, sorrindo em seguida.

— Quer beber então? — Sunoo o olhou sério.

— Você não tem idade para isso, garoto — o repreendeu.

— Mas é só um pouquinho, hyung. Não é como se eu fosse morrer — até parece. O loiro pegou a orelha do mais novo, puxando gradualmente enquanto escutava o outro reclamar da dor.

— Você não tem idade, se quer mesmo beber, beba refrigerante! Tudo bem que a maioria aqui pode ser de menor bebendo essas porcarias, mas você não é igual eles. Se eu ver você bebendo... Haha, irei dar-lhe uns cascudos. Entendeu?  — Ni-ki só pôde concordar com a cabeça, pois mal conseguia ouvir o que seu hyung lhe dizia, já que a dor fazia ele não prestar atenção em nada. Desde quando Sunoo é tão forte?

 Um sorriso largo expandiu-se em seu rostinho, soltando a orelha do garoto e dando suaves batidinhas em seu ombro, satisfeito por poder repreender alguém nessa festa.

— Ni-ki-ssi, você viu Sunghoon? Ou o Heeseung?

— Hum... Eu vi Heeseung-hyung perto da piscina, mas Sunghoon-hyung não estava com ele — respondeu, passando sua mão no local antes apertado pelo o mais velho — Talvez esteja no banheiro ou pegando alguém, sei lá.

 Sunoo arregalou os olhos quando escutou as últimas palavras proferidas de Ni-ki, ele não pensou por esse lado, Sunghoon estaria se pegando com alguém dessa festa? Um sentimento desconfortável se espalhou pelo o peito do loiro, sentia-se imóvel. A ideia de imaginar Sunghoon beijando alguém que não seja ele é tão desagradável, como se de alguma forma, Sunghoon o estivesse traindo, mas eles não são nada além de amigos que compartilham caricias e beijos, e isso o deixa inseguro.

 Ele sabe que isso pode, que Sunghoon pode ficar com quem ele quiser, sem o loiro opinar, pois o mesmo havia pesquisado sobre a amizade colorida, e viu que lá dizia que essa relação era apenas um passatempo para ambas partes. Pode ser um passatempo para Sunghoon, mas para Sunoo é algo a mais, sempre foi.

 Tudo o que envolva faz seu coração dar cambalhotas, sentir seus lábios, seus toques, o cheiro de seu perfume doce... A real é que Sunoo foi apaixonado por Sunghoon desde sempre, mas nunca reparou, só foi reparar aos quinze. Ele não quer admitir que essa ideia de amizade colorida o machuca por um lado, já que Sunghoon só está o vendo como um passatempo, mas por outro lado é a única forma de estar com o de cabelo negros quando o assunto é trocar intimidades. Ou seja, Sunoo se encontra totalmente dividido. Ao mesmo tempo fica contente e outra vezes infeliz, e assim vai.

 Quando ele menos percebeu, já não estava mais na cozinha, e sim no meio daquelas pessoas na sala de estar, não conseguindo respirar direito devido o local abafado. Ficou nas pontas dos pés, à procura de Sunghoon, olhando para todos os cantos do cômodo, apenas para ver se Sunghoon não estava com alguém nesses cantos fazendo o que Ni-ki havia mencionado. Mas não, ele não o encontrou. Bufou aliviado...? Por que ele estaria aliviado? Afinal... Sunoo olhou para a escadaria ao seu lado, Sunghoon pode estar agora mesmo com alguém em um desses quartos acima.

 Sentiu calafrios quando imaginou o mais alto com alguém dentro de um quarto, fazendo coisas nada agradáveis pelo o ponto de vista do loiro. Abaixou o olhar pensando se deveria continuar a procurar o de cabelo negros, ou fingir que não está preocupado, e continuar ao lado de Jay e Jake, no entanto, sua visão acabou caindo em alguém muito familiar quando levantou sua cabeça.

 O de cabelo cor verde atingido há poucos dias se encontrava parado perto de um quadro da família Nishimura, com um copo em mãos e uma expressão descontraída, nem parece que falta quase todos os meses o colégio. Sunoo gostaria de ser Siwoo às vezes, só para saber como é ter tantos problemas ao seu redor, mas se manter tão pacifico diante de tudo e todos. 

 Com cautela nenhuma, o loiro se aproximou do Siwoo, que até então não havia percebido a presença do Kim, só foi reparar quando sentiu um toque em seu ombro, fazendo-o virar-se para ver quem o tocara. Expressando um rosto confuso, mas surpreso ao mesmo tempo ao ver Sunoo o olhando com um sorriso pequeno em seus lábios de cereja. É estranho o loiro estar com ele, ou tentar puxar assunto com o mesmo, já que mesmo sendo da mesma sala que o Kim, é como se ele estivesse distante do garoto sorridente, mas isso não importa.

— Kim Sunoo, o que trazes até minha humilde carcaça que chamo de corpo e, claro, minha presença? — o referido riu curto, mirando o chão e depois Siwoo.

— Olá, Siwoo. Como vai?

— Vai indo tudo uma belíssima merda — um ponto interessante em Siwoo é o fato dele usar tantas piadas de humor duvidoso, deixando aqueles, inclusive Sunoo, confusos se ele diz isso verdadeiramente ou só brincando.

— Oh, acho que temos algo em comum — Siwoo arqueou uma sobrancelha.

— Diga-me jovem, o que queres? — e ele também se comporta como um velho, mesmo estando quase beirando os dezenove, ou mais.

— Não é o que eu “quero”, mas queria saber de uma coisa, uma dúvida — tentou ser o mais claro possível, nem reparando que ele gesticulava enquanto dizia. Novamente Siwoo estranhou, mas continuou a prestar atenção no loiro.

— Tudo bem, diga-me.

— É verdade que você e a Iseul estão namorando? — ao escutar aquela pergunta, seus olhos logo se arregalaram e sua expressão infame clássica empoderar-se em seu rosto, deixando Sunoo envergonhado, querendo que o garoto não interprete nada errado.

 Não que ele se sentisse ofendido por Sunoo achar que ele e sua amiga são um casal, mas o fato de que ele nunca tenha dito que estava namorando alguém e saber que há rumores circulando no colégio que Iseul é sua namorada, mesmo Siwoo mal indo ao colégio é tão estúpido, ai de quem havia espalhados esses boatos falsos. Com um sorriso sem graça ele desviou o olhar, voltando a encarar o quadro da residência Nishimura.

— Não, não estou namorando-a. Na verdade, nem estamos nos falando esses dias — respondeu indiferente.

— Por quê?

— Fiz uma piadinha e ela não gostou — Siwoo olhou o loiro, que franziu o cenho na hora — Eu disse que por ela não ter amigos, por quem ela é, é considerado uma vantagem. Já que ela sempre diz que não quer fazer amigos. Depois ela se sentiu ofendida e parou de conversar comigo.

 Que porra de piada é essa?

— Honestamente... Iseul nunca terá amigos, pessoas que se importam com ela de verdade. Ninguém quer ser amigo de uma pessoa anormal, certo?

 Sunoo tentava se conter, seu punho já estava fechado e sua mandíbula estava cerrada. Quem esse cara pensa que é para dizer coisas tão deploráveis sobre Iseul, ou sobre quem ela é? O loiro ergueu seu olhar, encarando Siwoo nos olhos.

— Escuta, Siwoo... — o citado estranhou a forma como Sunoo o chamou, com sua voz áspera — Não sei em qual direito você acha que está para dizer tantas estupidezes, mas saiba que você é um baita de um hipócrita.

 Siwoo arqueou uma sobrancelha, desacreditado.

— Você não se enxerga? Diga-me, quantos amigos de verdade você tem? — o de cabelo esverdeado não respondeu, abaixando sua cabeça — Foi o que pensei. Fico feliz que Iseul não esteja conversando com você, pois estar ao lado de quem faz piadas com o físico ou as características das pessoas é humilhante. Você deveria dar mais valor a si mesmo, e não ficar ofendendo as pessoas por quem elas são.

— Nossa... — o garoto sorriu — Não sabia que você é assim.

— Você não sabe nem um pouco do que eu posso ser. Apenas peço que você se desculpe por suas palavras que a ofendeu, sim?

— Vem cá, você tem uma quedinha por ela?

 Sunoo arqueou o cenho ligeiramente, esse panaca ouviu o que ele disse? Ou ele não sabe ouvir? Automaticamente levou sua destra até sua testa e massageou o local, impaciente. Como um urubu desses é mais velho que ele?

— Isso é de menos. Apenas peça desculpas — Siwoo sorriu ladino.

— Irei pensar.

 Falta pouco para Sunoo perder a paciência e pular nesse garoto, mas mesmo que ele quisesse dar uns sopapos neste infeliz, alguém puxou sua mão nada delicado para longe de Siwoo. O loiro não conseguiu nem raciocinar o que estava acontecendo, só pôde ver o rosto confuso de Siwoo e algumas pessoas com olhares curiosos diante da situação. Levantou o olhar para encarar quem o estava puxando, não se surpreendendo que seria o de cabelo negros.

— Sunghoon? O que está fazendo? — suas perguntas foram em vão, pois o mesmo não o respondeu.

 Sunoo reparou um sorriso estranho no rosto do amigo, algo fora do costume, seus olhos estavam pesados, como se estivesse com sono, o que é impossível já que nem são 23h ainda e Sunghoon não dorme cedo. Ao reparar, Sunghoon o levava até as escadas, começando a subir enquanto leva o loiro junto. Algumas pessoas que se encontravam paradas na escada os olhavam, mas Sunoo não conseguia interpretar os olhares, pois estava muito submerso ao que Sunghoon estava fazendo, ou aonde ele o pretendia levá-lo. A conversa há segundos atrás foi esquecida, parece que ele nem estava tendo uma “mini discussão” com Siwoo.

 Mesmo que Sunoo perguntasse para onde o de cabelo negros o estava levando, acabaria só perdendo a paciência, já que o garoto parecia não estar afim de respondê-lo, mas ao contrário, dava risadinhas que deixava Sunoo misto, ao mesmo tempo fica irritado com o mistério e com medo do que o amigo está aprontando.

 Ao contrário do que Sunoo pensava, acabou sendo jogado em um dos quartos do andar de cima, ouvindo com clareza a porta sendo fechada, revelando um Sunghoon totalmente sorridente e com um olhar duvidoso de suas verdadeiras ações, encostado na porta. Vários pontos de interrogações formaram-se na cabeça do loiro, que o olhava confuso.

— Não entendo. Por que me trouxe até aqui?

 Questionou Sunghoon, desviando o olhar para dar uma boa olhada no cômodo onde se encontra. Notando que o quarto não está bagunçado, mas também não está limpo. Fazendo uma pergunta se formar em sua cabecinha, de quem seria esse quarto? Não há quadros de fotografia ou algo do tipo, deixando o dono misterioso. Mas pelos os desenhos sobre a escrivaninha, talvez, apenas talvez, seria o quarto de Ni-ki; pois se Sunoo conhece algo no japonês, com certeza são seus desenhos de animes, e não é diferente os que se encontram na escrivaninha, mas talvez possa ter mais um artista na família Nishimura.

— Sunoo...

 A voz suave de Sunghoon soou, fazendo Sunoo parar de olhar os cantos do quarto para prestar atenção no mais alto, que assim que teve o olhar do loiro em si, começou a se aproximar gradualmente do outro. Não fazendo questão de esperar Sunoo formular uma palavra, levou sua destra em seguida com a canhota até a cintura do loiro, o puxando rispidamente, resultando no corpo do garoto se chocando com seu. Sunoo sentiu que tudo foi desconfigurado dentro dele, seu cérebro parecia incapaz de tentar entender o que estava acontecendo, novamente se encontrava submerso a Park Sunghoon. Seu coração começou a acelerar com a ideia de eles fazerem aquilo novamente, Sunghoon quer terminar o que começou naquele dia? Por que ele está com uma certa ansiedade e animação que isso realmente aconteça?

 Os braços do loiro se movimentaram, agarrando ambos braços do mais alto, ainda olhando aqueles olhos escuros caídos de Park, podendo notar como o olhar do amigo está bem diferente de costume.

— Sunghoon...? — observou o referido sorrir largo, mostrando as presas bonitinhas dele. Desorientando Sunoo com apenas um sorriso. Com esforço, ele tentou retribuir um sorriso, mas acabou saindo tímido — Há algo que você queira me dizer ou mostrar?

 O de cabelo negros assentiu rapidamente, aproximando seu rosto do pescoço do loiro, afundando seu nariz na área, fazendo Sunoo esquivar rindo, sentindo cócegas com o nariz do garoto mexendo ali, Sunghoon acabou rindo com o loiro tentando sair de seus braços enquanto ria divertido. Distribuiu beijinhos carinhosos que faziam trajetória até os lábios carnudos do Sunoo, dando um selar antes de começar a dar passos para frente com o mesmo, fazendo Sunoo deitar-se na cama calmamente enquanto fica por cima dele.

 Afastou-se um pouco para ter uma visão do mais baixo deitado embaixo dele, o olhando.

— Você é muito bonito... — deixou escapar, resultando em um garoto extasiado ao escutar aquelas palavras.

— Sou? — ele sabe que é bonito, não precisa de ninguém para avisá-lo sobre isso, mas é diferente quando esse alguém é Sunghoon. Sua autoestima sobe tanto quando Sunghoon o elogia que parece que subiu tanto ao ponto de ultrapassar os limites. É bom sentir-se adorado pelo o Park.

— Sim.

 Ainda extasiado, acabou sentido uma forte batida em seu peito quando os lábios do Sunghoon juntaram aos seus, a sensação boa e viciantes dos lábios do amigo o deixa afoito, ao ponto de às vezes nem perceber que ele é um pouco rude no beijo ao retribuir, mas isso não afeta Sunghoon, ao contrário, deixa o outro mais animado. Os olhos do loiro estavam semicerrados enquanto sentia uma ardência em seu rosto e um forte gosto de álcool no hálito do Sunghoon, mas desde quando Sunghoon bebe? Por mais ruim que seja a bebida, estando nos lábios do mais alto já não é um incomodo, na verdade se transforma em uma nova forma de saborear cada beijo, seja com gostos amargos ou doces, se for os lábios e língua do Park, mais nada importa.

 Gradualmente o beijo começou a pegar mais ritmo, com ambas línguas brigando por domínio, que parecia que nunca iria acabar até alguém ceder, mas como sempre, Sunghoon consegue dominar, comandando o beijo. O formigamento começou a expandir-se no estômago do loiro, sentindo falta de ar, mas não conseguindo quebrar o beijo devido Sunghoon estar segurando seu queixo, o impedindo de se mexer. Pequenas gostas de lágrimas escorriam por suas bochechas macias, sentido tantas sensações, que não podiam ser descritas. Levou suas mãos até o peito do amigo, tentando afastá-lo para poder respirar, mas Sunghoon nem se movia, ele só afundava mais o beijo, esse garoto não está com falta de ar não?  

 Soltando vários suspiros durante o beijo, Sunoo forçou sua cabeça para o lado, conseguindo safar-se da mão do garoto em seu queixo, começou a se afastar e por fim, quebrando o ósculo. Sua destra foi direto em seus lábios, esfregando o dorso da mão para tirar os rastros de saliva que estava no canto de sua boca.  

— Você quer nos matar assim? — sua voz saiu fraca e falhada, ofegante ainda. Esse foi o beijo que mais durou deles.

— Se for assim, eu quero — sorriu, se aproximando do Sunoo. Tocou o joelho do garoto, subindo lentamente a mão até a coxa dele, apertando o local. Com a reação espontânea do loiro, que levou sua mão direto para a de Sunghoon, tentando o impedir de apertar novamente, o mais alto não conteve uma risada baixa.

 Suas bochechas estavam coradas, e seus lábios pareciam estar amassados, a sensação de aperto após o beijo é tão estranho, mas não significa que é ruim, ao contrário disso. Umedeceu os lábios, olhando para o lado.

— Onde esteve? — ele perguntou, sem querer olhar o mais alto.

— Com uns amigos da outra turma... — respondeu, inclinando sua cabeça para baixo e escondendo seu rosto na curvatura do pescoço do loiro.

— Entendi...

 Sunghoon afundou seu nariz mais na pele do garoto, inalando o perfume suave do amigo. Sunoo tentou olhar o rosto do Sunghoon, ele realmente está bem pegajoso consigo, ao ponto de querer ficar grudado em seu corpo, como agora.

— Sunoo...

— Hum?

 Ficou um minuto em silêncio, deixando Sunoo confuso se Sunghoon acabou dormindo.

— Sunghoon?

— Vamos transar?

 Eh? Como assim transar? A cabeça do loiro começou a fazer milhares de perguntas com essa frase, acabando por si só rindo da situação ao sacar o que de fato está acontecendo. Levou sua canhota até os fios escuros de Sunghoon, afagando sua mão no cabelo macio, ainda rindo.

— Sunghoon, você está bêbado? — perguntou risonho.

— Não — a vontade de apertar o mais alto começou a ficar forte, pois a voz do garoto ao negar saiu tão adorável.

 Sunoo pegou o rosto do amigo com as duas mãos, tentando encarar aqueles olhos penetrantes dele. Acariciou com o polegar a bochecha dele, sorrindo fofo com o rostinho caído do Sunghoon. O mesmo abraçou Sunoo, começando a distribuir vários beijinhos pelos os lábios carnudos do loiro, nem percebendo que ele se encontra sentado no colo de Sunoo.

— Por que bebeu muito?

 Sunghoon sorriu, sem responder.

— Ou melhor, quem deu muita bebida para você?

— Foram eles.

— Seus “amigos”? — assentiu em concordância — E por que aceitou? Você não é de beber.

— Nós não vamos transar? — fez beicinho, conseguindo tirar uma gargalhada do loiro.

— Por mais encantador que seja essa oferta, não podemos. Você está bêbado e eu sóbrio, e não sabemos como fazer isso. Ou seja, precisamos estar prontos.

— Você não está pronto? — o loiro negou, arrumando os fios rebeldes da frente do rosto do mais alto.

— Você está? — deu de ombros.

— Não sei, mas deu vontade de testar.

 Atacou o mais baixo com beijos, fazendo o garoto rir enquanto tentava afastar o de cabelo negros. Não tendo sucesso, acabou se deixando levar pelo os lábios viciantes do amigo, retribuindo o beijo calmamente. Sua mão acariciava a nuca do Sunghoon, enquanto as mãos do outro começaram a brincar com a barra da camiseta do loiro, querendo apertar a cintura do mesmo.

 No entanto, o beijo foi cortado abruptamente pelo o mais alto, que deixou Sunoo confuso com a expressão neutra do garoto.

— Sunghoon?

 Sunghoon golfou no chão. Malditos sejam aqueles que deram bebidas alcoólicas para Sunghoon, resultando no mesmo jogando tudo para fora. Sunoo levantou-se rapidamente para ver o estado do amigo, tentando não ver a nojeira que ele acabara de fazer no chão do quarto. Uma hora ou outra ele iria golfar. Massageou as costas do garoto, o fazendo deitar na cama e sair rapidamente para uma porta entreaberta que ele imaginou que seria o banheiro do quarto, que realmente é. Um pouco nervoso, ele pegou a toalha de rosto e molhou na água torcendo um pouco para a água não pingar no chão e logo voltou para onde Sunghoon se encontrava.

— Você está bem? — perguntou preocupado, limpando os cantos da boca do garoto, e tentando tirar a sujeira que caiu um pouco em sua camiseta e calça.

— Sinto meu estômago revirando e estou tonto — explicou, tentando se levantar.

— Isso é um sinal para irmos embora. Vamos!

 Seja lá de quem for o dono do quarto, terá uma baita surpresa o esperando.

 

[...]

 

 Tropeçando degraus, rindo sem nem ao menos o loiro dizer algo engraçado, Sunghoon estava sendo difícil, de primeira o mais alto recusou ir embora, mas Sunoo não o ouviu, e o fez andar com ele até a saída da festa, com o garoto dizendo que Sunoo o estava sequestrando. Depois para chegar em casa foi um sacrifício, ao ponto de ter que pedir um táxi, porque Sunghoon recusava-se a andar. Com medo que o garoto vomitasse no carro, tratou-se de pedir para o motorista deixá-los umas duas ruas antes da casa do Sunghoon. Sendo assim, caminhando até a bendita casa grande.

 O loiro agradeceu que os pais do mais alto não estão em casa, pois ele não saberia o que fazer se a mãe ou o pai do Sunghoon vissem o filho deles bêbado.

 Jogou o garoto na cama e começou a procurar os pijamas do Park, pegando o primeiro que achasse. Andou até o banheiro do andar de cima, pondo o pijama e a roupa intima, vendo que a toalha do mais alto já está no banheiro. Suspirou cansado, olhando para seu reflexo no espelho.

— Sunghoon vai poder tomar banho normalmente? — se perguntou, olhando a banheira e depois para o corredor, sentido gradualmente suas bochechas corarem — Tudo bem, é apenas um banho, nada pode acontecer.

 Afirmou para si mesmo, dando dois tapinhas em sua bochecha, saindo em seguida do banheiro e voltando para o quarto, vendo Sunghoon jogado no colchão.

— Sunghoon, venha, você tem que tomar banho — disse, andando até o referido — Não durma agora.

 O cutucou, mas nenhuma reação foi mostrada, Sunghoon estava parecendo um cadáver ambulante sobre a cama, não se movia, talvez tenha morrido quando o loiro o jogou na cama como um boneco de pano, mas não é culpa dele, poxa, Sunghoon estava pesado e ele estava com dor.

 O loiro pegou a mão do amigo, tentando puxá-lo para se levantar, mas foi em vão, já que nem um músculo foi movido. Ele não pode deixar Sunghoon dormir todo sujo, se recusa a aceitar essa ideia. Pôs as duas mãos na cintura, apoiando-se na perna esquerda e pensando em uma forma de levantar Sunghoon sem precisar de esforços.

 Podendo ter uma ideia.

— Se você levantar e concordar de ir tomar banho, eu deixo você apertar minha cintura toda hora que der vontade — Sunghoon abriu um olho — E também irei assistir 5 episódios da sua novela favorita com você.

 Em um piscar de olhos, Sunghoon já havia se levantado e ido até o banheiro automaticamente. O loiro sorriu triunfante, seguindo o mais alto. Ao entrar no banheiro, observou Sunghoon sentado em cima da tampa abaixada do vaso, olhando para o nada, com suas palmas juntas entre suas pernas fechadas. Ele está morto?

— Você pode tomar banho sozinho, certo? — Sunghoon negou com a cabeça freneticamente — Como não?

— Vou acabar me afogando.

 Essa é a coisa mais tola que já saiu dos lábios dele, como que ele vai se afogar? Pensando bem, há casos onde realmente pessoas morreram afogadas na banheira após adormecerem durante o banho.  Suspirou, pondo sua mão na testa, esfregando o local.

— Tudo bem, tire a roupa, irei preparar seu banho — Sunoo cerrou os olhos quando viu o sorrisinho no rosto do garoto — Tire esse sorriso da cara, irei só vigiá-lo para ter certeza que não adormecera.

 Alegou, abrindo a torneira e indo pegar os produtos na prateleira.

— Pode admitir, Sunoo. Já faz um tempo que você não me vê nu, é normal sentir saudades e vontade de me ver assim.

 O loiro acabou apertando o sabonete liquido muito forte e acidentalmente caiu na água ainda rasa da banheira. Virou-se gradualmente para olhar o garoto petulante.

— Ora seu... Eu não tenho vontade de ver suas misérias.

 Sunghoon riu.

— Quer que eu mostre minhas “misérias”? — que isso, garoto? Sunoo virou-se para frente novamente, analisando o produto em suas mãos, envergonhado.

— Apenas tire suas roupas, eu ainda quero ir para casa — Sunghoon passou a língua nos dentes, com um sorriso travesso. Começando a se despir como Sunoo o mandou fazer.

 O mais baixo bufou, terminando de pôr os produtos adequados na água, sentido até uma vontade de se jogar nessa água quentinha e confortável, mas se conteve. Com todo o esforço possível, ele manteve seu olhar longe de Sunghoon. Sim, ele tem a mesma coisa entre as pernas, mas é diferente, ele não se sente incomodado com sua parte intima, diferente de uma outra pessoa. Pegou o celular do bolso, começando a mexer enquanto observa no canto do olho Sunghoon entrando na banheira, podendo olhar o garoto.

— Está boa a água? — perguntou, vendo como a espuma parece bem volumosa.

— Sim, colocou óleo de coco? — Sunoo assentiu, voltando seu olhar na tela do celular.

 O loiro entrou no aplicativo de conversa, procurando o contato de Jay e mandando uma mensagem para o garoto, pois ele não pôde avisá-lo que estava de saída com Sunghoon, não querendo preocupar o outro. Esperou alguns minutos pela à resposta do amigo, mas ele nem ficou online, então foi direto ver algumas postagens no Instagram, às vezes dando uma olhada em Sunghoon.

 No entanto, quando Sunoo foi olhar Sunghoon novamente, viu que o garoto estava deitado na banheira, com os olhos fechados. Desligou o celular na mesma hora e andou até a banheira, colocando-se de joelhos na frente da banheira.

— Sunghoon... Acorde — balançou sutilmente o garoto, conseguindo fazer ele abrir os olhos — Termine logo o banho e você poderá dormir tranquilamente.

— Eu preciso lavar o cabelo, mas não consigo ficar com as mãos levantadas por muito tempo. Pode fazer isso por mim, por favor? — Sunoo estreitou os olhos, mas cedendo rapidamente.

 Pôs o celular em cima da tampa do vaso, dobrando as mangas da camiseta para não molhar, logo pegando o shampoo que o garoto apontou. E novamente sentou-se de joelhos na frente da banheira, despejando o liquido branco na palma da mão, pondo o frasco de lado e ajeitando-se para começar a passar o produto na cabeça do mais alto. Passou lentamente o shampoo por todo o cabelo, para assim poder pegar um pouco de água para começar a esfregar com os dedos o couro cabeludo. Se Sunghoon fosse um gatinho, provavelmente ele estaria agora mesmo ronronando com a delicadeza que Sunoo lava seu cabelo, o deixando com mais vontade de dormir.

 Ao terminar de lavar o cabelo e o banho, Sunoo foi o primeiro a sair do banheiro, deixando Sunghoon se vestir. Sentou-se com o celular entre as pernas, desdobrando as mangas e dando algumas batidinhas em sua veste, querendo tirar a poeira inexistente. Sunghoon saiu do banheiro e entrou no quarto, secando seus fios negros com a toalha, já vestido com o pijama xadrez.

— Vai ir mesmo para casa? — perguntou indiferente, ainda secando o cabelo só que na frente do espelho.

— Acho que sim. Não trouxe uniforme para ficar, e me conhecendo bem, não irei para a minha casa apenas para pegar o uniforme — respondeu, desbloqueando o celular.

— Podemos faltar amanhã o colégio. Já está tarde para você sair sozinho ou pedir carona para um estranho de noite.

 Sunghoon está certo, já é meia noite. Pensou bastante antes de responder o mais alto.

— Tudo bem, irei ficar. Até porque alguém vai ter que ficar para cuidar de você quando estiver com ressaca — sorriu, levantando-se e jogando o celular na cama. Sunghoon fez careta.

— Nem me diga, já estou ficando com dor de cabeça agora mesmo. A toalha e pijamas você já sabe onde fica.

 Sunoo assentiu, indo tomar um banho rápido para dormir.

 Quando saiu do banheiro, todo limpinho, desligou a luz do corredor já havia certificado que a porta da frente estava trancada, então foi direto para o quarto do Sunghoon, encostando a porta e vendo o amigo já deitado na cama. Chegou mais perto, vendo que o mesmo parece estar dormindo, então apenas pegou o celular que estava ao lado dele e pôs na cabeceira.

 Deitou na cama, já confortável. Ele estava pronto para fechar os olhos quando sentiu o braço do Sunghoon envolvê-lo e puxá-lo para mais perto do seu corpo, o que Sunoo fez sem hesitar. Sunoo se arrumou, abraçando Sunghoon.

— Sunoo...

— Diga.

— Eu sinto borboletas no estômago por você. Um sentimento estranho que nunca tive, o que acha que pode ser?

 Sunoo arregalou os olhos, sabendo o que significa. Engoliu em seco, limpando a garganta. Sunghoon está bêbado, ele não sabe o que diz, então é melhor ele apenas não levar isso a sério. Mas seu coração já sentiu as palavras perfurarem ele.

— Não sei, Sunghoon. Talvez quando você estiver sóbrio poderá responder sua própria pergunta.

 Sem uma resposta vindo do mesmo, Sunoo interpretou que o garoto já adormeceu, já que ele acabou demorando para responder o mais alto.

 Seus sentimentos são recíprocos? Sunghoon está apaixonado por Sunoo? Um sorrisinho inusitado empoderar-se no rosto angelical de Sunoo, podendo adormecer, mesmo com tantas perguntas circulando sua cabeça. 


Notas Finais


Desculpe qualquer erro.

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Opa, só para dizer aqui que eu havia publicado uma fic Sunsun de Halloween, quem quiser ler, estarei disponibilizando o link:

https://www.spiritfanfiction.com/historia/doces-e-muitos-beijinhos--sunsun-23196705

É uma fic soft :)
______________________________

E mds, chegou nos 200 favs, gente... Eu nem tenho como agradecer todos vcs e seus comentários, sério, vcs são tudo. Espero poder recompensar todos devido a minha demora. De verdade, obrigado a todos. 💞💞

Fiquem bem, e se cuidam. Não esqueçam de sorrir hoje :)
Amo vcs e até uma próxima atualização❤


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