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História Amizade colorida (Clace) - Teste


Escrita por: heronscars

Notas do Autor


Acharam mesmo que iriam se livrar de mim?!

Capítulo 16 - Teste


Fanfic / Fanfiction Amizade colorida (Clace) - Teste

Izzy andava de um lado para o outro, parecendo uma barata tonta, dentro do grande salão e estava falando em um tom autoritário e segurava uma prancheta. 

- Izzy, onde colocamos isso? – Perguntou um dos homens, segurando uma espécie de estatua de mármore. 

- Coloquem... – Ela pareceu considerar, mordeu o lábio inferior e apontou para uma das mesas, um pouco afastada e com um vaso de tulipas no meio, como todas as outras mesas.  – Ali, ao lado da mesa sete... por favor. 

Os homens apenas assentiram com a cabeça e arregraram a estátua, que aparecia estar bastante pesada, até a mesa sete. 

- Izzy! – Chamei seu nome, minha voz fez eco na sala. Ela se virou em minha direção e levantou o olhar para me encarar. 

- Clary, até que enfim você chegou. – Ela disse de forma animada, enquanto andávamos em direção uma a outra. Nos demos um abraço e ela sorriu sem mostrar os dentes. – Já estava ficando nervosa, pensei que não iria vir. 

- Eu nem demorei tanto assim – tirei meus olhos dela e olhei para o meu relógio de pulso. – Apenas uns vinte minutos. O transito estava terrível. 

Ela me olhou de cima a baixo e sorriu. 

- Você está... – Ela se interrompeu, enquanto me olhava de uma forma surpresa. – Diferente parece mais... 

- Como assim? – Perguntei abaixando o olhar para minha roupa, estava usando uma regata branca, calças pretas, botas de salto e estava segurando minha jaqueta na mão esquerda. Não estava tão diferente assim. – Estou feia? 

Ela negou com a cabeça e lançou mais um olhar para mim. 

- Não, você está ótima, mas está com mais corpo – Ela mordeu o lábio inferior e franziu o cenho, surpresa. – Está malhando? 

- Claro que não, você sabe muito bem que eu posso longe de uma academia. – Lancei mais um olhar para o meu corpo e ajeitei minha roupa. Realmente, meu corpo estava melhor, estava com mais corpo e meus seios estavam fantásticos.  

Izzy apenas deu de ombros, mas logo apareceu lembrar de algo importante. 

- Ah, falando em corpo... – Ela olhou para mim novamente, mas parecendo preocupada. – Helen me disse o que aconteceu na cafeteria, você está bem? O que aconteceu? 

Eu vou matar a Helen, eu a fiz prometer que não iria contar nada. 

- Izzy, não foi nada demais – Ela me olhou desconfiada. – Foi apenas um mal-estar e eu até já estou melhor. Prometo. 

- Tem certeza? – Ela voltou com seu olhar preocupada e segurou a prancheta com mais força. Eu apenas assenti com a cabeça. – Não está sentindo nada de estranho? Vocês foram para o hospital? 

- Izzy, isso já faz duas semanas. – Revirei os olhos. – Eu estou ótima e nós nem precisamos ir para o hospital. 

- Se você está dizendo. - Ela me olhou de cima a baixo e fiquei aliviada quando ela pareceu dar de ombros. – Agora vamos organizar as coisas. 

- Para isso que eu vim. – Ela sorriu e revirou os olhos. – Para que precisa da minha ajuda? 


- Eu preciso que você se certifique que tudo está em ordem, veja se tudo foi entregue, que todos estão fazendo suas devidas tarefas e... – Ela desviou seu olhar para a prancheta e colocou uma mecha de cabelo rebelde atrás de orelha. – Que você me acompanhe na prova do vestido que vai ser em duas horas. 

- Pensei que sua mãe fosse te acompanhar na prova – Falei, mas ela apenas suspirou e me lançou um olhar triste. 

- Ela não vai vir para o casamento – Ela disse, cabisbaixa. – Ela disse que tem que resolver uns assuntos do trabalho e por isso não irá pode vir. 

- Izzy, eu sinto muito. – Ela apenas balançou a cabeça em uma tentativa de afastar aquele pensamento. 

- Bom, pelo menos, o meu pai vai vir. – Sorriu de forma triste. – Ele conseguir uma brecha e chegara a tempo para o casamento e me levar para ao altar. Mas vamos esquecer isso e focar no que realmente importa, certo? – Assenti com a cabeça. 

- Certo, que você quer que eu... – Interrompi minhas próprias palavras, quando ouvir uma voz familiar chamar o nome de Isabelle. 

- Izzy, o que é isso? – Jace perguntou, enquanto andava até nos duas e segurava algum objeto estranho nas mãos. 

Ela revirou os olhos e lançou um olhar estranho para Jace. 

- Isso é uma estátua. – Ela falou com raiva. – Cuidado como você segura, ela é cara e frágil. 

- Izzy, isso é ridículo. – Ele falou enquanto mascava o chiclete na boca. – Parece um pênis. 

Ela revirou os olhos, irritada. 

- Você é um idiot... – Ela se interrompeu quando virou sua cabeça para a direita e olhou para um dos funcionários tentando arrumar alguma coisa. – O que ele estar fazendo? – Esbravejou e andou em direção ao homem, me deixando sozinha com Jace. 

Ficamos em silencio por um tempo, um silencio bastante constrangedor. Coloquei minhas mãos no bolso da calça e olhei em volta do salão. 

Não sabia como a Izzy e o Simon haviam conseguido arrumar o dinheiro para o casamento, já que o lugar parecia bem caro. O salão era todo branco com alguns detalhes em dourados, lembravam o salão de um castelo, e estava cheio de mesas redondas cobertas por tolhas brancas com vasos de flores, tulipas, em cima de todas mesas. 

Tudo estava realmente lindo, como a Izzy queria. 

- Você está bem? – Jace perguntou, me tirando de meus devaneios. 

Olhei para ele. Boca aberta. A voz não vem. 

Ele continua me encarando com aqueles olhos dourados, esperando tranquilamente pela minha resposta.  Caramba, por que eu não consigo formar uma frase? 

- Clary – Ele me chamou mais uma vez. 

- Que foi? – Falei, rápido demais e desviei meus olhos dele. 

- Você está bem? – Ele perguntou novamente. 

- Estou ótima, por quê? – Cruzei os braços e mordi o lábio inferior. 

Ele não falou nada por alguns segundos e podia sentir seu olhar queimar sobre minha pele.  

- Izzy me contou que você estava doente. – Ele disse, enquanto colocava a estátua em cima de uma das mesas. – Você está melhor? Por que não me falou nada? 

- Não foi nada, foi apenas um mal-estar passageiro. – Falei, ainda sem olhar para ele. – Eu estou bem melhor agora. 

- Ok. Então por que você tem me evitado? – Jace perguntou, parecendo cabisbaixo. 

Voltei minha atenção para ele e descruzei os braços. 

- Como assim? – Perguntei, olhando para ele e um pouco irritada, mesmo sem saber o motivo. 

- Primeiro, você tem evitado minhas ligações e mensagens. Segundo, quando saímos todos juntos, você nunca olha na minha cara e quando eu vou na sua casa, você nunca está. – Ele disse, parecendo pensativo. – O que está acontecendo? 

- Nada, Jace. – Falei saindo de perto dele, ou pelo menos tentei já que ele entrou na minha frente, me fazendo bater no peito dele.  – Jace, saia da minha frente. Preciso ver as coisas do casamento. 

- Depois de me falar o que aconteceu, você pode ir. – Ele falou, sua voz soou um tanto autoritária. 

- Eu já te falei que não foi nada e se poder sair da minha frente. – Tentei passar por ele, mas ele me interrompeu novamente. 

- Clary, o que está acontecendo por que não quer falar comigo? – Perguntou novamente, nossos olhares se cruzarão e momentaneamente me perdi naqueles olhos dourados, mas apenas momentaneamente. 

- Olha, Jace, depois nós conversamos. Ok? – Perguntei. – Eu estou bastante ocupada agora. 

Ele respirou fundo e desviou seu olhar de mim. Ele estava com raiva, isso era bem nítido. 

- Hoje á noite, eu vou na sua casa. – Ele disse, voltando seu olhar para mim. – E não ouse me ignorar. 

Antes que eu pudesse dar uma resposta, ele saiu da minha frente e foi para algum lugar do salão. 

                                                      ***

Não o havia visto o dia inteiro, depois da nossa “briga” ele havia desaparecido dentro do salão e isso de certa forma foi bom para mim, já que consegui me concentrar nas minhas tarefas. 

Nas últimas semanas, eu estava me sentindo diferente e não de uma forma boa.  Os enjoos estavam se tornando uma coisa bastante frequente e meus hormônios estavam a flor da pele, como se eu tivesse entrado da puberdade novamente. Isso estava me assustando, não sou burra, mas também não faço a menor ideia do que estou tendo e minhas suspeitas sobre isso me apavoram. Então decide que iria tirar as dúvidas a limpo, antes que eu enlouqueça. 

Consegui fazer com que a Izzy me deixasse sair mais cedo do salão, alegando que eu não estava me sentindo bem, ela pediu um taxi para mim e pediu desculpas por não poder me acompanhar até em casa, já que estava super atarefada. Me senti mal por estar mentindo para a minha melhor amiga, mas era por uma boa causa, pelo menos, espero que seja. 

Antes do motorista chegar na minha casa, pedi para que ele parasse algumas quadras antes e se pudesse me levar até a farmácia, ele assentiu e mudou o trajeto porque sabia que eu teria que pagar mais caro. 

Quando paramos na frente da farmácia, paguei pelo trajeto e sai do carro e entrando diretamente na farmácia e andando em passos rápidos até a bancada. 

- Boa tarde, o que deseja? – O farmacêutico perguntou, ele parecia ter uns cinquenta anos, tinha cabelo e bigode grisalhos. Lembrava aqueles avôs dos comerciais. 

- Boa tarde, eu preciso... – Minha voz falhou, era vergonhoso dizer aquilo. Me sentia uma adolescente novamente, quando eu ia a farmácia comprar absorvente pela primeira vez ou até mesmo camisinha. – de um teste de gravidez. 

Minha voz saiu como um sussurro, como uma fuinha. Me condenei mentalmente e comecei a pedir para Raziel para que o homem não fosse surdo. 

- Desculpe, eu não escutei, poderia repetir? – Ele perguntou, de uma forma educada e simpática. Desviei meu olhar para baixo e respirei fundo. Minhas bochechas pareciam que estavam pegando fogo e eu estava soando. 

- Eu preciso de um teste de gravidez. – Falei, mas uma vez tentando parecer mais eloquente. Olhei para os dois lados, torcendo para que apenas o homem houvesse me escutado. Me sentia comprando drogas e torcendo para a polícia não aparecer. 

- De qual tipo, senhora? – Ele perguntou, sua voz saiu um tanto alta, e se virou para trás para poder pegar o que eu queria. – Nós temos de várias marcas e... 

- Por favor apenas me dê um teste, qualquer um. – Eu queria sair correndo dali, curvei os ombros para frente e abaixei minha cabeça. Parecia que eu estava implorando, mas eu realmente estava. 

- Ok. – Ele pegou uma caixinha rosa e colocou sobre o balcão.  Estava desenhado um teste com dois tracinhos, indicando a gravidez.  

Meu corpo estremeceu e não pode deixar de olhar para minha barriga.  Eu havia ido ali para não enlouquecer, mas, definitivamente, eu já estava enlouquecendo. 

- Senhora? – O homem perguntou, me fazendo levantar a cabeça e olhar para ele. – Está se sentindo bem? 

Definitivamente não. 

- E.… quanto é? – Mudei de assunto. O homem com certeza deveria me achar uma drogada e poderia estar cogitando a hipótese de chamar a polícia. 

- São cinco dólares. – Ele disse e rapidamente, peguei o dinheiro, guardado no bolso da calça, e entreguei a ele que nem se deu trabalho de verificar se a nota era falsa. 

Antes que ele pudesse falar alguma coisa, peguei o teste de gravidez e praticamente sai correndo da farmácia em direção a minha casa. 

Agora, aqui estou eu, olhando para o maldito teste de gravidez virado para trás e escondendo o maldito resultado, meu coração parecia querer escapar da caixa torácica e minhas mãos estavam tremulas. 

 Não queria olhar, mas não tinha escolha.  Estava com medo, as várias imagens que passavam pela minha mente eram assustadoras. 

- Tenha coragem, Clarissa. – Tentei, em uma tentativa falha, me encorajar.  – Seja forte. 

Virei o teste e olhei para o meu destino. O destino que eu não queria. O destino assustador. Olhei para aqueles dois tracinhos, cor-de-rosa. Eu estava gravida. 

- Clary, você está aí? – Ouvi a voz de Jace, vindas da sala. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado e por favor comentem suas teorias ou se vocês estão gostando!!!

Desculpem meu sumiço, saúde mental é algum batente complicado, mas eu estou melhorando.

E vocês não imaginam o prazer que é estar de volta!!!!


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