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História Amizades Além da Visão - Quem é você?


Escrita por: Gherbyn

Notas do Autor


Saudações.
Como vocês estão? Espero que bem e, se não estiverem bem, é só falar com o tio aqui e tento dar um bom conselho. =)

Mais um capítulo. =)

Capítulo 3 - Quem é você?


Ponto de vista de Pedro LLuz da Silva

O trânsito de vinda para o meu amado e doce lar estava bem
congestionado. Mas como vim de carro, até optei, dessa vez, em deitar o
banco e dar um descanso, cochilo, dormida, cada um chame do que quiser. Só
sei que apaguei e, quando acordei com a cutucada da minha mãe, eu já
estava em casa e com o canto da boca meio babado. Então cheguei
relativamente descansado.
Liguei o meu PC e, quando ele ainda estava reiniciando,, minha mãe
gritou da cozinha:
- Pedrinho, comer. PC depois.
- Só tava ligando, mãe. Tô indo.
Tirei os sapatos e guardei no suporte de sapatos do guarda-roupas,
colocando antes as meias recém-tiradas enroladas dentro dos sapatos, uma
em cada pé. Procurei minhas sandálias no mesmo suporte, na prateleira
inferior, agachado, tateando sem encontrá-los. Me ergui e gritei
insatisfeito com a busca mal-sucedido.
- Mãe, cadê minhas sandálias?
Segundos depois ela chegou e eu, na frente do guarda-roupas com a porta
dele aberta e virado para a parede que seguindo-a, levava à porta de saída
do quarto, senti e ouvi o típico barulho de chinelas caindo aos meus pés.
Minha mãe cutucou meu ombro enquanto eu me calçava.
- Vem logo, nada de enrolação.- ao dizer isto, saiu, fazendo os barulhos
de seus tamancos a cada passo que se distanciavam até chegar à
reconhecível lonjura da cozinha.
Fechei a porta do guarda-roupas, tirei a camisa escolar e fui com o
peito nu para a cozinha.
- Aqui mãe - estendi a mão segurando o uniforme.
Ela pegou da minha mão.
- Já lavou as mãos? - perguntou ela.
- Vou lá lavar. É que como eu ia pegar na camisa da qual eu estava na rua
então... Lavar por último.
- Certo, muito bem, vá lá.
Fui ao banheiro, lavei as mãos com um pouco de sabão para apenas lavar
o rosto. Lavei o rosto, tirando os resíduos de fora de casa e depois lavei
as mãos com mais sabão, para tirar bem eventuais sujeiras de entre os
dedos e unhas.
Voltei à cozinha e me dirigi à mesa. Assentei-me na cadeira, coloquei o
cotovelo esquerdo na mesa, apoiando a cabeça na mão e o braço direito
estava até o antebraço na superfície de madeira enquanto eu batia
fracamente os dedos, enquanto pensava em diversas coisas: problemas de
Matemática, Ever, briga na sala Jhenifer X Cleber e... a tal menina nova,
a Melyssa. Mas tais pensamentos não duraram muito: um cheiro de comida
inundava a cozinha. Aí identifiquei um cheiro que me chamou a atenção...
Opa, eu conheço este cheiro: batatas fritas! Hum... Adoro! Minha mãe sabe
cozinhar legal. Ainda bem que aqui em casa tem uma esteira e eu faço uns
abdominais no meu quarto, senão a coisa estaria feia na hora de consultar
a balança. Hehe.
- Lá vai - disse a mulher que me pôs no mundo, alertando-me; e eu entendi
o recado: tirei os o cotovelo e mão da mesa. Em seguida ouvi um barulho
de prato sendo colocado bem na minha frente. De repente, senti o vapor do
arroz sendo posto, feijão, barulho que sei ser de farinha enfim, minha
refeição está sendo montada neste exato momento. Aí fico imaginando o que
está no prato que apenas o olfato não foi o suficiente para eu identificar.
- Pronto - disse a cozinheira que mais adoro no mundo.
- Beleza. Suco?
- Vou fazer. Quer de quê: laranja, limão ou uva?
- Não mãe, uva de novo não. Já tomei muito anteontem no churrasco do tio
Zé. Vamos variar: faz de laranja com gelo. Tem pedra de gelo na forminha?
Acho que nem coloquei ontem.
- Coloquei hoje de manhã, na hora em que você estava tomando café.
- Ah, beleza! Pode fazer então.
- Vai comendo, senão esfria e murcha as batatas.
Assenti e comecei as colheradas. Como sempre, resolvi ser um pouco
indiscreto e tateei o interior do meu prato. Em casa, na verdade, faço
isso com mais liberdade e quando almoço fora, eu evito. Em restaurantes e
similares dou uma tateada rápida, decoro o prato e assim vou comendo, às
vezes com auxílio da faca, às vezes só com a colher e umas rápidas
tateadas, para evitar derramar o conteúdo.
Lá para a terceira colherada, ouvi o espremedor de laranjas elétrico
ser ligado, depois a primeira laranja sendo espremida. Na sétima colherada
ele desliga e na nona ouço um barulho de algo sendo colocado do lado
esquerdo do meu prato. Deduzo ser um copo. Tateio na direção e realmente
era, mas vazio.
- Perae, tira a mão - disse minha mãe.
Tirei e ela colocou o suco, deu para ouvir o líquido sendo despejado lá
dentro.
- Pronto, só falta o gelo - e assim ela pegou o gelo e colocou dentro do
meu copo.
- Pronto,, pode tomar meu filho. Vou ali ver o jornal no sofá, qualquer
coisa, me chame meu amor.
- Joinha, rainha.
Me deu um beijo na cabeça e foi assistir televisão na sala.
Eu já estou almoçando, e o Ever? Acho que agora que ele deve ter
chegado em casa. Do jeito que ele é desorganizado, e, por vezes, meio
atrapalhado, vai saber o que está fazendo agora: ou comendo, ou dormindo,
ou só tomou uma vitamina de banana ou algo assim e foi dar um cochilo e
deixou o almoço para depois. Vai saber. Mas conheço a peça. Por vezes, o
que tem de legal tem de engraçado.
Quase me engasguei com pelo riso que dei sozinho, com a comida na boca,
quando me lembrei de uma dele:
Certa vez ele chegou quase no fim do terceiro horário na escola. Foi
neste ano isso, no começo do ano. Ele estava com sono e acabou pegando o
ônibus errado. Até aí, vindo dele, já era engraçado. Mas aí seguiu viagem
e ele, desesperado ao perceber o ônibus errado, puxou a cordinha do
veículo coletivo para parar no primeiro lugar que desse. O motorista parou
e ele desceu na parada. Por não ter crédito no celular e cartão
telefônico, entrou em um local repleto de mulheres. Pensou ser um salão de
festas funk, algo assim.
Ele explicou a situação aí deixaram ele usar o telefone para pedir uma
uber. Quando ela chegou, ele entrou na mesma, acomodando-se rapidamente e
viu uma placa na entrada do lugar escrita "Bordel Quentura Pura".
Se isso não bastasse, o motorista da uber era conhecido de alguns da
escola e o fato espalhou. Alguns poucos ficaram na dúvida e outros muitos
na certeza se a perda do ônibus foi desculpa esfarrapada para fazer alguma
safadeza.
O pai dele deu uma bronca e o assunto foi para a direção. Mas Ever
garantiu que foi o ônibus mesmo, pois o pai dele perguntou para as
mulheres do tal bordel se o Ever tinha feito alguma coisa ali. Disseram
que não.
Putz! Me acabei de rir quando ele me contou essa. Na verdade, nós até
hoje rimos com isso, pois ele já tem aquele jeito natural de ser
engraçado, sabe? O estilo de falar, de ser. Uma mistura de sério com
atrapalhado. Acho isso show em um amigo, principalmente do sexo masculino.
Já nas meninas, curto mais o jeito doce, simpático e, é claro, bem
humorada. Mas menos humorada do que prefiro em amigos masculinos.
Finalmente acabei meu almoço. Me levantei da mesa, sai da cozinha, fui
até a entrada da sala e disse:
- Acabei mãe, vou ao PC, OK?
Ela não respondeu, mas eu ouvia a respiração dela. Ouvia também a
televisão ligada em um filme da tarde, que começa logo ao término do
jornal. Meu pai estava trabalhando agora, só chega lá para as oito ou dez
da noite. Mas neste horário normalmente estou dormindo, para acordar
disposto para as aulas matinais.
Entendo que minha mãe estava em profundo repouso, vou até o banheiro
lavar as mãos e escovar os dentes. Ao terminar os dentes, dou uma urinada,
dou descarga, lavo as mãos novamente e saio do local indo ao meu quarto
para mexer no meu PC.
Eu mexo no meu computador com o auxílio de um sintetizador de voz. Ele
lê o que está na tela em voz alta para mim. Eu uso fones de ouvido, aí não
incomoda ninguém.
Costumo trancar a porta do meu quarto pois, caso algum amigo adicionado
no Messenger escreva alguma besteira, como de assunto sexual e tal, não
corre o risco de alguém ver e pensar bobagens, em especial minha mãe como
em um dia.
Certa vez, o Zoreiaço estava fazendo suas distintas descrições de
garotas em uma sala de bate-papo onde estava só eu e ele. "A menina tem
bunda assim, seio tal, é gostosa." Escreveu ele na tela.. Minha mãe
arrumava o quarto. Nisto, eu ri da cara-de-pau do Ever. Ao me ver rindo do
meu melhor amigo minha mãe parou de arrumar e olhou para a tela. Viu a
frase ousada do rapaz. Em seguida, veio o sermão:
- Que isso Pedro! Que safadeza é essa garoto? Tô de olho em você!
- É... - fiquei com uma mega vergonha.
- É nada! Quero você tomando cuidado como anda monitorando suas
conversas na internet, viu, Pedro?
- sim, mãe.
Olha, fiquei meio atordoado. É dose alta demais para alguém de
dezesseis anos. Imagine só sua mãe falando isso. Bem alto. Você conversa
sobre este assunto na expectativa que ninguém mais estar ouvindo. Aí, do
nada, vem este alertão de sua mãe. Ela falava alto. Coisas íntimas do
tipo, resolver no grito, é constrangedor. E foi este o caso.
Para piorar, o Ever ainda, bem no fim da bronca, diz na tela e o
programa lê em voz alta: "Zoreia, tá aí? Ou tá batendo uma pensando na
guria que descrevi?" Minhas duas sortes: primeira, uso fone. Mas quando
está muito perto, pode acabar ouvindo uma palavra ou outra, o que correria
o risco de ela estar olhando para mim e fazê-la olhar de relance para a
tela; segunda: ela já estava batendo os tamancos saindo do quarto.
Por fim, ela contou ao meu pai e ele conversou comigo. Ele sugeriu que
eu trancasse sempre a porta e que ficasse realmente vigilante. Pediu para
eu ler na internet sobre assédio sexual no mundo virtual e tal. Assenti.
ele também conversou com minha mãe que eu iria trancar a porta.
Inicialmente, é claro, ela discordou. Mas ele disse que eu tinha o direito
de ter vida íntima e falar do que quiser, desde que tome cuidado com
excessos. Ele também disse que a minha criação é espelhada em meu bom
comportamento e que eu devia ter um crédito, pois não dou trabalho. Mas
como mãe é mãe, meu pai teve que conversar umas duas ou três vezes mais
com ela, pois ainda pegava no pé excessivamente e eu contava a ele.
Finalmente, em certo dia, no mesmo mês das férias, ela ficou mais pacífica
e permitiu.
Meu pai, quando possível, me falava a íntegra de algumas conversas que
ele tinha com minha mãe. E assim fiquei a par de tudo com essa ideia de eu
trancar a porta do quarto para bater papo. Mas preferiram não deixar que
eu trancasse à noite, apenas fechar, com a condição que eles não iriam me
perturbar. Mas, como mãe tem uma auto-proteção, por vezes involuntária,
quando estou madrugando no computador e o fone está sem barulho e eu estou
pensando em algo, ouço a porta se abrir cuidadosamente e rapidamente
posiciono o fone de um jeito para ficar mais claro barulho de passos.
Ouço arrastar de passos aproximando-se e para bem atrás de mim, creio
eu que lendo o conteúdo da tela. Depois de um tempo, ouço passos
novamente, agora afastando-se e a porta levemente se fechando. Não tenho
dúvida: quando minha mãe vai ao banheiro ou beber água de madrugada, ela
dar uma olhada no conteúdo de meus a fazeres no determinado momento.
Porta está trancada, meu PC já ligado, fones preparados, agora é hora
de descansar um pouco com as opções do mundo virtual. No caso, vou dar uma
boa conversada com meu querido amigo.
Abro o Messenger. Tem uma mensagem não lida. Olha só, e ainda é 15:35
da tarde. Ele chegando cedo? Aleluia. Normalmente jura as quatro e chega
as cinco. Motivo? Simplesmente acaba dormindo. Quando me irrito com isso,
por exemplo, quando precisava dele para tal matéria e nos encontrávamos em
bate-papo com ele chegando uma hora mais tarde, sugeria para por o
despertador para tocar. Ele dizia que colocava, mas ficava dizendo deitado
"OK, daqui cinco minutos levanto." Ele dizia isso doze vezes a cada cinco
minutos, que totalizava uma hora.
Ué, a mensagem aqui na tela não é dele. É uma tal de Rosa. Só mandou um
"Oi", vou responder:

Pedro: Olá, quem é você?

Baixei a cabeça encostando ela na escrivaninha e esperei para ver se
vinha alguma resposta. Depois de uns quarenta segundos, veio algo, mas
ainda pensava ser o Zoreiaço, mas nem era:

Rosa: Oi Pedro, tudo bom?

Pedro: Sim. Como conseguiu meu contato?

Rosa: Bem, eu ouvi seu amigo confirmando o seu Messenger e acabei
anotando.

Putz, sabia. Aff, mas o ever sabe ser lerdo às vezes, deveria ter
confirmado por telefone. Vamos ver no que dar aqui.

Pedro: OK, não te conheço, certo?

Rosa: Certo. Desculpe-me se te incomodo.

Pedro: O que me incomoda é eu ter que falar com quem não conheço direito.

Rosa: Então conheça, aí, se não gostar de mim, bloqueie, tá?

Pedro: Combinado. Ahn... Tem, tem quantos anos?

Rosa: 16 e vc?

Pedro: 61.

Rosa: Eita, 61?

Pedro: Kkkkkk. Foi mal, errei a digitação aqui: 16 também.

Rosa: Acho você muito inteligente e dedicado. E também achei... Bonito.

Pedro: Kkkkkk, valeu pelo bonito. Estuda lá de manhã ou de tarde?

Rosa: De manhã. Só não vou dizer a sala por enquanto, tá bom?

Pedro: Beleza. E por que não falou comigo, se estava tão perto, oras?

Rosa: Tímida, oras. Kkkkkk. Uma pergunta: como vc consegue falar no pc?
Alguém lê para você?

Pedro: Nada, mexo só. É um sintetizador de tela que lê o que está na tela
em voz alta.

Rosa: Que legal! É muito alto? Atrapalha alguém?

Pedro: Não não, uso fone. RS.

Rosa: Ah, tá. RS. Gosta de que tipo de música?

Pedro: Curto Dance, alguns Rocks, acho legal Legião Urbana e tal. E você?

Rosa: Putz, temos gostos parecidos, mas inclui aí as românticas criativas
sabe? Não aquela coisa melosa, tipo brega. kkkkkk

Pedro: Kkkkkkkk. Saquei, também curto românticas criativas. Já ouviu
falar da música Catedral?

Rosa: Caramba! Adoro essa! É uma das minhas preferidas. Sabia que a
original dela é alemã?

Pedro: Sim sim, sabia. Tem algumas em Inglês bem bonitas também, já ouviu
falar da I Will Always Love you?

Rosa: Ai, Pedroooooooo! Essa é lindaaaaaaa. Só para confirmar, é a da
Whitney Houston?

Pedro: Exato, linda.

Rosa: Ai ai, como sabe que sou linda? Você enxerga por acaso e está
enganando a todos nós?

Ual, por uns segundos pensei que era o Zoreiaço. Mas não, ele não
costuma brincar de ser mulher não, conheço ele a muitos anos. Ele é metido
a machão, sabe?

Pedro: É modo de dizer.

Rosa: Ah é? Agora tá me chamando de feia? Afinal, você disse que o
"linda" é apenas um modo de dizer. Fiquei bravaaaaaa. kkkkkk

Pedro: Kkkkkkk. Nada a ver. OK, vamos então acabar com o mistério: como
você é, se descreve para mim?

Rosa: kkkkkk. Primeiro me diz como você me imagina.

Pedro: Te imagino gordona, baixinha, cheia de espinha, banguela e bem
legal.

Rosa: Credo! É isso que é ser linda pra você? Cruzes. Sou assim não. kkkkk

Pedro: Brincando contigo.

Rosa: Eu sei, relaxa.

Pedro: Te imagino de cabelos ruivos, olhos azuis, mais alta que eu um
pouco, magra e pele branca.

Rosa: Eita, acertou os olhos e pele, errou cabelo, mas já foram ruivos,
estão loiro naturais agora. E não, acho que sou menor que você. Sou
nanica. kkkkk

Outra loirinha. A Letícia é loira também, aquela amiga da Jhenifer. A
tal Melyssa e agora a Rosa. Adoro loirinhas. Mas tem moreninhas que são
bem gatas também, com toda certeza!

Pedro: Se errei o resto, então significa que você é gordona?

Rosa: kkkkk. Não, acertou também, magra. Não raquítica, mas magra.
Colegas de escola falam que é um peso ideal.

Pedro: Namora?

Ela demorou quase mais de um minuto para responder. Ou deu uma saidinha
da frente do micro, ou está pensando no que dizer. Sua demora foi tão
notável que me encostei na escrivaninha deitado em meu braço esquerdo. Mas
aí, fiquei nessa posição uns cinco segundos. Foi quando ela disse, enfim:

Rosa: Tipo, posso confiar em você, me abrir?

Pedro: Pode, claro. A porta do meu quarto está fechada justamente para
evitar alguém de ler o monitor, sacou?

Rosa: Saquei. Mas tipo, não fica falando pra todo mundo, blz?

Pedro: Beleza! Pode confiar.

Rosa: Vou te dizer aqui que nunca namorei e nem beijei. É que tipo, sou
preservada e minha irmã mais velha já sofreu pacas com outros caras e eu a
amo muito. Minha mãe também já sofreu. Então, quero que o primeiro beijo
seja em um cara pelo menos cujas as evidências são que ele é demais,
entendeu, amigo? (Posso te chamar de amigo?)

Pedro: Nossa, que chato. Sim, pode me chamar do que quiser.

Rosa: Sim, é chato mesmo. Olha que tem coisas que guardo dentro de mim e
não solto para ninguém. Não tenho muitos amigos e costumo ficar na minha.

Pedro: Ué, você não disse que tinha amigos de escola?

Rosa: Colegas. Ou seja, não são tão íntimos assim. Sou reservada, mas vi
em você um bom rapaz. Vi um batalhador aí decidi confiar mais do que
confio em pessoas que conheço no mesmo período de tempo que te conheci.

Pedro: Ai ai... Não somos íntimos o suficientes e você já falou!

Rosa: Não, cara. Falar isso aí com amigos já falei. Ou melhor, só com a
melhor amiga. É de outra cidade, chama-se Natália.

Pedro: Pretende encontrar aonde o tal cara, escola, cinema...

Rosa: Sei lá, acho que no ambiente escolar fica mais fácil de encontrar
mais vezes, faculdade, trabalho etc e tal. RS.

Conversamos sobre alguns filmes. Falamos da aula de Matemática que
passei e ela disse que o professor Nando também passou aqueles problemas.
Trocamos dicas e tal. Enfim, ficamos nos falando até às 18:30 e aí ela
disse que ia ao banho, jantar e dormir. Eu também disse que logo mais iria
ao meu banho. Nos despedimos e eu fiquei fazendo umas pesquisas aleatórias
no Google.
Gostei da guria. Marcamos mais papo amanhã no mesmo horário.
Hora do banho. Tiro a roupa; coloco a toalha cobrindo da cintura para
baixo; jogo a roupa no cesto lá da cozinha e entro no banheiro. Penduro a
toalha e tomo um delicioso banho morno.
Ao terminar e me vestir, fico um pouco mais no PC até minha mãe chamar
para jantar. Ao acabar a janta na mesa da cozinha, me levanto e vou ao
banheiro. Escovo os dentes, lavo as mãos, urino, lavo a mão de novo e
volto à cozinha para dar um beijo de boa noite na minha mãe e receber o
meu. Eu dei o meu e ela o dela. ergo ergo a mão e digo:
- A bênção, mãe.
Ela segura minha mão como de costume e diz:
- deus te abençoe, meu filho.
- Amém.
- Durma com Deus.
- A senhora também.
Vou para meu quarto, desligo o PC, fecho a porta e só quando me deito,
pensando na conversa com a Rosa, me lembrei: onde raios o Zoreiaço foi
parar? Ele não entrou. Fiquei tão distraído com a Rosa que não tinha
notado até me deitar. Agora é dormir e esperar o raiar do dia para eu
perguntar a este cabeção o motivo do sumiço.


Notas Finais


Salve, meus amigos! Pois é, o que dará nesta amizade do Pedrinho com a
Rosinha? Será que ela se tornará algo para ele além de amiga? Ou algo
inferior a uma amiga, como uma simples conhecida ou até inimiga? Vejam no
próximo capítulo.


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