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História Amnesia - A BUGHEAD STORY - Capítulo 23


Escrita por: N0Probllama

Capítulo 23 - Capítulo 23


-"Eu tô apaixonado. -ele começou. E eu tive o maior dejavu de todos- E eu sei que o amor é só um grito no vazio, e que o esquecimento é inevitável. Estamos condenados ao fim, e aí, um dia, tudo o que fizemos voltará ao pó, e eu sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você." -ele imitou iguaizinhos a fala de Augustus, mas não foi aquilo que me chocou. 

Eu lembrava de Jug ter dito aquilo. As mesmas palavras. As exatas palavras. 

Mas era um momento diferente. Estava embaçado, as vozes indo e vindo e a memória em pedaços. Mas teve uma parte que apareceu bem clara. 

"-Você pegou um medo, por causa de um livro que leu milhões de vezes, de ser esquecida. Medo de ser perdida nas memórias. Mas, eu te garanto que eu nunca, nunca vou esquecer você. Não vai ter um minuto em que você vai sair da minha cabeça. -ele, que estava dançando d rum lado ao outro na minha frente, parou, se virando para mim- Por que isso é impossível. Meu mundo gira entorno do seu rosto, do seu jeito, de você. Nossas histórias, nossas aventuras, tudo o que vivemos juntos, fazem parte de quem eu sou. Você, faz parte de quem eu sou, Betty. Por que sem você, eu me perco. 

-Jug... -eu já estava chorando, um sorriso enorme na cara, com tamanha a felicidade. 

Ele sorriu ese ajoelhou, bem próximo de mim. Secou  as lágrimas que escorriam pelo meu rosto, enquanto eu ria, tímida, secando as dele

E aí vinha o fecho que tinha acabado de escutar. 

-"Eu tô apaixonado. E eu sei que o amor é só um grito no vazio, e que o esquecimento é inevitável. Estamos condenados ao fim, e aí, um dia, tudo o que fizemos voltará ao pó, e eu sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você."

Minha cabeça começou a latejar, e eu pulei do sofá com o susto. O que estava acontecendo, o que eu tinha acabado de ver? 

-Eu perdi. -sorri, tentando agir com naturalidade- Vou lavar a louça. Me dá os pratos. -pedi, pegando os pratos e voando para a cozinha. 

Comecei a lavar a louça. Minhas mãos tremiam. Minha cabeça incomodava um pouco, e parei para massagear a testa. 

-Você se lembrou de algo. -me virei para ver Jughead, encostado no batente da cozinha- Você se lembrou de algo que a assustou. 

-É. -eu desliguei a torneira, me virando para ele- Eu me lembrei de algo sim. -me encostei na pia, ainda massageando a testa. 

-Do que, Betty? O que te assustou dessa maneira? -ele se aproximou cautelosamente- Você sabe que pode me contar tudo. -ele segurou de leve meu queixo, me fazendo encarar fundo em seus olhos. Aqueles olhos tão lindo, os quais me encantavam tanto.... e aqueles lábios, que estavam tão próximos que eu podia...

-Eu não me assustei com nada. -me afastei dele, indo para o outro lado da bancada. Tinha que me controlar. 

-Eu te conheço, sei quando você está diferente. -ele se aproximou novamente- Me diz, do que você lembrou? 

Eu suspirei, ele a centímetros de distância de mim. 

-Eu me lembrei de um pedaço só. -comecei. Contei a ele todos os detalhes, o parecia tornar a lembrança ainda mais real. Ele ficou quieto por um instante.

-E o que você está pensando? -ele sussurrou, se aproximando mais. -andei para trás, recuando, mas bati de leve na bancada, sem espaço.

-Eu... -encarei seus lábios, praticamente vesga de tentação ao tê-los tão perto- Eu...

-Você..? -ele perguntou. Ele queria aquilo tanto quanto eu. Me encarava, procurando alguma permissão. 

Eu fechei a boca, e levantei a cabeça, subindo o olhar de sua boca para seus olhos. Apenas fiz que sim com a cabeça, de leve, colocando a mão no seu ombro. 

Ele não hesitou antes de selar os centímetros que estavam entre nós. Sua mão correu para a minha cintura, enquanto eu prendi as minhas atrás de seu pescoço. Uma das minhas mãos subiu para o seu cabelo, e a outra parou em sua nuca. Ele subiu uma mão pelas minhas costas, e começou a acariciar meu cabelo. 

Ele me levantou e me colocou na bancada, enquanto eu cravava minhas pernas ao seu redor. Nos separamos por segundos, ofegantes para recuperar o ar, e voltamos a nos beijar. 

Eu me sentia finalmente completa. Não me importava que não me lembrava de nada. Naquele momento, ter ele ao meu lado era suficiente. 

Mas não era justo com ele. Agora quebrei sabia que Jug e eu tínhamos um passado, eu não podia fazer aquilo. Não podia machucá-lo. 

Me separei, e o empurrei de leve com uma das mãos, então saltei para fora da bancada. 

-Não. -eu disse- Não podemos fazer isso. -eu me virei, andando até a porta da cozinha. 

-Betty... -Jug tentou, segurando a minha mão e me impedindo de sair da cozinha, mas eu pedi, os olhos marejados.

-Por favor. -uma lágrima escorreu meu rosto e ele soltou, assentindo cabisbaixo. 

-Certo. Boa noite. 

-Boa noite. -beijei sua bochecha, mais uma lágrima escorrendo. 

Me virei a andei os ao quarto, tentando não mostrar que estava chorando. Deitei na cama, encolhida, e me cobri, me permitindo chorar até que tomei uma decisão. 

-Alô? -Veronica atendeu- Betty? 

-Ve? Oi. Eu quero te pedir uma coisa, se não for incomodar. 

-Claro que pode, imagina. 

-Eu posso ir morar com você?



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