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História Amnésia - Jantar e desculpas.


Escrita por: OutubroFlowers

Notas do Autor


Cadê as meninas mais lindas do meu coreee?! haha
Eu sei que vocês estão morrendo de curiosidade, mas não quero apressar o processo da Ami recuperar as memórias. Mas vou adiantando que, logo logo ela descobre alguma coisa haha. Bejosney <3

Capítulo 5 - Jantar e desculpas.


Fanfic / Fanfiction Amnésia - Jantar e desculpas.

– Porra, eu pedi tanto pra vocês! – Gritei, assim que voltei para fora.

 

– Foi mal Ze... Mas achamos que ela estava fingindo, e que quando nos visse, ela pararia com o teatro. – Matt comenta.

 

– Bom, agora vocês perceberam que é verdade! Ela não lembra das merdas que fez, e como puderam perceber, ela está diferente. Eu não quero que ela lembre dessas coisas! – Andei de um lado para o outro, estava nervoso e irritado. – Não quero que ela saiba! E se vocês ficarem a tratando desse jeito, claro que ela vai perceber que tem algo errado!

 

– É impossível esconder a verdade dela por muito tempo, Zacky. – Comenta Jimmy. – Mesmo que ela não recupere a memória, alguém vai acabar soltando...

 

– Sim, mas por enquanto... Ela acabou de acordar cara, está sensível. – Suspiro, procurando uma garrafa de cerveja. – Olha pra ela, é totalmente outra pessoa. Quando eu acordei hoje, ela estava cozinhando, estava toda alegre porque vocês viriam pra vê-la...

 

– Para com isso, estou me sentindo culpado... – Matt faz careta.

 

– Zacky tem razão, a senhorita Amitiel está mudada, e pra melhor, claro. – Comenta Cecilia, e então ela me encara. – Desculpe querido, mas assim que ela chegou, pensei o mesmo que seus amigos. Pensei que Ami estaria inventando tudo, pra que você não a deixasse, sabemos que ela teria coragem. Mas depois de conversar muito com ela, percebi que é verdade, ela esqueceu tudo mesmo!

 

– Caramba gente, mas isso está na cara! – Reviro os olhos e volto a me sentar. – Não estou pedindo pra que gostem dela, só estou pedindo que a respeitem e a tratem bem.

 

– Desculpe Zacky, eu posso ter exagerado. – Comenta Michelle.

 

Eu não consegui comer direito, já que o almoço estava acabado. Meus amigos perceberam meu desanimo, e foram embora logo, assim como Cecilia, dei uma folga a ela. Ami continuava trancada no quarto, me deixando ainda mais ansioso. Passo a tarde sentado no sofá, olhando pra TV, até que tenho uma ideia. Vou até a cozinha e começo a arrumar a mesa, coloco um vaso de rosas no meio e algumas velas, esquento toda a comida e sirvo a mesa. Apago a luz, e fecho as cortinas, pois ainda estava um pouco claro para um jantar a luz de velas. Subo a escada e paro em frente ao seu quarto, bato algumas vezes, esperando que ela estivesse acordada.

 

– Ami? – Chamo-a. – Ami, você está melhor? – Pergunto.

 

Ouço algum barulho e então a porta é destrancada e ela logo a abre. Ela parecia melhor, embora seus olhos estivessem um pouco vermelho.

 

– Estou melhor sim. – Sorri, delicada.

 

– Está com fome? Preparei a mesa só para nós dois. – Sorri, tentando ser convincente. – Você me acompanha?

 

– Claro, anjo. – Sorri.

 

Anjo. Ai está algo que ela nunca havia me chamado. Era sempre querido, sempre com uma voz indiferente. Ami costumava ser romântica, nos primeiros anos de nosso namoro, mas depois, era fria. Ver aquela delicadeza de novo, me fazia sorrir, enchia meu coração de esperanças. Era o mesmo com seu sorriso, Ami não costumava sorrir, suas fotos eram todas sérias. Mas agora, era maravilhoso vê-la sorrir.

 

Descemos a escada, percebi que ela estava descalça, era outro detalhe que, eu havia percebido que Ami não fazia muito.

 

– Puxa Zacky, você preparou tudo isso pra mim?! – Sua voz animada me tirou do transe.

 

– Sim. – Sorri. – Não foi muito, só organizei a mesa... – Ri quando ela concorda. – Quero me desculpar pelo que aconteceu no almoço.

 

Seu sorriso murcha um pouco, enquanto senta em um dos lugares.

 

– Não era pra ter acontecido aquilo...

 

– Tudo bem, seus amigos não gostam de mim, eu entendo... – Balança a cabeça e então suspira. – Parece que ninguém gosta.

 

– Amitiel... – Seguro em sua mão, fazendo-a olhar para mim. – Você é uma ótima pessoa, uma pessoa muito importante pra mim, com memórias ou sem memórias, eu amo você. – Ami me encara, e seu sorriso timido nasce em seus lábios. – Meus amigos te trataram daquele modo, porque vê costumava ser... Hm... Chata... – Comento, e ela dá uma risada. – Deixe isso pra lá, não quero que fique pensando nisso. Você recebeu uma chance de começar uma vida nova...

 

– Você tem razão. – Sorriu, balançando a cabeça. – Obrigada por continuar cuidando de mim, anjo.

 

– Eu sempre vou cuidar de você! – Retruco, beijando sua mão.

 

Por sorte, o episódio do almoço é esquecido, Ami não faz mais questão de perguntar sobre sua personalidade antes do acidente. Ela gostava de perguntar coisas sobre mim, coisas mínimas, como cores preferidas e qual era meu filme preferido. Perguntava sobre minhas tatuagens, que por sinal havia gostado muito. As vezes me surpreendia, quando me perguntava coisas sobre nós dois, como primeiro encontro, ou como nos conhecemos. Dava pra ver que ela estava se esforçando para lembrar das coisas, mas sinceramente, eu não estava querendo que lembrasse. Tinha receio de que, quando suas memórias voltassem, ela voltasse a ser aquela mesma Ami fria, que havia me machucado tanto.

 

Com o decorrer dos dias, tentei convencer Ami a sair um pouco de casa, mas ela não queria, dizia que tinha receio de sair sozinha, pois as ruas eram totalmente estranhas para ela. Levei-a no hospital, onde ela fez alguns exames, e depois, ela tinha psicólogo. Quando estava com ela, aproveitava o máximo, levava-a para passear na praia, ou pra fazer algum lanche. Ela gostava muito disso.

 

Guardo minha guitarra no lugar, preparando-me para deixar o estúdio e voltar para casa. Estava um pouco cansado, e com fome. A gravação do CD estava a mil, e logo teriam um show pela frente, tinham muito trabalho para fazer.

 

– Ei Ze, porque você não leva Ami no show? – Pergunta Jimmy.

 

– Não sei... – Dou de ombros. – Ela não esta querendo sair muito de casa.

 

– Mas aposto que ela vai querer ir em um show nosso! – Matt comenta animado.

 

– É verdade, mas quando eu quero convencer a Lea de algo, eu compro algo... – Jimmy riu. – Da última vez foi um filhote.

 

– Nada de cachorros, não vamos esquecer do que Ami fez com a Pinkly! – Brian bufou.

 

– Brian, pela milésima vez, a Ami não tentou matar a sua cadela! – Rolei os olhos.

 

– Ela praticamente jogou o carro em cima da Pinkly! – Retrucou.

 

– Gente, isso é passado! – Jimmy diz em tom alto. – Estamos lhe dando com a Ami boazinha. Talvez ela goste!

 

– Vale a pena arriscar... – Matt deu de ombros.

 

Deixo o estúdio com a ideia na cabeça, passo em uma loja para comprar um celular novo, já que o dela havia estragado no acidente, e eu havia esquecido de comprar outro. Depois passei em um petshop, comprei um filhote de cachorro, era preto e peludo, parecia ser muito carinhoso. Comprei tudo o que precisava, e então segui para casa quando já estava anoitecendo.

 

Quando cheguei, Ami estava sentada no sofá, assistindo uma de suas séries preferidas do momento, Sleephollow. Assim que me viu entrando, pulou do sofá, com um sorriso no resto.

 

– Oi anjo! – Ela se aproxima. – Estava te esperando, eu fiz a janta hoje, fiz sozinha e... – Seus olhos azuis baixam para a caixa em minhas mãos. – O que é isso?! – Sorriu, animada.

 

– Isso, é um presente pra você. – Estendo a caixa para ela, que pega, com um sorriso animado.

 

– O que é?! – Riu, colocando a caixa em cima do sofá. Assim que abriu a tampa, a pequena coisinha preta, pulou para fora. – Ah! Eu não acredito! – Ela sorriu animada e surpresa. Eu nunca pensei que Ami ficasse tão feliz com um cachorro. – É mesmo pra mim?

 

– Claro que sim! – Sorri, me aproximando. Vejo-a pegá-lo no colo, e encostar seu rosto no dele, com uma expressão fofa no rosto. – Como você vai chamá-lo?

 

– Hm... – Ela levantou o pequeno cachorro, e lhe encarou pensativa. – Ele vai ser o meu Ichabod Crane! – Riu animada e eu a acompanhei. – Muito obrigada Zacky, eu amei! – Ela levantou e me abraçou forte, ainda segurando o filhote.

 

– Não foi nada. – Respondo, beijando sua testa e acariciando o filhote. – Comprei um celular pra você poder usar, assim podemos nos falar...

 

– Não precisava...

 

– Claro que sim! – Reviro os olhos. – Afinal, algumas pessoas vão tentar entrar em contato com você, assim que souberem que está acordada...

 

– Tudo bem. – Ela sorri. – Vamos jantar? Eu fiz uma coisa pra você! – Ela sorri, sapeca.

 

Olhei a mesa toda arrumada com um sorriso no rosto, Ami havia cozinhado macarrão com almondegas, um de meus pratos preferidos. Minha barriga imediatamente roncou, e eu me sentei. Ami estava muito bonita, usando um vestido preto, de alcinha, seus cabelos sempre estavam soltos, eu gostava disso. Ela serviu meu prato, e depois serviu o seu próprio. Sentou-se a meu lado me lançando um olhar curioso, quando eu peguei nos talheres. Imediatamente, eu provo a comida que ela havia feito.

 

– E então? – Ela ergueu a sobrancelhas.

 

– Uma delicia! – Balanço a cabeça. Era mesmo verdade, estava muito bom!

 

– Obrigada! – Riu orgulhosa de si.

 

Ficamos alguns momentos em silêncio, já que estávamos comendo. Ami termina primeiro, mas continua sentada para me fazer companhia.

 

– Sabe, hoje eu estava pensando em voltar a escrever naquele blog... – Ela morde os lábios. – Eu tenho lido várias coisas lá, pensei em mudar, falar sobre coisas diferentes, ou sobre o que estou passando. Não só sobre coisas superficiais... – Ela bufa.

 

– Acho que é uma boa ideia. Você precisa começar a refazer suas atividades. – Balanço a cabeça, concordando.

 

– Sim... – Ela murmura, então me encara, um tanto hesitante. – Zacky, tem outra coisa...

 

– O que foi? Lembrou de algo? – Pergunto um tanto preocupado.

 

– Não. Mas eu... Eu queria muito saber sobre meus pais, queria conhecê-los. – Ela me encara, um tanto agoniada. – Eu não cito eles em lugar algum...

 

– Você e seus pais tem uma relação um pouco complicada Ami. – Comento, suspirando fundo. Deixo o talher, pois já havia acabado. – Seu pai, acho que não seria uma boa ideia encontrar com ele. Mas sua mãe ficaria muito feliz em te ver...

 

– Você acha? – Seus olhos azuis me encaram hesitante. – Com toda essa distância, sinto que fiz algo ruim...

 

– Você não fez nada, Ami. – Menti. Sorri, tentando reforçar minha mentira. – É que sua mãe Amara, sofreu um acidente, foi no começo de nosso namoro. Ela caiu da escada, e infelizmente perdeu o movimento das pernas. A saúde dela se complicou, e seu pai achou melhor interná-la.

 

– E eu nunca fui visitá-la? – Pergunta, em um fio de voz.

 

– Poucas vezes...

 

– Eu quero ir. Quero ir vê-la. – Diz decidida. – Você me leva até ela? – Pede, com delicadeza.

 

– Claro que sim, Ami. – Sorrio. Ami agradece com um sorriso. – Tenho um convite pra te fazer.

 

– Mesmo?! – Ela sorri.

 

– A banda vai fazer um show, eu e os rapazes achamos legal você ir. – Comento, lentamente. Vejo sua expressão mudar um pouco, parecia hesitante. – É um pedido de desculpas, Ami. Eles entenderam pelo que você está passando, querem desfazer aquilo...

 

– Tudo bem. – Sorriu delicada. – Vai ser ótimo ver você tocando! – Riu.

 

Não é que a ideia de Jimmy tinha funcionado?!

 

Bem, como sempre Ami foi dormir em seu quarto, depois de nós termos limpado a mesa e conversarmos muito. Fui para meu quarto, tomei um banho demorado, mas antes de dormir, fiquei pensando em nossa conversa. Ami estava querendo seguir com sua vida, queria falar com seus pais. Essa última ideia me deixou um pouco apavorado, eu não sabia o que poderia acontecer se Ami soubesse da verdade. Eu sabia que conversando com Dona Amara, sobre a situação de Ami, ela entenderia. Mas seu pai... Tinha certeza que ele jogaria tudo na cara de Ami. Bem, eu tentaria evitar isso.  



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