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História Amnésia - Pequenas Lembranças.


Escrita por: OutubroFlowers

Notas do Autor


Oláar minhas morcegas e bruxas do Coreee <3
Mais um aqui pra vcs, era pra ter postado ontem, mas fiquei com preguiça e tbm estava escrevendo outras fics haha.
Enfim, tenho um leve pressentimento que vcs vão gostar desse capítulo haha.
Fiquei com preguiça de cortar a foto bonitinha, mas da nada! Pra quem não sabe, a modelo é a ReeRee Philips, muuusa gótica da parada toda KKK Enfim, espero que gostem. Bejosney <3

Capítulo 6 - Pequenas Lembranças.


Fanfic / Fanfiction Amnésia - Pequenas Lembranças.

Acordo animada e ansiosa, pois hoje, eu finalmente veria minha mãe! Passados dois dias da minha conversa com Zacky, ele achou melhor ir na frente, para contar sobre minha situação para minha mãe. Eu achei até melhor, mas no fim, eu sabia que ele provavelmente, pediria a ela para não responder minhas perguntas, sobre o relacionamento com meus pais. Bem. Eu estava seguindo a ideia de deixar tudo de ruim para trás, mesmo com a curiosidade me coçando por inteira. Assim que levanto, faço minha higiene matinal e vou direto para o computador, ontem pela tarde, havia feito uma carta para postar no blog, Zacky me ajudou a mexer naquilo, e a entender meu celular, pois aparentemente eu havia esquecido como se fazia aquilo. As respostas vieram depressa, comentários de pessoas felizes com a minha volta e que rezavam por minha recuperação, já que deixei claro sobre minha amnésia. A minha ideia inicial era compartilhar como estava sendo a busca por minhas memórias, e muitos dos meus seguidores, ficaram interessados. Passei a usar o tal do intagram, que Zacky havia instalado em meu celular. Lá eu percebi que, havia fotos mais pessoais, haviam algumas fotos minhas e de Zacky, eu havia adorado ver nossas fotos assim tão íntimos. Mas o que era estranho, era que eu não sorria nunca nas fotos. Não estavam brincando quando diziam que eu era séria demais. Isso coçava ainda mais a minha curiosidade em saber como eu era, antes de tudo acontecer. Mesmo com Zacky me garantindo que eu não tinha nada a me preocupar. Mas eu sabia, que ele estava apenas me protegendo.

 

Eu havia percebido, nesses dias, que todo meu sentimento por ele estava crescendo. Ele tem me ajudado, pacientemente e amorosamente. Ele estava sempre com aquele olhar cheio de ternura sobre mim, me dando presentes, me agradando, fazendo o possível para me ver bem. Claro que eu estava gostando dele, seria impossível não gostar de um homem como ele. Eu começava a entender, o porque de ter aceitado me casar com ele.

 

Depois de responder mais alguns dos comentários do blog, desci para tomar café. Ichabod veio logo correndo, latindo para mim em busca de carinho, eu apenas sorri e caminhei para a cozinha. Encontrei Zacky e Dona Ceci conversando.

 

– Bom dia! – Digo em um tom alto e animado.

 

– Bom dia querida! – Ceci sorri, de um jeito amoroso.

 

– Bom dia, Ami. – Zacky me dá um beijo na testa.

 

– Hey Ceci, hoje eu vou conhecer minha mãe! – Comento, animada enquanto fazia um pão com presunto e queijo. Zacky sorriu.

 

– Ze me contou. Eu fico muito feliz com isso, menina! – Ela sorri.

 

– Estou ansiosa! – Comento, me sentando na bancada, ao lado de Zacky. – Você acha que ela vai se importar muito, por eu não lembrar de nada?

 

– Você me perguntou isso zilhões de vezes, e o que eu respondi? – Ele me encara, rolando os olhos e me fazendo rir.

 

– Que ela me ama, independente do que tenha acontecido e que quer me ver. – Respondo entre sorrisos.

 

– Isso mesmo. – Ele sorri.

 

– Anjo, você nem imagina a quantidade de coisas boas que as pessoas me comentaram no blog! – Comento e ele sorri.

 

– Eu imaginava que isso fosse acontecer. – Zacky sorri, tomando seu café. – E você não acreditou quando eu disse. Mas, se surgir coisas ruins, não se importe, internet é assim mesmo.

 

– Tudo bem.

 

Depois do café, eu corri para meu quarto, tomei um banho rápido e resolvi me vestir. Eu gostava muito das roupas que eu tinha, realmente, o meu eu do passado, tinha um bom gosto. Gostava dos vestidos, e como hoje fazia um dia nublado, eu decidi usar um que tivesse mangas cumpridas, da cor preta e de veludo. Queria ir bem arrumada, então caprichei na maquiagem e coloquei um colar. Escolhi novamente um dos menores saltos. Eu tinha várias bolsas legais para alguém com um estilo como o meu, era bolsa com formato de abóbora, de morcego ou de caixão. Eu realmente gostava daquilo. Mas hoje, queria uma que fosse mais discreta, então escolhi uma pequena bolsa preta em formato de coração, guardo minha carteira com meus documentos principais, e meu celular. Quando desço, Zacky já esta a minha espera.

 

– Você está linda! – Zacky me encara, de baixo a cima e eu fico envergonhada.

 

– Obrigada. – Sorrio lhe encarando. Ele sempre sabia se vestir de um jeito sexy, ainda mais quando jogava aquela jaqueta de couro por cima. – Você também está lindo.

 

– Obrigado. – Ele segura em uma de minhas mãos. – Vamos indo...

 

Então nós fomos, o caminho até o lugar era bem distante. Zacky me contou que, minha mãe tinha quarenta e nove anos, e que no dia em que caiu da escada, estava sofrendo com um começo de infarte. Sua saúde ficou delicada por conta disso, e parece que, por ter batido a cabeça, perdeu parte da visão e que na clínica, estavam tentando reverter a situação. Fiquei ainda mais ansiosa quando Zacky passou pelo portão de uma grande mansão, estacionou o carro e então nós descemos.

 

– Ei, vai dar tudo certo! – Ele sorriu, pegando em minha mão.

 

Eu apenas assenti, apertando minha mão na sua e então caminhamos para dentro do lugar. Tivemos de mostrar nossos documentos na recepção, e recebemos um crachá de visitantes. Eramos guiados pelo lugar, eu podia ver vários médicos caminhando, e pessoas com paraplégicas ou até mesmo pessoas cegas. Zacky era quem falava tudo o que precisava ser falado ao médico que cuidava de minha mãe, eu estava tão ansiosa que não prestei atenção. Mas quando chegamos ao enorme jardim da clínica, percebi que havia pacientes com seus familiares, eu ouvi o médico comentando que, os pacientes podiam passar o dia todo com os familiares ali no jardim, ou podiam passar um dia fora dali.

 

– Lá está ela... – Zacky aponta discretamente, para uma mulher em uma cadeira de rodas. Ela estava um pouco longe, mas eu conseguia lhe ver perfeitamente. – O médico disse que a visão dela melhorou bastante, pois realizaram uma cirurgia a pouco tempo...

 

– Então ela vai poder nos ver? – Pergunto. Sinto minhas mãos suarem.

 

– A visão dela está um pouco turva, mas sim, ela vai nos ver. – Diz sorrindo. – Vamos lá.

 

Conforme vamos nos aproximando, eu sinto meu coração bater forte. Vejo que minha mãe é bem parecida comigo. A pele pálida, os olhos azuis e cabelos negros com alguns leves fios brancos. Ela parecia distraída, olhando para as flores do jardim, que por um acaso eram rosas vermelhas, minhas preferidas.

 

– Dona Amara! – Zacky disse, em um tom alto, enquanto nós nos aproximávamos.

 

Imediatamente ela procura a voz, e então olha em nossa direção. Ela sorri, eu sinto que, mesmo que ela não consiga me ver com nitidez, ela sabe que sou eu ali. Suas mãos tocam seu rosto, em um gesto de surpresa.

 

– Você trouxe minha menina! – Ela diz. Há uma mistura de emoções em sua voz, e seus olhos claros derramam lágrimas.

 

– Sim, eu prometi, não foi?! – Zacky diz sorrindo.

 

– A senhora é linda! – Eu disse, sentindo minha garganta arder. Aproximei-me, me ajoelhei para ficar em sua altura, e seguro em suas mãos. – Consegue me ver...

 

– Sim querida! Você está linda! – Diz sorrindo e chorando ao mesmo tempo. Suas mãos tocam meu rosto, e eu deixo escapar uma lágrima, sem entender o que meu coração estava sentindo. – Ah minha menina, como senti sua falta, como senti falta se seu abraço! – Eu me apresso em lhe apressar e a escuto fungar.

 

– Eu estou aqui agora. – Respondo, tentando segurar meu choro. – Eu sinto muito por não me lembrar da senhora. Tudo o que eu mais queria agora, era poder recuperar essas memórias, mas quero que a senhora saiba que, mesmo não lembrando, eu a amo! Eu a amei assim que botei meus olhos em você!

 

– Eu também te amo, minha menina, meu anjinho. Nunca deixarei de te amar. – Ela acaricia meu rosto, enquanto eu limpo sua bochecha de lágrimas. – Zacky esteve aqui e me contou o que aconteceu. Mas o importante é que está aqui, saudável! Você não sabe o quanto fiquei com medo de te perder...

 

– Eu sei... Mas desde que acordei, sinto que não fui uma boa pessoa, mesmo com Zacky me dizendo ao contrário. – Sorrio, e ela também. – Não sei se fiz algo de errado a senhora, mas quero lhe pedir desculpas.

 

– Ah, minha Amitiel! – Ela sorri ainda mais, beijando minha testa. – Zacky tem razão, não há nada do que se desculpar, meu anjo. – Ela diz.

 

Era como eu imaginava. Seu tom de voz era protetor, assim como seu olhar sobre mim. Mas naquele momento não me importei, eu só quis aproveitar e conhecer minha mãe. Então, Zacky e eu sentamos em uma das mesas que havia ali, e minha mãe nos acompanhou.

 

– Como você está, meu anjinho? – Ela sorri, pegando em minha mão. – Sei que Zacky tem cuidado de você, depois que acordou. – Ela diz, encarando o mesmo com um sorriso.

 

– A senhora me conhece, eu nunca deixaria Ami sozinha. – Ele responde, me fazendo sorrir.

 

– Sabe, a senhora tinha razão, tem mesmo anjos me vigiando. – Disse, enquanto apontava para Zacky. – Zacky tem sido meu anjo da guarda, e esta me ajudando com tudo. A senhora nem imagina! Ele me deu um cachorro, ele é muito lindo e muito peludo!

 

– Mesmo? Você nunca gostou de cachorro... – Ela riu, com a testa franzida.

 

– Bem, eu acho que perder minhas memórias, me mudou totalmente. – Comento. – Eu aprendi a cozinhar!

 

– Não acredito! – Ela sorri surpresa.

 

– É verdade, e está cozinhando muito bem! – Zacky diz meio ao riso.

 

– Viu só! Eu quero que a senhora passe um dia conosco, assim posso preparar algo especial! – Digo animada.

 

– Eu vou adorar querida! – Concorda.

 

Passar a tarde conhecendo minha mãe, foi maravilhoso. Eu colhi algumas informações sobre minha infância. Minha mãe havia contado que eu sempre fui muito teimosa, que eu sempre estava lhe roubando suas maquiagens pois era muito vaidosa, e que também era muito namoradeira. Por um instante, eu tive um pequeno vislumbre, de mim mais nova, em frente ao espelho, passando um batom vermelho. Ela não me contou muito mais do que coisas assim, nem comentou sobre meu pai. Mas não importava, eu teria outros dias com ela.

 

– Eu prometo que venho visitar a senhora logo, mãe! – Eu a abracei e beijei sua bochecha.

 

– Eu vou ficar esperando, minha filha. – Ela beijou minha testa e mãos. – Cuide bem de meu anjinho, Zacky! – Ela o encara.

 

– Pode deixar Dona Amara! – Responde Zacky, rindo.

 

Então deixamos o lugar. Eu não conseguia parar de falar durante o caminho, estava me sentindo tão feliz, que meu coração parecia querer saltar do peito. Quando chegamos em casa, Zacky teve de sair logo depois, era algo relacionado ao estúdio, mas disse que logo voltava. Então coloquei uma roupa mais confortável, brinquei com Ichabod, e quando cansei, me sentei no chão da sala, com ele. Meus olhos alcançaram o piano, o que me chamava atenção, desde que eu havia chegado.

 

Deixei Ichabod no chão, e me levanto. Sentei em frente ao piano e com as pontas dos dedos, começo a apertar as teclas. Não era bem uma música, eram apenas teclas aleatórias, que faziam o som ecoar pela sala. Eu me senti familiarizada com o som, e continuei com aquela brincadeira. Até meus dedos acertarem as teclas certas, formando uma música que, não me era estranha. Eu não tinha ideia de que música era aquela, nem de como estava conseguindo tocar, mas continuei. Fechei meus olhos, escutando a melódia que, mesmo não estando cem por cento correta, me agradava.

 

Então, vejo mais um vislumbre. Eu estava tocando, com mais agilidade, como se eu fosse parte do instrumento. Mas sinto alguém tocar meus ombros, não preciso olhar para saber quem é, eu reconhecia aquele toque em qualquer lugar. Ouvi sua risada em meu ouvido e seu nariz roçou em meu pescoço. Eu sorri, parando de tocar, e virando para lhe encarar. Vi o sorriso de Zacky surgir antes de me beijar. Eu gosto daquela sensação e me levanto, minhas mãos cegas baixam a tampa do piano e, ali eu me sento. Zacky sorri, se encaixando no meio de minhas pernas.

 

Eu abri os olhos, sentindo meu corpo arrepiado. Minha testa franzida e meus dedos paralisados.

 

– Ami, está tudo bem? – Ouvi a voz de Zacky e sinto-o tocar meus ombros.

 

– S-sim... – Gaguejei.

 

– Você estava tocando?! – Pergunta surpreso.

 

Meu corpo pareceu ferver, com aquele toque, com a sua voz tão próxima. Tinha certeza que havia sido uma lembrança, uma memória. Era tão real, que eu podia sentir o calor e a excitação, eu podia sentir o corpo de Zacky contra o meu. Me levantei lentamente e lhe encarei, ele parecia preocupado, mas eu o ignorei. Tudo o que eu queria agora era sentir seus lábios nos meus. E assim eu fiz.

 

Minhas mãos agiram por conta própria, segurando seu pescoço, fechei meus olhos e busquei sua boca com a minha. Quando nossos lábios se encontraram, senti-me mole, com as pernas bambas e meu corpo esquentou mais ainda. Zacky pareceu surpreso com o ato, mas logo suas mãos seguraram minha cintura levemente. Eu passei minhas mãos por seus ombros, não queria me afastar. Mexi meus lábios contra os dele, sem saber exatamente o que eu estava fazendo. Por alguns segundos, eu afastei meus lábios dos dele, apenas para encarar seus olhos. Ele encarava meus lábios, e eu dei um leve sorriso. Como era lindo! Não demorei a beijá-lo novamente, e desta vez Zacky correspondeu de uma maneira mais intensa. Sua mão apertou minha cintura ainda mais, e sua língua invadiu minha boca, de um jeito desesperado. Era saudades, eu sentia isso. Como em minha memória, eu tateei o piano, fechando a tampa e sentei em cima. Zacky não demorou a se encaixar no meio de minhas pernas, me fazendo sorrir. Eu senti suas mãos deslizando por minhas pernas, e seus beijos desviaram para meu pescoço. Ali eu percebi, que aquilo já havia acontecido mesmo, eu estava certa, meu vislumbre era uma memória. Então, com a respiração falha, eu levei minhas mãos até o rosto de Zacky, fazendo-o me encarar.

 

– Eu lembrei... – Resmunguei. Zacky pareceu voltar a si, e então me encara nos olhos. – Isso já aconteceu, eu lembrei de nós, aqui... Exatamente assim...

 

– Ah... I-isso é muito bom... – Ele dá um leve sorriso.

 

Eu toquei seus lábios novamente e o abracei. Eu não quis dizer, mas junto com aquela memória, eu tinha lembrado de algo, algo muito importante.

 

Eu havia lembrado do quanto o amava.  



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