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História Amnesia - Lauren vs. Austin


Escrita por: H4rm0niz3r

Notas do Autor


Heeeey. Eu vi q vcs falam de Amnesia no tt. Então se quiserem perguntar algo por lá ou qualquer coisa usem uma tag. Eu leio o q vcs falam...

Capítulo 33 - Lauren vs. Austin


 

Pov Lauren

Aquilo que acontecru ontem foi tipo... Inexplicavelmente inexplicável. Eu estava me sentindo chateada ainda mas... Estava tudo certo na medida do possível e aquilo parecia ser um pouco reconfortante. 

Eu só não conseguiria explicar tão bem quanto Camila. Eu me magoei um pouco mas não podia deixar que ele fizesse a cabeça dela e também não podia deixar que Camila sofresse. Só... Fiz o necessário.

Estava sentada ainda sonolenta na cama enquanto Camz fazia sua higiene matinal no banheiro do quarto com Alf.

Suspirei e esperei ela sair. Ela era uma bomba de amor... Eu tinha sido atingida.

Camz saiu do banheiro alguns minutos depois e me olhou com certo... Receio?

-O que foi?-Perguntei com o venho franzido.

-Ele... Ele me ligou, Laur. Acha que está tudo bem e que tem tudo sobre controle... Eu preciso ir e acabar com isso. Ele não vai me usar e não vai continuar com seus objetivos.

-Tem noção do que está falando para mim? Você não sabe o que pode acontecer. Não sabe qual seria a reação dele. E se...

-Lolo! Pense assim... Nós podemos fazer ele se afastar para sempre. Como naquelas missões de jogos! 

-O que? Como assim?-Franzi o cenho.

Ela se sentou ao meu lado e Alf lambeu minha mão. 

-Eu saio com ele e você nos segue. E daí nós aprontamos alguma coisa e fazemos ele cair na real.

Olhei-a incrédula.

-Sério? Parece que você ainda não saiu da escola... O que quer fazer?

-Jogar ovos no carro dele, estourar os pneus e... Alguma sugestão?

Ri. Se um dia ela fosse traída não que iria acontecer...

-Tá, ok, eu topo...-Falei.

-Vamos comprar os ovos e...

-Ei... Vai com calma... Eu compro. Mas você precisa me dar algumas informações durante o seu encontro. Se não...-Fiz uma careta.

-Eu sei, eu sei...-Ela gesticulou.-Mas você também precisa vigiar. Não quero ser agredida, nem estuprada à força nem...

-Isso não vai acontecer.-Falei séria.-Confie em mim.

Ela fez que sim com a cabeça e eu ri mais ainda.

-Você tem cada ideia, Camz...

-Se ele é tão babaca, o que vamos fazer é pouco.

-Você sabe que não se deve fazer isso com ninguém e... 

-Sh...-Camz me interrompeu.-Com ele nós podemos.

Revirei os olhos e me levantei da cama.

-Quando ele vem te pegar?-Perguntei.

-Daqui à duas horas...

-Dá tempo de comprar os ovos...

Ela fez que sim com a cabeça e sorriu malvada. Camila escondia muito bem sua decepção, isso era fato.

-Lolo...-Ela me chamou.-Não me deixe apanhar...

Ela tinha um olhar suave mas parecia um pouco decepcionada... É, comigo ela nunca ficaria assim.

-Eu não vou te deixar apanhar...-Falei por fim. Camila sorriu e eu fui para o banheiro fazer minha higiene matinal.

Troquei de roupa e saí, dando um beijo na bochecha de Camz e acariciando Alf.

-Eu vou comprar os ovos, pregos e um martelo, ok?-Sussurrei.

-Eu te digo para onde estamos indo. Fique por perto mas não tão perto. Não quero que ele descubra quem foi... 

-Se não eu apanho?-Arqueei uma sobrancelha e ri.

-Isso aí. 

Eu sei que o que ele fez era grave mas aquilo havia se tornado uma piada interna. Mas eu não podia parar de ter pena da ex-mulher dele.

Suspirei e desci pelo elevador, entrando no carro e dirigindo até o supermercado mais próximo. 

Comprei os ovos e voltei para o automóvel, indo para uma loja de construções. Terminei de pegar o que eu precisava e recebi uma mensagem de Camila.

"Coloquemos o plano em prática. Estamos indo para um restaurante perto daquele pub que você disse que sempre frequentávamos."

Franzi o cenho, tentando me lembrar de um restaurante. Ah sim, havia um na rua do pub. Balancei a cabeça e liguei o rádio, e cantarolei baixinho, ouvindo a doce voz de Ed Sheeran.

Parei à um quarteirão do restaurante e esperei mais mensagens de Camila. Não demorou muito, o que me fez dar graças. 

"Ele deixou o carro na rua. Sorte sua. Olhe, rimei... Sou poetisa."

Ri e neguei com a cabeça. Peguei a sacola com as coisas e tentei parecer uma pessoa fora de suspeita.

Se eu colocasse os óculos escuros iria parecer uma bandida... Ri sozinha e neguei com a cabeça. 

Tentei achar o carro de Austin e vi o sedan encostado em uma vaga qualquer. O problema é... Como ru faria isso sem ninguém me ver? Não sei... Eu provavelmente teria que me virar já que toda a parte difícil do plano ficou comigo...

Olhei para a rua e não havia aparentemente ninguém. Joguei os ovos nos vidros e pelo resto do automóvel. Chequei novamente se não haviam pessoas e tirei quatro pregos da sacola. Estourei os pneus com a ajuda do martelo e corri para que não fosse identificada. Estranho não ter ninguém à essa hora... Deve ser porque todo mundo deve estar trabalhando. 

Voltei para o meu carro e esperei algum sinal de Camila. Senti meu celular vibrar e li a mensagem com calma.

"Por que tudo nele agora soa falso? Que cara chato... Quando você acha que eu devo mandar a real para ele?"

Digitei rapidamente e mandei para ela:

"Quando ele quiser dar em cima de você..."

Eu devo ter ficado uma hora inteira dentro daquele carro. Às vezes ligava o ar condicionado, mudava a rádio, batucava no volante e cantava "Baby, I'm Yours". Seria até engraçado se aquela ansiedade não estivesse passando. Eu só estava esperando uma resposta de Camila mas... Bom, eu acho que devo sair e ver o que diabos estava acontecendo.

Me aproximei do carro dele e vi os dois saindo do restaurante. Mantive uma distância segura e observei o que acontecia. Ele pareceu chocado ao ver o estado do automóvel. Camila parecia conter uma gargalhada enquanto ele se desculpava e checava os pneus estourados.

Camz falou algo e ele consentiu, se aproximando e parecendo um pouco frustrado. Eles conversaram por alguns minutos e eu franzi o cenho com todo aquela demora. Sobre o que estavam falando?

Continuei olhando e umedeci os lábios querendo que Camila chutasse suas partes baixas e corresse. Mas o que vi me deixou mais chateada ainda. Ele a puxou e ela não esboçou nenhuma reação contra aquilo... 

Fechei os olhos e me virei, andando devagar de volta para o carro. Eu era realmente bem idiota. 

Ela estava lá e eu poderia prever o que faria. Poderia ouvir seus batimentos cardíacos a cada toque. Poderia sentir seu corpo se arrepiando com o choque causado pelos corpos. Mas eu me perguntava se ela se sentia completa. Ela se sentia completa?

O que eu poderia fazer? Eu teria que apenas... Vê-la se entregar para outro... E iria doer, claro que iria mas eram só as consequências de uma certa falta de amor.

As coisas estavam ao redor da minha cabeça e eu parecia a personagem de um clipe de rock alternativo bem retrô. E eu iria voltar para casa, se não fosse o grito que ela deu.

Tudo parecia estar em câmera lenta e o meu desejo era poder tirar as mãos sujas de Austin do corpo de Camila.

Ela se debatia tentando se soltar e ele a puxava como um canalha. Não... Eu não iria admitir isso. Corri em direção à eles e puxei Austin, dando um soco no mesmo. Como eu queria ter Dinah aqui...

O garoto se levantou e me deu um chute na perna, me fazendo cair no asfalto.

-Qual é a sua?!-Ele gritou. 

Me levantei e fiz a cara mais assustadora que eu conseguia. Eu não era de brigar e provavelmente nunca faria isso novamente, a não ser por Camila, mas... Dessa vez eu iria brigar para valer.

Cerrei os punhos e entrei em posição de luta enquanto ouvia os gritos de Camila para que deixássemos aquilo quieto.

Austin investiu e me deu um soco na barriga. Grunhi de dor e revirei os olhos. Ele se aproveitou da brecha e me deu uma rasteira. Caí no chão novamente e vi tudo turvo por conta da dor que estava me fazendo perder o ar. Camila tentou afastar Austin mas ele a empurrou para trás. Droga... Por que ninguém passava por aquela rua?

Franzi o cenho e tossi.

-Foi você que fez isso com o meu carro, não foi? Lauren Jauregui...

Ele chutou minha costela com força e fiz uma careta para não reclamar de dor. Não... Eu não poderia perder assim... Não mesmo. Peguei toda força que eu ainda tinha e me levantei, dando um soco na cara dele e o pegando de surpresa. Usei meu cotovelo para mantê-lo longe e chutei suas partes baixas. Ele gemeu de dor e caiu de joelhos. Empurrei-o pelas costas e me afastei, me sentindo quebrada.

-Lolo!-Camz gritou desesperada, me abraçando.

-Ai...-Reclamei. 

-Oh... Me desculpe, vamos sair daqui... Meu Deus...

Ela me ajudou a entrar no carro e colocou o cinto para mim. Aquela dor estava me matando. 

Ela entrou no banco do passageiro e me olhou assustada.

-Ok, eu sei que você não vai querer ouvir isso agora mas... Eu preciso falar e despejar tudo isso. Eu não gostei dele ter me agarrado, na verdade eu odiei... Nós estávamos falando sobre o carro e de repente ele mudou de assunto e... Fez aquilo. Laur, me perdoe...

-Eu...-Tossi.-Eu sei, Camz... Só quero ir para casa...

Ela fez que sim com a cabeça e eu comecei a dirigir, sentindo algumas dores pelo corpo. Ele era forte, isso eu não negaria...

Dei graças à Deus quando cheguei... Aquilo estava me matando. Camz me ajudou a sair do carro e me levou até o apartamento, enquanto eu me queixava das dores na barriga.

-Lolo... Deite na cama e fique em repouso absoluto. Eu vou ligar para Ally e...

Falando na Ally... Eu tinha esquecido de ligar para ela... Estava tão exausta que nem me lembrei...

Camz procurou por um telefone mas não achou.

-Ok, tire a camiseta.-Ordenou.

-Por que?-Perguntei. 

-Para eu cuidar disso...

Tossi e grunhi de dor, tirando a camisa e jogando no chão. 

-Não jogue no chão! A empregada iria surtar...-Ela murmurou.

-Não faça isso, não posso rir...-Reclamei.

-Oh, perdão... Eu vou pegar gelo e panos secos. 

Ela saiu do quarto e eu senti falta de Alf. E também gostei de bater em Austin, por mais que fosse errado... Mas depois do que ele fez, merecia uns tapas sim.

-Voltei, Lolo...-Ouvi a doce voz de Camila.

Ela passou os gelos pela minha barriga e aquilo me deu um alívio imediato. Ela ia secando as gotas com o pano enquanto fazia uma leve massagem com os dedos. Aquilo era muito bom...

-Lolo... Você está bem? Vai desmaiar?

-Não eu só... Estou de olhos fechados. Acho que o meu celular está vibrando...

-Tudo bem, eu vejo o que é...

Camila pegou o celular do bolso da minha calça e atendeu a ligação. Ela sussurrou o nome "Ally" e explicou o que tinha acontecido, escutando vários berros e gritos. Aquilo me fazia querer rir...

Ela desligou o celular e franziu o cenho adoravelmente. Ela era linda, quer dizer, sempre vai ser...

-Ela já está vindo para cá... Se prepare...-Camz sussurrou.

Ally iria me estrangular. Me esfaquear. Me esfolar. Me queimar. Resumindo, eu estava morta.

-Ok... Você consegue me esconder?-Perguntei para Camz.

Ela riu e negou com a cabeça. Seus cabelos, sua unha devidamente pintada, suas roupas, seu cheiro... Tudo nela era tão encantador. 

-Não, Lolo. Sem chances. Te esconder nessas condições é suicídio. Então... Prepare os ouvidos para escutar o sermão de Ally porque... Vai ser bem longo.-Ela deu ênfase no "longo" e fez uma careta linda...

Ah, como eu a amo... Suspirei e senti novamente o gelo na minha barriga e seus dedos tão delicados pressinando ligeiramente as partes afetas pelos golpes de Austin.

-Está doendo?-Perguntou. 

-Não...-Sussurrei.-Está bom...

Ela riu e continuou. Aquilo estava me dando um sono... E eu provavelmente dormiria se não fosse uma batida na porta e a campainha ser tocada insistentemente. 

-Ok... Eu vou atender e você... Faça uma cara de morta.-Ela sussurrou.

Mordi o lábio inferior e tentei parecer o mais doente possível para que Ally não me atingisse com sua cruz de madeira. Aquilo realmente doía. 



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