1. Spirit Fanfics >
  2. Amnesia >
  3. Capítulo Nove

História Amnesia - Capítulo Nove


Escrita por: horankillers e horansheart

Capítulo 10 - Capítulo Nove


my heart is breathing for this

 

– Puta que pariu Annie, eu posso explicar – Caroline disse, espantada. Niall olhou pra porta depois olhou pra minha cara, como se eu realmente não pudesse atravessar da cozinha para a sala. O barulho de música tinha ficado definitivamente mais alto, e como as casas aqui não eram grudadas uma na outra, presumi que o som viesse da sala. Abri a boca pra falar, mas Caroline colocou a mão sobre a mesma.

– Caroline do céu, ela vai chantagear a gente até o fim da vida – Niall disse, e eu ri, mesmo com uma mão em cima da minha boca. Segurei a mão da Caroline e a abaixei lentamente.

– Eu juro que não chantageio ninguém se me deixarem pegar um copo de água – Falei, e os dois olharam pra minha cara, espantados. Caminhei até o armário, peguei o copo e o enchi com água gelada. Depois os dois me conduziram até as escadas, todos em silêncio. Chegamos no meu quarto, e Niall trancou a porta. Sentei na cama e sorri pros dois – Parece que eu sou a primeira a saber de alguma coisa entre vocês, hein?

– Annie Sophie Grace, eu vou te matar – Caroline disse, enquanto eu me divertia com a situação. Niall roubou um dos meus alfajores e apontou pra mim

– Você – Ele disse, dando uma mordida – Vai ficar quietinha sobre o que você acabou de ver.

– Claro, loiro – Falei, com ironia – Imagina só se cair na boca do Louis que vocês se pegam. Ele vai espalhar pra tipo, um pessoal da China.

– É por isso que você não pode contar, Annie – Caroline disse, se sentando do meu ado. Olhei pro pescoço dela e quase dei um grito.

– Tudo bem, Car. Foi ele quem deixou aquele roxo no seu pescoço, não foi? Eu devia desconfiar – Falei, rindo, enquanto os dois me olhavam espantados – A propósito, ouvi uns barulhos bem sexuais outro dia, que eu pensava que eu estava sozinha com o Zayn em casa. Foram vocês dois também, não é?

– Meu Deus Grace, você tem ouvidos biônicos? – Niall perguntou, enquanto eu ria. Andei até o bule e peguei uma xícara de chá

– Não, vocês que são barulhentos – Falei, tomando um gole.

– Vai tomar chá e não vai oferecer mesmo? – Caroline perguntou, e eu ri

– Pode pegar. Há quanto tempo vocês estão juntos?

– Onze meses, quatorze dias e – Caroline disse, parando pra olhar no celular – Dezessete horas

– Meu Deus, maníaca – Niall disse, enquanto eu gargalhava.

– Gostei de descobrir que vocês estão juntos, sério – Falei, sorrindo – Formam um casal bem maneiro.

– Obrigada, Annie – Car disse, me abraçando – É bom saber que você não vai espalhar pra ninguém

– Obrigada, Grace – Niall disse, roubando mais um dos meus bolinhos – Se as bonitas me dão licença, vou descer antes que alguém me mate

– Alguém tipo? – Perguntei, desconfiada

– Liam. E o seu namoradinho.

– O Louis? Ah, espera ai, não somos namorados!

– Deveriam ser – Caroline disse, descendo as escadas e sorrindo ao fechar a porta – Não desça mais. Boa noite.

– Boa noite, Casal do ano – Falei, rindo. Me deitei outra vez, olhando pro céu quase sem estrelas lá fora. Me aconcheguei nos travesseiros, sentindo falta do perfume do Louis aqui. Respirei fundo, pensando nisso. Eu me sentia bem dependente dele. Não é bom, mas parece que me faz bem. Me afundei nesses devaneios e adormeci, observando os únicos pontos brilhantes no céu.

[...]

– Annie – Alguém chamava, me tirando do sono. Abri os olhos, confusa com a claridade do quarto. Coloquei a mão na frente do Sol, finalmente focando Caroline. Grunhi e me joguei de volta no travesseiro, querendo dormir mais. Ela bufou – O Brandon ligou. Falei pra ele que nos encontraríamos dentro de uma hora, então é bom você levantar o traseiro daí, donzela.

– Claro, realeza – Reclamei, me levantando.

– Assim que se faz – Caroline disse, rindo. Me encaminhei até minha pilha de roupas improvisada, pegando uma troca de roupa, e desci para o banheiro. Depois desci para a cozinha pra tomar café, onde encontrei o Harry. Foi quase estranho, já que eu quase nunca o via.

– Bom dia – Falei, abrindo a geladeira. As coisas ficavam complicadas quando Louis não vinha fazer meu café da manha.

– Bom dia – Ele respondeu – Panquecas?

– Ah, não acredito – Falei, sorrindo – Você salvou me café da manha, obrigada.

– Disponha – Harry disse, rindo. Peguei duas e coloquei no prato, cobrindo com chantilly e calda de chocolate. Preparei uma xícara de chá e me sentei a mesa com ele.

– O que foi? – Perguntei, reparando que ele olhava fixamente pras panquecas, depois pra minha cara.

– Você come mais chantilly e calda do que a própria panqueca – Ele observou, depois riu e voltou a comer.

– Mas é assim que se come panqueca. Qual a graça de comer pura? – Perguntei, e ele riu mais uma vez – Experimenta um pedaço

– Grace, você é esquisita – Harry disse, pegando um pedaço da minha panqueca – Ah meu Deus, isso é muito bom

– Ei, não coma tudo! – Briguei, puxando o prato pra mim e comendo uma garfada, desatando a rir da cara de cachorrinho que caiu da mudança que ele fez.

– Faz um desse pra mim?

– Olhe só – Falei, puxando o prato dele e colocando duas panquecas – É só descer chantilly, fofura. Aperta aqui e faz uma montanha. Depois cobre de chocolate. Voilá!

– Você deveria ser uma chef de cozinha – Harry disse, rindo e passando uma colherada de chantilly na minha cara – Mas você se suja demais

– Eu juro que faria você engolir tudo isso, mas o Liam não vai me perdoar uma terceira vez.

– O que é que tem eu? – Liam disse, repentinamente entrando na cozinha. Harry pegou um guardanapo e limpou onde ele tinha sujado.

– Nada não. Só estava comentando que fazia tempo que eu não o via, e eu queria saber do encontro – Falei, sorrindo.

– Depois – Niall disse, surgindo na cozinha também – Agora você vai dar uma voltinha comigo e comigo e com a Caroline, Sophie.

– Meu Deus, vocês chegam rápido! – Falei, rindo e tomando o último gole de chá – Foi um prazer te ensinar a comer panquecas, Harry. E precisamos conversar depois, Liam. Vamos, Niall.

– Claro, senhorita gentileza – Ele disse, rindo. Subi pra chamar a Caroline, e quando estávamos passando pela sala em direção à garagem, Louis nos parou. Ele estava sentado, tomando café sozinho enquanto lia um jornal.

– Onde é que os três pensam que vão? – Ele disse, sem tirar os olhos do jornal. Pisquei duas vezes, incrédula com a seriedade dele. Caroline segurou minha mão.

– Shopping. Ela precisa de mais coisas. – Ela disse, prontamente. Logo entendi o motivo: Se Louis sonhasse que estávamos indo nos encontrar com Brandon, ele simplesmente me mataria. E depois mataria Caroline e Niall.

– Achei que tinha dito que aquilo era suficiente, Annie – Ele disse, ainda sem abaixar o jornal.

– Ah, não. Faltam algumas coisas. Bem poucas – Falei – Mas Niall disse que tem um lago aqui em algum lugar, e eu queria visitar. Algum problema?

– Não, nenhum – Ele respondeu – Bom passeio.

– Obrigada – Falei, saindo. Entrei no banco de trás, incomodada com aquele comportamento. Ele me faz passar por todo o meu medo de velocidade. Então me leva pra um piquenique. E depois me manda ficar trancada no quarto, e no dia seguinte mal olha na minha cara. Ou eu tinha feito algo errado, ou ele estava voltando a ser quem os outros garotos diziam que ele era: um cara rude, fechado e estúpido. Realmente espero que não seja a segunda opção.

Brandon estava em frente a casa dele, nos esperando. Nos cumprimentamos de longe mesmo, já que ele disse que o caminho era meio comprido.Me deitei no banco de trás, absorta na ansiedade de conhecer meu pai e na confusão sobre o comportamento do Louis. Caroline e Niall conversavam tranquilamente enquanto seguíamos o carro de Brandon. Peguei uma das balinhas de menta que tinha trazido no bolso e joguei na boca. Peguei outra e fiquei admirando, pensando sobre ontem. Pode-se chamar aquilo de encontro? Não foi exatamente romântico, mas eu adorei. Niall parou bruscamente uma hora, me fazendo bater a cabeça no banco. Levantei, xingando, então percebi que estávamos em frente a casa do meu pai. Ninguém me disse que era a casa dele, mas eu simplesmente sabia.

– Annie... – Caroline começou, mas eu levantei a mão.

– É aqui. Eu conheço tudo aqui – Falei, me lembrando de algumas das coisas que eu tinha vivido ali – Eu vou com o Brandon. Vocês dois ficam.

– Mas e se ele quiser que você fique? E se ele não te deixar sair? – Niall disse, e eu bufei.

– É meu pai, não o Jason da serra elétrica. Fiquem aqui – Falei, caminhando até onde Brandon estava. Pedi que me acompanhasse, e ele não recusou. Caminhamos até a porta, e antes de bater, tive um súbito acesso de memória. Bata duas vezes, faça uma pausa. Depois bata três, uma pausa, e bata mais uma vez. É assim que nos comunicamos. Um toque de família, tudo bem?

E foi exatamente o que eu fiz. Duas batidas, pausa. Três batidas, pausa. Mais uma. Ouvi alguns barulhos vindos lá de dentro, embora eu pensasse que não tinha ninguém lá. Olhei pelas janelas, nada. As cortinas amarrotadas cobriam todo o campo de visão que eu poderia ter do que eu achava que era a sala.

– Faça isso mais uma vez, Annie – Brandon opinou – Talvez ele não acredite que seja você.

– Tudo bem – Falei, respirando fundo. Repeti a sequência. Duas batidas, pausa. Três batidas, pausa. Mais uma batida. Nada ainda. Soquei a porta, brava.

– Pra onde ele pode ter ido uma hora dessas? Ele deveria estar em casa! – Falei, e Brandon me olhou com dó.

– Podemos voltar outro dia, não tem problema. Alguma hora ele vai estar aqui.

– E se aconteceu alguma coisa com ele, hein? E se ele foi me procurar, não sei? E se acabou em um hospital? Brandon, eu quero ver meu pai. Agora.

– Ei, teimosa. Ele não está em casa. Vai fazer o que, ficar aqui plantada esperando ele voltar?

– E se eu ficar? – Desafiei, olhando brava pra cara dele. Niall desceu do carro, caminhando até nós dois.

– Ei, Annie. Tudo bem. Podemos procurar ele pela cidade, não podemos? Vamos dar uma volta – Ele disse. Olhei brava pra ele, depois olhei ao redor

– Niall, não tem cidade aqui. É mato pra lá. E pra cá são indústrias. O máximo de cidade que você vai achar é um supermercado a sete minutos oeste, um açougue a dez e alguns vendedores ambulantes na estrada. É um lugar pacato, escolhemos essa casa pra ninguém me achar. Sou uma fugitiva da minha tia, não lembra? – Falei, e os dois arregalaram os olhos.

– Tudo bem, como você se lembra de tudo isso? – Brandon perguntou, quase sorrindo.

– Foi automático – Respondi, confusa.

– Olhe, vamos dar uma volta no mercado. Depois voltamos aqui. Tudo bem?

– Claro – Respondi, voltando para o carro. O guiei até o mercado, e compramos doces. Achei uma cafeteria dentro do mercado, e pedi chá com leite. Pensei em variar e pedir café, mas cafeína pro meu corpo nesse horário e nessas circunstâncias seria sentença de morte. Voltamos para a mesma casa, e eu parei lá na frente. Sem alterações. Pedi que todos ficassem no carro dessa vez, e fui sozinha. Repeti a sequência de batidas. Duas, pausa, três, pausa, uma. Encarei a porta, e decidi mudar os métodos.

– Annie, o que é que...

– Papai! – Gritei, juntando um monte de pedras. Atirei duas, parei. Depois atirei mais três, e parei. Então finalizei com a última pedrinha. Voltei para a porta, batendo o pé, esperando resposta. Então uma esperança em forma de som veio pra me atingir: O som da maçaneta se mexendo. A porta se abriu pela metade, e eu visualizei um homem alto, barbudo, com olhos claros. Pisquei várias vezes, não acreditando naquilo, e o homem fez a mesma coisa. Os mesmos costumes. As mesmas caras de surpresa.

– Annie?

 


Notas Finais


Estão gostando? Muito parada? Comentem xx <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...