História Amnésia - Capítulo Único - Amnésia

Sasuke encarou o amigo a sua frente, Naruto estava radiante, no dia seguinte se casaria com Hinata e Sasuke era o padrinho do noivo. O quarteto havia crescido juntos, Hinata Hyuuga, Sasuke Uchiha, Naruto Uzumaki e Sakura Haruno que provavelmente estava com a noiva organizando os últimos preparativos. Sempre foram o típico quarteto inseparável, Hinata sempre amou Naruto que sempre correu atrás de Sakura, ela sempre correu atrás de Sasuke e ele, bem, ele amava a Hyuuga em segredo desde a quarta série do fundamental, quando tiveram que fazer um trabalho e o Uchiha se viu conhecendo a morena de olhos perolados.

Hinata usava os cabelos tão curtos na época que sua nuca ficava sempre a mostra, hoje em dia os cabelos batiam em sua cintura e ela estava ainda mais linda. Sasuke saiu da casa do loiro olhando para o céu nublado, provavelmente choveria e essa seria uma ótima desculpa para não ter que ir ao casamento no dia seguinte, poderia falar que estava doente. Inventaria um meio, um jeito. Alguma coisa. Não suportaria vê-la casando, por que ainda a amava, até mais do que sempre.

Hinata estava de pé em frente ao espelho, suspirou olhando a rosada parada ao seu lado.

- Sakura-chan. – Falou baixo sentindo o aperto no peito, passou a mão pela cicatriz em seu braço. – Como aconteceu o acidente mesmo?

A rosada suspirou.

- Hina-chan isso têm dois anos já. – Sorriu – Você e o Naruto-baka tinham terminado havia mais de três meses, geralmente não nos víamos muito. Naruto me ligou e disse que o seu carro tinha saído da pista por causa da chuva e que o Sasuke-kun havia te encontrado, o carro havia pegado fogo e se Sasuke não tivesse te tirado de lá, você teria morrido.

Hinata passou a mão novamente na cicatriz. Sasuke, sempre Sasuke. Quando acordou no hospital não se lembrava de nada, isso incluía sua família, seu nome, a si mesma. O moreno foi o que mais teve paciência e diferente de todos, mesmo de Naruto, que descobrira ser seu namorado, ele conhecia todos os gostos da perolada. Levou livros que ela amou e ele sempre sorria falando que eram os preferidos dela, a levava para lugares que ela sempre parecia conhecer. Com o tempo e tratamento, lembrou-se de flashs com sua família, com Naruto e com seus amigos. Mas algumas coisas ainda eram confusas, vez ou outra sonhava com o moreno deitado em seu colo enquanto ela lia, suas lembranças eram confusas e com o tempo, ele se afastou e ela sentiu mais falta dele do que de tudo o que não se lembrava.

Todas as pessoas a levavam para que conhecesse os melhores lugares que elas gostavam, Naruto a levou para comer ramém e sempre falava alegre, ela estranhou o fato de ele ser seu namorado, ele era tudo o que ela não era. Era alegre, extrovertido, animado, não parecia ter vergonha de nada e ele a amava, claro e evidente, do jeito atrapalhado dele, mas a amava. Sasuke a levou em uma loja de doces afastada do centro da cidade e quando Hinata entrou o vendedor a cumprimentou pelo nome, Sasuke explicou que aquele era o lugar preferido da garota e ela simplesmente acreditou nele, amava os doces no lugar, mas surpreendeu-se pelo moreno não gostar de nenhum. Ele odiava doces. Hinata sorriu pensando nisso.

- O que foi Hina-chan? Animada com o casamento? – Sakura perguntou observando o sorriso da perolada, ela apenas negou com a cabeça em silêncio.

- Eu preciso sair Sakura. – Respondeu já pegando sua bolsa e saindo pela porta.

Sakura a olhou e sorriu.

- Boa sorte Hina. – Falou baixo vendo o cabelo azulado já longe.

Sasuke estava sentado no café Anteiku, era tão comum ir ali com Hinata antes do acidente. Tomou um gole do café incorpado.

- Sasuke-kun. – A voz o fez virar-se e na porta estava a azulada a lhe sorrir, tão gentil e calma.

- Hinata. – Ele falou rouco e continuou a mexer em seu café. Hinata sentou-se a sua frente, olhava para a rua pela ampla janela de vidro do segundo andar, o aroma de café sempre lhe fora muito familiar, a chuva caía fina na rua.

- Sasuke-kun, já se sentiu como se as coisas estivessem erradas? – Falou sem olha-lo e ele a encarou.

Ele sentia isso todos os dias em que acordava e ela não estava ao seu lado. Sentia quando ela o abraçava como na primeira vez em que a visitou no hospital, ele fora o único que ela abraçara e sentira-se segura, mesmo não lembrando-se dele também.

- Está sentindo isso? – Perguntou e ela baixou o olhar.

- Não faz sentido. – Ela falou sussurrando e o encarou sustentando o olhar do moreno. – É esmagadora essa sensação. Sinto como se não estivesse completa. Não duvido que amei o Naruto-kun, ele me mostrou as cartas que o mandei. – Fechou os olhos e os abriu novamente. – Mas parece que aquilo foi a tanto tempo atrás. Sakura sempre está comigo, mas parece que está pisando em ovos. Eu sinto sua falta.

Ele se assustou com a fala da morena e ela sorriu enquanto balançava a cabeça negativamente, como se quisesse afastar algum pensamento.

- Mas parece que nunca fomos tão próximos, não temos fotos juntos, não tenho nada que me ligue a você no passado e ainda assim, parece que só com você eu sou eu mesma. – Respirou fundo. – Me diz porque isso acontece. – Sua voz era suplicante – Vou me casar amanhã e sinto como se não fosse certo, mas... – Falava baixo – O que é certo Sasuke-kun?

Ele sorriu, ainda era ela ali apesar de tudo.

- O que te faça feliz.- Ele falou rouco. – Acho que isso é o certo.

Ela o encarou e sorriu.

- Hinata-sama. – Neji, seu primo entrava pela porta da Anteiku – Seu pai lhe aguarda.

- Hai. – Ela falou levantando-se – Arigatô, Sasuke-kun.

Sasuke a observou sair e passou os dedos pela palma de sua mão, uma cicatriz se destacava.

Hinata deitou-se agitada, não era pelo casamento que ocorreria no outro dia, era por si mesma. Não se encaixava, nada se encaixava. Realmente via tudo, as fotos, as cartas, mas aquela não parecia ser ela. Não amava Naruto. Por Kami! Não o amava e sentia um vazio tão grande dentro de si. Levantou-se e pegou a camiseta que usava para dormir, era uma camiseta que lhe batia nas coxas, provavelmente de alguém bem maior que ela, havia no centro uma estampa de tomates, no começo achava ser de Naruto, mas o cheiro era diferente e quando lhe perguntou se ele usaria uma camiseta com estampa de tomates ele riu durante uns cinco minutos seguidos. Desde o acidente usava aquela camiseta para dormir, sentia-se bem e mesmo após dois anos o cheiro ainda estava lá, um cheiro amadeirado. Respirou fundo e voltou a deitar-se.

- Ele estava me traindo eu vi. – Falava firme e ele ria. – Sasuke-kun pare de rir.

- Você já sabia disso Hinata. – Ele falou com a voz rouca, porém era nítido o divertimento e ela cruzou os braços.

- Mas ver ele e a Sakura na cama é bem diferente. – Ela falou sentando-se ao lado dele na grama e ele sorriu colocando a cabeça no colo da morena, ela folheava um livro.

- Eles a viram?

- Sim. – Ela sorriu. – Não nos amamos mais, você sabe. Eles tentaram se explicar, mas eu nem me importava e saí rápido. Mês passado havíamos terminado e voltamos, acho que não vamos dar certo.

Ela passava os dedos pelos fios negros e o Uchiha tinha os olhos fechados.

- Tsc.

- Sasuke-kun corra. – Ela falava ofegante enquanto corria pela rua já quase vazia devido a chuva, abriu a porta da cafeteria e ele entrou logo depois dela sacudindo o suéter. Ela riu – Essa sua camiseta de tomate é ridícula.

- É minha favorita Hinata, melhor que aquele seu cachecol vermelho, ele dá brotoejas. – Ela deu um soquinho no ombro do amigo e sentaram-se rindo.

- Naruto está atrás de você – Ele falou entrando na biblioteca e ela riu o puxando por entre as prateleiras.

A voz do loiro começou a ficar alta e Hinata queria rir, Sasuke revirava os olhos.

- Uma hora terá de falar com ele. – Falou rouco e a Hyuuga sorriu.

- Já falei.  Não temos mais nada, ele que não aceitou ainda.

O Uchiha sorriu e ela o encarou.

- Você deveria sorrir mais assim, fica bonito. – Falou um pouco corada e ele a beijou. Pela primeira vez em meio aos livros da biblioteca pública.

- Se você ganhar eu te dou meu cachecol. – Ela falou sorrindo e ele riu a puxando para mais um beijo.

- Se eu perder? – Falou com os lábios contra os da morena.

- Eu quero sua camiseta favorita. – Ela respondeu sorrindo.

- Hinata está chovendo. – Ele falava ao telefone.

- Eu sei, mas eu quero ficar com você. – Ela rebateu - Logo chego aí, vou no carro do otou-san.

O corpo doía, algo estava contra sua perna, tudo estava quente. Ouvia os próprios gritos. E então uma voz rouca sobressaiu a sua quando o ferro foi erguido e ela puxada de baixo dele, a claridade do fogo, o calor do fogo.

- Sa... Sasuke... – Falou antes de perder a consciência.

Hinata acordou ofegante, lágrimas desciam por sua face, o choro tornou-se profundo. E ela abraçou o próprio corpo sentindo o cheiro da camiseta, o cheiro de Sasuke Uchiha.

- Hina-chan? – Naruto entrou no quarto e encontrou a perolada sentada na cama, ela olhava pela janela, o olhar perdido, vazio. Ele suspirou e sentou-se ao lado dela. – Resolvi passar e dar bom dia para a minha futura esposa, mas a chuva já me indicou que não é um bom dia.

Hinata o olhou.

- Você e a Sakura? – Falou baixo e Naruto suspirou.

- Você lembrou. – Sorriu fraco, mas estava visivelmente triste. – Gomen Hina-chan. Achei que o fato de não se lembrar fosse uma chance que Kami estava me dando, mas percebi que não. Você não sorria comigo como sorria antigamente. Vim hoje para esclarecer as coisas e se não quiser se casar eu entenderei.

- Eu não te amo Naruto. – Ela falou doce e ele deixou que a primeira lágrima descesse por seu rosto. A limpou com um grande sorriso. – Já te amei e sinto isso, mas não o amo mais.

- Eu te amo Hinata. – Falou ainda sorrindo e mais algumas lágrimas desceram – Mas eu não poderei fazê-la feliz, como você também não me fará feliz.

Ele levantou-se.

- Bem – Coçou a nuca – Tenho algumas coisas para resolver, ainda posso aproveitar o salão, as bebidas e as comidas.

Ela sorriu fraco, sabia porquê já o havia amado tanto.

- Arigatô Naruto-kun. – Ela falou e o abraçou delicadamente, ele retribuiu o abraço fechando os olhos.

- Apenas seja feliz Hina-chan. Gomen por tudo. – Falou saindo do quarto da perolada.

Sasuke olhava pela janela de sua casa. A chuva fina lembrava tanto a morena, sorriu. Queria que ela fosse feliz. Após o acidente fez de tudo para que ela recuperasse a memória, mas ela não recuperou. Por mais que fosse sempre ela mesma com ele, não se lembrou dos dois, das promessas, do amor.

Levou a mão até a corrente em seu pescoço e sorriu encostando no anel fino que estava preso a ela. Hinata o usava no dia do acidente, era o anel de compromisso dos dois, havia dado a morena um dia antes, quando a havia pedido em casamento e ela havia aceitado. Hoje, se casaria com seu melhor amigo. Suspirou. Batidas na porta despertaram de seus pensamentos.

Não abriria. Não queria ir ao casamento e rejeitaria a companhia de qualquer pessoa que o quisesse arrastar até lá.

- Sasuke-kun? – A voz melodiosa seguida por batidas na madeira da porta. – Onegai Sasuke-kun, abra a porta.

Ele caminhou e abriu a porta rapidamente, Hinata tinha o cabelo levemente molhado pela chuva fina que caía, olhou para o moreno.

- Se o que me fizer feliz for você. – Ela falou baixo o olhando. – Lhe pareceria certo?

Ele sorriu.

- Nada me pareceu tão certo em toda a minha vida. – Falou antes de puxa-la para um beijo lento e calmo.

A Hyuuga se surpreendeu pela familiaridade que os corpos se tocavam, a intimidade que as línguas possuíam e como o gosto dele, de café e hortelã, parecia perfeito para ela. O pequeno corpo foi puxado com cuidado e carinho e, diferente de quando estava com Naruto, deixou-se levar, o beijo não parou, as mãos finas pareciam conhecer os caminhos do corpo definido e másculo e cada arrepio que ele lhe provocava só com o toque a fazia suspirar querendo mais.

O Uchiha parou o beijo com selinhos e desceu pelo pescoço da Hyuuga, ela sorria, jogou o cabelo para o lado como um convite que ele aceitou prontamente, mordiscou a pele alva e sorriu, a pegou no colo com carinho e ela enlaçou os braços no pescoço do Uchiha, depositando a cabeça em seu peitoral. O colchão contra suas costas foi acolhedor, os beijos do Uchiha em sua pele pareciam queimar, acender seu desejo. Sasuke deixou a boca da Hyuuha e desceu para o pescoço, afastou-se apenas para tirar a própria camisa, o vestido de Hinata saiu pelo pescoço da Hyuuga poucos minutos depois e ela continuava perfeita aos olhos do moreno. Beijou o colo e desceu até os seios que estavam cobertos por uma lingerie branca, se antes sentia seu membro duro enquanto a beijava, agora sentia-o latejar dentro da cueca, tirou o sutiã da morena e beijou os seios tão lentamente que ela fechou os olhos saboreando a sensação, a língua lhe contornara os bicos rígidos e ela soltou um gemido tão gostoso e lento, ele sorriu antes de subir até a altura de seu rosto, a olhou nos olhos encaixando o corpo entre as pernas torneadas da morena. As pequenas mãos desceram por seu peitoral, arranhando tão lentamente que o fez gemer, ela gostou, tão familiar... os dedos desceram o tecido pelo quadril do Uchiha e ele levantou-se tirando toda a roupa que ainda havia em si, ela sentiu uma pontada abaixo do ventre. O queria, tanto. Ele se encaixou novamente no pequeno corpo e ela fechou os olhos quando o membro dele roçou em sua intimidade ainda coberta pela calcinha de algodão. Não achava que iria pra cama com ele, até onde sabia, nunca havia ido para a cama com Naruto.

Sasuke sentia a pequena movimentar o corpo contra o seu e o tecido da calcinha pareceu tão incômodo ali, sentou-se sobre as próprias pernas e ela fez uma careta reclamando. Havia sentido falta de todas as caras que ela fazia somente consigo. Deslizou a calcinha pelas pernas brancas e ela arfou, desceu o corpo sobre o dela, ela o olhava mordendo os lábios, ainda tão ansiosa. Sorriu quando a penetrou, lentamente, sentia cada camada do pequeno corpo ser preenchido por si, ela arfou arranhando as costas do Uchiha que se contraíram quando ele estocou mais fundo. Os seios da Hyuuga eram pressionados contra a pele de Sasuke e a sensação de tê-lo entrando e saindo de dentro de si era única, o corpo todo parecia preenchido, passou uma perna ao redor do moreno e ele estocou mais forte e mais rápido, o barulho da chuva no telhado abafava os gemidos, o baque dos corpos contra o outro em sincronia, os nomes tão baixos e sensuais. Quando o corpo da morena se contraiu ele sorriu contra a pele dela e quando sentiu o membro ser apertado pela intimidade da morena ele gemeu rouco, o pequeno corpo abaixo de si tremeu e ele soube que ela estava gozando. Sempre tão sensível. A intimidade agora completamente encharcada fazia seu membro deslizar quando saindo completamente e entrando com força logo depois, ele gozou pouco depois que a morena e ela o beijou enquanto ele gemia seu nome.

A chuva havia aumentado, Hinata dormia contra o peito desnudo de Sasuke, os seios contra as costelas do Uchiha, o lençol fino cobria o quadril de ambos, que estavam nus. Sasuke acariciava os longos fios azulados demorando-se em sentir o corpo pequeno contra o seu.

- O que está pensando Sasuke-kun? – Ela perguntou baixo, porém sem mexer-se.

- Como se lembrou? – ele perguntou ainda rouco e ela sorriu, beijou-lhe o pescoço e sentou na cama usando o lençol para cobrir os seios.

- Sonhei com você. – Ela respondeu e ele sorriu, a Hyuuga pegou a mão onde havia uma cicatriz idêntica a que ela carregava na perna – Não me lembrei de tudo, mas lembrei-me do suficiente pra saber o porquê ser tão errado casar-me com qualquer pessoa que não fosse você. Lembrei de quando nos beijamos pela primeira vez, da aposta pela camiseta, mas ainda não sei o que apostamos – sorriu – Lembrei de quando ergueu o ferro quente e me salvou do carro em chamas. – Acariciou a cicatriz na mão de Sasuke.

Ele sorriu.

- Naruto já sabe? – Perguntou e a morena assentiu. – Senti sua falta. – Falou simplesmente e ela sabia que ele provavelmente fora o que mais sofreu nesses últimos dois anos. Sorriu para o moreno.

- Eu também senti a sua. – Ele a olhou e revirou os olhos, ela riu baixo. – É verdade Sasuke-kun, eu sempre dormia com sua camiseta. – Ele a olhou – Não sabia que era sua, mas não conseguia dormir sem ela.

Sasuke riu e sentou-se na cama ficando em frente a morena. Os olhos brilhavam.

- Porquê não temos fotos juntos? – Ela perguntou após trocarem um selinho, ele sorriu e levantou-se, pegou uma caixa no armário e depositou na cama em meio aos dois, haviam fotos dos dois na biblioteca, a maioria podia-se ver eram tiradas por Hinata. Fotos no parque de diversões e uma foto do Uchiha fazendo careta enquanto Hinata colocava um chocolate em seus lábios.

Hinata o encarou.

- Porquê não me mostrou? – Perguntou baixo.

- Você teria ficado mais confusa. – Ele disse a olhando – Eu só queria vê-la feliz.

- Er... – ela baixou o olhar e mordeu o lábio – Nó... nós já havíamos feito isso?

Ela havia corado e Sasuke adorava vê-la assim.

- Isso o quê? Tirar fotos? – Perguntou provocando-a.

- Sasuke-kun. – Ela falou fingindo raiva e ele riu abertamente antes de segurar o pequeno rosto entre as mãos e beija-la.

- Sempre vai parecer novidade pra mim. – Falou rouco e ela riu. – Talvez mais tarde você possa lembrar do sofá – deu-lhe um selinho – Da mesa – Beijou seu pescoço. – Você sempre gostou da mesa.

Ela riu antes de se beijarem novamente.

As portas da igreja se abriram e Hinata apertou o braço do pai ao seu lado. Mesmo três anos após o acidente ainda não se lembrava de todos, as pessoas sorriam em sua direção e ela sabia que estava corada pelo ardor que sentia em seu rosto. Naruto estava no altar e ao seu lado uma moça de cabelos loiros e longos, já haviam saído juntos, programa de casais e Ino era tão alegre e espontânea quanto Naruto. Hinata sorriu para a então amiga e ela fez sinal de positivo com as duas mãos, Sakura estava ao lado de um ruivo que Hinata não conhecia. Seu olhar parou na figura altiva de pé em frente ao altar. O terno negro e o girassol pequeno na capela combinando com o buquê que ela mesma carregava. Os cabelos longos que ela amava e ele mantinha para agrada-la. Sasuke sorriu mostrando os dentes brancos e perfeitos e Hinata se perguntou se ele sorriria assim quando descobrisse que seria pai, mas soube mais tarde, durante a festa, que o sorriso foi maior ainda e foi seguido por lágrimas que ela nunca havia visto antes enquanto ele a agradecia pela família que formavam a partir daquele dia.