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História Among the Shadows - Capítulo 27- Reino


Escrita por: IzaaBlack

Notas do Autor


Hey!
Não demorei tanto dessa vez hein. Obrigada ao pessoal que comentou e favoritou, eu fico muito feliz sempre que recebo notificações por causa disso. Muito obrigada mesmo gente <3
Espero que gostem, boa leitura.
Beijinhos

Capítulo 27 - Capítulo 27- Reino


POV Allyra

-Eu menti- ele praticamente cospe as palavras, os olhos fixos nos meus.-   Foi a única mentira que contei a você desde que te conheci.Disse que queria que nunca voltasse quando na verdade a única coisa que conseguia pensar era que não queria que você fosse. Você  foi embora e tudo o que eu queria era que voltasse. Eu sempre vou querer que você volte.

Eu me esqueço de como fazer para respirar diante da intensidade das palavras que Daryl despeja sobre mim. É como um soco, que me deixa zonza e boba, mas a sensação é ótima. Não consigo desviar meu olhar do seu.  Mando tudo ao meu redor para o inferno e me movo para alcançar seus lábios, completamente deliciada com tudo isso. Ele capta meu movimento e acaba com a distância entre nós, tomando meus lábios com posse, força e desejo. Retribuo na mesma intensidade, total e completamente entregue.

-Lyra- ouço John me chamar a distancia e, relutante, me afasto de Daryl. Ele mantem uma das mãos em minha cintura e a outra segurando meu braço, mas desvia o olhar para a entrada.

Parecem todos prontos, então nos soltamos lentamente. Não sei como reagir então simplesmente olho-o nos olhos sorrindo e então me afasto, seguindo para o grupo.

-Pronta para irmos?- pergunta meu primo e eu concordo com a cabeça, seguindo para o lado do motorista. -Não mesmo que você vai dirigir.

-E quem vai me impedir?- pergunto de pirraça, pondo língua para ele, que rola os olhos.

Despeço-me de Maggie e Glenn, assim como de Rosita e Sasha e entro no carro. Observo Daryl fazer um aceno para eles e seguir para a moto. Ele me encara por um segundo e então vira para frente.

Logo estão todos acomodados, e saímos de Hilltop. Assumo a frente, uma vez que Daryl não sabe o caminho.

(...)

Depois de algumas tantas horas de viagens, e algumas paradas chegamos no Reino. Os muros altos e bem protegidos,  guardas experientes de vigia. Um deles me reconhece e acena para que abram o portão. Abro um sorriso de cumprimento e sigo com o carro para dentro.

Paro o carro para que desçam, e Jared pede para que eu siga com o carro mais para dentro. Aceno em concordância e peço que o resto do grupo me espere ali perto. Estaciono o carro sem problemas, e volto para a entrada.

-Vou ver Ezekiel – aviso a Jared, que acena em concordância.

-Você já sabe o caminho- responde me dando um abraço de lado e uma pisadinha. – Vou encontrar alguém para me substituir na vigia, e vou lá. Algo me diz que a coisa é séria.

Dou de ombros, em uma concordância vaga.

-Vamos pessoal. – chamo com um movimento e sigo em direção ao prédio principal, o antigo teatro.

-Você acha que o líder vai aceitar?- pergunta Mich, olhando ao redor- Esse lugar é enorme.

-Vamos ver- respondo

Estou quase na porta principal, por trás de onde sei que o “ rei” está, quando um cara me para erguendo a lança para mim. Franzo a testa para ele, enquanto todos os outros erguem as armas. Em um piscar de olhos Daryl está ao meu lado, uma pistola erguida e destravada. Eu não faço um movimento sequer.

-Quem são vocês?- pergunta, a lança apontando para a minha jugular. Rolo os olhos.

-Você claramente é o novato- digo erguendo a mão e agarrando a aste da lança, tirando de perto de mim com um peteleco preciso- Para de apontar isso para mim.

-Como entraram?-pergunta cheio de marra e eu rolo os olhos.

-Pelos portões, idiota- resmungo e o empurro para fora do caminho.

-Você não pode simplesmente entrar assim para falar com o rei! –exclama perplexo.

- Observe-me- respondo empurrando a porta e entrando. Ezequiel levanta o olhar cheio de descaso e sorri.

 Ele se prepara para levantar, mas nota todo o grupo atrás de mim e continua sentado. Rolo os olhos, esperando o teatro que está por fim.

-Allyra Lambertini- diz com aquele tom de voz que  mistura lisonjeio e superioridade- Finalmente nos deu a honra de sua presença.

-Seu novo segurança está me atrapalhando- digo fazendo um gesto de descaso.

-Claudio, por favor, deixa Allyra e seus convidados entrarem.- ele diz dispensando-o.

-Você é Allyra?- pergunta arregalando os olhos.

-Já ouviu falar de mim?- pergunto parando de andar e me virando para olha-lo- Meu cabelo ruivo não me denunciou dessa vez?

-Me desculpe- pede e eu seguro uma risada divertida. O tal Claudio é jovem e só quer se provar.

Ele sai da sala apressado.

-A que devo a honra?- pergunta analisando todos os meus companheiros.- Trouxe muitos convidados para o Rei.

-Rei?- pergunta Rick ao meu lado e dou um sorriso amarelo.

-Por aqui não é democracia, mas sim monarquia. Ezekiel é rei. Não que isso mude alguma coisa para mim.

-Você simplesmente ignora.- acusa e eu sorrio.

Um rugido silencia todos, e novamente armas são sacadas. Shiva sai do comodo lateral em uma quase corrida e é parada por uma corrente.

-Jerry, solte Shiva, tem alguém aqui que ela quer ver- grita Ezekiel se levantando um pouco no trono.

-Mesmo, quem?- pergunta o gordinho mais legal do apocalipse. –Ally.

-Oi- aceno sorrindo.

-Um tigre?- perguntam Jesus e Rick em voz alta. Mich continua empunhando a katana, e pra ser sincera, todos parecem embascados, menos John.

-Relaxem, é amiga- digo e me movo para frente ao mesmo tempo que Jerry solta a corrente. Ela corre em minha direção e salta, me derrubando no chão e lambendo meu rosto. Solto uma risada.

Se não fossem pelas garras mortíferas ao lado de minha cabeça e os dentes enormes a minha frente, eu diria que é apenas um gato que cresceu demais.

-Um pouco de espaço, Shiva- digo com a voz abafada e ela se afasta para que eu possa levantar.

-Vou ter que pedir educadamente que o senhor abaixe essa arma- ouço Ezekiel dizer e me dou conta de que Daryl mantem a tigresa na mira.

-É uma maldita tigresa, Allyra- diz me olhando sério.

-Está tudo bem- digo fazendo carinho na cabeça dela.

-É um animal selvagem, pode te ferir- continua sério e tenso. Sinto vontade de beija-lo diante desse surto de preocupação e proteção comigo.

-Adoro certos selvagens- digo de forma sugestiva e ele grunhe, abaixando a arma lentamente.

-Vou tornar a perguntar, quem são eles?

-Claro, desculpe. Me enrolei- digo balançando a cabeça e parando de encarar Daryl. O grupo todo se mantem junto mais ao fundo- São de Alexandria, uma comunidade razoavelmente próxima.

-Ajudou mais uma?- pergunta me olhando sério e eu balanço a cabeça em negativa.

-Vim acompanhando Rick, o líder deles e Jesus, o representante de Hilltop. Aparentemente a guerra que tanto falava chegou, Ezekiel.- digo séria e ele se levanta atordoado.

-Está falando sério?

-Não posso mais fechar os olhos, posso?- digo séria e ele arqueia a sobrancelha- Suzie morreu de asma, e resolvi abandonar os salvadores.

-John me contou. Esperei que chegasse para morar conosco por muito tempo, até que mandou a mensagem de que tinha encontrado um lar- diz e eu me sinto meio desconfortável por ele ter revelado dessa maneira sobre eu considerar Alexandria um lar. Sinto o olhar de Daryl, Rick e Michonne em mim. Não de uma maneira ruim, mas...Não sei.

-Sim. Alexandria- me limito a dizer e ele faz sinal para que eu prossiga- Negan encontrou-os recentemente, e matou um deles. Ia matar outro, mas eu apareci. Tive que tomar posição.

-Imaginei que esse dia fosse chegar- diz sério. – Sejam bem vindos ao Reino. Amigos de Allyra são meus amigos.

-Ezekiel?

-Sim?

-Não viemos apenas visitar- digo séria e ele acena- viemos fazer um acordo pela guerra. Está disposto?

-Acho que sabe que tenho muito a considerar pois minha comunidade é grande e preciso garantir a proteção deles

-Sei também o que pensa- digo e ele concorda.

-Depois que vocês tenham tomado banho e aproveitado o jantar e uma boa noite de sono, discutiremos. Amanhã pela manhã me parece bom

-De acordo.

-Os dormitórios do norte continuam vazios. O seu quarto continua preparado. Se acomodem como preferirem.

-Muito obrigada- digo abrindo um sorriso e ele me devolve outro. É um alivio ve-los tão bem.

Jeremy entra  e então balança a cabeça.

-Perdi tudo, não é?- pergunta e dou de ombros.

-O principal ficou para amanhã- digo e ele acena.

-Ah, Allyra?

-Sim?

Ele desce do palco e se aproxima, cochichando em meu ouvido sobre a presença de dois Alexandrinos. Carol e Morgan. Olho para ele espantado, que me explica por alto sobre como e onde os encontraram, e que apenas Morgan continua aqui, treinando Bem, enquanto a outra está em uma casa próxima. Detecto certo brilho nos olhos do rei ao citar a alexandrina e dou um sorriso de lado.

Informo os outros, e então seguimos até Morgan, que explica o surto de Carol. Depois disso levo-os para os dormitórios e cada um escolhe um quarto, todos próximos do meu. Decoro intencionalmente a porta de Daryl.

 Jantamos sem problemas, apreciando a boa comida e hospitalidade de Jeremy, Richard, Ben,  e o irmãozinho dele.

Rick e eu conversamos sobre a abordagem do dia seguinte, e o líder vai dormir satisfeito.

-Obrigado por ter voltado e por estar nos ajudando- diz depois que planejamos tudo.

-Não tem o que agradecer, Rick. Sinto muito por ter demorado voltar, e por não ter te dado mais informações.

-Você me deu algumas, eu que não dei atenção o suficiente para elas.

-Não é culpa sua as fatalidades, Allyra- completa Michonne e eu concordo com a cabeça.

-Alexandria sempre vai ser seu lar- termina o xerife e eu acabo abrindo um sorriso.

-Muito obrigada.

-Sinto muito que tenha que lutar contra seu pai- diz Mich e sei que fala sério.

-Eu também sinto- respondo e saio do quarto dos dois.

Sigo para o meu, tomo um bom banho e visto outro par de roupas. Deito-me na cama, mas não consigo relaxar e dormir, por diversas razões. Penso em meu pai, e pensar nele assim, como meu pai e não como Negan, dói. Dói porque me lembro do homem que me apoiava, me levava em jogos de beisebol, me apoiou e cuidou quando minha mãe morreu. Lembro-me dos momentos bons, dos concelhos e do carinho. E então essa imagem se parte em mil pedaços, borrada e maculada pelo psicopata que surgiu conforme o apocalipse aumentava. O sangue, a risada irônica, as vidas tiradas, as vidas roubadas. Até mesmo o tom de voz mudou.

Sento-me, arquejando e tentando livrar minha mente de ambas as lembranças, as boas e as ruins, porque me trazem dor. Não há volta depois de agora. Aquele homem não é meu pai, é só uma sombra distorcida que habita o corpo que foi dele. Um maldito que mata por prazer que chama um taco de beisebol enrolado em arame farpado pelo nome de minha mãe.

Tomo uma água e tento me acalmar. Tento focar em mapas e planos, mas ao erguer a cabeça e ver um anjinho de argila sobre a cômoda esses pensamentos somem e outros me atormentam. Daryl Dixon me atormenta. Sinto falta dele, de seu cheiro, seu corpo, suas mãos. Dele todo. E o beijo de mais cedo só me fez te mais saudade.

Ando pelo quarto, angustiada e frustrada, conforme  esse sentimento me domina, e resolvo mandar tudo para o inferno novamente. Coloco minha lança nas costas novamente, assim como pego minha arma, e saio de meu quarto silenciosamente, seguindo para a porta do caçador.

Bato em sua porta de maneira firme, e ouço passos silenciosos, antes de uma brecha surgir e eu estar encarando os olhos azuis que tanto amo.

-Allyra? Algum problema?

-Posso entrar?- pergunto e ele me encara por um momento antes de abrir toda a porta. Entro apressada e ele fecha a mesma atrás de mim.

-Está tudo bem?- pergunta com os olhos fixos em mim e não sei como responder.

-Não exatamente- digo e ele arqueia a sobrancelha- Sabe de uma coisa? Foda-se o bom senso.

Acabo com a distância entre nós, e me ergo para alcançar seus lábios. Beijo-o com saudade, com paixão, com sentimento e fome. E ele retribui da mesma maneira. Agarra minha cintura com posse e me puxa para mais perto, colando meu corpo ao dele. Uma de suas mãos encontra brecha em minha regata e entra, ficando em contato com a pele. Perco qualquer pensamento coerente.

Ele nos gira e me prensa na parede. Desce as mãos novamente, indo para minha bunda e aperta com força, me erguendo em seguida. Entrelaço minhas pernas ao redor de sua cintura e gemo com o contado, ao sentir sua ereção. Suas mãos voltam a subir e ele arranca minha blusa sem demora, atacando meu pescoço em seguida. Puxa meu cabelo de leve, fazendo com que mais pele fique a sua disposição e eu passo a me concentrar em segurar os gemidos.

 - Minha – diz contra minha pele e me arrepio inteira- Ah, Little Mosnter como eu senti sua falta.

É o uso do apelido que termina de me tirar do eixo. Arranco sua camisa com violência e arranho suas costas, marcando-o como meu, reivindicando. Passo os dedos e as unhas por seu abdômen  e peito, me deliciando ao sentir os músculos se retesarem e reagirem ao meu toque. Um rosnado e um gemido sufocado escapam por sua garganta e ele esfrega o corpo contra o meu, uma das mãos se erguendo para meus seios, a outra apertando minha coxa.

Distribui beijos molhados por minha clavícula, seios, barriga, e me desenrosca dele para se livrar de minha calça. Faço mesmo com ele. Ergue-me novamente e agora seguimos para a cama. O resto das roupas se perde no caminho. Beijo todo o seu corpo, mapeando, decorando, saboreando.

Arranho-o sem dó. Mordo e chupo seu pescoço, assim como ele faz comigo. Somos  só instinto, paixão, fogo.

Ele se posiciona entre minhas pernas e me olha fixamente, daquela forma que parece enxergar a alma. As palavras se formam na ponta de minha língua, mas ao invés disso o que sai é um gemido longo quando ele entra em mim de uma vez. Jogo a cabeça para trás e ele sorri, um gemido saindo do fundo de sua garganta também. Movo-me contra ele, e então ele sai quase todo só para voltar com tudo.

Selvagem. Intenso. Forte, rápido, gostoso. Beija-me sem parar e eu toco e acaricio. E por Deus, eu o amo. Eu o amo e não sei o que fazer. O orgasmo me atinge em cheio e é como se eu saísse de orbita. Ele chega lá logo depois.

Solta o corpo sobre o meu, a respiração em meu pescoço, e me abraça. E eu me sinto em casa. Daryl Dixon é minha casa. Faço carinho em seu cabelo, tentando organizar as palavras em minha mente e buscando forças para dize-las, e então elas saem completamente seu filtro.

-Eu amo você, Daryl Dixon- ouço a mim mesma dizendo, sem que eu tenha controle para evitar.- Amo você


Notas Finais


E então?


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