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História Amor a segunda vista - O gosto amargo


Escrita por: gisely2000

Capítulo 3 - O gosto amargo


Fanfic / Fanfiction Amor a segunda vista - O gosto amargo

POV REGINA

Maldita foi a hora que aceitei me hospedar na casa de Emma. Estávamos há somente dois dias e já tinha visto coisas que detestei e outras que quase fugiam ao meu controle. Primeiro descobri que ela tinha uma paixonite que nunca havia mencionado e depois soube que as duas tinham se encontrado. Que ódio. Por outro lado, assistir sua interação com os sobrinhos era encantador, assim como vê-la naquela roupa de banho foi intimidador. A peça parecia ter sido feita sob encomenda, deixando sua intimidade muito bem discreta e sensualizando todo o restante. Emma estava forte, realmente muito forte. Quando foi que parei de percebê-la tanto ao ponto disso passar despercebido? Enfim, por mais que tentasse, estava sendo cada vez mais difícil controlar as respostas do meu corpo.

- Quer entrar na água gata? Anthony dispensou aqueles pensamentos.

- Pode ir. Vou pegar um sol primeiro. Me acomodei na espreguiçadeira, fazendo o uso do óculos de sol para continuar minha observação sem ser notada. Ele mergulhou, nadou um pouco e voltou.

- Não sei como Swan aguenta essa gritaria toda. Balançou os cabelos, molhando-me.

- Tony, pare com isso! Está me molhando! Ele abaixou e deixou um beijo no vale entre meus seios.

- Se quiser, podemos aproveitar que está todo mundo aqui e eu posso te deixar ainda mais molhada. Mordeu minha orelha.

- Acho melhor você tomar uma ducha fria. Seu amigo está te entregando e tem crianças por perto. Pegou uma toalha e enrolou na cintura.

- Esse é o resultado de você me deixar na seca, Regina. Até quando isso vai durar? Não acredito que vai me fazer esperar alugarmos um apartamento. Baixei os óculos para encarar aquela cena ridícula.

- Não teste a minha tolerância, Anthony Gless. Se não estiver satisfeito procure outra maneira, vocês sempre encontram um jeito.

- O que deu em você, em?!?! Está diferente. Em outros tempos já estaríamos lá em cima. Sua fala me fez perceber o quanto estava perdendo o controle. Tomei seu rosto nas minhas mãos e beijei seus lábios.

- Eu só estou focada no que vai acontecer na segunda. Tenha um pouco de paciência comigo. Ele sorriu e nos beijamos novamente. - Pode pegar uma água pra mim?

- Eu? Tem um monte de empregados aqui. Acenou para um deles. - Trás um refresco pra gente. Disse e deitou-se no seu lugar.

- Poderia ter dito, por favor, não é?!?! Ele ergueu sua sobrancelha. - E eu pedi água, não um refresco. Levantei e tratei de sair logo dali. Sentei na beirada da piscina, deixando os pés dentro d'água.

- Tá tudo bem entre vocês? Emma nadou até onde eu estava. - Tony está com uma cara… E com você não muito diferente.

- Estamos bem.

- Aqui está sua água, senhorita. O senhor pôs o copo ao meu lado. - Eu ouvi o seu pedido. Com licença. Olhei surpresa.

- O pessoal que trabalha aqui é sempre eficiente assim?

- Nossos colaboradores são peças importantes, seja aqui em casa ou no hospital.

- Confesso que estou encantada com sua família. Pensei que seriam soberbos e carrancudos. Ela riu.

- Eu sou a mais séria dessa família, depois do meu irmão, é claro. Neal parece que desaprendeu a sorrir depois que a ex-esposa pediu o divórcio.

- Divórcio pode ser bastante doloroso, especialmente se ainda estiver apaixonado.

- Tem razão. Neal era louco pela Laura. Depois que ela foi embora e levou as crianças, meu irmão trancou seu coração.

- Deve ser difícil amar sozinho. Falei sem pensar. Ela sorriu fraco.

- Você não faz ideia…

- E sua amiga, Ruby? Eu imaginei alguém bem diferente. Mudei logo o rumo daquela conversa. - Ela também trabalha no hospital? Você fala tão pouco de sua vida aqui.

- Luccas é a melhor embriologista que já conheci. Somos amigas de infância. Nos conhecemos no quarto ano e nunca mais desgrudamos. Houve um tempo que diziam que éramos namoradas. Riu.

- E foram namoradas mesmo?

- Não, de jeito nenhum. Ruby e eu somos intersex e isso não daria certo. Funcionamos melhor como amigas.

- E essa história de velhos tempos?

- Luccas é doida. Ignore noventa por cento do que ela fala e suspeite do restante. Foi minha vez de sorrir. - Não vai entrar? Balancei a cabeça que sim. - Vem, eu te ajudo. Segurou minha cintura e, devagar, deixou meu corpo ser envolvido pela água. Por mais simplório que fosse, qualquer contato de sua pele com a minha me fazia arrepiar. - Está com frio?

- Já vai passar… Esfreguei as mãos nos braços na tentativa de sossegar aqueles instintos.

- Tia Emma, vem brincar com a gente. Um dos sobrinhos a chamou.

- Pode ir, vou ficar ali com sua mãe e irmã. Nadei até onde elas estavam.

- Regina, achei que não iria aproveitar a água. Disse Margareth.

- O sol está perfeito para pegar uma cor, mamãe. Até eu não estou querendo entrar. A água está fria, Regina?

- Só aquele choque térmico do início. Apoiei meus braços na beirada, deixando o corpo flutuar um pouco.

- Emma vai ser uma mãe maravilhosa um dia. Margareth suspirou ao ver seus netos super alegres. - Pena que não terão os genes dela. Franzi o cenho sem entender.

- Os exames hormonais de Emma constataram que ela não tem cromossomo y suficientes para produzir espermatozoides saudáveis. Segundo a Ruby, Emma tem menos de um por cento de chante de engravidar alguém. Nós três olhamos na direção da loira. - Mas ela vai encontrar alguém que tornará isso obsoleto, mamãe.

- Não tenho dúvidas, sua irmã é muito especial e tenho certeza de que vai encontrar alguém assim também. Margareth disse. - E você, Regina, pelo visto já encontrou sua alma gêmea. Olhei para o outro lado e vi Tony lendo um jornal. - Ele é um rapaz muito bonito, está de parabéns. Estão a quanto tempo juntos?

- Tecnicamente estamos juntos a pouco mais de três anos.

- Então já estão quase se casando. Concluiu.

- Mamãe!!!

- O que eu disse demais?

- Tudo bem, não estamos seguindo esse caminho. Ainda tenho planos que quero concretizar antes disso.

- Entendo. Bom, desejo sorte a vocês. Agora preciso ir cuidar do nosso almoço. Saiu.

- Não liga, não, tá. Mamãe ainda acha que vivemos no tempo dela, onde namorávamos pra casar. Riu. - Ela ainda briga comigo quando chego tarde em casa.

- Mãe é assim mesmo, vive preocupada. Se hoje ainda tenho a minha foi porque Emma a trouxe de volta.

- Sério?

- Sim. Ela teve um infarto que gerou uma parada cardíaca. Swan fez a cirurgia que a salvou da morte.

- Puxa. Talvez seja por isso que ela tem uma ligação forte com você. Senti sua excitação ao final. - E-Eu preciso fazer uma ligação. Fique à vontade. Saiu às pressas quase tropeçando nas coisas. Após o almoço Emma sumiu e aquilo me incomodou bastante. A noite caiu e já era quase oito horas quando ela chegou acompanhada de seu pai. Os dois tinham tantos traços físicos em comum que não daria pra negar que eram pai e filha.

- Agora está na hora de levantar essas pernas, senhor Pierry.

- Sim, doutora. Disse divertido. - Aproveita a noite. Beijou sua testa e acenou para os que estavam na sala.

- E aí, pessoal? Estevan vai levar a gente. Vou deitar um pouco e encontro vocês aqui. Subiu as escadas sem dar mais explicações. Fui me arrumar com aquela pulga atrás da orelha. Onde eles estavam até aquela hora? Escolhi meu modelito da noite e fui tomar um banho, aproveitando que Anthony ainda não tinha subido.

- Ah, já terminou? Disse quando me viu sair de robe. - Achei que iríamos tomar banho juntos.

- Não temos tempo pra isso. Seus braços me apertaram por trás.

- Olha só o estado que você está me deixando. Senti sua ereção por cima do tecido. - Isso é crueldade, gata… Movi o corpo e consegui me desvencilhar.

- Eu te pedi um pouco de paciência.

- Diz isso pra ele. Apontou na direção do seu sexo. - Às vezes a cabeça de baixo acaba mandando no restante. Peguei uma toalha e joguei na sua direção.

- Outra hora falamos disso, tá legal?!

- Eu vou cobrar… Seguiu para o banheiro e fiz questão de encostar a porta.

- Ele é seu namorado, Regina. Não banque o contrário agora. Falei pra mim mesma. Usei todo o tempo restante para fazer minha produção sem deixar minha mente pensar que estava fazendo aquilo para impressionar um certo alguém. Uma saia longa vermelha, com estampas floral e uma blusa preta sem mangas foi a escolha daquele dia. Enfatizei os olhos, deixando os lábios mais claros e o cabelo jogado todo para o lado. - Pronta para fazer um certo queixo loiro cair.

- Aua, você está demais. Ele surgiu vestindo sua camisa polo. - Eu acho que deveríamos fazer uma festinha mais particular, o que me diz?

- Talvez mais tarde. Joguei as palavras no ar pra ver se o convencia.

- Já estamos melhorando. Felizmente ele pegou. Descemos as escadas e minha alegria foi imensa ao ver os olhos de Emma caírem sobre mim e ela engolir seco.

- Vamos? Perguntei a fim de tirá-la daquele transe. Ela estava linda naquele terno preto. Super discreto, mas não menos atraente.

- C-Claro, por aqui. Abriu a porta dando-nos passagem. Em todo o percurso a peguei inúmeras vezes olhando pra mim. Mesmo sobre a penumbra do carro, seus olhos verdes pareciam querer dizer alguma coisa. A boate era realmente linda e luxuosa, e Mérida estava certa ao dizer que a música era boa. Ruby nos aguardava em uma das mesas da área VIP, o que não era novidade Emma sempre ficava nos melhores lugares.

- Oi gente, vocês demoram. Mérida abraçou cada um de nós, deixando Emma por último, o que, de alguma forma, deu para Ruby cochichar alguma coisa no seu ouvido. Nos sentamos e vi que havia um lugar vago ao lado dela. - Este aqui é Ryan Carter meu namorado. Apresentou o bonito rapaz de olhos azuis. Nos cumprimentamos.

- O que vão beber? Luccas chamou o garçom que prontamente anotou cada pedido. - E aí, tem boates assim em Boston?

- Não mesmo. Isso aqui é de outro mundo. Respondeu Tony..

- Boa noite. Uma voz macia e feminina ecoou. - Demorei um pouco, mas cheguei.

- Senta aí, Ashley. Ruby apontou justamente o lugar que estava vazio. Senti o desconforto de Emma quase que instantâneo.

- Pessoal, essa é Ashley Maclover. A menção daquele nome fez meu coração parar por alguns segundos. Agora, sim, estava explicado o desassossego da loira. - Ela faz parte do conselho de diretores do hospital.

- Não me apresente assim, Luccas. É bastante intimidador. Elas riram. - Oi Emma. Swan deu um sorriso amarelo e depois respirou fundo como se disse: não tenho mais como fugir. As duas engrenaram um papo que me fez sentir afrontada.

- Tony, vamos dançar. Precisava sair dali antes de cometer uma loucura. Mais que depressa ele pegou minha mão e nos guiou até a pista. Forcei a mente para me concentrar no meu namorado, mas, toda vez que o olhar pairava sobre as duas, tudo ia por água abaixo. E foi assim até quando olhei pra mesa e não vi mais ninguém. - Mérida, cadê sua irmã? Perguntei aproveitando um momento de distração de Tony. Ela olhou em volta. - Não a vejo.

- Nem eu. Deve ter ido ao banheiro. Esperei longos minutos e nada. Luccas surgiu dançando com uma moça que não estava com ela antes.

- Ruby, onde está Emma? Ela riu.

- A essa hora, fazendo aquilo que sabe de melhor. Disse com malícia antes de voltar a dançar. Pronto, acabou a noite. Não tive mais vontade pra nada, exceto ir embora. Dei um jeito de fazer Tony beber o máximo possível para esquecer das minhas palavras de antes sobre pensar no assunto. Meu namorado e eu viemos sozinhos no carro. Ouvi o celular do mesmo anunciar a chegada de uma notificação. Olhei de soslaio e ele notou.

- É o Ryan. Trocamos telefone. Ele disse que também trabalha no hospital.

- Que bom você estar fazendo amigos. Falei com certa ironia.

- Senhorita Mills, está tudo bem? Estevan perguntou olhando pelo retrovisor interno e vendo que eu estava massageando a têmpora.

- Estou com dor de cabeça, mas vai passar, sempre passa. Chegamos e quase tive que carregar Anthony até a cama. Não reclamei, afinal, eu mesma tinha provocado aquilo. A dor de cabeça não passou, assim como o sono não veio. Desci até a cozinha e consegui encontrar ingredientes para fazer chá. Com a caneca nas mãos voltei para sala, me sentando numa posição estratégica. Como se estivesse ensaiando antes, Emma chegou com a camisa social para fora da calça, dobrada na manga e com os botões de cima abertos, o paletó no ombro e o lindo penteado de mais cedo todo desfeito e ajeitado num coque frouxo. Contei mil ao contrário até que ela passasse na cozinha, tomasse sua água e subisse. Deixei a caneca com o conteúdo sobre uma das mesas e subi disposta a confrontá-la, mas, bem diante da sua porta, a razão bateu. Onde eu estava com cabeça? Emma era livre o podia transar com quem ela quisesse. Que direito eu tinha? Dei meia volta e voltei para o meu quarto. - Tony, acorda. Chamei, mas ele nem se mexeu. - Acorda, Anthony.

- Regina, me deixa dormir… Murmurou.

- Acorda. Dei um tapa no seu rosto e ele despertou.

- Que porra é nessa Regina?

- Tira essa roupa. Ordenei. Ele ficou sem entender, então, tirei a minha e subi em seu colo. - Falei para você tirar essa merda de roupa. Eu mesma resolvi fazer o serviço.

- O que deu em voc… Ahhhh. Gemeu quando comecei a masturbá-lo.

- Você não estava a fim? Chegou a hora. Segurei seu queixo com minhas unhas enquanto posicionei seu membro na minha entrada. - Seja um bom garoto e faça seu serviço direito. Desci o quadril fazendo-o penetrar inteiro dentro de mim. A dor frequente do início foi muito maior pois eu não estava pronta, mas aquilo era o que menos importava no momento. Precisava convencer minha mente e meu corpo de que ali era o meu lugar e que aquele era meu homem. O sexo não durou muito, ele ejaculou rápido e eu gozei bem pouco, mas o pior foi acabar aquilo tudo com a mesma sensação de vazio horrível do começo.



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