1. Spirit Fanfics >
  2. Amor al revez >
  3. Cap 42

História Amor al revez - Cap 42


Escrita por: MenerusHurt

Capítulo 42 - Cap 42



Betty chegou exausta em casa no fim da tarde. Mas assim que desceu do carro, só de pensar que ainda teria mil coisas para fazer em casa o desanimo a pegou. Mentalmente ela começou a fazer uma lista de coisas que ainda precisava fazer, e enquanto caminhava em direção à casa, ela tentava organizar as coisas, mesmo que sua cabeça estivesse latejando e seu corpo estivesse pesado. Assim que entrou em casa, ela percebeu que havia algo diferente. A casa não parecia tão bagunçada como costumava ficar quando ela chegava da livraria, e rapidamente ela pensou que Vanda teria quebrado o acordo que fizeram e deu uma geral na casa sem que ela soubesse. Betty ouviu o barulho da televisão ligada e seguiu para a sala, vendo Anna deitada no sofá enquanto assistia ao seu desenho favorito.

B-Oi meu amor.(sorriu.)

AC-Mamãe!(pulou do sofá e correu em sua direção, abraçando-a.)

B-Como você está? Já fez sua lição?

AC-Sim! Todinha! Papai me ajudou!

B-Seu pai?(perguntou confusa.) Seu pai está aqui?

AC-Sim! Ele está na cozinha!(Betty sorriu satisfeita. À tanto tempo Armando não chegava em casa no meio da tarde.)

B-E a sua irmã? Onde está?

AC-Ela ficou na escola fazendo trabalho.

A-Ah, é verdade. Bom... Eu vou até a cozinha ver se o seu pai precisa de ajuda.

AC-Tudo bem!(Betty observou a filha correr de volta para o sofá e sorriu, pensando o quanto ela tinha crescido. Até alguns dias ela era apenas um bebê que se divertia no carpete da sala com Armando e Sofia, e de repente ela já estava com sete anos, grande e esperta. Depois de admirar Anna por um tempo, ela seguiu em direção à cozinha. Sentiu um cheiro maravilhoso vindo do cômodo e quando se aproximou, percebeu Armando com Vanda.)

V-Eu nem preciso te ensinar a cozinhar mais, não é?(ela riu.)

A-Só precisa ficar aqui para me policiar. Vai que eu uso açúcar ao invés de sal.(Ele riu e olhou para a porta, onde Betty estava parada.) Oi amor!

B-Oi! (sorriu.) O que estão fazendo?

A-Estou fazendo o jantar.(a olhou.)

V-E eu estou vigiando para que ele não faça alguma coisa errada.(ela riu.)

B-O cheiro está delicioso.

A-Espero que o gosto também.(Ele riu.)

V-Bom, já que você está muito bem, vou estender algumas roupas.(passou por betty e os deixou a sós. Betty se adentrou a cozinha e se aproximou dele, sendo recebida com um caloroso beijo.)

B-Uau.(sorriu.) Hoje é alguma data especial e eu não sei?

A-Não.(Ele riu.) Só estava com saudades.

B-Eu também. Eu não sabia que chegaria cedo hoje.

A-É... Hoje o meu turno terminou antes.

B-Que bom!(escorou-se ao balcão.) O que está preparando?

A-Adivinha?

B-Hum... Pelo cheiro... Molho branco.

A-Acertou!

B-E qual vai ser o acompanhamento?

A-Macarrão, é claro.

B-Ah, é claro.(Ela riu.)

A-Como você está?

B-Bem.(sorriu.) Muito melhor agora.

A-Que bom!

B-Será que tenho um tempo de subir para tomar um banho?

A-Você tem o tempo que quiser. Hoje eu vou fazer as coisas aqui em casa.

B-Ah! Que marido bom eu tenho!

A-O melhor. Pode dizer...

B-Não seja tão convencido.(Ela riu, beijando-o.) Eu volto logo.

A-Não tenha pressa.(ela riu e saiu da cozinha. Pouco tempo depois que ela o deixou sozinho, ele ouviu o barulho do portão e imaginou que seria Sofia voltando da escola. Ele esperou que ela entrasse em casa, e logo ela seguiu para a cozinha, jogando a mochila sobre o balcão e caminhando até a geladeira.) Boa tarde, Senhorita!(a olhou.) Sua mãe te mataria se visse essa mochila sobre o balcão.(Impaciente ela pegou a mochila e a pendurou, pegando um copo de suco na geladeira.) Não me diga que roubaram sua língua no caminho de volta pra casa?

S-Não.(Respondeu indiferente.)

A-Qual é o problema?

S-Nenhum, pai.

A-Uau! Que mau humor!

S-Eu só estou cansada...

A-Por que não sobe para tomar um banho então? Talvez esteja melhor para o jantar.

S-Eu acho muito difícil!(disse desanimada.)

A-Você quer conversar?

S-Não. Só quero... Ficar sozinha.

A-Bom... Você tem um jardim enorme lá fora e um quarto também. Pode ficar sozinha se quiser.

S-É impossível ficar sozinha aqui!(ele estranhou o comportamento de Sofia, mas preferiu ficar em silencio. Todo mundo tem o direito de ter um dia difícil, e provavelmente aquele era o dela. Mesmo que fosse extremamente estranho vê-la tão desanimada e impaciente.)

AC-Papai!(entrou à cozinha.) Eu posso comer um pedacinho de bolo?

A-Um pedacinho de bolo?(ele riu abaixando-se.)

AC-Sim! Um pedacinho pequenininho assim.(juntou os dedinhos se aproximando dele.)

A-Eu poderia, mas hoje quem está fazendo o jantar é o papai, então eu quero que você coma dois pratões cheios de macarrão.

AC-Mas é só um pedacinho. É que eu estou com fome, e você demora muito tempo para cozinhar.

A-Mas que calúnia!(a pegou no colo.) Sofia, isso é verdade?

S-É.(respondeu sem lhe dar atenção, mexendo em seu celular.)

A-Não acredito que estou sendo bombardeado pelas minhas próprias filhas!(Anna gargalhou, mas Sofia continuou mexendo no celular) O que tanto você faz nesse celular?

S-Nada.(Respondeu apenas.)

AC-Ela deve estar conversando com o Gael.(cochichou.)

S-Anna Clara!(exclamou indignada.)

A-Quem é Gael?

S-Não é ninguém!(aumentou a voz.) Essa garota não sabe do que está falando.

A-Ei! Calma!(a olhou.) Não precisa gritar.

AC-Ela gosta dele, papai.

S-É mentira!(disse nervosa.)

AC-É verdade sim!(retrucou.)

S-Pai, isso não é verdade!

A-Parem, vocês duas.(disse calmamente.) Anna, você não pode ficar dizendo mentiras sobre a sua irmã.

AC-Mas é verdade!

S-Cala a boca, Anna!

A-Sofia!(a olhou assustado. Era a primeira vez que ela gritava com a irmã, e principalmente era a primeira vez que esbravejava com ela. As duas embora tivessem bastante diferença de idade sempre se deram bem.)

S-Argh!(exclamou impaciente colocando o copo sobre o balcão, dando as costas para os dois.)

A-Sofia, não me dê as costas!(Sem dar ouvidos à Armando, ela bateu os pés e saiu da cozinha. Ele suspirou e colocou Anna sentada sobre o balcão.) Filha, você não pode falar esse tipo de coisa...(disse calmamente.)

AC-Mas eu só disse a verdade.

A-Acontece que a Sofia está... Bem... Como eu posso dizer... Na adolescência.

AC-Adolescência é tão chata assim?

A-Como assim?

AC-Ela não brinca mais comigo e está sempre de mal humor. Ela só fica ouvindo musica e mexendo no celular, está muito chata para dizer a verdade.(ele riu.)

A-É mais ou menos isso. Mas você não pode deixá-la envergonhada dessa maneira. Se ela gosta desse... Tal... De Gael...(Ele sentiu sua garganta queimar.) Você não pode sair falando pra todo mundo.

AC-Eu não sabia.

A-Bom... Depois nós conversamos com ela e você pede desculpas. Agora, quer me ajudar a terminar o molho?

AC-Sim!(respondeu animada.)

...

Betty saiu do banho tendo um acesso de tosses e espirros. Parecia que de uma hora para outra o seu corpo sentiu o peso de três caminhões carregando toneladas de areia, mas ela se proibia adoecer. Tentando ao máximo disfarçar o corpo pesado e o nariz vermelho depois de tantos espirros, ela saiu do quarto indo ao primeiro andar. Assim que chegou à sala de jantar, Anna estava ajudando Armando a colocar a mesa para o jantar, e os dois como sempre estavam animados, cantando.

AC-Papai, não é assim a musica!(gargalhou.)

A-É claro que é!

AC-Não é não!

A-O cantor é quem erra. Eu canto certo.(Ela riu.)

B-Hum... Parece maravilhoso esse jantar.(sorriu aproximando-se dos dois.)

A-Ah... Eu já ia te chamar.(sorriu lhe dando um beijo no rosto.) Está relaxada?

B-Estou.(Mentiu. Seu corpo ainda estava totalmente dolorido.) E estou faminta também.

AC-O jantar já está pronto!(comemorou.)

B-Que ótimo! E onde está a Sofia? (Armando e Anna se olharam.)O que foi?(notou os olhares dos dois.)

A-Princesa, por que não vai lá em cima chamar a sua irmã?

AC-E se ela me jogar alguma coisa?

A-Ela não vai te jogar nada.(ele riu.) Aproveite e peça desculpas pelo que disse.

AC-Tudo bem.(se afastou deixando os dois a sós.)

B-O que eu perdi?

A-Uma pequena explosão da Sofia.

B-Por quê?

A-Ela chegou desanimada da escola por algum motivo desconhecido, e Anna comentou sobre um... Garoto.

B-Garoto?

A-É, um garoto. Um tal de Gael. Anna disse que Sofia gosta dele e ela se irritou e gritou com ela.

B-Sofia gritou?

A-Pois é.(Betty suspirou.)

B-Ela só deve estar passando por uma crise adolescente.

A-Assim espero.

B-Eu vou conversar com ela depois(se aproximou.) Agora... Podemos falar que eu estava morrendo de saudades de você?

A-Podemos, é claro. Por que... Eu também estava.(sorriu aproximando seu rosto do dela.)

B-Acho que hoje podemos matar as saudades, não acha? Mais tarde.

A-Eu adoro essa sua proposta.(sorriu malicioso.) Mal posso esperar.

B-Eu também...(Ela riu, mas quando se aproximou, teve que se afastar por conta de um espirro. Logo depois outro. E outro.)

A-Esta tudo bem?(perguntou depois do quarto espirro.) Está com alergia de mim?(Brincou.)

B-Não.(respirou fundo.) Não foi nada.(Sorriu.) Está tudo bem.

AC-Papai! Papai!(voltou para a sala.) Sofi disse que não quer descer para jantar, e disse que só quer ficar sozinha.(Armando e Betty se olharam.)

B-Eu vou conversar...

A-Não.(a interrompeu.) Pode se sentar e começar o jantar. Eu vou falar com ela.

B-Tem certeza?

A-Sim.(se aproximou beijando sua testa.) Hoje é sua noite de folga.(Ela riu.)

B-Boa sorte então.

A-Vou precisar.(Ele riu se afastando.) Ah, será que você não teria um escudo por aí?

B-Armando!(ela riu e ele saiu da sala, subindo para o segundo andar. Em silencio ele se aproximou da porta do quarto de Sofia, e ela estava deitada em sua cama ouvindo musica enquanto mexia no celular. Ela ergueu os olhos assim que ele parou à porta, mas não lhe deu atenção.)

A-Então você está fazendo greve?(Perguntou olhando-a)

S-Não, só estou sem fome.(Respondeu ainda sem lhe dar atenção.)

A-Sofi...(adentrou o quarto, sentando-se ao lado dela na cama.) O que está acontecendo?

S-Não é nada.(largou o celular sobre a cama.) Só não estou muito a fim de conversar.

A-Não é apenas isso. Você voltou um pouco estressada da escola. Está tendo algum problema com as notas?

S-Não.

A-Com alguém da sua sala?

S-Não, claro que não.

A-Então o que é?(Ela suspirou.)

S-Não é nada, pai. Está tudo bem.

A-Não está tudo bem... Você sabe que pode contar comigo, não é? Para dizer qualquer coisa.(Ela ficou em silencio.) Se tiver algo te incomodando, eu quero que me diga... Eu farei o possível para te ajudar.

S-Você não pode me ajudar nisso...

A-Então eu posso fazer alguma coisa?

S-É que... (o olhou.) Eu me sentira melhor se conversasse sobre isso com a mamãe.

A-Ah... Entendi.(sorriu.) Conversa de mulheres.

S-É...

A-Tudo bem.(se levantou.) Vou chamá-la para você.

S-Obrigada.(Armando caminhou até a porta, mas antes que saísse, Sofia o chamou.) Obrigada por ter se preocupado.(sorriu. Ele retribuiu o sorriso e saiu do quarto, voltando para o primeiro andar. Assim que entrou à sala de jantar, Anna e Betty estavam conversando animadamente enquanto o esperavam para o jantar. Assim que o viu, as duas se calaram e olharam curiosas para ele, esperando que dissesse sobre a conversa com Sofia.)

B-E então?

A-Ela quer falar com você.(sentou-se à mesa.)

B-Comigo?

A-Sim. Conversa de mulheres.(betty continuou confusa.) É melhor você subir.(Ela não fez mais perguntas, percebendo que Armando estava um pouco incomodado. Imediatamente ela levantou-se da mesa e subiu para o segundo andar, seguindo diretamente para o quarto de Sofia. Ela estava deitada em sua cama parecendo pensativa enquanto encarava o teto, deitada em sua cama. Betty bateu à porta e ela sentou-se olhando para ela.)

B-Posso entrar?

S-Claro.(Ela se aproximou, sentando-se ao lado de Sofia.)

B-Seu pai disse que você queria conversar comigo. Está com algum problema na escola?

S-Mais ou menos...

B-Relacionado às notas? Alguma coisa que devemos nos preocupar?

S-Não. Não é nada disso. É só... Um... Garoto.(Betty não pôde evitar em sorrir.)

B-Um garoto?

S-Sim.

B-Me conte.(ajeitou-se à cama.)

S-É que... Ele... Parece gostar de mim, e eu meio que... Criei algum tipo de sentimento por ele.

B-É a primeira vez?

S-Que eu sinto isso por alguém? Sim.

B-Bom... Você se lembra das conversas que temos de vez em quando?

S-Sim, eu sei.(Respondeu rapidamente.) Não é para tanto, mãe. Eu só... Gosto dele.

B-E por que você está tão desanimada?

S-Porque eu não sei se devo. Ele parece gostar de mim, mas... E se ele fizer isso com todas as outras meninas?

B-Você já conversou com ele sobre isso?

S-Ainda não.

B-Então não tem como saber isso...

S-Mas o que eu digo para ele? Não posso falar que gosto dele. E se ele achar isso ridículo?

B-Ele não vai achar isso ridículo, mas se achasse... Você saberia de cara que ele não é a pessoa certa para você.(Sofia suspirou.) Você é linda, meu amor...(sorriu.) E é uma pessoa maravilhosa. Por que ele não gostaria de você?

S-Eu não sou como... As outras meninas. Elas têm mais facilidade de conversar com garotos, e eu não tenho.

B-E por que isso te faz inferior à elas? Existem garotos que gostam de meninas misteriosas...

S-Mistério e vergonha são coisas totalmente diferentes, mãe.(Betty riu.)

B-O fato é que você não precisa ficar mal humorada por isso.

S-Eu sei.(a olhou triste.) Eu não queria gritar com a Anna e também não queria ser rude com o papai. Eu só... Não estava me sentindo muito bem.

B-Eu entendo. Já passei pela adolescência. Mesmo que faça muito tempo.(Sofia riu.) Mas nós estamos do seu lado, tanto eu quanto seu pai, principalmente a Anna que se espelha tanto em você. Você pode sempre sentir-se à vontade de nos contar qualquer coisa que estiver te incomodando.

S-Eu não quis falar isso com o papai por que... Bem... Ele ficou um pouco enciumado com o que a Anna disse na cozinha.

B-Sei bem.(ela riu.) Mas não se preocupe. Ele pode ficar um pouco tenso no início, mas uma hora ele terá que se acostumar que você é linda, e que logo vai arrumar um namorado.

S-Não sei se vai ser tão rápido assim.(ela riu.)

B-E não precisa de pressa. Você vai saber quando for a pessoa certa.

S-Tem razão.(suspirou aliviada.) Obrigada pela conversa, mãe. Eu me sinto bem melhor.

B-Fico feliz em ter ajudado.(Sofia se apressou em agradecer ela com um abraço sincero.) Agora... Vai continuar aqui em cima trancada no quarto ou vai descer para jantar com sua família?

S-Eu vou descer.(Ela riu.) Agora me sinto melhor.

B-Ótimo.(levantou-se e esticou sua mão para ela.) Vamos?

S-Vamos.(segurou sua mão)

....

O jantar seguiu animado como todas as noites. Sofia estava muito mais à vontade, inclusive à ponto de pedir desculpas publicamente para Anna e Armando sobre sua atitude de horas antes. Depois de um animado jantar, a família permaneceu reunida na sala de televisão, e Armando à todo o tempo se negou à deixar Betty fazer qualquer coisa relacionada à casa, dizendo ser a sua “noite de folga”. Ela jamais recusaria, principalmente porque estava exausta do trabalho, mas percebeu que já estava acostumada com sua rotina, que mesmo sendo cansativa, era gratificante ao fim do dia.

A-Anna, pra cama, baixinha.(entrou no quarto e a pegou no colo, fazendo-a gargalhar.)

AC-Ah papai, deixa eu dormir com a Sofi hoje?

A-A cama é muito pequena para vocês duas, meu amor.

S-Não tem problema, pai.(sorriu.) A gente se ajeita.

A-Tem certeza?

S-Sim.

AC-Oba!

A-Bom... Já que insistem.(encheu Anna de beijos e a colocou de volta à cama.) Quer uma explosão de beijos também?(perguntou à Sofia.)

S-Ahm... Não. Obrigada. Estou feliz com um só por noite.

A-Acho que ela está com vergonha. (colocou as mãos à cintura.)

AC-Eu também acho.(ela riu.)

A-Então acho que vamos ter que fazer explosão de beijos ao mesmo tempo. Pronta?

AC-Pronta!

S-Ah não, pai!

A-AGORA!(Armando e Anna encheram Sofia de beijos enquanto ela ria e tentava escapar. Betty chegou ao quarto no mesmo instante e escorou-se ao portal sorrindo com a cena.) Viu só? Vai ter uma noite até mais animada.(Anna riu e deitou-se ao lado de Sofia, coçando os olhos logo depois.)

B-Ih, tem alguém que já está caindo de sono.(falou aproximando-se.)

S-Nós já vamos dormir.(ajeitou-se à cama para que coubesse as duas.)

A-Tem certeza que está tudo bem por aí?

S-Sim!

B-Então, boa noite.(beijou cada uma delas.) Durmam bem.

S-AC-Boa noite!(As duas responderam em uníssono.)

A-E não fiquem fofocando até tarde. Estamos de olho.(gesticulou.)

S-Não vamos.(ela riu. Armando saiu do quarto e Betty apagou a luz. Assim que saiu no corredor, foi surpreendida com um abraço caloroso de Armando, seguido por um beijo.)

B-Você é louco!(sussurrou olhando para o lado.)

A-Estava morrendo de saudades.(cochichou.)

B-Eu também.(entrelaçou seus braços em volta dele.) Fiquei tão feliz quando vi que você chegou mais cedo.

A-Ah... Sobre isso... Precisamos conversar.

B-O que foi?(o olhou apreensiva.) Você não foi demitido, não é?

A-Não.(Ele riu.) Não é isso. Vamos conversar no quarto.

B-Tudo bem.(Os dois seguiram pelo corredor e assim que entraram no quarto, Armando fechou a porta e olhou para ela.) Está me deixando preocupada.(cruzou os braços.)

A-Não fique. Eu só... Preciso de uma opinião sua.

B-Opinião?

A-Hoje o Doutor Pedro veio conversar comigo, e disse que eu pareço um pouco... Cansado com o aumento da carga horária. Ele disse que sabe sobre nossa família e sabe o quanto sou apegado à vocês, e ele está preocupado que isso cause algum problema.

B-Mas nós decidimos juntos... Quero dizer... Era o que você queria, não é? Não só pelo aumento do salário, mas você realmente tem paixão por trabalhar.

A-Mas por um lado ele tem razão, betty.(suspirou.) Não quero que isso cause algum problema na nossa família.

B-E por que causaria, meu amor?

A-Eu sei que você está ficando sobrecarregada com tudo desde que eu comecei a trabalhar mais.

B-Não estou não.

A-Melissa me ligou hoje.

B-Ligou? Para que?

A-Ela disse que você estava cansada no trabalho e está tentando disfarçar um resfriado.

B-Isso não é verdade.

A-Então por que você estava espirrando a cada cinco minutos durante o jantar?(Ela suspirou.)

B-Armando, isso não é nada.

A-Betty, eu não quero que você fique sobrecarregada com tudo. Eu prometi que te ajudaria, e eu vou fazer isso.

B-Mas eu dou conta. Só está muito recente... Logo eu me acostumo e não vou me sentir tão cansada mais. De verdade.

A-Eu não quero pagar para ver. E principalmente não quero que... Um dia nós dois...

B-Nós dois o que?

A-Doutor Pedro disse que quando ele aceitou ser o chefe da equipe, ele se divorciou.

B-Armando!(ela riu e se aproximou, tocando em seu rosto.) São coisas totalmente diferentes. A função dele exige muito mais, e com certeza ele já estava com problemas no casamento. Nós não temos esse problema.

A-Eu sei. Só... Fiquei pensando nisso, e de verdade, não me agradou em nada pensar nessas conseqüências.

B-Você não teve a proposta de ser o chefe da sua equipe, não é?

A-Não. Claro que não.

B-Então isso não é problema.

A-Mas eu já tomei a minha decisão.

B-E qual foi?

A-Eu vou escolher vocês.(a abraçou pela cintura.) Sempre.

B-Armando...

A-Ele vai me entender, eu tenho certeza. Do contrário ele não teria me sugerido à voltar para a minha carga horária de sempre.

B-E quanto à sua paixão pelo trabalho?

A-Ela não é maior do que minha paixão por vocês.(Betty sorriu.) De qualquer maneira, vou continuar exercendo minha profissão, mas com uma carga horária menor. E talvez o salário também, mas nós damos um jeito.

B-Isso nunca foi problema para nós dois.(Ela riu.) Por isso você tem uma esposa que também trabalha para te ajudar com a casa.

A-Mas de qualquer maneira amanhã vou dizer ao meu chefe que prefiro voltar para minha carga horária menor. Vou poder aproveitar mais com minhas filhas... E com a minha esposa...(sorriu beijando-a. Betty estava começando a se empolgar com o beijo, mas antes que pudesse guiá-lo até a cama, Armando o interrompeu olhando-a com seriedade.)

B-O que foi?

A-Hoje eu recebi outra cantada.

B-Outra?(Perguntou perplexa.) De quem?

A-Da mãe de uma paciente.

B-Essas mulheres não têm mais o que fazer não? As filhas fazendo tratamento e elas se preocupando em cantar os médicos!(Respondeu revoltada.) Será que não enxergam essa aliança enorme no seu dedo não?(ele riu.) E o que você disse para ela?

A-Eu disse exatamente isso. Que sou casado, e que ela deveria se preocupar com o tratamento da filha dela.

B-É um absurdo! Isso é o cúmulo! Existe mulher safada até dentro de hospital!

A-Calma, amor.(ele riu.)

B-Calma o caramba! Eu só não vou até lá mostrar para elas que você é casado porque não tenho coragem de fazer barraco em um hospital. Mas a minha vontade é de... Argh!(ele tocou nos ombros dela, divertido.)

A-Você fica uma graça com ciúmes.

B-Uma graça vai ser quando eu tatuar na sua testa que você é casado, Armando Mendoza!(Com raiva, ela se afastou e seguiu para o banheiro. Armando não se preocupou. Continuou rindo, parado no mesmo lugar. Sabia que a raiva dela era por causa da situação, e não diretamente com ele. Aos poucos ela se acalmaria, principalmente depois da massagem que ele pretendia fazer para que ela relaxasse depois de um dia cansativo. Ao se pegar rindo da situação, Armando teve ainda mais certeza de sua escolha. Sua família era a coisa mais preciosa da sua vida, e ele não a trocaria por nada no mundo. Passar um tempo a mais com suas filhas e principalmente com Betty era incomparável, e nada no mundo o faria mudar de idéia.)


Notas Finais


❤️


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...