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História Amor Além do Tempo - Verdade e Desafio


Escrita por: SamusAran

Notas do Autor


Espero que estejam aproveitando esse período de maré boa da fic porque nunca se sabe quanto tempo vai durar. Hehe!

Hoje tô sem ter muito o que dizer, então vou parar de enrolar e deixar vocês irem logo pro texto.

Boa leitura!

Capítulo 19 - Verdade e Desafio


Fanfic / Fanfiction Amor Além do Tempo - Verdade e Desafio

Max e Chloe chegaram em casa planejando se esgueirar sorrateiramente até o quarto, mas tendo seus planos frustrados quase de imediato pela presença de Joyce na sala da casa dos Price, a qual logo notou a chegada das duas.

- No que vocês duas estavam metidas até essa hora?

Era uma pergunta simples, feita em um tom descontraído, mas que deixou ambas sem fala por alguns bons minutos, muito devido ao fator surpresa. Antes que a situação ficasse ainda mais suspeita, Chloe decidiu finalmente abrir a boca.

- Nada demais. Só andando por aí.

Joyce era uma incógnita para as garotas. Não perguntou mais sobre a saída, mas analisou as duas atentamente antes de prosseguir com a conversa.

- Vocês devem estar famintas. Já é tarde, mas tem comida na geladeira para caso...

- Nós já comemos. - Chloe respondeu de imediato, sem deixar sua mãe concluir a frase.

- Vocês já comeram? E onde foi isso? - Joyce perguntou tomada por uma surpresa genuína.

- No Two Whales.

- Deixa eu ver se entendi: você está dizendo que deixou de comer em casa de graça pra pagar no Two Whales? - Joyce perguntou e, sem esperar resposta, completou - Qual a ocasião especial?

Aquela era mais uma pergunta inocente que deixou as duas garotas sem reação. Max congelou no lugar, empalidecendo e esperando que algum milagre acontecesse para livrá-las daquela situação, mas ocorreu justamente o contrário.

- Max, eu sei que combinamos de conversar sobre isso só amanhã, mas pelo visto, vamos ter que mudar nossos planos.

- T-tudo bem. - Max respondeu, ainda incerta de que aquilo era mesmo uma boa ideia, mas sem muita alternativa.

- Mãe, seria melhor que a senhora se sentasse.

- O que você aprontou, Chloe? - Joyce perguntou começando a demonstrar preocupação.

- Nossa, mãe, pensei que a senhora tivesse um pouco mais de confiança em mim. - Joyce apenas ergueu uma das sobrancelhas, com um olhar crítico em resposta. - Tudo bem, tudo bem... não precisa responder. E eu não aprontei nada, se a senhora quer saber. Só precisamos contar uma coisa que talvez renda uma conversa longa. 

Joyce assentiu e logo se encaminhou para a mesa de jantar onde se sentou, esperando que as duas garotas fizessem o mesmo.

- E então?

- Meu deus, nenhuma conversinha fiada antes? Assim mesmo, direto ao ponto?

- Chloe...

- Você não tem senso de humor mesmo, mãe. Era só brincadeira. - Chloe falou enquanto olhava de uma Joyce impaciente para uma Max completamente pálida. - agora, falando sério, na verdade, é algo muito simples. Queríamos contar que começamos a namorar há alguns dias. Só isso.

Max ficou confusa, pois a primeira reação de Joyce, diferente de todas as milhares que cogitou em sua cabeça, foi um suspiro de alívio.

- Por deus, Chloe! Esse suspense todo era por isso? - Chloe assentiu e logo Joyce continuou - Eu pensei que você tivesse se metido em alguma confusão.

- Essa é sua reação? Sério?

- Filha, você acha que eu já não tinha reparado? Eu não sou cega. - Chloe se manteve boquiaberta sem responder nada. - É bem óbvio, se você quer saber. O jeito que você olha pra Max me lembra como o William olhava pra mim... Fora todos os outros pequenos gestos. - Joyce completou e, embora Chloe estivesse completamente atônita com aquela revelação, conseguiu distinguir um leve sorriso se formando no rosto de sua mãe enquanto ela parecia recordar de algo. - e hoje eu tive a prova definitiva de que minhas suspeitas estavam corretas.

- E que prova foi essa?

- O jantar fora, seguido dos cordões combinando. 

- Que poderiam muito bem ser cordões de amizade. - Joyce deu um olhar de desdém para a declaração de Chloe que logo se deu por vencida. - Tá bom, tá bom. Você tem razão.

- Então, tudo isso está ok pra você, Joyce? - Max perguntou finalmente criando coragem para participar da conversa.

- Se está ok? Querida, quem melhor eu poderia querer para botar um pouco de juízo na cabeça dura da minha filha e cuidar tão bem dela?

Max sentiu o aperto em seu coração diminuir depois de ouvir aquilo e pôde respirar mais aliviada, respondendo ao comentário de Joyce com um sorriso tímido.

- Eu te disse. - Chloe murmurou perto do ouvido de Max.

- Disse o que? Posso saber...?

- Bom, ela estava com essa ideia maluca de que você ia passar a odiá-la quando descobrisse sobre nós e várias outras loucuras que só poderiam passar pela cabeça hipster e oca dela.

- Como você pode pensar algo assim, Max? Pensei que você me conhecesse melhor que isso.

- Desculpa, Joyce, mas eu estava muito insegura.

- Eu entendo, querida. - Joyce começou a falar enquanto segurava a mão de Max, tentando confortá-la - Eu te conheço desde criança, você é como uma filha pra mim e é uma pessoa maravilhosa. Olha quantas mudanças positivas já trouxe, nesse pouco tempo que voltou pras nossas vidas... Você até salvou a vida da Chloe. Como eu poderia te odiar por gostar tanto dela?

- Não sei...

- Além disso, eu sei que ela gosta de você desde antes de sua ida à Seattle. Era óbvio que isso iria acabar acontecendo de um jeito ou de outro, depois da sua volta. Era só questão de tempo.

- COMO VOCÊ SABE DISSO? - Chloe perguntou chocada, falando num tom mais alto do que pretendia, olhando diretamente nos olhos de Joyce, até finalmente encontrar a resposta em sua própria cabeça. - o papai te contou?!

- Claro. Eu sou sua mãe e ele era meu marido. O que você esperava? - Joyce respondeu com um sorriso debochado.

- Parece que nada permanece segredo por muito tempo nessa cidade.

Chloe concluiu cruzando os braços e fazendo sua mãe e Max rirem da sua expressão indignada. Quando finalmente pararam, ela lembrou de outra questão não resolvida sobre o assunto, que logo resolveu externar.

- E quanto ao David?

- Pode deixar comigo. Eu converso com ele a respeito. - Joyce respondeu trazendo alívio às duas garotas.

- Eu... eu posso continuar dormindo no quarto da Chloe?

- Claro que pode! - Chloe cortou qualquer resposta que Joyce pudesse dar antes mesmo que ela tivesse chance de formulá-la.

- Chloe! - Max a repreendeu.

- O que? Nós nem sequer fizemos nada ainda. Se é que você entende o que eu quero dizer, mãe... - Max ficou mortificada com aquele comentário, seu rosto fervia e ela queria se esconder embaixo da mesa para não ter que encarar Joyce, que, por outro lado, não ficou nada abalada com o comentário de sua filha.

- Bom, mesmo que eu cogitasse a possibilidade de te colocar no quarto de hóspedes, a Chloe provavelmente iria se esgueirar e ir pra lá durante a noite, então não vejo muita utilidade nesse plano.

- Eu com certeza faria isso. - ela pensou alto, rindo consigo mesma. - Então está tudo resolvido?

- Se vocês não têm mais nada pra contar, acho que sim.

- Ótimo. Então acho que vou comer alguma coisa. Toda essa conversa me deu fome. - Chloe concluiu passando uma das mãos no estômago.

- Chlo, você comeu há 2 horas... - Max comentou incrédula.

- Exatamente. Quase uma eternidade. - Chloe respondeu a abraçando de lado, beijando seu rosto e indo em direção à geladeira, enquanto Max e Joyce permaneciam na mesa.

__________________________

O pesadelo que Max teve naquela noite foi um pouco diferente dos que ela tinha normalmente. Chloe continuava morrendo e ela permanecia no cativeiro com Mark Jefferson, só que nesse sonho específico, era ele quem acabava dopado e preso numa cadeira, enquanto ela o fotografava e repetia as mesmas frases que ele disse para ela quando aquela cena aconteceu de verdade.

Max acordou bem no momento em que apontava uma arma engatilhada para a cabeça de seu ex-professor, pronta para apertar o gatilho. Ela abriu os olhos, ainda apavorada, mas respirou um pouco aliviada ao inclinar a cabeça e notar Chloe dormindo pacificamente ao seu lado.

Sua boca entreaberta deixava escapar um pouco de saliva sobre o travesseiro, fazendo Max sorrir levemente enquanto a observava. Sua respiração estável fazia seu peito subir e descer ritmicamente, ajudando a acalmar os nervos de Max e fazê-la esquecer aos poucos do pesadelo de momentos antes.

Ela se aconchegou ainda mais em sua melhor amiga e recebeu a resposta imediata, quando esta fechou um abraço em torno de si, murmurando algo meramente audível logo em seguida.

- Volte a dormir. Você está a salvo. Ninguém pode te machucar aqui.

Com isso, ela fechou os olhos e tentou focar naquelas palavras, naquela voz e naquele abraço. Parecia tão mais fácil daquele jeito, com Chloe ali, que depois de alguns minutos de tentativa, ela voltou a dormir.

Quando acordou já de manhã, com a luz fraca que vinha da janela ao seu lado, Max notou que o ombro em que dormia fora substituído por um travesseiro e a garota, que antes estava ao seu lado, agora trocava de roupa a poucos metros de si, próxima de seu armário. Chloe havia terminado de colocar sua calça jeans e passou a procurar na gaveta um sutiã, que não demorou a encontrar.

Max podia sentir o próprio coração acelerar ao ver sua silhueta de costas, suas curvas, a palidez de sua pele, enquanto Chloe fechava o sutiã. Não importava o quanto Max tentasse, simplesmente não conseguia parar de olhar. Ela estava em transe, hipnotizada pela visão à sua frente quando uma voz a trouxe de volta ao mundo real.

- Gostando do show, Max? - Chloe se virou ainda de sutiã, pegando a garota de sardas desprevenida e se deliciando com sua reação.

- E-eu... eu não... não estava... - Max gaguejou, tentando se defender e se pondo sentada na cama, mas suas palavras a traíam, principalmente ao notar a lenta aproximação da garota mais velha.

- Por favor, não minta pra mim. Você sempre foi péssima nisso. Eu sempre consigo dizer quando você está mentindo. - ela se aproximou mais ainda, sentando de lado na cama, nunca quebrando o contato visual. - Além disso, eu me sentiria realmente frustrada, se você não estivesse olhando, pois significaria que não se sente atraída por mim.

- Não! Claro que me sinto... - Max deixou escapar, ao ouvir aquilo, sentindo seu rosto queimar a medida que cada palavra saía de sua boca.

- Melhor assim. - Chloe sorriu e logo se aproximou, enquanto começava a beijar Max, primeiro na boca, depois fazendo todo o caminho do maxilar até sua orelha. - Se sinta livre pra olhar, tocar, beijar e fazer tudo o que você quiser comigo. Eu sou toda sua.

Aquela conclusão deixou Max arrepiada da cabeça aos pés. Era muito para conciliar. Ela queria fazer cada uma daquelas coisas repetidas vezes, ela sentia a urgência de tomar a inciativa uma vez que fosse, mas toda sua coragem foi gasta na confissão de minutos antes. Além disso, ela também não queria tocar Chloe com suas mãos geladas e deixá-la saber de seu enorme nervosismo com aquela situação.

- Mas... - Chloe parou o que fazia e se afastou alguns centímetros para falar.

Não tem mas. Sem mas. Não agora. Apenas continue.

- ...você assistiu vários shows ultimamente e eu nenhum. O que é totalmente injusto.

- Você já me viu trocando de roupa várias vezes.

- Max, não me faça te dar uma aula de biologia pra explicar a diferença de te ver agora pra quando éramos mais novas. 

- Você também me viu de sutiã no dia em que invadimos a piscina de Blackwell. - Max insistiu, embora soubesse que aquela desculpa não colaria.

- Meu outro eu te viu. Eu não dei tanta sorte.

Max se sentia estúpida, prestes a se acovardar, nem remotamente certa de que conseguiria fazer aquilo, quando Chloe novamente interrompeu sua cadeia de pensamentos.

- Eu te desafio a me deixar ver o cordão que eu te dei contra sua pele.

Chloe falou com o mesmo sorriso desafiador da primeira vez e Max tinha certeza que ela esperava uma resposta negativa, exatamente como no desafio do dia seguinte à invasão de Blackwell. Então Max fechou os olhos, respirou fundo, tentando buscar um resquício de coragem que fosse dentro de si e, depois de alguns minutos, começou a levantar a camisa, ainda nervosa, mas ganhando confiança à medida em que evoluía em sua ação. Mas, quando já estava na metade do caminho, sentiu mãos segurando as suas e tentando impedi-la de prosseguir.

- Você não precisa fazer isso, se não tiver certeza.

Ela ouviu cada palavra claramente, mas elas só serviram para motivá-la a continuar. Então, sem dizer nada, ela fez um esforço adicional para reforçar suas intenções, se desvencilhando das mãos de Chloe e finalmente passou a camisa por cima da cabeça, tirando e a jogando do outro lado da cama.

- Não ouse voltar atrás em dois desafios seguidos que você mesma propôs, Chloe. Não ouse. - Chloe não conseguiu evitar rir daquele protesto indignado da garota menor, que apontava ameaçadoramente em sua direção enquanto falava.

- Em primeiro lugar e em minha defesa, o outro desafio foi em outra linha do tempo. Eu não cometeria o mesmo erro duas vezes. E em segundo lugar...

Chloe falou se movendo em direção a Max e se posicionando parcialmente sobre ela, apoiada nas próprias mãos e se inclinando em direção ao seu tronco com o intuito de beijar a bala que agora repousava no espaço entre seus seios.

Depois de dois ou três beijos no projétil, ela o segurou entre os dentes, levantando-o alguns centímetros e depois deixando-o cair sobre o corpo de Max, o qual, após isso, se tornou seu novo objeto de admiração, conquistando vários minutos de sua análise detalhada, a levando a outra dimensão e a outra frequência. Quase a fazendo esquecer de concluir sua frase.

- ...você é linda.

Max se jogou de volta na cama com as mãos sobre o rosto, sentindo um calor repentino esquentar da ponta de seu nariz até suas orelhas após ouvir aquela frase.

Chloe continuou na mesma posição, rindo da reação de Max e procurando tirar as mãos dela da frente do rosto, só tendo êxito após sucessivas tentativas, em sua maioria frustradas pela resistência dela.

- Você é sim. E não adianta tentar se esconder porque eu sempre te encontro. - ela disse finalmente livrando o rosto de Max de suas próprias mãos e olhando diretamente para seus olhos antes de concluir. - Eu sempre vou te encontrar.

E houve esse momento, como se o tempo tivesse parado, onde as duas ficaram simplesmente se encarando, sorrindo uma para outra, por vários minutos, que poderiam tranquilamente se transformar em horas ou dias, sem nenhum prejuízo, até Max finalmente usar sua última porção de coragem para puxar Chloe em sua direção e beijá-la, tocando seu rosto, enquanto explorava seu pescoço com a boca, com a língua, com os dentes. Sentindo-a responder emitindo pequenos ruídos que só deixavam Max ainda mais compenetrada em suas ações, com uma vontade insaciável de ir mais adiante, de ouvir mais daqueles ruídos.

Quando suas mãos começaram a descer, Max se sentiu contrariada com a aspereza da calça de Chloe, sedenta por mais contato com sua pele. E foi aí que a garota mais velha começou a atacar de volta, se movendo sobre Max e dando o melhor de si para manter o auto controle que a impedia de rasgar as outras peças de roupa que ela vestia. Tentando ir mais devagar ou, pelo menos, não tão rápido.

- Meninas, o café está pronto. Desçam logo ou Max pode se atrasar pra aula.

Chloe praticamente rugiu ao ouvir aquilo, deixando sua cabeça cair e apoiando a testa no ombro de Max, enquanto esta tentava controlar sua respiração e seu corpo, já que cada célula de seu organismo precisava se acalmar naquele momento.

- Duas vezes seguidas em menos de 24 horas. Minha mãe deve ter um alarme na cabeça. - Chloe desabafou girando para o lado da cama, ainda tentando recobrar o fôlego.

- Nós teremos tempo pra isso depois. - A garota de sardas concluiu de volta a seu estado normal, enquanto terminava de se vestir.

- Claro que teremos, Max McFly. Tempo é tudo o que não nos falta. - Chloe brincou tentando rir de sua própria falta de sorte.


Notas Finais


Espero que vocês ao tenham se iludido de novo com essa parte final.
Se se iludiram, desculpa. Hehe!

Vou fazer vocês penarem um bocadinho ainda.

Aproveitem o fim de semana! :)


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