1. Spirit Fanfics >
  2. Amor Amável >
  3. Prólogo

História Amor Amável - Prólogo


Escrita por: AnaCCohen

Notas do Autor


Olá, como vão todos? Já aviso que não sei se vai ter continuação, mas eu sempre quis escrever algo com essa premissa, Nico dizendo pro Percy que gosta dele e Percy caindo no real, ficando chocado no principio e depois se acostumando com a ideia. Tudo depois disso é pura conjuctura, é claro srsrss

Bem, boa leitura e talvez nos vemos em um proximo capítulo. Não prometo nada. Eu realmente tinha que tirar isso do peito.

Capítulo 1 - Prólogo


Nico caminhava pelas ruas de Nova Roma e cumprimentava quem o cumprimentava primeiro, mantendo sua cabeça baixa na maior parte do tempo. 

Não era novidade nenhuma sua presença por ali, mas ainda havia aquelas pessoas que o temiam por causa de Plutão e por seus poderes. Mas mesmo assim, levantou a mão, acenando na direção de Frank que conversava com alguns guerreiros, não se demorando, caminhando em passos apressados em direção a Will, que havia vindo até com ele. Quando Nico se aproximou suficiente, Will se desencostou da parede e o recebeu de braços abertos, em um agarre apertado e uma fungada no cangote. Nico queria dizer que nesses momentos se sentia bem, com aquelas borboletas na barriga e tudo mais, mas tudo o que sentia era afeto, uma abraço trocado com seu melhor amigo.

Ele era uma pessoa lamentável e horrível, tinha certeza.

Não era a primeira vez que isso acontecia, que ele tentava sentir algo que não sentia, mas que não tinha coragem de ser sincero. Outra coisa que também sempre acontecia era a sombra de Percy; não importava onde Nico estivesse, Percy também estava. Podia ser em Nova Roma ou no Acampamento meio-sangue, Percy sempre parecia estar ali, se desviando ou fugindo dele. Devia ser por causa do que ele tinha dito. 

“Você não é o meu tipo”. 

Dessa vez, Will tinha sido o primeiro a notar Percy a espreita, tentando se esconder.

— Olha lá, seu príncipe desencantado.

Nico sentiu vontade de revirar os olhos de impaciência, mas isso tinha ficado no passado, de tantas vezes que ele já tinha acontecido. Agora só restava exaustão e frustração.

— Will, você é meu namorado. Será que você devia dizer essas coisas?

— Eu sou, então me dá um beijo. Só um.

Will indicou a própria bochecha e Nico apenas virou a cabeça para o lado, fingindo não ter escutado. Sua desculpa era não estar preparado e Will parecia respeitá-lo, isso é, na maior parte do tempo. É claro que foi nesse momento que Nico viu que Percy olhava para eles. E Percy ao ser pego, desviou o olhar, se despediu das pessoas com que falava e virou de costas, já subindo a escadaria de Nova Roma e se afastando dele.

— Vá atrás dele.

— O quê? — Nico questionou, confuso.

Will levantou os ombros e segurou nos de Nico, o sacudindo levemente. Nico via um sorriso no rosto, mas só conseguia se sentir estranho, como se estivesse traindo Will.

— Sei que vocês tem coisas inacabadas. Vai lá e… resolve as coisas.

Nico nem sabia o que dizer, mas se Will tinha percebido, o que dizer dos acampamentos?

Nico olhou ao redor e… sim, pessoas olhavam para ele. Não era exatamente acusação o que ele via, era algo que ele não sabia exatamente como descrever.

Will o empurrou levemente pelo meio das costas e Nico, antes de subir as escadas que tão longas parecia que te levaria ao Olimpo, olhou para Will. O sorriso que antes estava lá tinha se transformado em tristeza, numa expressão tão decepcionada, que Nico não sabia se fazer isso era mesmo a escolha certa. Ir atrás de Percy ou continuar com Will. Talvez os dois ou nenhum deles.

De qualquer forma, ele ergueu a cabeça, estufou o peito e subiu cinco ou seis lances de escadas até parar em frente ao templo de Plutão. Onde será que Percy podia estar? No templo de Netuno ou aqui, no tempo de seu pai, tentando despistá-lo? Nico deu de ombros novamente e entrou no templo, já que esse era mais perto. Como sempre, Nico sempre ficava um pouco deprimido quando entrava lá, tudo era tão escuro e quieto, era como se a vida não existisse por ali, porém, em frente ao altar de Plutão, estava Percy, ajoelhado na pedra de mármore negro, mãos em frente ao rosto e olhos fechados em posição de prece. Essa era uma das cenas mais fascinantes e estranhas que ele já tinha visto. 

Tudo parecia fantasmagórico, desde as paredes que brilhavam levemente ao cheio que ele nunca conseguia distinguir. Então, quando as velas em cima do altar de Plutão se apagaram por um momento, se acendendo em seguida, Nico quase deu um passo para trás. Seu pai adorava mexer com sua mente

— Obrigado, senhor. — Percy disse. Ele se curvou uma vez e se levantou, encarando Nico de frente.

— Você vem sempre aqui? — Nico teve que perguntar. O pior que aquilo nem era uma cantada.

— Sim, sempre que eu posso.

Nico começou a sorrir, mas quando viu que Percy não sorria, seu sorriso desapareceu.

— Porque?

— Eu e seu pai… temos passado algum tempo juntos.

— Porque? — Voltou a perguntar, cada vez mais confuso.

— Nenhum motivo.

— O que ele te fez fazer?

— Na verdade… nada. — Percy coçou a nunca e olhou para baixo.

— Nada?

— Nada. Só… ficar de olho em você e visitar o tempo dele.

— Só isso?

— Ele conversa comigo. Por longas horas.

Nico franziu o cenho, pensando forte. Isso ainda não respondia nada.

— Porque? — Perguntou de novo. — Quer dizer, tirando o fato de você me espionar.

— Não, você não entendeu. Ele não pergunta sobre você, ele pede para que eu te ajude se algo acontecer.

O que fazia ainda menos sentido.

— Porque!!??

— Ele estou tentando… me redimir.

Nico apertou os olhos, desconfiado, ele tinha certeza de que o que Percy ia dizer não era isso.

— Porque você está fugindo de mim? O que eu disse era brincadeira. Eu disse aquilo porque Annabeth achava que eu gostava dela. Eu sinto muito se isso te deixa desconfortável.

Enquanto Nico ia dizendo tudo aquilo, ele se aproximava mais de Percy, tentando ver a expressão no rosto de Percy. 

O que ele viu lá o surpreendeu, ao inves de ver vergonha, raiva ou nojo, havia apenas um sorriso suave, com uma das pontas dos lábios de Percy levantadas, seus olhos brilhando na quietude e escuridão como um foco de luz no meio das trevas.

— Que fofo. Eu não me sinto desconfortável. Tudo bem, fiquei chocado no começo, mas… — Percy deu de ombros, e agora foi a vez de Percy se aproximar.

— O que está acontecendo? De verdade.

— Só isso.

Nico observou Percy de olhos bem abertos. 

Em câmera lenta, Percy deu os últimos passos até estar em frente a ele. Uma das mãos de Percy veio em direção a sua nuca, enquanto que com a outra, Percy o segurou pela cintura, parando milímetros de seus lábios se tocarem.

— Então, era isso. — Nico concluiu em um suspiro.

— Hmmhm… eu não poderia chegar perto de você sabendo que a qualquer momento seu pai iria mandar um monstro para me perseguir.

— Hmm. — Nico murmurou, paralisado, sem saber se xingava o pai ou agradecia. 

Então realmente era isso. Ele suspirou mais uma vez e sentiu lábios tocando os seus, doces e suaves, recebendo mais do que jamais esperou receber.


Notas Finais


Obrigada por ler. Sua opinião sempre é bem-vinda. E dia onze tem mais um capítulo na historia "Ligados".
Até lá.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...