1. Spirit Fanfics >
  2. Amor de Verão - Isulio >
  3. Pensamentos distantes

História Amor de Verão - Isulio - Pensamentos distantes


Escrita por: my_binuel

Notas do Autor


olha eu aqui de novo, trazendo pra vcs mais um cap e como se fosse uma reta final, sim, chorem comigo.
já estou preparando algumas coisas novas e em breve, vou contar tudo a vcs, agradeço aos 30 favoritos e feliz demais por estarmos crescendo! amo vocês
boa leitura <3

Capítulo 7 - Pensamentos distantes


Fanfic / Fanfiction Amor de Verão - Isulio - Pensamentos distantes

O dia seguinte se arrastou no Spa, eu e Agustina tivemos uma tarde completa no estilo ‘’dia de princesa’’ e só saímos de lá quando já era noite e precisávamos nos arrumar para ir até a boate. Subimos nós duas e decidi só pegar as minhas roupas e descer para o quarto da Agus, enquanto os meninos já estavam lá na festa.

Não resistir ao colocar um vestido soltinho e simples, era de alcinhas e tinha um elástico na cintura, de um tecido preto e uma renda preta no decote. Eu odiava saltos e só tinha colocado uma sandália mais ajeitadinha na mala, então aquela teria que servir. Agustina colocou um vestido tomara que caia azul que ficava grudado no corpo, e totalmente ao contrário de mim, tinha levado os benditos saltos. Fizemos a maquiagem rapidamente e descemos para encontrar os meninos na boate.

Não ficava muito longe, então fui andando confortavelmente, enquanto Agus reclamava atrás de mim por causa do paralelepípedo no caminho.

- Ninguém mandou você colocar esses saltos. – falei rindo quando entramos na boate.

A música alta tornava outras proporções dentro da boate, as luzes coloridas piscavam e rodavam deixando qualquer desavisado tonto.

Agus me arrastou para o bar onde André estava, entretanto Julio tinha sumido no meio do tanto de gente que estava ali.

Eu não sabia dizer se eram apenas as pessoas que estavam hospedadas no Hotel, ou era aberto para o pessoal de fora, mas pela multidão, eu apostava na segunda opção. Tomei alguns drinques com eles, mas não toquei muito na cerveja, afinal eu preferia bebidas quentes.

Depois de jogar conversa fora com os dois, decidi ir pra pista dançar um pouco, queria deixá-los sozinhos, porque estava muito na cara que eles queriam se beijar, então sai olhando para eles, para que não me perdesse dos dois.

Eu estava sorrindo desde que entrei ali, mas bastou uma olhada para o lado e o sorriso desaparecer.

Quem diabos paga uma suíte para dividir com você, te dá incontáveis orgasmos desde o dia do seu aniversário e dias depois está dando beijos em outra num canto da boate?

Eu não sabia nem o que sentir direito ao ver aquela cena, cometi o erro de ficar vidrada demais nisso e constatar que era mesmo Julio ali, quando ele olhou em minha direção, encontrando-me. Ele se separou da menina, que o olhou feio e me olhou com desgosto depois, quando viu que ele vinha em minha direção.

- Aí está você. – disse quando se aproximou de mim e eu segurei a vontade avassaladora que eu tinha de chorar. Por que diabos eu queria chorar?

- Onde mais eu estaria? – com a música eletrônica ao fundo era quase impossível um não ouvir o outro sem gritar.

- Você tá bem? – ele perguntou ao perceber que a minha expressão não era das melhores e meus olhos marejavam.

- Estou. – cruzei os braços desviando o olhar dele.

- Hm. – ele assentiu. – Quer dançar?

- Não. Eu vou ir dormir, estou cansada. – desviei dele e saí a procura da saída.

Só precisava de uma cama, para que eu pudesse deitar de bruços e chorar, mesmo que eu não saiba por qual motivo eu queria chorar. Escutei ele chamar meu nome, mas acho que eu podia estar louca, já que o som estava alto pra caralho.

Agus estava se agarrando ao André num canto da boate e eu não queria atrapalhar, então só saí da boate. Corri pela rua de paralelepípedo, sentindo algumas lágrimas idiotas descerem, mesmo que eu tentasse controlá-las.

Abri a porta da suíte, depois de ter tido quase um surto de choro no elevador. Entrei no quarto e fechei as cortinas, não queria que ninguém me visse chorando e também não queria ter que ver outra pessoa transando, já que era algo comum na vida do vizinho.

Tirei a roupa de festa e desejei nunca ter ido aquela boate de merda. Vesti um pijama confortável e fiz um coque em meu cabelo. Fui até o banheiro, olhando-me no espelho e percebendo que minha maquiagem escorria um pouco em meu rosto, então tratei de tirá-la com água e sabão.

Eu não sabia por que estava assim. Mais uma vez as malditas palavras de Guido vieram à minha mente. Eu não podia gostar de Julio de maneira alguma, era pedir pra sofrer.

Ele era um galinha, um cafajeste e a pior raça. Dormia com uma toda noite, pegava várias meninas em festas e até me assustava as vezes essa quantidade. O que me fez lembrar os outros dois relacionamentos sérios que ele já teve na vida, e ambos não deram certo porque ele sempre colocava chifre nas duas.

Joguei água no meu rosto, o que limpou algumas lágrimas. Sequei o rosto na toalha branca pendurada no apoio. As lágrimas haviam saído, mas meus olhos vermelhos não negavam que eu havia chorado.

A campainha tocou e eu suspirei. Desejei que fosse Agus para que eu pudesse desabafar com ela, já que estava tarde demais para ligar para o Guido.

Minha expressão se fechou quando Julio me encarou com uma cara de poucos amigos.

- O que quer? – tentei manter a voz firme, mas foi quase impossível.

- Eu estava te procurando. – disse, analisando-me por completo. Por que mesmo ele tinha que ser meu amigo de anos e sabe quando estou mal?

- E onde mais eu estaria? Beijando outros garotos? – sorri debochada e ele logo sacou tudo.

- Você ficou chateada por aquilo? – o olhei séria e ele suspirou. – Isabela, não tem nada sério entre nós dois, não estamos em um relacionamento. – senti meu coração ser partido em vários pedacinhos e eu segurei o choro. Não iria chorar na frente dele, não posso dar esse gostinho.

- Eu sei. – disse firme. – Por isso que eu prefiro dormir sozinha. Se vira, Peña. – dito isso, bati a porta em sua cara, o que não o deu tempo de tentar impedir.

- Isabela. – ele socou a porta e eu me encostei nela, tentando recordar o momento exato em que tudo desandou. – Isa, por favor... – pediu baixinho como se soubesse que eu ainda estava no outro lado da porta.

Pensei em abrir a porta, deixar que ele entrasse, deixar que ele fizesse eu me esquecer de tudo que acontecera naquela noite. Mas eu não podia.

Então, eu me joguei na cama, cobrindo-me e continuando a escutar ele me chamando, tapando meus ouvidos com o travesseiro, querendo não escutar mais.

Eu nem parecia mais aquela mulher que tinha chegado à suíte e ficado impressionada porque era tudo de vidro, eu já minha me exposto na varanda, já tinha transado dentro da água, já tinha me aberto pra ele como nunca tinha me aberto pra ninguém, nem mesmo para a Agus e o Guido. Mas tudo isso havia começado com Julio Peña e em nenhum momento ele tinha dito que seria apenas uma amizade colorida, sexo casual, ou qualquer coisa do tipo. Não tínhamos definido aquilo que existia entre a gente e isso me matava.

Fora isso, o fato dele ter beijado outra mulher sem nem mesmo pensar em mim. Fala sério Isabela, era o Julio, ele só se importa consigo mesmo. Ele podia ficar com outras garotas e eu não podia nem sequer falar de outro homem. Seria ciúmes?

Por fim cheguei a conclusão que o que ele queria era só sexo. Queria isso até mesmo antes de me trazer pro 504, era como se a suíte fosse um teste e eu havia passado. O meu aniversário durante as férias tinha sido a oportunidade perfeita para ele botar tudo em prática. E eu pensando em relacionamento. Achei que iriamos ficar juntos na boate, chegaríamos, transaríamos feito loucos e depois ele diria que gosta de mim, ficaríamos juntos e já que vamos ir embora depois de amanhã, tudo ficaria bem. Como sou trouxa.

Relacionamento e Julio eram duas coisas que eu não esperava ver juntas por um bom tempo, e já faziam cinco anos que ele não namorava ninguém. Três anos que eu não namorava ninguém.

Tratei logo de mandar aqueles pensamentos pra alguma gaveta fechada dentro da minha mente e ir dormir, um fato: sonhei com ele.

 

Acordei com o meu celular tocando loucamente em algum lugar do quarto, me arrastei até a ponta da cama e me espreguicei antes de ir levantar para atender o bendito. Mal tinha falado alô e Agus danou a falar.

- Alô o caralho, você ficou louca? – gritou e então diminuiu a voz. – Você e o Julio são o casal mais empata foda da vida. – reclamou. – Você sabe o que é chegar dentro do seu quarto louca de vontade de transar com o seu namorado até o amanhecer, mas aí o seu amigo chega bêbado dizendo que tinha sido expulso do quarto? É frustrante demais. E o André é tão bonzinho que ficou lá sentado com Julio na sala até que ele resolveu contar tudo. Por que você o expulsou, Isabela Souza?

- Eu não vou falar sobre isso por telefone, Agus. – foi tudo que consegui falar, já querendo voltar para cama e nunca mais sair, para não ter que ver Julio.

- Ok, estou subindo aí.

E desligou.

Enquanto ela não chegava, troquei de roupa e escovei os dentes, na tentativa de aparecer mais apresentável. E assim que prendi o cabelo, Agus bateu na porta, cheguei na sala para abrir e encontrei o vizinho do lado desmaiado no sofá, pelo menos estava de cueca e sozinho. Abri a porta e deixei que a morena passasse.

Ela analisou todo o cômodo, inclusive a sala ao lado e me lançou um olhar que dizia ‘’agora entendo o que você disse sobre ele’’.

- Senta. – pedi a ela e liguei a televisão, que já exibia algum noticiário mexicano.

- O que aconteceu? – perguntou.

- Ele deixou claro que não quer nada comigo. – foi o que eu disse. – e eu não quero me iludir mais.

- Porque você não sabe ser casual e blá blá blá, ele sabe disso. – falou e eu arregalei os olhos. – Homem bêbado é uma benção, ainda mais Julio, fala que é uma beleza.

- O que ele te contou? – a curiosidade foi maior.

- Quero saber a sua versão primeiro. O que aconteceu ontem? – questionou novamente e eu fiz careta antes de começar.

- Ontem quando deixei vocês, eu o encontrei beijando uma outra garota e fiquei revoltada. Depois, ele veio sorrindo como se nada tivesse acontecido. Fala sério, antes de ontem ele estava tão romântico, me disse várias coisas fofas e agora beija outra? – eu estava revoltada e soltava tudo sem nem pensar. – Ele só falta soltar fogo pelas ventas quando eu menciono o carinha do olho azul, mas ele acha legal ficar com outra na minha frente?

- Ás vezes acho que vocês dois são super apaixonados um pelo outro. Sempre foram. Estão sentindo ciúmes um do outro sem ao menos terem um compromisso. – Agus disse e eu abaixei a cabeça.

- Poxa, a gente está dividindo um quarto. – gesticulei mais do que queria, querendo fugir de suas palavras e ela sorriu.

- Então o quarto é o compromisso? Pensei que você fosse mais esperta. Julio pensa que o fato de você achá-lo cafajeste demais, não o dê uma chance de tentar engajar em um relacionamento. Sei que não sou muito próxima dele como sou de você e dos meninos, mas ele também é o meu melhor amigo, Isabela, ele também me conta as coisas e ele também se abre comigo e foi exatamente isso que ele falou comigo hoje, que está com medo de que você não dê a ele uma chance de tentar. Disse também que só beijou aquela menina, porque você disse pra ele mais cedo que não queria compromisso com ninguém. – disse ela e então minha mente se abriu. Julio estava todo estranho pela manhã, jogando alguns assuntos estranhos pra mim e falando sobre compromisso, onde eu citei que não queria um, pelo fato de que achava que ele não estava afim. Burra, burra, burra.

- Só acho que não tinha necessidade dele beijar outra menina só por causa disso.

- Você parece uma criança. – deu uma risada e continuou. – Isabela, acorda, ele gosta de você! Não te traria aqui se fosse o contrário.

- Então por que ele não tentou nada mais romântico e levou tudo pro sexo?

- O Julio é esperto, daqui a pouco pode ministrar um curso sobre como conquistar uma mulher e ir além da amizade colorida.

- Como assim?

- Eu não deveria te falar isso, mas nessa madrugada ele falou que se investisse da forma certa, você ia baixar a guarda. O que deu certo por um tempo... bom, até você expulsar ele do quarto e ele ficar se perguntar onde tinha errado. – disse séria e depois abriu um sorriso, como sempre fazia quando via um cachorro fofo na rua. – Mas foi tão bonitinho ele sentar no sofá, todo desolado e admitir que estava com medo de perder a amizade. Isso nunca aconteceu antes, por ele é tão foda-se pra tudo.

Eu podia dizer ‘’awn’’, mas fiquei em silêncio, absorvendo aquilo. Julio Peña gostava de mim.

- Não vai dizer nada? – perguntou, depois que percebeu que eu fiquei calada por um tempo.

- Dizer o que?

- Fala sério, Isabela. Não vai doer admitir que é recíproco. Eu sou sua melhor amiga, te conheço a anos e nunca te vi olhar tão embasbacada por alguém, como você olha para o Julio. Nem quando você namorava o imbecil do Esteban, que você jurava ser tão apaixonada, tinha tanto amor no olhar. Vocês dois são o típico clichê de serem o oposto um do outro, tudo o que Julio não tem, você tem e vice-versa. Vocês dois sempre tiveram essa coisa. É perceptível a química que rola entre vocês. – eu ainda continuava estática. – eu senti que vocês se gostavam, desde o dia que você disse que ele te deu um orgasmo de presente de aniversário.

- E por que ele beijou ela então? – eu ainda ficava sentida com isso.

- Aí, Isabela. – ela revirou os olhos, se aproximando de mim e me puxando para os seus braços, rodeando-me e eu a apertei, precisava disso. – Você tem que conversar com ele e resolver isso.


Notas Finais


não fiquem com vontade de matar o Julio KKKKKK
Agus é perfeita, quem concorda respira.
só sei que o próximo vai ser intenso... mas chega de spoilers
até ❤️


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...