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História Amor(?), destino - Apologize


Escrita por: Kubiak

Capítulo 28 - Apologize


(Ricardo)

Acordei no sábado exausto, parecia que dois caminhões tinham passado por cima de mim. A minha aparência estava incrivelmente debilitada, meus olhos estavam extremamente vermelhos e o meu cabeço estava uma zona. Me levantei e tomei um bom banho para tentar me animar. Vesti uma roupa confortável e me agasalhei porque o frio ainda continuava no fim de semana. Tomei um café bem quente e forte para despertar de vez e arrumei a bagunça que estava a minha casa.

Assim que eu terminei de arrumar as coisas, aproveitei para estudar um pouco e tentar esquecer dos problemas da noite passada. Em vão. O rosto de Vitor não saía da minha mente, eu jamais tinha visto aquela raiva nos olhos dele, não naquela intensidade. Tudo isso me doía mais, afinal era tudo culpa minha e se eu tivesse feito as coisas da maneira correta, estaríamos acordando juntos naquele instante e rindo das bobagens que ele fazia/dizia.

Resolvi sair de casa para almoçar em algum restaurante por perto, não queria sujar mais louça e nem tinha pique para fazer comida em casa. Assim o fiz. Almocei num restaurante que ficava a uns 10 minutos de casa e quando era cerca de três da tarde eu já estava de volta. Tentei telefonar para o Vitor, mandar mensagens e tudo mais, porém ele me ignorava. Eu teria que ir até a casa dele e resolver aquelas pendências pessoalmente.

(~)

Fui para o ponto de ônibus e peguei o primeiro que vi na minha direção. Eu queria resolver aquilo o mais rápido possível! Não demorou muito tempo para que eu avistasse o prédio dele, então desci no ponto mais próximo. Fui até a portaria do prédio e me identifiquei para um dos porteiros. A minha passagem foi liberada sem nenhum empecilho, o quê era estranho para mim, afinal eu estava sendo ignorado pelo furacão asiático em todas as minhas tentativas. Subi o mais rápido possível e bati na porta. Assim que abriram a porta, dei de cara com um dos amigos do Vitor que morava ali também.

-Oi, Ricardo. Como você tá, cara? – disse André me estendendo a mão.

Eu fiquei um pouco sem jeito, afinal ele tinha me pegado num momento de “intimidade” com Vitor dias antes. Estendi a mão e o cumprimentei.

-Oi. Tô mais ou menos... na verdade, eu queria falar com o Vitor.

Ele arregalou os olhos e me olhou com surpresa.

-Ué, eu pensei que vocês estivessem juntos. Aconteceu alguma coisa?

-A gente teve uma briga ontem...

-Ah!!! Agora tudo faz sentido – exclamou o moreno.

-Faz sentido? – perguntei.

-Sim. Ontem o Vitor chegou aqui muito estressado, não queria papo com ninguém e nas poucas vezes que falou algo, foi extremamente grosso. Eu achei aquilo muito estranho e nem perguntei nada para não piorar as coisas.

-Ah... me desculpa, a culpa é minha. Eu fui um babaca com ele e... – meus olhos já estavam lacrimejando – eu queria muito falar com ele e explicar a situação.

-Quê isso, cara. Ele tem dessas de vez em quando, calma que vocês vão se acertar.

-Eu espero – respondi mais calmo.

Ele me ofereceu um copo com água e eu aceitei.

-Ele saiu já faz tempo? – questionei.

-Então, ele saiu hoje bem cedo, não disse pra onde ia nem quando chegaria.

Abaixei a cabeça conformado.

-Mas hoje a gente marcou de beber com o pessoal da faculdade lá pelas sete da noite naquele bar que fica ao lado da estação, você conhece?

E como conhecia! Já tinha me envolvido num desentendimento com o Vitor naquele mesmo bar.

-Conheço sim. Bom, eu acho que agora é melhor voltar para casa, depois eu vou dar uma passada lá pra procurar por ele. Muito obrigado!

-Imagina, cara. Qualquer coisa é só falar que eu vejo o quê eu posso fazer – me respondeu gentil.

André me acompanhou até a porta e eu logo saí daquele prédio.

(~)

Voltei pra casa rapidamente e fui direto para o chuveiro. Precisava me arrumar, melhorar aquele rosto abatido e vestir umas roupas apresentáveis. Eu iria atrás do Vitor naquele bar e precisava estar apresentável, se não fosse vencê-lo pela minha argumentação, usaria o meu corpo (socorro).

Coloquei a minha calça jeans mais apertada, uma camisa branca com detalhes dourados e uma jaqueta preta que eu pouco usava. Usei até um perfume que havia ganhado dos meus pais.

Quando era cerca de 19:30 eu saí de casa e peguei o ônibus que me levaria até o local aonde eles estariam bebendo.

(~)

Chegando lá, procurei em todas as mesas porém não o encontrei. André me reconheceu de longe e acenou para mim. Eu prontamente fui até a mesa aonde eles estavam e cumprimentei um a um. A Jéssica estava lá, com um vestido que parecia mais uma blusa, não sei como ela não estava congelando de frio. Ela me olhou um pouco torto, porém trocamos um beijinho na bochecha de educação.

Havia uma cadeira vaga ao lado do André e foi lá onde eu me sentei. Jéssica estava do lado, mas eu não me importei.

-Oi novamente, André.

Trocamos um aperto de mão e eu continuei procurando pelo demônio asiático.

-Ele foi ao banheiro agorinha – disse André ao notar a minha procura.

-Ah.. tudo bem, vou esperar por ele aqui.

A mesa estava um pouco cheia, tinha gente demais ali. Eu tinha medo de qual seria a reação dele ali no meio de todo mundo. Enquanto eu me perdia em minhas dúvidas, Jéssica tocou o meu ombro.

-Oi? – perguntei.

-Você pode conversar comigo por um minutinho? – disse com um olhar de superioridade.

-Ok – respondi seco.

Fomos até uma mesa mais reservada longe do local anterior.

-Pode falar.

-Eu sei do seu “relacionamento” – disse gesticulando – com o Vitor.

-Ah... que bom – eu estava sendo grosso?

-Você acha que isso vai durar?

-Eu não tenho uma bola de cristal.

Ela parecia ficar mais tensa a cada fala.

-O quê eu quero dizer é que vocês mal começaram e já estão brigando, será que vale a pena continuar com isso? Você não se importa com o quê os outros vão dizer?

O quê ela estava pensando que era?

-Eu estou aqui para resolver isso. Quanto aos outros, acho que isso só importa a mim e ao Vitor, por que as outras pessoas falariam algo?

-Não é claro? – disse com desdém.

-Não.

-Talvez porque vocês dois são...

-Homens? – respondi.

-Isso.

-E aonde está o problema? Eu sou um homem que gosta de outros homens e assim é o Vitor, o importante é o sentimento que existe entre nós dois.

-Sentimento? – disse rindo – Você está sendo patético, vocês acabaram de se conhecer. Tem quanto tempo? 2 meses?

-Eu ainda não entendi o quê você tem com isso...

-Eu o conheci antes, já fiquei com ele várias vezes, nós nos gostamos, nada mais normal do que ficarmos juntos...

-Acontece que ele te vê como uma amiga, tá esquecida?

-Isso é só uma fase, quando você passar eu vou estar ao lado dele!

-Olha, não sou obrigado a ouvir essas bobagens, tenha um bom resto de noite – disse me retirando.

Eu estava decidido em ir embora do local, depois resolveria as coisas com o Vitor, não precisava ficar me desgastando mais ali.

Me levantei da cadeira, peguei as minhas coisas e andei até a porta do local. Porém, uma mão segurou o meu braço e eu não pude continuar. Eu sabia exatamente de quem era aquela mão grande cheia de veias.

-Espera! – me disse autoritário.

-Vitor... ele já estava indo embora – disse Jéssica se levantando e indo ao encontro dele.

-Não! Eu quero ouvir o quê ele tem a dizer.

“Toma! Sua desgraçada!” Pensei comigo. Aquele era o momento para eu resolver as coisas!


Notas Finais


Como prometido hahaha espero que gostem.


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