1. Spirit Fanfics >
  2. Amor(?), destino >
  3. Love -Destiny-

História Amor(?), destino - Love -Destiny-


Escrita por: Kubiak

Notas do Autor


Chegamos ao fim :0

Capítulo 30 - Love -Destiny-


(Ricardo)

Dois meses haviam se passado desde que eu e Vitor tínhamos nos acertado. Nós nos víamos todos os dias sem exceção alguma, dormíamos junto na maioria das noites e só nos separávamos basicamente durante o período das aulas. O final do semestre se aproximava e eu já planejava o quê fazer: pretendia voltar para a casa dos meus pais, afinal eu estava morrendo de saudade. Vitor tinha arranjado um estágio, portanto não viajaria. Doía meu coração só de pensar em deixá-lo sozinho, mas não tinha como ele ir comigo. Nós éramos namorados “oficialmente” na faculdade, não usávamos alianças nem nada disso, mas isso não me importava, importante mesmo era o sentimento que tínhamos um pelo outro.

Yane continuava sendo uma baladeira nata, sempre dormia nas aulas durante o início das semanas e o resto do tempo passava zoando a minha relação com o Vitor, que já havia desenvolvido uma certa amizade com ela. Tanto que passamos o natal juntos: Eu, Yane, Vitor e os amigos dele. Eu torcia para que eles pudessem ter uma convivência saudável, pois eram duas das pessoas mais importantes para mim.

Paulo pouco falava comigo, provavelmente o incidente que ocorreu entre nós bastou para afetar a “amizade” que tínhamos. Eu me sentia mal, porém respeitava o espaço dele. Cumprimentava-o sempre que encontrava com o mesmo pelos corredores, mas não passava disso. Eu também não poderia fazer muita coisa, visto que os ciúmes do Vitor eram grandes e não descansavam.

Eu tinha me saído bem nos exames finais, assustadoramente não tinha pegado nenhuma dependência. Vitor também tinha melhorado consideravelmente as notas, eu não dava vida fácil pra ele, fazia questão de que ele estudasse, eu não seria um empecilho pra ele jamais!

(~)

Acordei no dia 31 de dezembro com extrema ansiedade para passar a virada do ano com o meu asiático favorito. Ele trabalhava na parte da tarde/noite e costumava chegar um pouco tarde perto de feriados. Todavia, tínhamos convidado de passar o ano novo juntos, apenas nós dois e mais ninguém! Eu, como não era bobo, queria me preparar para aquele momento. Ele infelizmente tinha ido trabalhar na parte da manhã, mesmo sendo um final de semana, tinha ocorrido um imprevisto.

“Não se preocupe, vou chegar a tempo de passarmos a virada juntos.” Dizia a mensagem que ele me enviara cedo. Eu fiquei um pouco chateado, afinal queria passar o dia com ele, mas eu tinha que entender... não era como se ele estivesse numa festa ou algo assim, era trabalho!

Nós iríamos para o apartamento dele pois amigos dele não estariam lá, além disso daria para ver os fogos de artifício da sacada, então eu estava bem ansioso, pois na minha cidade aquilo não era muito comum. Tinha isso também, como eu voltaria para a casa no começo de janeiro, aquela seria a última data especial que passaríamos juntos e eu queria aproveitar ao máximo.

Tomei um banho cedo e tomei um café reforçado. Aproveitei para mandar minhas mensagens de feliz ano novo para Yane e para meus pais. Durante o almoço fiquei pensando em como Paulo deveria estar naquele momento, será que ele me odiava? Por que não mandar uma mensagem? Foi o quê eu fiz.

Ricardo: Oi Paulo, tudo bem?

Então, eu sei que pisei na bola e vc provavelmente me odeia

Mas gostaria de te desejar um feliz ano novo, que os seus desejos se realizem

E que você encontre uma pessoa que te mereça, é isso :) (12:31)

Eu não esperava que ele respondesse algo, porém, para a minha surpresa, pouco tempo depois o meu celular vibrou com uma mensagem dele.

Paulo: Oi, tô bem.

Agradeço, também desejo que vc seja bastante feliz.

Quanto a esta pessoa, eu gostaria que fosse vc

Mas já entendi e me conformei que vc gosta de outra pessoa.

Aliás, mande um abraço pro Vitor.

Jamais te odiei, não teria coragem para isso, me desculpe se pareceu isso.

Feliz 2017 ;) (12:37)

Confesso que sorri enquanto lia aquela mensagem. Era muito reconfortante para mim, não queria terminar o ano brigado com alguém.

(~)

Eu tomei banho por volta das cinco da tarde, tinha combinado de me encontrar com o Vitor lá pelas seis, ele passaria em minha casa para me levar de moto até o apartamento dele. Coloquei uma camisa social branca meio aberta, afinal fazia um calor muito intenso, uma bermuda branca e um sapato marrom. Me sentei no sofá de casa por volta de seis e meia, esperaria por uma mensagem do Vitor avisando que estaria chegando.

O relógio marcou 18:00 e nada... 18:30, 19:00.... Eu não sabia o quê estava acontecendo. Mandei inúmeras mensagens para ele, tentei telefoná-lo mas sempre caía na caixa postal. Aquilo estava me irritando, sério que ele me daria um bolo bem na virada do ano? Não poderia ser!

(~)

Já se passavam das nove da noite. Eu estava extremamente nervoso no sofá de casa quando recebi uma mensagem do Vitor se desculpando pois não conseguiria chegar a tempo de passar a virada do ano comigo. Confesso que meu sangue ferveu! Custava me telefonar? Ele tinha mesmo que cancelar tudo por uma mensagem?

Fui para o quarto, tirei a roupa que eu tinha planejado usar com ele, coloquei um pijama e preparei um brigadeiro de panela. Já que ele não passaria comigo, eu não queria passar com mais ninguém! Seria melhor assistir algum filme ou série comendo o meu brigadeiro. Comecei assistir “Um amor para recordar”, na metade do filme eu já estava chorando feito uma criança, porque as coisas nunca terminavam bem naquelas histórias?

Chorei e chorei por um bom tempo após o final do filme.

(~)

Durante a contagem regressiva, eu fui até o portão de casa para observar as crianças da rua soltarem seus fogos. Foi aí que eu chorei mais ainda, como eu queria estar nos braços do Vitor naquele momento!

Eu estava quase voltando para casa quando avistei uma moto que eu bem conhecia se aproximando. Quando Vitor apareceu na minha frente, eu não sabia o quê fazer. Eu deveria pular nele e abraçá-lo? Ou enchê-lo de tapas? Não sei. Só me lembro de ter aberto o portão rapidamente e quando eu menos pensei, estávamos nos beijando. Sim, eu ali com pijama, no meio daqueles fogos ensurdecedores e o furacão asiático que havia mudado a minha vida.

-Por que você chegou tão tarde? – perguntei emburrado.

-Você vai mesmo ficar de pijama aqui no meio da rua? – disse rindo.

Foi aí que me dei conta que já havia muitos olhares em mim, então tratei de entrar.

-Feliz ano novo – disse me abraçando forte.

Confesso que me surpreendi. Mas ainda estava um pouco magoado. Ele estava com uma camisa social vermelha, uma calça jeans bem apertada e o cabelo estava um pouco bagunçado.

-Você veio direto do serviço? – questionei.

-Sim. Eu fiquei resolvendo uns problemas lá, me desculpa. A gente acabou perdendo a contagem regressiva – respondeu olhando para baixo.

-Hum... tudo bem, é o seu serviço, né? Eu fiquei chateado, mas compreendo.

Ele me abraçou mais uma vez, dessa vez apertou o meu traseiro de forma safada e me deu um sorriso.

-Hey! Calma aí, grandão, você acabou de chegar!

Ele riu e me beijou.

-Rick, eu tenho uma coisa pra você hoje!

-Sério? Eu não comprei nada pra você, foi mal – se eu soubesse que teria troca de presentes, compraria algo.

-Não tem problema. Na verdade, isso é algo que vale para nós dois... – disse embaraçado.

-Como assim? – perguntei curioso.

Ele se sentou no sofá e me encarou.

-Senta aqui – disse apontando para a coxa dele.

Eu corei no mesmo momento mas fiz o quê ele pedia.

-Você sabe que esse ano foi muito especial pra mim. Especialmente o último semestre. Encontrar você foi tremendamente prazeroso para mim e eu me considero um homem de sorte por estar contigo – disse com os olhos vermelhos.

-Own, Vitor. Você sabe o quão especial você é pra mim também. Meu coração fica despedaçado só de pensar em viajar e te deixar aqui. Meus sentimentos por você são os mais sinceros que eu já tive.

Ele colocou a mão no meu rosto e começou a me acariciar.

-É exatamente por causa desses sentimentos que hoje eu quero te dar isso – disse retirando uma caixinha de dentro de uma sacola.

Meus olhos se encheram de lágrimas, ele tinha tirado duas alianças de compromisso de dentro daquela caixinha. Aquilo era um sonho?

-Agora, mais do que oficialmente, eu quero que você seja meu e mostre isso para todo mundo que chegar perto de você – ele falava entre soluços.

Trocamos as alianças, eu coloquei uma no dedo dele e ele colocou a outra no meu dedo. Estava selado o nosso compromisso!

-Eu te amo – disse para ele enquanto o abraçava.

Ele parou de me abraçar no mesmo momento e me olhou nos olhos, não conseguiu conter a emoção e chorou com muita intensidade. Eu adorava ver aquele lado dele. Mesmo sustentando aquela aparência masculina e inabalável, eu sabia que habitava uma criatura extremamente sentimental dentro dele.

-Eu também te amo, Rick!

Aquelas foram nossas últimas palavras antes de avançarmos um contra o outro numa consagração do que havia acontecido naquela noite. Nos amamos feito loucos, com sede, com vontade e, acima de tudo, com amor.

Me pergunto o quê colocou o Vitor no meu caminho, teria sido o acaso? Não, naquela noite eu tinha recebido a resposta: foi o destino!


Notas Finais


então é isso, agradeço muito a todas e todos que leram e participaram da fic, me motivando e comentando :) Foi a minha primeira fic e talvez não tenha ficado muito bom, mas eu me esforcei para fazer o melhor. Espero que gostem desse capítulo final ;)

Ob1s: me inspirei nessa música para fazer a fic https://www.youtube.com/watch?v=AqS8tsvDgEc

Obs2: Pretendo fazer uma fic yaoi envolvendo esportes, precisamente vôlei haha Qualquer coisa é só vcs me acompanharem ^.^


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...