1. Spirit Fanfics >
  2. Amor e Intolerância - Lucissa >
  3. Colapso

História Amor e Intolerância - Lucissa - Colapso


Escrita por: Layla_Attwood

Capítulo 17 - Colapso


Narcisa viu sua família colapsar na semana que seguiu. Seu pai parecia um louco frenético em busca de Andrômeda em todos os lugares possíveis. Alguns amigos mais próximos da família e alguns parentes estavam ajudando na busca, mas muita gente agora olhava os Black com certo desprezo. Sua mãe estava a base de poções para manter a calma. A fofoca, é claro, já havia se espalhado por todos os cantos do mundo bruxo. Todos na casa sabiam dos comentários maldosos e dos julgamentos que os aguardavam quando fossem enfrentar o mundo lá fora. 
Aproveitando que estavam todos ocupados, Narcisa recebeu Lúcio em casa e o levou para o quarto dela diversas vezes. Em uma dessas tardes, ele a abraçou e a acalmou, ela não conseguia retribuir todo o amor que ele estava lhe dando devido a suas preocupações, mas era muito grata a ele. 
Agora já era noite, Narcisa estava deitada na cama revivendo o diálogo que tivera com Lúcio. 
– Essa crise toda vai passar. 
– Bela desconfia de mim.  
– Deixe que ela me procure, mudará de opinião a seu respeito. 
– Como?  
– Deixe comigo. 
Estavam deitados na cama e começaram a se beijar. Narcisa não sabia o que seria dela sem Lúcio nesse momento. Sentia-se tão amada por ele que deixou até que ele a tocasse mais do que ela normalmente permitia. Infelizmente logo teve que cortar, o prazer que ele proporcionava a ela era muito grande mesmo com um simples toque. E ela temia que fosse longe demais, pois caso descobrissem que fizera algo "fora dos padrões" ela certamente pioraria a já complicada situação psicológica de sua família. 
Na manhã seguinte, Ruth viera visitá-la de forma inesperada na companhia da mãe, que era amiga de Druela também. Ao entrarem, a mãe de Ruth encarava Druela com muita pena nos olhos. 
– Olá Druela querida. Como vão as coisas?  
– Minha amiga – Disse sua mãe completamente abobalhada – Um chá, eu vou pedir... 
Ela deu a volta para ir até a cozinha e esbarrou na poltrona. Estava completamente zonza.  
– O que eu ia pedir mesmo? Ah, uma sopa... Não, chá, era chá. 
Ela foi sair da sala, mas a mãe de Ruth segurou sua mão. 
– Druela, está tudo bem entre nós. Não precisa carregar isso sozinha, somos amigas. 
Sua mãe começou a chorar de soluçar, Narcisa ficou horrorizada de ver a própria mãe assim. Vendo que Druela não tinha condições de pensar, mesma chamou o elfo doméstico e pediu que ele servisse chá as mulheres. 
Narcisa chamou Ruth para subitem ao seu quarto e dar privacidade as mães que conversavam na cozinha, a amiga olhou desconfiada para ela. 
– Vamos lá Cissa. Você já sabia, não é? 
– Bela também anda desconfiando de mim. Vocês se corresponderam? 
– Claro que não! Só que temo que ela tenha influenciado você naquele seu romance patético com John Whittier. 
– Fale baixo! Quer que meus pais morram do coração? E não, nunca contei a ninguém aqui em casa, exatamente porque não confiava neles, nem mesmo em Andrômeda. Não esperava por isso de forma alguma.  
– E agora foi a sua irmã fugiu com o nascido trouxa. Eu sinto muito Cissa, sua família deve estar sofrendo muito. Mas sinto principalmente por você, sei que gostava muito de Andrômeda. 
– Não seja boba Ruth. Eu ainda gosto dela, ela não deixará de ser minha irmã.  
– Tenho certeza que Bela não pensa da mesma maneira.  
– Vamos esquecer Bela, ela é histérica. Peço que tire essa história da sua cabeça, Andrômeda, Whittier, eles agora são parte do passado, não vamos viver em função disso. 
– Como quiser – Disse Ruth, que a partir de então passou a distrair Narcisa com outros assuntos. 
A data de retorno a Hogwarts estava próxima, Narcisa recebera a carta dos N.O.N.S. com excelentes aprovações, mas pela primeira vez seus méritos passaram despercebidos aos olhos de seus pais, devido à crise que todos estavam passando. A garota pouco se importou, ela entendia o sofrimento de sua família e recebia toda a atenção que necessitava de Lúcio e seus pais, que foram extremamente compreensivos com ela desde que o escândalo percorrera todos os ouvidos do mundo bruxo.  
Sua grande preocupação mesmo era Belatriz. Essa não falava com a garota desde o momento que souberam do casamento de Andrômeda. Narcisa tinha certeza que ela estava procurando saber se a garota sabia ou não da fuga da irmã, mas como aparentemente ainda não havia reunido provas suficientes, ela se contentava em não direcionar um único "oi" a irmã mais nova. 
Uma noite antes do embarque na plataforma 9¾, Narcisa estava com tudo pronto para o dia seguinte. Deitou-se na cama e adormeceu de imediato, mas era um sono perturbado. Em sua mente ela via Belatriz entrar em seu quarto e aprontar a varinha para seu corpo adormecido, antes que a irmã lançasse qualquer feitiço, Narcisa acordou assustada.  
Seu sobressalto fez com que a Belatriz se assustasse também, largando a varinha no chão. Narcisa não estava sonhando, estava tendo uma visão. 
– O que você faz aqui? – Perguntou a garota a irmã mais velha que fora pega de surpresa e parecia muito sem graça. Recolheu a varinha do chão e apontou para ela novamente. 
– Eu quero saber a verdade, Cissa. Nem que para isso eu tenha que fuçar a sua mente. 
– SAI DAQUI – Disse Narcisa tentando gritar de ódio, mas era de medo. 
Seu grito fez com que seus pais acordassem e invadissem o quarto preocupados. 
– O que está havendo? – Perguntou seu pai olhando a situação indignado. 
– Bela resolveu me matar – Disse Narcisa teatralmente. 
– Não, eu quero ver a mente dela e ter certeza que ela não sabia de nada sobre Andrômeda. 
– Não seja ridícula, Belatriz. Você não tem o direito de vascular a mente a sua irmã. 
– Eu tenho TODO o direito – Disse ela empunhando a varinha com mais força em direção a Narcisa, que se enfiou em baixo dos cobertores para se proteger por puro reflexo. Sua atitude infantil fez seus pais se doerem pela garota. 
– Olha isso Sygnus, Cissa sequer consegue se defender. Belatriz pare de perseguir sua irmã. A renegada da Andrômeda se foi, teremos que aceitar. Narcisa está no caminho certo, porque você está agindo dessa forma?  
– Porque ela esconde algo! Nossos pais não vão protegê-la para sempre, Cissa. Uma hora eu vou atrás de você. 
Belatriz saiu como um touro do quarto da garota e depois de casa. Tanto a garota quanto seus pais pareciam atordoados. 
– Durma, Cissa. Ela não vai te fazer mal – Disse sua mãe lhe dando um beijo na bochecha. Depois de consolarem a filha por um tempo, seus pais se retiraram do quarto. 
Narcisa agora estava completamente apavorada, sua boca estava seca. Belatriz descobriria mais cedo ou mais tarde.  
Ela estava perdida.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...