História AMOR e MISTÉRIO (Romance Gay) - Encontro Fracassado

           GUSTAVO NARRANDO

Aqui junto a pessoa que hoje eu posso chamar de 'meu namorado' eu vejo o quanto a minha está tendo um caminho diferente, se a um ano atrás alguém me dissesse que eu estaria namorando, um menino, de 17 anos que é um aluno do colégio em que eu trabalho, eu com certeza chamaria essa pessoa de louca, mas aqui estou, abraçado com meu namorado de 17 anos que estuda no colégio em que eu trabalho, e é com ele que sinto que serei feliz, se não a vida toda, pelo menos por um tempo.

- Amor? Tá aqui? Tá tão distante - Théo disse rindo.

- Estou pensando aqui no quanto eu te amo, e amei você me chamando de amor - respondi com um imenso sorriso no rosto.

- Pois daqui pra frente eu só te chamarei de amor - ele disse me dando um selinho.

- Adorei a idéia - disse e o beijei - vamos dormir lá em casa hoje? - perguntei.

- Não dá, eu disse pra mãe que voltaria pra casa, é um milagre ela ainda não ter ligado, mas se você quiser a gente sai de novo amanhã - ele respondeu.

- Amanhã não dá, vou ficar de plantão no quartel - eu disse.

- Vixe, mas é bom, estamos saindo todos os dias, assim a mãe vai brigar - ele disse.

- Aff, mãe pra lá, mãe pra cá! - eu resmunguei.

- Esqueceu que eu tenho 17 anos e moro com meus pais, e são eles que pagam as minhas contas - ele disse.

- Vem morar comigo então, problema resolvido! - eu disse beijando sua testa.

- Eu não vou sair de casa pra ser dependente de macho, só saio quando eu tiver meu emprego, minha vida - ele respondeu.

- Só que não é qualquer macho, é o seu macho, mas tirando isso você tem razão, tem que ter tudo sobre controle quando tiver que sair da casa dos pais, eu mesmo saí tem nem um ano - eu disse.

- Pois é, eu ainda quero continuar por um tempo ser bancado pelos meus pais - Théo disse rindo - Droga a mãe tá mandando mensagem - ele completou.

- Ah! Mas já!? - eu questionei.

- Sim, é melhor irmos logo - ele disse. 

- Ok, então vamos! - eu disse.

Guardamos tudo no porta malas e entramos no carro, e logo estamos a caminho da casa do Théo, que agora, meu namorado ( é tão bom dizer isso) Com ele eu me sinto adolescente de novo, é como se eu estivesse vivendo uma paixão adolescente de colegial, tudo parece ser tão simples com ele, é como se eu estivesse em outro planeta, só eu ele, sendo feliz juntos, mas tenho medo do que possamos enfrentar no futuro para ter a nossa felicidade.

- O que tá acontecendo com você hoje!? - ele pergunta.

- Não entendi - respondi.

- Tô te achando tão pensativo, sei lá, tem hora que parece que você tá no mundo da lua - ele disse.

- Só que eu não tô no mundo da lua, eu tô no meu mundo, e meu mundo agora, é você! - eu disse sem olhar pra ele, me senti esses galãs de novelas se declarando.

- Você não existe! - ele disse me dando um beijo na bochecha.

Dentro de poucos minutos, chegamos em frente a casa de Théo.

- Sério que você já tem que ir!? - resmunguei.

- Seríssimo, agora eu preciso ir - ele respondeu e me deu um beijo de língua.

- Eu te amo meu namorado - eu disse.

- Eu também te amo 'meu namorado' - ele disse.

Nós beijamos de novo e ele saiu.

          THÉO NARRANDO

Acabei de sair do carro do Gustavo que agora é oficialmente meu namorado, e parece que eu nunca estive tão feliz, parece que encontrei a verdadeira felicidade, tá tudo tão bem que eu tenho até medo, parece até uma fanfic clichê, ou esses filmes por aí, mas pelo menos pra mim, é a melhor história que eu poderia ter.

Entro dentro de casa, e meus pais estão assistindo, acho que Valentina já está dormindo, nem é tão tarde, dava pra ter ficado mais tempo com o Gustavo.

- Tava na hora heim! E aí como foi o jantar ? - minha mãe perguntou.

- Foi bom, bem divertido, a comida estava ótima também! - respondi

- Hmm! E esse anel, é de namoro, alguma menina que te deu ou você que comprou e nem nos falou nada? - meu pai pergunta, e puta merda esqueci disso, drogaaa!

- É... Não, foi uma amiga disse que tinha vários guardados e tava dando para quem queria, ela não queria mais, e não quis jogar fora, então eu e outras pessoas pegamos para nós - respondi e nem quero ver minha cara de nervoso.

- Ah sim, entendi - ele disse.

- Vou tomar um banho e dormir, amanhã tem aula, bença - eu disse.

- Deus te abençoe - eles responderam.

Subo para o meu quarto e vou direto tomar banho, e debaixo do chuveiro, volta a minha mente essa noite com Gustavo, posso até escutar nossa música ao fundo desse meu momento bobinho. 

Quando vou deitar vejo que ele mandou algumas mensagens

"Tenha uma boa noite, te amo ♥️"

Tem como não amar!?

                 06:30 AM

Acabo de chegar no colégio e sigo para o mesmo local de sempre, quando me aproximo do restante do pessoal deixo bem amostra minha mão com a aliança que Gustavo me deu.

- O que é isso?? - Vicent pergunta.

- A partir de hoje quero declarar que sou oficialmente namorado de Gustavo Rolim, com direito a anel de compromisso, e pedido de namoro bem romântico e bem clichê do jeitinho que eu gosto - respondi.

- MENTIRAAA! CARALHO MANO! - Eduarda exclama.

- Que legal! Felicidades então! -  Vicent disse.

- Parabéns pra vocês! - Kira disse.

- Gente que tudo, finalmente fisgou teu boy de vez! - Fellipe disse.

- Agora temos uma autoridade da escola a nosso favor, isso é ótimo, obrigado e parabéns Théo! - Julyo disse.

- Sucesso pra vocês! - Alana disse.

- Brigado gente, tô tão feliz, sei lá, parece um sonho - respondi.

 - Então não acorde, viva ele! - Fellipe disse.

- E pelo visto não tá na melhor parte, por que sempre quando estamos na melhor parte do sonho, alguém nos acorda e a vontade de enforcar a pessoa é grande - Alana disse.

- Oh ódio! - Disse Vicent.

- Tenho certeza que a melhor parte será quando os dois forem fazer o "tchaca tchaca na butchaca" - Julyo disse e todos nós rimos.  

- E hoje quem sabe alguém saia namorando também, né dona Alana! - Eduarda disse.

- Aí gente eu não vou sair namorada dele assim tão rápida né! - Alana respondeu rindo.

- Vai saber - Kira disse.

- Mas e aí Alana, animada pro encontro de vocês? - perguntei.

- Sim, espero que seja legal! - ela respondeu.

- Vai ser, boto fé! - Fellipe disse.

E que tudo dê certo pra ela.

                09:00 AM 

Em sala de aula, peço permissão para a professora para ir ao banheiro, e ela me libera, e assim que eu entro pelo banheiro quase morro do coração quando Gustavo chega e me agarra por trás.

- Seu doido quer me matar do coração é? - pergunto.

- Jamais! Te quero vivo e ao meu lado! - ele respondeu e me beijou.

- Melhor pararmos se alguém chegar aqui, já éramos! - eu disse.

- Fiquei com saudades e vi você entrando no banheiro, e então vim correndo para os seus beijos - ele disse rindo.

- Eu sei, mas... - ele me interrompe com um beijo, e eu não resisti, eu amo esse beijo.

Entramos dentro da cabine para pessoas cadeirantes, e fecho a porta, ele me pega no colo e me encosta na parede, e envolvo minhas pernas ao seu corpo, e ele começa a me beijar fervorosamente, e eu tô pra explodir de tanta tesão.

Enquanto estamos nos amassos, escutamos alguns alunos entrarem no banheiro, parece que os mesmos vão se trocar para a educação física, paramos o beijo rapidamente e ficamos sem fazer barulho nenhum, para que ninguém perceber que estamos aqui.

Dentro de alguns minutos eles saíram e nós decidimos sairmos também, pra não correr mais o risco de sermos pegos no flagra, eu só sei de uma coisa, que momento incrível!

          ALANA NARRANDO

Estou em direção ao passeio que vou fazer com o David, o maestro, estou tão animada. Quando chego vejo que ele está me esperando, no banco da praça. 

- Uau, você está tão linda - ele disse.

- Muito obrigada! - respondi.

- Vamos lanchar? - ele perguntou.

- Vamos sim - respondi.

Fomos numa lanchonete muito boa em Ipanema, conversamos muito, sobre nossos gostos, familia, metas, sonhos e tudo mais, e percebi que eu e ele temos muitas coisas em comum, ele também é bem divertido, faz muitas piadas, e também está todo tempo sorrindo, emitindo uma felicidade, parece que pra ele não tem tempo ruim.

Depois do lanche nós passeamos um pouco e paramos numa sorveteria, ele pagou dois milkshakes, e fomos até um banco de uma praça perto daqui, até terminarmos o nosso milkshake. 

- Eu tô amando está aqui com você! - ele disse.

- Eu também estou gostando muito - respondi.

- Você é uma menina muito atraente - ele disse se aproximando querendo me beijar, mas eu viro o rosto, e ele beija meu pescoço, sinto um leve arrepio por isso.

- Você é bem sexy também! - ele disse e colocou a mão sobre a minha coxa, eu achei estranho essa atitude dele e tirei a mão.

Mas ele foi insistente, beijou meu pescoço outra vez e eu não estava gostando disso e ele colocou sua mão sobre minha coxa de novo.

- Você pode parar por favor! - eu disse com um tom de voz mais sério.

- Não se faz de cu doce gatinha, eu sei que você quer - ele respondeu.

Ele continuou com a sua mão subindo a minha coxa, eu estou de vestido então fica mais fácil o acesso, eu tento afastar ele, mas ele não se retira, eu digo pra ele parar mas ele continua, até eu sentir sua mão tocar minha parte íntima e isso me deixa mal, eu dou-lhe um empurrão, tão forte que o faz cair no chão, ele reclama, mas eu não presto atenção, saio correndo dali, eu não quero ver esse desgraçado nunca mais! 

Eu fico nervosa sem saber o que fazer, e começo a chorar, um pouco discreta pra ninguém perceber, mando mensagem pra Vicent me encontrar, eu e ele temos uma união muito forte, de irmãos, já há um bom tempo, ele vai saber me confortar!

Eu nunca imaginei passar por essa situação, aquele menino maestro por quem eu me encantei, na verdade é um baita assediador.