THÉO NARRANDO
Atordoado deixo o local em que estava e vou direto pra casa, durante o caminho tento entender o que aconteceu e o que levou a Eduarda a ser assassinada!
Minha cabeça fica cada vez mais confusa por que eu não tenho muito o que pensar, não sei o que vou fazer, que decisão vou tomar! Eu só não consigo acreditar que o Gustavo possa ter matado ela, eu não vejo motivos para isso.
Eu só espero que a Eduarda de onde ela estiver, nos ajude a encontrar a verdade, e se foi realmente o Gustavo, que ele pague pelo o que ele fez, por mais que isso me doa muito!
Ao chegar em casa, vejo meus pais preocupados sentados no sofá, e dão um suspiro de alívio quando me vêem!
- Meu filho aonde você estava? estávamos mortos de preocupação! - perguntou minha mãe.
- Eu fui esfriar a cabeça, não tava conseguindo mais dormir! - respondi.
- Mas poderia pelo menos ter avisado né, deixado um bilhete! - disse meu pai.
- Desculpa, eu não pensei em nada, eu só saí! - eu disse.
- Tudo bem, só estamos preocupados com você, tem passado por muita coisa difícil! - ele disse e os dois me abraçam.
No meio do abraço a campanhia toca, minha mãe vai atender e é um cara da justiça, todo simpático que entrega uma intimação, eu terei que depor amanhã, eu e quem foram as últimas pessoas que esteve com ela!
Fico meio apreensivo com isso, não tô preparado pra esse depoimento, mas também não tenho muito o que falar, até por que eu não faço muito ideia do que possa ter acontecido.
Eu só espero que muita coisa seja esclarecido e que pelo menos seja útil em alguma coisa para encontrar a verdade.
Dia seguinte 08:00
Após passar quase a noite toda em claro, por conta de crises de ansiedade aqui estou eu na cadeira da delegacia esperando para ser ouvido.
Após a morte da Eduarda e esse desaparecimento do Gustavo e a acusação dele ser o assassino, eu estou tendo vários problemas psicológicos, como ansiedade, depressão, pânicos, eu não sou mais o mesmo e nunca mais serei.
Chega algumas pessoas do vale, Kira, Vicent, Alana e Felipe, o bombeiro e a bombeira que estavam lá, também foram, seriam todos ouvidos no mesmo dia.
Da pra perceber o quanto nós estamos "acabados" com uma feição de destruídos, e realmente estamos assim! Cada um de nós tem tentado superar da melhor forma, mas não é fácil.
Sou chamado e vou para sala onde darei meu depoimento todo me tremendo, preciso pensar bem em tudo o que vou responder, é a primeira vez que me encontro nessa situação.
Me sento e o delegado se apresenta, fala sobre o caso e já começa as perguntas: Como foi seus últimos momentos com Eduarda?
Respondi: foram incríveis e mágicos, assim como quase todos os momentos quando estávamos com ela, aparentemente ela estava bem, normal como sempre.
Depois dessa foram várias perguntas, passei mais de 1 hora depondo, eu não imaginava o quão complexo isso iria ser.
E algumas atualizações sobre o caso foi feito, a polícia segue atrás do Gustavo, e ele é considerado como foragido, mas mesmo assim as buscas por outras provas não param.
- eu ainda não consigo acreditar que possa ter sido o Gustavo, mas quero que ele pague caro pelo o que fez com ela - disse Alana, e eu nunca a vi falando desse jeito.
Eu já estava todo sem jeito ao ver todos eles falarem mal do Gustavo, algo em mim fiz que ele não teria feito isso, e eu preciso descobrir!
Após sairmos voltamos direto pra casa e eu voltei a ficar de molho na cama, até que no final do dia eu decido levantar e sair um pouco.
Pego a bicicleta e lá vou eu pedalando kilometros, me sinto o Clay Jensen de 13 reason why! Pedalo até chegar no cantinho meu e do Gustavo.
Ao me sentar e admirar o local não tem como não me emocionar, lembrar de todas as coisas boas que fizemos juntos aqui nesse lugar, aqui eu fui muito feliz com ele, e tenho a esperança de ser muito feliz ainda com ele.
Eu só preciso te encontrar meu bem, eu preciso de você, eu quero entender o que aconteceu, onde será que você estar!?
O que vocês acham que aconteceu com o Gustavo?????
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