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História Amor E Outras Drogas - Day 7 Part. III Unpredictable


Escrita por: Haroldinha

Notas do Autor


Olá, como estão?
Desculpinhas pela demora, eu ando ocupada demais, me sinto mal por isso, mas é assim que vai funcionar, então peço que vocês se acostumem com mais ou menos esse meu tempo entre uma att e outra, e sejam compreensivas comigo, ta legal? Eu agradeço :)
Bom, espero que vocês gostem desse capítulo!
Boa Leitura!

Capítulo 14 - Day 7 Part. III Unpredictable


Até nós perdemos o controle
E nós vamos tropeçar por tudo
Vamos fazer algo novo e imprevisível

Unpredictable – 5SOS

 

Louis Tomlinson P.O.V

- Meus ouvidos estão sangrando – Eu sussurrei, tapando as orelhas com as mãos.

Tinha uma garota de no máximo doze anos cantando no palco à frente de toda a festa. Devo dizer que não aguentaria nem mais um minuto ouvindo aquela música que ela tentava cantar com sua voz infantil e fina, irritante, que me fazia imaginar todos os vidros do navio se quebrando de tão desafinada que ela era. Contudo, pelo fato da garota ser praticamente uma criança, todos estavam sendo bonzinhos com ela e fingiam estar gostando. Todos, exceto uma certa ruiva parcialmente bêbada e super sincera que ocupava a mesma mesa que eu e outros caras.

- Quem deixou essa garota cantar? – Ela disse alto no mesmo instante que a garota finalizou a canção, e a plateia a aplaudiu. – Por que vocês estão aplaudindo? Ela canta mal pra caralho. Parem de iludir a garota. Eu to avisando, essa menina vai crescer e virar uma pessoa iludida porque vocês estão aplaudindo sendo que nem querem aplaudir. Parem!

- Jackelinne – No meio dos gritos dela, a admirável paciência momentânea de Daniel se fez notável. – Pare você de me envergonhar.

- Escuta aqui, Daniel – A ruiva bateu o copo vazio na mesa, olhando para o irmão de forma irritada. – Hoje eu ganhei um torneio...

- Nós ganhamos – Liam a corrigiu.

- É, nós ganhamos – Ela repetiu. – Eu ganhei uma noite de cortesias, posso beber de graça, comer de graça. Eu vou fazer o que eu quiser, e você vai ficar com a boca fechada – Jackelinne tinha baixado o tom de voz, falava como se estivesse diante de um subordinado. Ao meu ver ela não estava bêbada; só estava sendo o que sempre foi, uma pessoa persuasiva e naturalmente explosiva. Eu dizia isso porque em sete dias essas características dela ficaram bem notáveis. – E agora eu vou cantar naquele karaokê, porque vale dinheiro. Preciso de dinheiro pra comprar uma nova Lola.

- Tudo bem – Daniel deu-se por vencido. – Se você quer passar vergonha, então vá.

Ela deu de ombros e levantou, dando passos firmes e dignos de alguém decidido a ganhar dinheiro por suas próprias causas nobres.

- Você é meu mais novo parceiro de competições, então vem comigo – Ela puxou Liam pela gola da camisa.

Com os olhos, todos os seguiram, com olhares divertidos, loucos para rirem.

Eu não estava achando graça nenhuma, sinceramente. Há bastante tempo estava tentando me focar no copo de bebida, mas ainda não tinha conseguido terminá-lo. A bebida não queria descer porque a parte consciente de mim sabia que um porre me faria fazer besteira. Eu queria e não queria fazer besteira, então o copo estava cheio porque eu ainda não tinha decidido o que fazer.

- Jackelinne canta tanto quanto a outra garota – Daniel disse despreocupado, em tom de aviso.

- Vou procurar meus tampões de ouvido – Zayn disse divertido, levantando-se. Niall o seguiu, assim deixando apenas eu e Daniel na mesa.

Estava rolando uma baita festa e eu estava sentado, segurando um copo com bebida quente. Que diabos estava acontecendo comigo?

Quando uma nova música começou a ser cantada eu apoiei o cotovelo na mesa, pus o rosto apoiado no punho e só observei. Liam e Jackelinne já tinham ganhado aquele torneio, e agora iam ganhar uns trocados cantando. Eu achava que sim.

As pessoas já tinham começado a gritar com o primeiro acorde da música. Eles iam cantar Livin' On a Prayer, de Jon Bon Jovi, e essa é uma música nada menos que épica. Quem não gosta dessa música? Os dois dividiram a música para que ambos cantassem, e diga-se de passagem, Jackelinne não sabia cantar mesmo. Mas isso não importava porque as atitudes dela naquele palco falavam por si só. Durante toda a apresentação da música as pessoas que assistiam não pararam de cantar e fazer agito com eles nem por um segundo.

No meio daquela baderna existia um Louis com uma baita cara de bosta e poucos amigos. Em meus ombros era como se tivesse um anjinho em um e um diabinho em outro, como nos desenhos animados. O anjinho dizia para eu permanecer onde estava; o diabinho dizia para eu encher a cara, assim poderia fazer uma grande merda como nos dias anteriores.

O fato era que eu não tinha nada a perder, e nada a ganhar, sinceramente. Eu ficava pensando que a porcaria do cruzeiro acabaria dali uns dias e eu não havia feito nada de bom. Quer dizer, eu devia ter descansado, mas não descansei; eu devia ter aproveitado, mas não aproveitei; o único progresso foi que a dor de cotovelo passou. Eu não pensava mais na ex namorada, mas estava me acabando psicologicamente por causa de uma outra garota que era anos mais nova que eu.

Eu estava refletindo sobre a vida em meio a uma festa. Isso não podia ser normal.

Meus olhos se voltaram novamente para o palco, e isso foi o estopim para o tal anjinho imaginário que me rodeava sumir de vez. Minha parte insana permaneceu e eu decidi que fazer uma grande merda era o que eu devia fazer, ou acabaria ficando louco sem ter motivos relevantes, por ter feito algo.

O conteúdo do copo que eu segurava foi logo ingerido, e comecei a pedir por mais, querendo que o álcool fizesse efeito rápido. Eu não aguentava mais ficar me reprimindo do que queria fazer. Depois eu levantei, seguindo em linha reta exatamente pelo caminho em que Liam e Jackelinne vinham. Quando cheguei perto, Liam continuou caminhando, e eu segurei a ruiva pelos dois braços.

- Como cantora, você é uma ótima jogadora de vôlei – Eu disse o que me veio em mente, dando um sorrisinho sarcástico.

Ela deu risada, e parecia tão fora da casinha quanto eu.

- Você é um doce de pessoa, Louis – Disse ironicamente. – Vê se para de encher meu saco e vai procurar a sua enguia elétrica. Só não esquece que dessa vez não tem eu pra te impedir de fazer bobagem, tipo se jogar no mar.

Foi a minha vez de rir feito um bocó.

- Eu ainda vou fazer uma grande bobagem – Eu disse a ela antes de soltá-la e seguir em frente. – Eu inda vou fazer uma grande merda – Repeti para mim mesmo. – Só preciso de mais bebida.

 

 

Jackelinne Becker P.O.V

- Pode pegar pra você – Liam disse em meu ouvido, por causa da música alta.

- Sério? – Falei surpresa.

- Não que eu queira ser esnobe, mas eu não preciso desse dinheiro – Ele fez uma cara sugestiva, encolhendo os ombros.

-Okay. Valeu então – Disse por fim, guardando o dinheiro do karaokê no bolso. Tinha dado bastante até, as pessoas gostaram da nossa performance mesmo eu tendo cantado horrivelmente. – Você devia passar essa sua educação pro Louis. Ele é tão sem sentido às vezes. Agora mesmo ele me falou um monte de bobagens.

Liam balançou a cabeça negativamente.

- Louis só ta passando por uma fase ruim.

- Oremos pra que ele melhore logo – Assenti veemente e me despedi com um aceno.

Eu tinha sido sincera ao que falei em relação a Louis, porque eu já tinha visto uma parte menos rude dele, naquela noite em que ele me jogou na piscina e no dia em que tomamos chá. Louis tinha dito alguns dos motivos que o levavam a estar daquele jeito, e apesar de estar balançada pela bebida, não achei certo e não gostei dele ter vindo falar que como cantora eu era uma ótima jogadora de vôlei. Eu tinha ido pro palco só por distração, para descontrair. O que ele disse fez eu me sentir mal, de algum modo.

Até repensei em minhas próprias atitudes em relação ao Daniel. Eu estava sendo com Daniel a mesma coisa que Louis estava sendo comigo. No caminho da festa para o lado exterior do navio, eu decidi que pelo menos até o final do cruzeiro procuraria ser uma irmã melhor e não ligar mais para certas pessoas.

Não cheguei a conseguir chegar onde queria, pois quando cruzava por um corredor, fui interceptada por alguém que me arrastou pelo braço. Revirei os olhos, pronta para quebrar minha promessa interna de não gritar mais com Daniel.

Só que não era ele. Percebi isso quando minhas costas bateram na parede, e uma raiva se apoderou de mim ao ver aquele cabelo bagunçado em minha frente, aquele semblante sério de Louis, nada diferente das inúmeras vezes que ele me olhava.

- Agora você vai partir pra violência? Eu nem fiz nada – Reclamei ao mesmo tempo que me repreendia por estar falando com ele de forma tão calma.

Sem omitir som algum ele apenas me analisou por alguns segundos.

Aí depois do que ele fez a seguir eu acabei concluindo que ele era uma pessoa muito perturbada da cabeça, porque rolou meio que uma cena romântica...

Mentira.

Ele só me beijou como se o fim do mundo estivesse chegado. Realmente foi desesperador para ambas as partes, mas isso não me fez fugir. Quer dizer, não se recusa o beijo de um cara gato. Ele estava bêbado, mas eu revelei; ele continuaria me odiando e me falando coisas sem fundamento, mas isso deixou de importar por alguns minutos.

Eu acabei soltando um grunhido parecido com uma risada depois de ter recebido uma mordida nada amigável no lábio. Para mim o beijo me soava como uma recompensa depois daquele grande elogio que ele tinha me dado pouco tempo atrás.

Minha risada, no entanto, acabou dando fim ao beijo. Eu poderia roubar a bomba de ar de algum asmático, porque precisava me recompor imediatamente, precisava de fôlego e não estava encontrando em lugar nenhum.

- Você podia parar de fazer isso – Eu disse sugestivamente, atraindo o olhar aparentemente exausto de Louis, e ele parecia confuso também. – Se for pra ser mal comigo, que seja. Se for pra me beijar, me beije. Só não misture as duas coisas de novo ou eu vou acabar ficando louca.

Ele anuiu do jeito que pode.

- Preciso que me diga uma coisa – Ele pediu. – Que eu não sou um pedófilo por ter feito isso.

- O que? Pedófilo? Mas que ideia...

- Apenas diga.

- Você não é um pedófilo por ter feito isso – Eu falei, puxando o ar normalmente agora. – Por acaso eu sou uma pessoa muito desprezível por estar pensando em coisas indecentes agora?

- Eu acho que – Ele deu um risinho embriagado, aproximando o rosto novamente e desviando para meu ouvido. – Nós dois somos pessoas desprezíveis por estarmos pensando em coisas indecentes.

- Ah – Eu ri nervosamente, sentindo um arrepio me percorrer a espinha. – Me sinto tão melhor por saber disso...

Eu estava tão cheia de adrenalina que nem reclamei quando ele se foi, juntando-se às pessoas que passavam pelo corredor. Na verdade eu agradeci, ele tinha que ir mesmo embora porque... Ele tinha, só isso.

- Que cara louco – Foi só o que eu consegui dizer, rindo.


Notas Finais


Então, o que me dizem?


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