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História Amor Eterno - Vida dupla - Regina


Escrita por: moniquetayahh

Notas do Autor


Aqui estou eu com a segunda temporada de Linha Tênue - Amor Eterno. Essa fic para mim é o meu amorzinho, eu amo muito tudo que tenho aqui e sou grata desde já por todo o apoio que tive e ainda tenho!

Boa leitura!

Capítulo 1 - Vida dupla - Regina


LINK LINHA TÊNUE: https://www.spiritfanfiction.com/historia/linha-tenue-12943050 

(Emma)

“Regina se deitou primeiro, deu um beijo de boa noite em Henry e se virou para mim que ainda estava me sentando. Logo me deitei ao lado dela, me aconchegando em seu peito, abraçando sua cintura, e ouvindo seu coração bater ainda rapidamente em meu ouvido. Fechei os olhos mais que satisfeita, ao sentir seu carinho em minha cabeça.

Regina estava mesmo ali, nós éramos uma família, um pouco diferente para aquele mundo, mas éramos, e ainda íamos ser muito felizes, aquele era apenas o inicio do nosso final feliz. Com direito a amor verdadeiro e um filho lindo para completar.

 

– Boa noite Regina. – Eu disse quase em um sussurro sem conseguir abrir os olhos.

– Boa noite Emma. – Regina beijou minha cabeça. – Até amanhã.”

(um ano depois) (Regina)

Eu estava em pé, imobilizada, como uma estátua, nem mesmo minha voz saia. Era algo maior, uma força que vinha daquela mulher asquerosa, que me mantinha petrificada diante daquela olhar completamente doentio, e daquele sorriso perturbador.

Ela andava de um lado para o outro a minha frente, com calma, como se quisesse saborear toda a agonia e o medo que eu estava sentindo.

– Irmãzinha... irmãzinha... – Aquela mulher verde parou a minha frente ainda sorrindo. – Nada que você seja capaz de fazer vai adiantar alguma coisa... – Sua boca se comprimiu em um bico como se sentisse pena, mas eu duvido que ela pudesse sentir tal coisa. – Nem mesmo a Rainha Má que você foi um dia conseguiria me deter. – Ela sorriu ainda mais perturbada. – Mas já que insiste tanto nisso... – Ela voltou a andar calmamente a minha frente, eu queria poder esgana-la e acabar logo com aquilo. – Eu vou te dizer mais uma vez... – Ela parou de andar apenas para sorrir. – Eu vou ter tudo que é seu... – Ela mordeu o próprio lábio arregalando os olhos com euforia. – Tudo aquilo que você conquistou, tudo aquilo que você construiu vai pertencer somente a mim... Henry será meu, essa coisinha crescendo dentro de você será minha, Emma será minha, até seus inimigos serão meus inimigos... E você? – Ela soltou uma risada única. – Você será esquecida, você será apenas uma pessoa comum, alguém que nem se quer sabem o nome... – Seu sorriso era cada vez mais doentio e seus olhos, mesmo que azuis, pareciam completamente negros para mim. – Mas isso ainda não será o suficiente... – Ela caminhou até próximo a mim, pegando em meu rosto com uma de suas mãos geladas, fazendo com que eu sentisse ainda mais raiva daquela mulher nojenta. Eu queria mata-la, mas eu estava paralisada da cabeça aos pés. - Você vai enlouquecer aos poucos, sua vidinha pacata será entediante... Você não se lembrará de nada disso... Suas memórias serão outras, a vida que vou lhe dar será ridiculamente chata e todo o poder que sempre teve em mãos nunca existirá em sua mente... – Ela dizia com calma saboreando as palavras, fazendo meus olhos se encherem de lagrimas, mas não de tristeza e sim de ódio. – Mas as coisas vão ficar ainda mais divertidas enquanto você dormir... Porque será sonhando que você vai ver a vida que construiu, será nos sonhos que você terá sua família tão feliz... E é nesse momento que eu me divirto, vendo sua loucura transbordar ao sonhar com eles, vendo você desejando minha família sem entender, desejando estar no meu lugar sem poder, e sabendo que tudo que você mais quer na vida não se passam se sonhos, sonhos inalcançáveis para alguém como você... – Ela fez uma pequena pausa, voltando a sorrir ainda mais, com aqueles olhos azuis tão negros. - Vai ser nesse momento que sua mente ficará ainda mais confusa... Você vai ver a sua vida se misturando com suas lembranças antigas... E quando não conseguir mais distinguir o que é real do que é falso, minha vingança estará completa... – Seu sorriso e seu olhar eram de uma mulher completamente louca, perturbada, doente, eu até poderia dizer que estava com medo, mas minha raiva era tão grande que não sobrava espaço para mais nada dentro de mim. A mulher verde largou meu rosto com calma voltando a andar, mas parou depois de alguns passos, se virando para me encarar novamente. – Seu amorzinho está chegando, veio lhe salvar... – Ela disse com a voz mansa e um olhar meigo completamente fingido. – Espero que saiba aproveitar seu curto tempo com ela e o filho querido de vocês... Por que logo logo nada disso será mais seu, irmãzinha. E se eu fosse você nem me apegava muito a esse que não nasceu ainda, para não sentir muita falta dele depois... – Ela sorriu do mesmo jeito de sempre. – Até mais querida... – Ela sumiu em uma fumaça verde, fazendo tudo ficar completamente escuro, como se além de ter roubado meus movimentos e minha voz, eu tivesse também perdido a visão.

Abri os olhos assustada. Minha respiração alterada. Até mesmo calor eu estava sentindo debaixo daquelas cobertas. Aos poucos fui tomando consciência. Tinha sido apenas mais um pesadelo, mais um daqueles sonhos loucos e perturbadores. Não que fosse algo incomum, já que todas as noites eu os tinha. Algumas vezes eram bem ruins, porém muitas outras eram bons e até divertidos.

Mesmo todos meus sonhos sendo os mais reais possíveis, não se passavam de sonhos e minha vida de fato não tinha nada a ver com aquilo. Minha realidade girava em torno de algo completamente diferente, de toda aquela coisa complicada que eu acompanhava como novela em todas as minhas noites de sono.

Minha manha foi igual a todas as outras, um banho quente, um café preto e uma lida no jornal antes de realmente começar o dia... Cheguei à floricultura quase as dez da manhã, minha única funcionária – Ammy Bell - não iria comparecer, então o trabalho seria dobrado naquela quinta-feira de primavera.

Estava quase no horário do meu almoço, eu logo iria para casa e prepararia algo rápido e gostoso para comer. Mesmo morando sozinha e não tendo comprometimento com mais ninguém no mundo eu sempre fizia questão de comer bem. Nada de comida dormida ou aquelas coisas congeladas.

Minutos antes de eu me preparar para sair o telefone tocou.

– Magia das flores, bom dia. – Eu atendi já com minha caneta e bloquinho em mãos.

– É a Florista Regina quem está falando? – Uma voz estranhamente familiar soou autoritária do outro lado da linha.

– Eu mesma, em que posso lhe ajudar? – Eu disse educadamente como de costume.

– Ótimo! Era com você mesma que eu queria falar... – Sua voz soou animada, mas ao mesmo tempo debochada. – Aqui é a Prefeita Zelena... – Ela disse arrogante. - E eu quero que entregue um buque de rosas vermelhas na delegacia... Vocês fazem entrega, não fazem, querida? – Ela perguntou como se minha resposta não importasse.

– Sim Senhora Prefeita, mas hoje minha funcionária faltou, não será possível. – Eu lhe expliquei com calma, mesmo com vontade de desligar na cara dela, mas que mulher mais irritante.

– Não tem problema, eu sei que você vai dar um jeitinho de me fazer esse grande favor. – Sua voz soou meiga, mas falsa ao mesmo tempo. – Aposto que a delegacia nem é tão longe dai, mas qualquer coisa, você inclui o preço do taxi nas flores. – Ela não aceitaria um não como resposta, aquilo era nítido.

– Tudo bem, eu estou indo almoçar agora, faço a entrega antes de ir. – Eu disse meu sim, mas mais uma vez explicando calmamente minha boa vontade.

– Está vendo, querida, para tudo na vida a gente arruma um jeitinho. – A Prefeita riu debochadamente, mas logo voltou a falar. – Então... quero uma dúzia de rosas vermelhas, as mais bonitas que você tiver... Vermelho é a cor da paixão e é isso que quero representar... – Ela comentou como se realmente me interessasse. - E quero também um cartão, um bem simples, por que o que importa é o conteúdo dele. – Eu não conhecia de fato a prefeita da cidade, mas já estava a odiando mais que tudo em minha vida. – Você escreve no cartão para mim? – Ela perguntou educadamente, mas é incrível como tudo que ela dizia me parecia falso.

– Claro, Sra. Prefeita, eu já estou anotando tudo, pode me dizer o que deseja no cartão... – Eu ainda conseguia manter a pose educada.

– Bem... escreva assim... – Ela fez uma pequena pausa para pensar. – Emma querida, essas flores são apenas um pequeno agradecimento... – Ela fez mais uma pausa para que eu escrevesse. – pela noite maravilhosa que você me deu. – A prefeita estava me dando cada vez mais nojo. – Estou completamente em transe até agora. – Eu senti meu estomago revirar com aquela última parte. - Obrigada por ser minha, obrigada por mesmo depois de tantos anos de casada, você ainda me faz a mulher mais feliz do mundo. – Ela fez uma longa pausa, o que me fez acreditar que o cartão havia sido encerrado.

– Mais alguma coisa Senhora? – Eu perguntei querendo acabar logo com aquilo.

– Não... Escreve um “obs” mais a baixo... - A Prefeita disse pensativa. – Esperando ansiosamente por sua volta, tenho uma surpresa para você... Com amor da sua Zelena. – Ela dizia de uma maneira tão estranha, era como se nada daquilo fosse real. Mas quem era eu para dizer, ou até pensar alguma coisa a respeito do relacionamento delas.

– Então são doze rosas vermelhas... – Eu comecei a repetir o pedido. – Com um cartão escrito... – Eu engoli a seco antes de lê-lo. - “Emma, querida. Essas flores são apenas um pequeno agradecimento pela noite maravilhosa que você me deu. Estou completamente em transe até agora. Obrigada por ser minha, obrigada por mesmo depois de tantos anos de casada, você ainda me faz a mulher mais feliz do mundo. OBS: Esperando ansiosamente por sua volta, tenho uma surpresa para você... Com amor da sua Zelena” – Eu repeti aquelas palavras fazendo toda a minha fome sumir, aquilo era estranhamente doloroso. – E é para entregar na delegacia, para a Emma, certo?

– Exatamente... Entregue em mãos para a Xerife Swan. – A prefeita disse como se divertisse.

Nunca em toda a minha vida eu desejei tanto que um cliente fosse embora ou desligasse o telefone. Aquela mulher tinha uma voz doentia, eu até poderia dizer que ela se parecia com a tal pessoa verde que eu havia sonhado na noite anterior. Cheguei a rir de mim ao assimilar a Prefeita da cidade com a Bruxa do meu sonho. Se a vida fosse um conto de fadas, talvez ela fosse aquela mulher dos olhos azuis completamente negros.

Fiz o que tinha que ser feito e parti para a delegacia da cidade. Um nervosismo completamente distinto tomou conta de mim, fazendo meu estomago revirar, como costumava acontecer nas minhas noites de sono.

Entrei naquele lugar pela primeira vez, mas tudo ali me parecia familiar, eu já tinha o visto em alguns sonhos, o que era ainda mais estranho, já que eu nunca em minha vida tinha pisado ali. Aquilo fez meu estomago revirar ainda mais. Eu realmente queria voltar para a loja o mais rápido possível.

Assim que cheguei onde deveria, avistei uma mulher loira, ela estava de costas mexendo em alguma coisa, como se tivesse fazendo algo secreto. Por alguns segundos eu tive que me concentrar para não sair correndo de tanto nervosismo eu estava sentindo.

– Xerife Swan? – Eu consegui perguntar depois de respirar fundo algumas vezes.

Ela se virou com pressa como se eu a tivesse pego no flagra. Sua boca estava cheia e até um pouco suja de creme. Achei aquilo engraçado, mas me contive para não rir. A mulher rapidamente engoliu, limpando-se com a manga de sua blusa. Ela havia ficado nitidamente envergonhada, como se estivesse fazendo a cosia mais feia do mundo.

– Desculpe por isso... – Ela disse sorrindo dando alguns passos à frente. – Eu estava morrendo de fome e você me pegou com a boca no donuts... – Ela disse descontraída. – Se minha mulher me visse os comendo, sem duvidas ela me mataria... – Ela falava de um jeito tão único e encantador que eu quase não prestei atenção no que ela estava dizendo.

E além de ter ficado hipnotizada com sua beleza e seu jeito completamente único. Eu também fiquei assustada, muito confusa e as coisas começaram a rodar e a rodar. Ela era a mesma mulher que eu costumava sonhar, exatamente a mesma, sem tirar nem por. Era como se eu já a conhecesse, como se todos aqueles sonhos encantados e bizarros fossem de alguma maneira, reais.

Eu tive que me concentrar para não deixar aquela confusão tomar conta de mim. Tive que ser forte para não jogar o buque em cima dela e simplesmente sair correndo a procura de um terapeuta. Porque aquilo não estava fazendo sentido e além de ser algo completamente louco, era acima de tudo, muito doloroso.

– Você está bem? – Ela perguntou se aproximando ainda mais, ao perceber que eu havia entrado em choque. Eu por minha vez apenas tentei afirmar com a cabeça, mas sua aproximação me deixou ainda mais nervosa, fazendo minhas pernas tremerem. – Não... você não está bem... – Ela segurou em um de meus braços, fazendo todo meu corpo se arrepiar. – Senta aqui, vem... – Ela disse cuidadosamente me conduzindo até a cadeira mais próxima. – Vou pegar um pouco de água para você... Eu já volto. – Ela disse ao ir quase correndo para a outra sala.

Eu queria ir embora, eu queria voltar para a minha loja e nunca mais sair de lá. Quem era aquela mulher? E por qual motivo eu vinha sonhando com ela? Sonhos que muitas vezes era o que me dava vida. Mas eram apenas sonhos, apenas minha louca imaginação sonhando com uma pessoa que não existia... até aquele momento.

E o pior de tudo não era ter sonhado com ela antes de conhecê-la, e sim que eu realmente amava a mulher das minhas noites de sono, mas aquela ali... Aquela poderia até ser real, mas era a esposa da prefeita. E eu era apenas a florista, uma pessoa completamente louca, precisando de terapia.

– Aqui está! – Ela voltou rapidamente com um copo de água em mãos. – Vai se sentir melhor... – Ela disse com um olhar único e preocupado.

– Obrigada... – Eu disse antes de pegar o copo de sua mão, fazendo-a sentar-se sobre a mesa logo a minha frente.

Enquanto eu bebia a água sem pressa, tentando me acalmar, a outra manteve seus olhos em mim de uma maneira completamente invasiva. Era como se quisesse entrar em minha alma e desvendar todos os meus segredos. Era como se estivesse realmente me vendo, me olhando, me decifrando. Aqueles olhos verdes em cima de mim, diferentes de segundos atrás, me fez com que eu sentisse paz naquele momento. Eu me senti segura, me senti confortável com aquela estranha me olhando tão intimamente.

– A gente já se conhece? – Ela perguntou com os olhos semicerrados, quando eu estava no meu último gole de água.

– Tenho cara de bandida? – Eu perguntei brincando em um leve tom de deboche. Coisa que eu não tinha muito costume de fazer, mas ali, naquele instante, saiu naturalmente.

– Não... – Ela sorriu achando graça, fazendo uma nevasca no minha barriga. – Sou Emma... Emma Swan. – Ela se levantou e estendeu uma de suas mãos para mim.

– Regina... – Eu disse ao me levantar atrapalhada com o copo e o boque em mãos. Mas consegui cumprimentá-la. – Mills. – Nossas mãos em contato, nossos olhos se analisando. Aquilo era estranho e maravilhoso. – Ah... – Eu disse ao me lembrar o que estava fazendo ali. – Toma... entrega para a Xerife Swan. – Entreguei o buque de rosas vermelhas a ela.

– Para mim? – Ela perguntou curiosa. – Quem me mandou flores? – Ela disse ao pegar o boque.

– Talvez se você ler o cartão saberá de quem é. – Colouquei o copo em cima da mesa.

Seus olhos ainda me analisando, como se tentasse ver todas as respostas de suas perguntas em mim. Depois de alguns segundos ela pegou o cartãozinho e colocou as rosas sobre a mesa. Aquele era o momento em que eu tinha que partir, mesmo insanamente querendo ficar ali.

– Bem, desculpe pelo o que aconteceu. – Me afastei antes dela abrir o envelope. - E... – Ela voltou a me olhar do mesmo jeito que antes. – Obrigada pela água.

– Você já agradeceu. – A xerife sorriu de canto.

– Tá... - Eu fiquei sem graça e esbarrei em alguma coisa ao dar mais alguns passos para trás, o que a fez abrir o sorriso completamente. – Eu vou indo... - Me virei já me preparando para correr.

– Regina? – Ela me chamou de imediato, ainda encostada à mesa.

– Sim? – Eu perguntei ao sentir meu coração ir até a boca naquele instante.

– Até mais... – A Xerife sorriu de um jeito diferente, como se tivesse dizendo um até logo, como se estivesse chateada por ter que me deixar ir, mas feliz por saber que me veria outra vez. Ou talvez não fosse nada daquilo e eu estava era ficando cada vez mais louca.

Eu não soube o que dizer, apenas tentei sorrir e sai de lá o mais rápido que pude. Deixando para trás toda aquela maluquice que eu havia acabado de sentir e presenciar...

Se aquela mulher era igual a dos meus sonhos. Então... Será que as outras pessoas que eu sonhava também existiam? Será que a bruxa verdade poderia mesmo ser igual a tal prefeita da cidade? E o menino que eu tinha como filho também existia?

Todas aquelas perguntas fizeram um nó tão grande na minha cabeça que nem se quer voltei para loja, eu literalmente fui correndo ao consultório do Dr. Hopper, talvez ele sim tivesse uma boa explicação para todas aquelas coisas. Talvez eu fosse maluca e precisasse tomar algum medicamento, ou até mesmo ser internada. Por que de fato eu não conseguia achar nenhuma reposta coerente para nada daquilo.

O Dr. Hopper me recebeu muito bem, mas nenhuma de minhas perguntas foi respondida. Mas por um lado foi bom, falar sobre tudo aquilo que estava dentro de mim foi libertador. Mesmo que ele não tenha dito quase nada foi como se depois daquele tempo falando de todos os meus sonhos. Eu pudesse refletir melhor sobre eles.

Era como uma vida dupla. Acordada eu era a simples florista, mas ao dormir, eu me tornava alguém completamente diferente, com uma vida totalmente distinta daquilo que eu conhecia. E durante o sono eu vivia com pessoas que até aquele dia, eram imaginárias. Mas ao ver a Xerife de perto e depois com calma, conseguir me lembrar de tudo que vive ao lado dela em meus sonhos, era realmente a coisa mais louca de todo o mundo.

Eu amava a Emma dos meus sonhos e mesmo que muitas vezes tudo fosse fora de ordem durante o sono, sem uma cronologia certa, eu sabia que ela, apesar de tudo era minha e sabia que eu também era dela. Mas aquela mulher que eu havia conhecido, eu não fazia ideia de quem era.

E tinha também o bebe que ainda ia nascer, tinha o menino, Henry... Eu me lembrava do nome dele nitidamente, ainda mais que era o nome do meu falecido pai. No mundo dos sonhos o menino Henry, era nosso filho, meu e da Emma. E pelo que entendi no último sonho que tive, eu estava grávida. E se por um acaso eu visse o menino Henry pela rua, eu juro que não saberia o que fazer. Eu literalmente ia ter que ter um acompanhamento psiquiátrico.

Resolvi voltar para a loja apenas para acertas algumas coisas, eu não ia mais conseguir trabalhar, ainda mais sem a Ammy para me distrair e me ajudar. Eu só queria ir para casa e dormir. Que por mais que eles fossem apenas sonhos, durante meu sono, eles pareciam bem mais reais que minha vida.

Entrei na floricultura já fazendo o que tinha que ser feito, para sair de lá o mais rápido possível, antes mesmo que alguém chegasse e acabasse me obrigando a trabalhar. Mas eu não estava com muita sorte aquele dia. O sino da porta logo bateu, tirando toda a minha atenção para quem entrava em minha floricultura.

– Boa tarde! – Disse o menino ao se aproximar, fazendo-me ficar em choque pela segunda vez no mesmo dia. – Você vende sementes aqui? – Ele perguntou se aproximando ainda mais.

– Qual o seu nome? – Eu perguntei com pressa fazendo-o me olhar estranho.

– Henry, por quê? – O menino perguntou sem entender.

Foi naquele instante em que tudo começou a rodar. Eu sabia que ia cair, eu senti minhas pernas enfraquecendo, talvez fosse apenas à falta da comida, ou talvez fosse a loucura tomando conta de mim...

Tudo ficou escuro, eu finalmente iria sonhar, ou viver.


Notas Finais


E ai, o que vocês acharam? Obrigada desde já! <3


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