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História Amor imenso-Hinny - Vinte e dois


Escrita por: LiviaWsleyy

Capítulo 22 - Vinte e dois


Bea teve alta no dia de Natal. Estávamos muito felizes quando a levamos para casa depois de os médicos eliminarem oficialmente qualquer possibilidade de dano cerebral. No caminho de Providence para Newport, a neve que começou a cair fez daquele um Natal de verdade.

Harry passaria dois dias conosco antes de se juntar à banda em Londres e continuar a turnê no trecho europeu. Eu me recusava a ficar triste desde já com sua partida, pois não era nem  para ele estar em casa.

Na noite de Natal, sentamos em volta da árvore e ajudamos Bea a abrir os presentes. Deixei por último o presente que Harry tinha mandado pelo correio. Quando finalmente a pegamos, Harry olhou ansioso enquanto eu rasgava a fita adesiva e retirava do pacote uma quantidade generosa de plástico bolha.

Na caixa, havia um pequeno violão de madeira em pé sobre uma base cilíndrica. A parte de baixo era aberta, e dava para guardar objetos dentro dela. Em cima do violão, havia uma abelha pintada à mão. A intenção era parecer que a abelha pousara no instrumento. Harry pegou o presente e girou a corda na base. O instrumento começou a girar tocando uma canção que eu não reconheci. 

— Tenho um amigo em Nova York que faz caixas de música personalizadas. Encomendei uma para a Bea. A abelha é para mostrar que ela sempre está comigo, não importe onde estou.

Emocionada, prestei atenção na música, embora ainda não a reconhecesse. 

— Que música é essa? É linda.

 — É a melodia de uma canção que estou compondo. Deu para programar na caixinha, mas ainda estou trabalhando na letra.

 — Incrível. É o melhor presente que poderia ter dado a ela.

 — É só para ela sentir minha presença quando eu não estiver perto. — Harry olhou para Bea, que estava hipnotizada com o violão girando e girando. Depois de um tempo, ele disse:

 — O que você dá para alguém que nunca vai poder recompensar... por tudo o que ela te ensinou, tudo o que te deu?

— Acho que assumir a responsabilidade de ser o pai dela é um presente bem grande.

Ele beijou a cabeça de Bea. 

— Eu que ganhei esse presente.

Sorrindo para os dois, fiz uma pergunta que rodava na minha cabeça desde que ele chegou.

 — O que mudou? 

— Como assim?

 — Antes de começar a turnê, você parecia não ter certeza de qual seria seu papel na vida dela. O que mudou?

Ele olhou para a caixinha de música por um tempo, depois para mim. 

— Minhas dúvidas nunca tiveram a ver com ela. Eu só não sabia se seria digno do amor da Bea. Não queria desapontar alguém tão importante para mim. Mas ficar longe me fez perceber que ela já havia se tornado parte da minha vida.Deixando de lado meu medo de inadequação, ela já era minha filha de todas as maneiras que realmente importavam. Ficar longe me ajudou a enxergar tudo isso com mais clareza.

Mais cedo, eu havia explicado minha constatação sobre a hora em que ele mandou a mensagem. Harry se recusou a assumir a responsabilidade por ter salvado a vida de Bea,insistindo que eu era a única responsável por isso. Eu ainda não havia abordado o assunto da mensagem.

Deitei a cabeça em seu ombro, grata por tê-lo em casa conosco  mesmo que só por dois dias. 

— Eu te amo, Harry. Sabe, eu estava obcecada pelo fato de você ainda não ter falado que me amava. Coloquei importância demais no fato de você dizer isso. E, quando finalmente disse naquela mensagem, não me surpreendeu porque, bem no fundo, eu já sabia. Você me ensinou que amor não tem a ver com palavras. É uma série de atitudes. Você mostrou seu amor por mim no jeito de olhar, em como me trata e, acima de tudo, em como ama minha filha como se fosse sua.

Ele se inclinou para me beijar e disse:

 — Eu amo muito vocês duas. Naquela noite, percebi que era bobagem não dizer isso. Mas a verdade é que não sentia que seria natural anunciar esse amor, porque ele não era recente. É algo que existe há anos. Nunca parei de amar você. Houve um tempo em que tentei te odiar, mas nem assim parei de te amar. 

— Também nunca deixei de te amar. Foi errado presumir que você não me amava só porque não dizia com todas as letras.

Harry franziu a testa. 

— Sabe o que dizem sobre supor coisas...

 — Você acaba em um cinema pornô vendo anal? — Dei risada 

 — Boa menina. É isso mesmo. — Ele piscou.

Sem dormir desde o acidente com Bea, desabei rapidamente. Nós três fomos dormir cedo naquela noite.Deixar Bea sozinha no berço não era uma coisa para a qual eu estivesse preparada. Ela dormiu na minha cama, entre mim e Harry, seus pais. Eu me acostumaria com isso.

Teríamos mais um dia com ele, o dia depois do Natal.Então, Harry nos deixaria de novo, iria para Nova York e lá pegaria um avião para Londres.



•••

Acordar com o cheiro da fusão de cafés na cozinha era como um sonho.

Bea ainda dormia. Quando desci, me aproximei de Harry e o abracei. Meus seios, livres de sutiã, pressionavam suas costas através da camisola. Nós dois olhávamos para as ondas geladas no mar de inverno. Eu já esperava ansiosa pelo verão,não só pelo clima quente, mas porque Harry estaria em casa conosco.

Ele se virou e beijou minha boca, com avidez. Agora que não estava mais apreensiva com Bea, eu sentia o desejo sexual voltar lentamente ao nível normal. O cabelo de Harry estava espetado em todas as direções, e sua barba começava  crescer. Quando ela roçou na minha pele, senti a umidade entre as pernas. Pressionei meu corpo contra sua ereção e respirei fundo, inalando seu cheiro viril misturado ao aroma do café.

Eu o queria mais do que queria minha primeira xícara de café, e isso era revelador. Sobreviver aos próximos meses sem ele não seria fácil, mas agora, pelo menos, eu sabia que  nossa relação era para valer. Harry parou de me beijar e acariciou meu rosto, e tive a impressão de que ele pensava em alguma coisa. 

— Posso fazer duas perguntas? — disse ele. 

— Tudo bem... 

— Estive pensando... eu adoraria se você e Bea fossem ao último show, na primavera. Vamos encerrar a turnê em Nova York, que não é muito longe. Posso reservar uma passagem de avião, se você não quiser ir de carro. Depois voltamos para casa juntos no meu carro. Seria legal se pudesse me ver ao menos uma vez em um palco grande antes do fim da turnê. O que acha? Podemos providenciar fones de ouvido com redução de ruído para Bea, se for muito barulhento.

 — Eu não perderia isso por nada. Estava pensando que devia ver pelo menos um show seu, e Nova York é a solução perfeita. 

— Ótimo. Vou providenciar tudo.

— E a outra pergunta? 

— Quais são as chances de transar com você em cima da bancada antes de a Bea acordar?

Hesitei. Eu o queria muito, mas havia menstruado de manhã. Não me sentia confortável transando no dia de maior fluxo do meu ciclo.

 — Eu quero muito, mas...

Vi a decepção estampada em seu rosto. 

— Qual é o problema?

 — Eu me esfaqueei... com muita força.

Harry fechou os olhos numa reação frustrada.

 — Merda. Preciso de você agora, preciso muito. — Ele olhou para o chão, depois para mim. 

— Eu não me importo...se você não se importar. Vou te apunhalar tanto que você não vai nem se lembrar do outro ferimento.

Por mais que eu quisesse, simplesmente não conseguia.

Puxei o cós de sua calça e espiei a ereção dentro dela.

 — Tenho uma ideia melhor.

 — Ah, é?

Ajoelhei no chão e soltei lentamente o cordão de sua calça de pijama.

Harry apoiou os cotovelos na bancada, atrás dele, inclinou a cabeça para trás e se rendeu, sem protestar. 

— É, também podemos fazer isso. 

Admirando o recorte em V da área inferior do seu abdome e os pelos que formavam uma linha central, falei: 

— Sempre quis te chupar. Aquela vez que saímos do cinema pornô, lembra? Não podia matar a vontade na hora, mas passei a noite toda pensando nisso.

Ele afagava meu cabelo. 

— Nunca vou esquecer aquela noite. Foi uma delícia ver você excitada durante o filme. Senti vontade de sentar você no meu colo e te foder gostoso naquele cinema. Quis muito te comer naquela noite, quis tanto que até doía. Quase tanto quanto quero agora.

Ele arfou quando tirei seu membro da calça. Abri a boca e o envolvi com os lábios. Harry fez um ruído rouco, quente, e já estava molhado no instante em que minha língua contornou a cabeça de seu pênis pela primeira vez. 

— Puta merda — gemeu. — Isso é bom. Sua boca no meu pau Ginny, não existe nada parecido. Parece um sonho. Senti o gosto morno e salgado quando o chupei, esfregando a mão em seu mastro. Ele agarrou meu cabelo e guiou minha boca em seu membro.

Depois de um tempo, enfiei o pau inteiro de Harry na boca,indo até onde conseguia sem sufocar. Quando esfreguei a extremidade de seu membro no fundo do céu da boca, levantei o olhar para ver sua reação.

 — Ah, sua vadia malvada, isso é muito bom.

Repeti o movimento várias vezes, e ele fechou os olhos com tanta força que tive a impressão de que sua mente havia viajado para outra dimensão.

Meus gemidos vibravam em seu pênis quando, empurrando o quadril para a frente, ele gozou na minha boca.

Puxando meu cabelo, Harry gemia. 

— Engole tudo, gata. Engole.

Engoli os jatos quentes que jorravam em minha garganta. Enquanto sorvia seu orgasmo até a última gota, eu olhava para ele com uma expressão sedutora.

Quando não restava nada além da respiração pesada, ele disse:

 — Cacete. Você nem se conteve. Sempre soube que gostava de creme no café, mas puta merda. Foi um tesão ver o quanto você também gostou disso. — Com um suspiro longo, ele ajeitou a calça. 

— Quero de novo. Isso é um truque para me fazer ficar? Porque pode dar certo. 

— Sério? Nesse caso, minha boca está pronta. 

— Ah, nós vamos repetir a dose antes de eu ir embora. Isso foi... de pirar. Onde aprendeu a chupar desse jeito? — Ele balançou a cabeça depressa. — Esquece. Não quero saber.Limpando os cantos da minha boca, perguntou: — O que eu fiz para merecer isso?

— Salvou a vida da minha filha. Merecia o boquete da sua vida.

Harry me abraçou.

 — Depressa, corre para a praia e se joga no mar revolto. 

— Por quê? 

— Para eu poder te salvar. Quem sabe consigo comer essa sua bunda logo mais?



•••

Naquela tarde, Harry passou bastante tempo tentando fazer Bea falar “papá”. Ela balbuciava muito, mas ainda não usava a letra P como usava a B e o M.

Observei os dois da cozinha enquanto, sentado com ela no sofá, Harry tentava convencê-la a repetir suas palavras. 

— Fala pa-pá. — E apontava para si mesmo. — Eu sou seu pa-pá

 — Ba-bá

. — Pa-pá.

 — Ba-bá.

 — Pa-pá.

Bea soprou uma bolha de saliva e riu. 

— Sua menininha boba. Fala pa-pá.

Bea parou por um instante, depois disse: 

— Ma-má. — E gargalhou.


Notas Finais


Só faltam 2


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