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História Amor (In)esperado - Ruggarol - Mascarado


Escrita por: lxvaticruggarol

Notas do Autor


Voltei galeris, eh isto
Boa leitura ❤️

Capítulo 5 - Mascarado


Fanfic / Fanfiction Amor (In)esperado - Ruggarol - Mascarado

Capítulo 5 
          Karol Sevilla

Não consegui dormir bem. A noite que eu pensei que seria maravilhosa, foi um desastre. 

Após chegar na balada – a que Mariana havia me indicado que era a mais famosa de Paris – fui logo em direção ao bar, pegando um drink. Após mais três, eu já estava mais “animada”, então fui à pista de dança e dancei um monte de músicas, com um grupo de mulheres que vieram se aproximando enquanto dançávamos. Vi que algumas pessoas estavam fantasiadas, e perguntei a uma das minhas companheiras de dança o que era, e elas apenas deram de ombros, como se fosse super normal. Apesar de achar estranho, era divertido. Talvez da próxima eu iria fantasiada. Ri com o pensamento.

No geral, estava indo tudo bem, até que um homem com uma máscara preta nos olhos, e trajando um belo terno se aproximou, pedindo que eu dançasse com ele. Achando um pouco engraçado, aceitei o convite e começamos a dançar no meio da multidão.

— Qual é a dessa máscara? — perguntei em francês, rindo, e ele soltou um risinho envergonhado
— Bom, eu não pensei em outra fantasia melhor que essa... Então resolvi dar uma de mascarado. — essa voz, me pareceu familiar. Semicerrei os olhos e o encarei, tentando reconhecer, bom, a máscara dificultava. No momento em que ele pareceu perceber isso, abaixou o rosto 
— Hm, entendi. E por quê tem pessoas fantasiadas? 
— Bom, na verdade essa balada é bem diversa, se você observar vai achar vários “grupinhos” formados em cada canto. E bem, as pessoas que se sentem identificadas, de qualquer maneira, acabam se juntando a tais grupos. É um modo de se encaixar e fazer amizades. — ele disse, e eu assenti. Realmente, isso é uma maneira bem legal de ter novos amigos, com pessoas que te entendem. Bom, eu sinceramente nunca tive tantos amigos, apenas conhecidos de quem eu gostava da companhia, amigo de verdade eu devo ter tido uns cinco, no máximo. No momento eu apenas tenho o Agus, e não reclamo. — Então, qual seu nome?
— Karol, e o seu? 
— Murilo. E está fazendo o que aqui em Paris? Bom, pelo sotaque, suponho que não seja daqui.
— Sim. — reparei que ele também tem sotaque — Estou de férias.
— Ah sim... Então somos dois! Bom, vou pegar um drinque para nós. Aceita? — respondi um “ok” e ele saiu. Não sei porquê, mas eu pareço conhecer esse homem, e uma sensação estranha estava em meu peito, agora. Balanço a cabeça, ignorando esses pensamentos, o efeito da bebida já está fazendo efeito. Alguns instantes depois, ele voltou e me deu uma bebida rosa. Detalhe: não aceite bebidas de estranhos. Outro fato que estava fora da minha consciência.
— Obrigada. — disse, dando um sorriso de lado e bebendo o líquido que... puta merda, isso estava tão forte que senti minha garganta pegar fogo
— Por nada. Às férias! — ele disse, sorrindo e erguendo o copo. Porém, nesse movimento, um detalhe me chamou atenção. A manga do terno ergueu, revelando uma tatuagem de um dragão cuspindo fogo, no pulso esquerdo. Não, não pode ser. 
— É... Eu... Eu vou no banheiro. — me amaldiçoei por ter gaguejado justo nessa hora. Dei meu melhor sorriso atuado e pareceu convincente, pois ele não estranhou e apenas assenti. Saí andando até a direção do banheiro e sentindo o olhar penetrante de alguém. 

Sim, era ele... Ele estava aqui. Eu devia ter notado. O sotaque, a voz grossa, o sorriso que me dava tanto nojo. Me apoiei na pia, olhando meu reflexo e vendo as lágrimas que já se formavam. Minha visão não passava de um borrão, pela bebida que engoli. Sentindo que ia desmaiar, chamei um Uber rapidamente e não saí do banheiro até ver que o carro já estava na porta. Mandei uma mensagem pro motorista, dizendo que já estava saindo e para que me esperasse. Respirei fundo, abri a porta e corri até até a saída, ouvindo o homem conhecido gritando meu nome. Olhei para trás e vi que ele estava vindo em minha direção. Apressei o passo mais ainda e finalmente saí do lugar. Mal cheguei no carro e já abri a porta, jogando-me no banco. O motorista não entendeu, apenas lhe disse para acelerar e ele pisou fundo. Suspirei aliviada. Não estava entendendo nada, a bebida em meu corpo atrapalhou todos meus sentidos, cheguei no hotel e após entrar no quarto, apenas me joguei na cama e dormi. 

E bom, acho (e espero) que acordei só quando o Ruggero me enfiou no chuveiro gelado, segurando-me em seus braços. E sem dar aviso, os demônios que atormentavam minha mente a tempo, apareceram com toda a força. Cometi a palhaçada de demonstrá-los em frente a ultima pessoa que eu queria encarar. Ainda assim, fiquei grata pelo italiano ter cuidado de mim, ou eu acordaria com uma puta ressaca. 
Franzindo o cenho, abri os olhos e me deparei com aquele olhar, aquela imensidão cor de café, que transparecia tantas emoções. Esfreguei as mãos no rosto e me sentei, apoiada na cabeceira da cama.

— Está melhor? — perguntou, e eu assenti, apesar de minha cabeça latejar um pouco
— Apenas com um pouco de dor de cabeça, mas sim. 
— Aqui, toma esse remédio. — entregou-me um comprimido com um copo de água que já estava na cômoda ao lado da cama, e após identificá-lo, engoli o mesmo 
— Obrigada. 
— Olha, eu pedi uma bandeja de café, não sei do que você gosta mas tem bastante coisa. — ele puxou uma bandeja com algumas frutas, omelete e suco e após colocar do meu lado, sentou na cama 
— É... Ruggero, olha, eu agradeço, mas por quê está fazendo isso para mim? Não queira desperdiçar seu tempo com alguém que perde a cabeça após voltar de uma balada.
— Nada a ver, sua boba. — ele tocou meu nariz e eu mordi o lábio inferior, segurando um sorriso — Estou fazendo isso porque sei como é ruim beber e acordar assim, desnorteado. E não tem como recusar ajuda de um cara lindo igual esse aqui. — apontou para si mesmo e me lançou uma piscadela e eu suspirei
— Ok, vamos lá, o que você está fazendo é bonito e eu aprecio isso, mas não quero que faça isso por pena de mim. O que aconteceu ontem, no banheiro, foi por causa da bebida. Acontece sempre que eu fico bêbada e não quero que ache que sou aquela pessoa. Eu... Eu apenas perdi o controle, sabe? Não quero que tenha aquela imagem de mim. 
— Eu não estou fazendo isso por pena, Karol. Longe disso, eu apenas... Apenas quero te ajudar. É sério. — ele fala e eu vejo sinceridade em suas palavras, e assinto — Agora coma, estou me segurando pra não roubar seu café. 
— Gordo. — rio e pego um pedaço de melancia
— Ei, agora você me ofendeu! Olha pra esse corpitcho e me fala se sou gordo. — ele responde, sinalando para o próprio corpo e rindo também 
— Claro que é, olha só como ele é obeso. — falo e ele belisca minha costela de leve, provocando mais cócegas do que dor — Para, idiota, deixa eu comer em paz!
— Esse é o espírito. Já estava desacostumado. — reviro os olhos e o empurro, sem sucesso pois minha força claramente decidiu não aparecer 
— Nossa, acho que alguém precisa comer mais arroz e feijão. 
— Ah não, você não disse isso. Está parecendo minha mãe! — ele gargalha e depois que o riso cessa, me encara e eu não consigo desviar o olhar. Ficamos nesse transe até que seu celular toca, olho para a tela e vejo “Amor” como identificação. Ele pragueja e desliga o celular — Não vai atender?
— Não estou afim. — responde dando de ombros
— Problemas com a namorada?
— É, pode ser. — o assunto pareceu acabar e continuei comendo em silêncio, notando seu olhar sob meus movimentos. Após comer tudo, coloco a bandeja na cômoda e sinto um leve desconforto por não saber o que falar. “Obrigada, agora já pode ir”? Certo, definitivamente não é uma boa ideia. Coço a garganta e decido perguntar algo, por fim
— Então, não vai sair pra algum lugar agora?
— Uou, se isso foi uma indireta, com licença que eu já estou me retirando... — faz menção de levantar e eu pego sua mão por impulso, logo retirando-a do lugar quando nós dois a olhamos
— Não, eu não queria dizer isso... É que bom, não sei se você estava esperando eu terminar de comer e ver que não morri, — faço uma careta descontraída — para depois seguir com a sua rotina. E aliás, você não pareceu passear por Paris em nenhum dia.
— Bom, na verdade eu não tenho nada planejado... — murmura e pensa por alguns instantes antes de continuar — Talvez você poderia, não sei, me acompanhar em algo? — arregalo os olhos e ele desvia o olhar, coçando a nuca 
— Ah mas por essa eu não esperava! O que é isso, está pedindo uma trégua? Não sei não, em. Preciso consultar o meu humor, apenas para checar se ele te aguenta hoje. — rio e ele dá um sorriso amarelo, antes de falar
— Na verdade, eu estou pedindo uma nova... amizade, quem sabe. — quase engasgo com o ar, após isso
— Amizade? Eu e você? — gesticulo, apontando entre nós antes de começar a rir de novo — Não, acho que o mundo não conspiraria a isso. 
— Acho que a gente não deveria ligar para o que o mundo pensa, não acha? — o italiano fala, de uma maneira séria, fitando meus olhos e eu engulo o nó que prendia minha garganta e penso em mil desculpas para não aceitar o convite, porém nenhuma serviria no momento
— Não acho que seja uma boa ideia... Você sabe como é ruim ser famoso em alguns aspectos, óbvio que logo iria aparecer fotos nossas, de papparazis e a mídia iria sair inventando coisas sobre nós. E eu não quero causar nenhum problema com sua namorada. — respondi, sendo sincera. Sei muito bem o que acontece quando se tem fãs que insistem em ver coisas que não são realidade... E mídias, sites de fofocas que acabam colaborando
— Karol, eu falei sério quando disse que queria sua amizade. Eu sei que começamos mal, entendo que todo mundo têm dias ruins, mas de verdade, eu gostaria que parássemos com essas discussões e iniciássemos uma boa convivência. Aliás, estamos compartilhando o mesmo quarto, por duas semanas! E eu não sei você, mas eu já perdi as esperanças que algum quarto se desocupe, ainda mais em alta temporada de férias, com muitas reservas no hotel. — sim, nisso ele estava certo, claramente não iria haver algum milagre ou alguém que desistisse da viagem — Pense por outro lado: é como você fosse para alguma faculdade interna e tivesse que compartilhar um dormitório. A única diferença é que não seria com uma menina, no caso. — termina de falar, soltando uma risada e eu acabo acompanhando
— Tudo bem, você me convenceu. Mas isso não significa que eu ainda não te odeie, italiano. 
— Bom, essa é uma questão que logo vai mudar... Tenho certeza. — sorriu, convencido
— Eu não teria tanta certeza assim, viu? — murmurei dando ênfase no “tanta”
— Você vai ver, baixinha. Confio nos meus instintos. 
— Ah não, se você me chamar de baixinha a opção de considerar sua amizade vai para o lixo.
— Ok, ok! Não está mais aqui quem falou. — ergueu as mãos para o alto, se levantando em seguida — Vou tomar banho e já volto. 
— Certo. — mordi o lábio inferior, encarando a porta do banheiro que agora se encontrava fechada.

Fiquei fitando-a por alguns minutos até que uma memória da noite anterior passou por minha cabeça, provocando novamente uma sensação ruim, de medo. Sim, o Murilo está aqui, novamente na mesma cidade que eu... Poderia estar a quilômetros, metros, ruas ou até mesmo aqui neste hotel, e somente o pensamento me fez estremecer. O que ele queria, afinal? Causar mais dor, ou apenas me ameaçar, dar um alerta? Eu não faço ideia do que pode passar na cabeça desse maníaco. O passado que eu infinitas vezes tento esquecer, agora continua presente, e diante disso xingo-me de várias formas por ter dispensado seguranças para me acompanhar. Não entendo, como ele foi estupido suficiente para achar que eu não iria reconhecê-lo? Bom, na verdade, a tola aqui sou eu. Se não fosse por aquela maldita tatuagem, eu não teria o reconhecido. 

Decidida a afastar tais ideias, pego meu celular e checo minhas redes sociais, até que a mensagem de um número desconhecido aparece nas notificações. Abro afim de ver o que se tratava e me arrependo no seguinte instante ao ler o que dizia o texto. 

Na próxima vez, terei que ser cuidadoso com minhas tatuagens. Esqueci de como você é observadora. Suponho que ainda lembre das demais que estão um pouco mais... escondidas. Gostou da surpresa? Por que fugiu tão rápido? Fique tranquila, ainda nos veremos mais vezes. Ah e... Já sabe sobre denúncias, não? Não estou no México, mas tenho meus contatos.”

Levei minha mão até a boca, cobrindo-a e sentindo lágrimas molharem minhas bochechas. Não, quando eu pensei que meu pesadelo havia cessado, ele retorna, outra vez. A causa de tantas crises, medo e dor. Perdida em meus pensamentos, não percebo quando a maldita porta se abre, revelando uma figura masculina sorridente, falando sobre o banheiro estar desocupado, que logo assumiu a uma face preocupada, ao reparar em mim.

— Ei, o que foi? — disparou em minha direção, sentando ao meu lado — Por que está chorando, Karol? Eu... eu falei algo que não gostou?
— Não... Você não fez nada. — falei com dificuldade entre soluços. Funguei e tentei me acalmar, obtendo nenhum sucesso, e logo tratei de pensar em alguma causa para o choro — Eu só estava vendo algumas fotos e... Fiquei com muita saudade da minha família, sabe? Eu não os vejo a mais de dois anos. — ele não pareceu muito convencido, porém assentiu e antes de limpar minhas lágrimas, falou:
— Sim, eu entendo completamente. Mas não fique assim, certo? Tenho certeza que você vai conseguir vê-los prontamente. Agora, olha em volta, você está em Paris! Não é um sonho essa cidade? — disse e eu assenti — Então trate de afastar essa tristeza, entrar naquele banheiro e sair prontíssima porque hoje sua companhia aqui vai cansar seus pezinhos de tanto lugar que vamos visitar!
— Está bem... Obrigada, mais uma vez. E sobre meus pés, isso foi claramente um aviso para que eu não coloque salto alto. — rimos e ele passou os braços envolvendo meu corpo em um abraço. Totalmente surpresa pelo gesto, retribui colocando meus braços ao redor de seu pescoço. Ficamos uns segundos ali, ele acariciando meu cabelo, até que me separei dele e dei um sorriso de lado, antes de me levantar e ir até o banheiro, levando roupas separadas junto comigo.

Ao fechar a porta, me recostei na mesma e soltei um longo suspiro silencioso. Por algum motivo, eu me sinto segura quando o Ruggero está por perto, e nesses momentos descontraídos, todo o ódio, a tristeza e simplesmente o mundo todo parece desaparecer, apenas foco nos seus olhos, e na sua presença. É, talvez iniciar uma amizade com ele não vai ser tão ruim assim. Porém um lado insistente ainda me diz que isso não vai dar certo. 
Depois de terminar meu banho, me vestir e ficar “prontíssima” igual o Ruggero disse, saio do banheiro e o encontro largado no sofá mexendo no celular. Quando percebe minha presença, percorre meu corpo de cima a baixo com os olhos, antes de se levantar rapidamente e perguntar, com um sorriso na cara:

— Então, vamos?
— Vamos! — respondo e, depois de pegar mais alguns pertences, saímos do quarto.

 


Notas Finais


OPA PARECE QUE UMA AMIZADE ESTÁ NASCENDO MEU POVO
o otp está vivissimo e em paz, finalmente galeraaAaAaa
bom gente, vocês devem estar se perguntando o que eh esse pesadelo e esse tal de Murilo que a Karol tanto teme, e já aviso que não tem nada bom nisso. Porem, fiquem calmos que logo logo tudo vai ser revelado
alguém mais tambem quer um Ruggero em suas vidas? ai mano que coisa mais fofa aaaa, e ele vai ajudar muito a Karol ainda.
continuo? ❤️


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