No universo alternativo da Monster High, Dahyun de Nile, a popular e regente autoproclamada da escola. Sua presença imponente e ar de superioridade eram difíceis de ignorar. Dahyun sabia como comandar uma sala, seus seguidores sempre atrás, prontos para atender a qualquer capricho seu. E então, havia Momo Gorgon, a górgona com um coração de ouro escondido sob a pele dura de uma bad girl.
No início de um novo semestre, a escola Monster High estava a todo vapor com as atividades do festival anual de outono. As barracas estavam decoradas com abóboras e teias de aranha, e o ar estava carregado de expectativa e aroma de pipoca. Dahyun caminhava pela praça do terror com sua habitual postura de rainha, acompanhada por sua corte de amigas leais.
Momo observava de longe, seus óculos de sol cobrindo seus olhos serpenteantes, mas incapazes de esconder seu interesse por Dahyun. Apesar de sua aparência dura e descolada, Momo era completamente caidinha pela princesa múmia. Ela sabia que se aproximar de Dahyun não seria tarefa fácil, especialmente porque Dahyun parecia adorar tratá-la com indiferença e às vezes, até com desprezo.
--Dahy, eai princesa, como você esta?--Momo se aproxima jogando seu charme pra cima da garota.
--Oh meu rá! Você já veio me importunar cobra seca?--Dahyun olha em puro desgosto enquanto olhava de cima abaixo para a Gorgon.
--Importunar?-Momo faz uma cara confusa– Jamais princesa, verificar se minha Cleópatra estava bem e se ela queria alguns beijinhos ai. –Momo sorri e pisca pra Dahyun.
--Tire esse “minha” do seu vocabulário, e no dia que eu quiser um beijo seu as areias do egito irão sumir! Agora vaza daqui sua medusa falsa e me deixa em paz antes que eu arranque cobra por cobra da sua cabeça --Dahyun cruza os braços ficando com uma postura rígida diante da Momo.
--Poxa princesa, ai você magoa o coração dessa serpente aqui, mas não se preocupa, você vai ficar caidinha por mim ainda!
Momo deu um sorriso torto, o tipo que ela costumava usar para esconder qualquer sentimento verdadeiro. Ela estava acostumada a ouvir respostas afiadas de Dahyun, mas, de alguma forma, isso só aumentava sua determinação.
As festividades ao redor continuavam a todo vapor. As luzes piscavam, a música enchia o ar e risadas se misturavam com o som dos jogos e das brincadeiras. A praça do terror era um mar de rostos animados e figuras extravagantes, todas ocupadas com suas próprias diversões. No entanto, para Momo, tudo isso se dissolvia quando Dahyun estava por perto.
— Olha só, Dahy — Momo continuou, ainda com aquele sorriso malandro no rosto. — Eu vou te provar que posso ser mais do que só um incômodo pra você. Que tal um desafio? Se eu ganhar, você me dá uma chance de mostrar meu valor. Se você ganhar, eu te deixo em paz.
Dahyun arqueou uma sobrancelha, seu interesse ligeiramente despertado apesar de si mesma. Ela sempre gostou de desafios, e a ideia de humilhar Momo publicamente tinha um certo apelo.
— Um desafio? E qual seria? — Dahyun perguntou, seu tom ainda gélido, mas agora com um toque de curiosidade.
Momo olhou ao redor, seus olhos caindo sobre a barraca de jogos ao lado. Ela avistou uma competição de arremesso de abóbora, onde os participantes tentavam derrubar o maior número de latas empilhadas.
— Que tal aquele ali? — Momo apontou para a barraca. — Quem derrubar mais latas ganha.
Dahyun soltou uma risada curta e desdenhosa.
— Arremesso de abóbora? Sério? — Ela balançou a cabeça, mas o brilho competitivo em seus olhos não passou despercebido. — Tudo bem, Gorgon. Prepare-se para perder.
As duas caminharam até a barraca, chamando a atenção de alguns estudantes que imediatamente começaram a cochichar entre si, ansiosos pelo confronto. Momo pegou a primeira abóbora, sentindo seu peso nas mãos antes de lançar um olhar de desafio para Dahyun. Com um movimento rápido e preciso, ela arremessou a abóbora, derrubando quase todas as latas.
Dahyun observou em silêncio, mas com uma expressão de aprovação contida. Quando foi a vez dela, ela segurou a abóbora com graça e elegância, jogando-a com uma força surpreendente que derrubou todas as latas de uma só vez. A multidão ao redor explodiu em aplausos e gritos de surpresa.
Momo não pôde deixar de sorrir, mesmo na derrota. Havia algo impressionante na força escondida de Dahyun.
— Parece que você venceu — Momo disse, erguendo as mãos em rendição. — Então, como prometido, vou te deixar em paz... por enquanto. Mas não pense que eu vou desistir tão fácil.
Dahyun olhou para Momo, avaliando-a por um momento antes de relaxar a postura, um leve sorriso surgindo em seus lábios.
— Você é persistente, Gorgon, eu dou isso a você. Talvez, só talvez, eu comece a te considerar um desafio digno.
Com isso, Dahyun virou-se e voltou para suas amigas, deixando Momo para trás, mas não sem uma última olhada que parecia prometer mais confrontos no futuro. Momo assistiu Dahyun se afastar, determinada a encontrar uma maneira de finalmente conquistar o coração da princesa múmia, não importa quanto tempo levasse.
Momo ficou observando Dahyun se afastar, sua determinação apenas fortalecida pelo breve sorriso da princesa múmia. Ela sabia que a jornada para conquistar Dahyun seria longa e cheia de obstáculos, mas estava disposta a enfrentar cada um deles.
Nos dias seguintes, Momo tentou várias abordagens para se aproximar de Dahyun. Ela enviou presentes cuidadosamente escolhidos, deixou bilhetes engraçados em seu armário e até se ofereceu para ajudar nas tarefas escolares. No entanto, cada tentativa parecia ser recebida com mais desprezo do que a anterior.
— Sério, Momo? — Dahyun zombou, segurando uma rosa que Momo havia deixado em sua mesa. — Você acha que um pouco de perfume barato vai mudar alguma coisa? Isso é patético.
Momo apenas sorriu, escondendo qualquer mágoa que pudesse sentir. — Apenas achei que uma rosa tão bonita quanto você merecia um presente à altura.
Dahyun revirou os olhos e jogou a rosa no lixo. — Não perca seu tempo, Gorgon. Eu não sou uma conquista fácil, e definitivamente não vou me render a esses truques baratos.
Os amigos de Momo começaram a notar seu esforço contínuo e a reação fria de Dahyun. Eles tentaram persuadi-la a desistir.
— Por que você continua tentando? — perguntou Sana, uma vampira que conhecia Momo desde o primeiro ano. — Dahyun é cruel com você. Ela não vale a pena.
— Eu vejo algo nela que vocês não veem — Momo respondeu, teimosa. — E eu não sou de desistir tão fácil.
E assim, o tempo passou. Meses se transformaram em estações, e Momo continuava firme em seu objetivo, enfrentando a indiferença e a crueldade de Dahyun com uma paciência inabalável. A cada novo desafio, ela encontrava uma nova maneira de mostrar sua dedicação. Mesmo quando Dahyun a ridicularizava publicamente, Momo encontrava uma maneira de reverter a situação, transformando os ataques de Dahyun em oportunidades para mostrar sua própria força e resiliência.
Durante um baile de inverno, Momo tomou coragem para convidar Dahyun para dançar. Sabia que a probabilidade de ser rejeitada era alta, mas estava disposta a tentar mesmo assim.
— Quer dançar, princesa? — Momo perguntou, estendendo a mão.
Dahyun olhou para a mão estendida como se fosse algo nojento. — Prefiro dançar com um fantasma do que com você.
Mas, para surpresa de Momo, Dahyun aceitou. A dança foi tensa, e Dahyun manteve a distância, mas foi um pequeno passo na direção certa. Momo percebeu que, apesar das palavras duras, havia uma faísca de curiosidade nos olhos de Dahyun, algo que ela poderia cultivar com paciência e perseverança.
Com o passar do tempo, Dahyun começou a perceber a dedicação sincera de Momo. Não que ela estivesse pronta para admitir isso, claro. Ela ainda se divertia humilhando Momo publicamente, mas, em momentos privados, começava a baixar a guarda, mesmo que apenas um pouco.
Uma tarde, quando Momo estava sentada sozinha no jardim da escola, Dahyun apareceu sem aviso. Sem o usual séquito de amigas, ela parecia menos intimidante, quase vulnerável.
— Por que você continua tentando? — Dahyun perguntou, sua voz sem o tom cruel habitual.
Momo olhou para ela, surpresa com a pergunta. — Porque eu acredito em você, Dahyun. Eu acredito que há mais em você do que essa fachada fria. E eu quero conhecer a verdadeira Dahyun.
Dahyun ficou em silêncio por um momento, olhando para o chão. — Talvez um dia você conheça. Mas não pense que vou facilitar para você, Gorgon.
Momo sorriu. — Eu não esperaria menos de você, princesa.
E assim, mesmo que lentamente, o gelo ao redor do coração de Dahyun começou a derreter. Ela ainda era mesquinha, ainda tratava Momo com desprezo na maior parte do tempo, mas havia momentos de vulnerabilidade que Momo aproveitava, pequenos vislumbres da pessoa que Dahyun escondia. A jornada era longa, mas Momo estava disposta a seguir em frente, um passo de cada vez, determinada a provar que seu amor era verdadeiro e inabalável.
Os meses passaram como um desfile de festividades escolares, cada evento trazendo novos desafios e oportunidades para Momo tentar se aproximar de Dahyun. As decorações de abóbora e teias de aranha do festival de outono deram lugar às luzes cintilantes do inverno, depois às flores coloridas da primavera e, finalmente, ao calor vibrante do verão. Em cada estação, Momo continuava a lutar pelo coração de Dahyun, apesar de todas as dificuldades.
No entanto, a cada tentativa pública de Momo, Dahyun parecia se divertir em rebaixá-la. Durante uma das festas da escola, em uma tarde quente de primavera, Dahyun estava rodeada por seu grupo de amigas, todas rindo e fofocando. Momo, como de costume, não pôde deixar de tentar uma nova abordagem.
— Olá, Dahyun — Momo começou, segurando uma pequena caixa de chocolates que havia comprado especialmente para a ocasião. — Eu trouxe isso para você. Achei que você poderia gostar.
Dahyun olhou para a caixa de chocolates e depois para Momo, com um olhar de desprezo que fez os risos de suas amigas aumentarem.
— Chocolates? — Dahyun riu, pegando a caixa e examinando-a como se fosse uma curiosidade. — Que coisa antiquada, Momo. Você realmente acha que pode me impressionar com isso?
Ela jogou a caixa de chocolates no chão, espalhando os doces pela grama, e as amigas de Dahyun explodiram em gargalhadas. Momo sentiu seu rosto corar de vergonha, mas manteve a postura, forçando um sorriso.
— Eu só queria que você soubesse que pensei em você — Momo disse suavemente, tentando ignorar a humilhação.
Dahyun cruzou os braços e lançou um olhar de superioridade para Momo. — Sério, Gorgon, você precisa aprender a desistir. Não importa o que você faça, nunca será suficiente para alguém como eu.
As amigas de Dahyun riram novamente, e Momo saiu de perto, tentando manter a dignidade enquanto se afastava. No entanto, algumas horas depois, quando a festa estava quase no fim e a multidão começava a se dispersar, Dahyun encontrou Momo sozinha no jardim da escola.
— Momo — Dahyun chamou, sua voz agora sem o tom cruel que usava na frente dos outros. Momo olhou para cima, surpresa ao ver Dahyun sem sua comitiva. — Eu... eu só queria dizer que os chocolates eram bons. Eu peguei alguns antes de jogá-los fora.
Momo olhou para Dahyun, seus olhos se enchendo de uma esperança cautelosa. — Você gostou mesmo?
Dahyun hesitou por um momento antes de sentar-se ao lado de Momo. — Sim, estavam ótimos. Eu só... eu não posso deixar minhas amigas verem que eu gosto de algo que você me dá. Elas não entenderiam.
Momo sorriu, sentindo-se um pouco mais próxima da verdadeira Dahyun. — Não precisa se preocupar com isso. Eu entendo. Mas por que ser tão cruel na frente deles?
Dahyun suspirou, seu olhar se perdendo nas sombras das árvores ao redor. — Você não entende, Momo. Para manter minha posição, preciso mostrar que sou forte, que não me deixo abalar por nada. Se eles soubessem que eu tenho uma fraqueza, eles me destruiriam.
— Eu não quero que você seja fraca — Momo disse suavemente. — Eu só quero que você seja você mesma.
Dahyun ficou em silêncio por um longo tempo antes de finalmente se levantar. — Talvez um dia, Momo. Talvez um dia eu consiga. Mas por enquanto, continue tentando. Quem sabe o que o futuro reserva?
Momo observou Dahyun se afastar, seu coração batendo mais rápido com a pequena vitória. Sabia que ainda havia um longo caminho pela frente, mas esses momentos raros de vulnerabilidade eram o combustível que a mantinha firme em sua busca.
Na semana seguinte, durante uma competição de natação na escola, Momo decidiu participar, sabendo que Dahyun estaria lá para assistir. Ela nadou com toda a sua força, não apenas para ganhar, mas para impressionar Dahyun. Quando saiu da piscina, ofegante mas vitoriosa, procurou Dahyun na multidão e encontrou seus olhos fixos nela, um brilho de admiração escondido atrás de sua expressão habitual de indiferença.
— Impressionante, Gorgon — Dahyun disse, quando Momo se aproximou, ainda pingando água. — Talvez você tenha algum talento, afinal.
— Eu faço o meu melhor — Momo respondeu, sorrindo. — Especialmente quando você está assistindo.
Dahyun revirou os olhos, mas Momo notou um leve sorriso brincando em seus lábios. — Não se acostume com isso. Eu ainda acho que você é irritante.
— E eu ainda acho que vale a pena tentar — Momo respondeu, determinada.
Assim, entre os insultos públicos e os momentos privados de gentileza, a relação entre Momo e Dahyun continuou a evoluir. Cada pequeno avanço era uma vitória para Momo, que estava disposta a lutar por cada centímetro do coração de Dahyun. E enquanto Dahyun continuava a ser mesquinha em público, cada vez mais ela deixava escapar vislumbres da verdadeira pessoa que se escondia por trás da fachada, dando a Momo a esperança de que, um dia, poderia finalmente quebrar todas as barreiras.
O calor do verão começou a diminuir, e a escola Monster High se preparava para o aguardado festival de fim de ano. O campus estava decorado com luzes cintilantes, flores e enfeites coloridos, transformando a atmosfera usualmente sombria em um espetáculo vibrante. Alunos de todas as espécies estavam ocupados montando barracas, preparando apresentações e decorando os corredores com temas extravagantes.
Dahyun, como sempre, era o centro das atenções. Seu vestido branco e dourado brilhava sob as luzes festivas, destacando sua postura elegante e majestosa. As amigas leais a acompanhavam, rindo e fofocando enquanto seguiam a princesa múmia por onde ela passava.
Momo, por outro lado, estava ajudando a montar uma barraca de jogos. Suas tentativas contínuas de conquistar Dahyun haviam se tornado o assunto da escola, e muitos alunos observavam com curiosidade e, em alguns casos, com pena, enquanto ela persistia na sua busca.
— Sério, Momo — disse Jihyo, uma amiga próxima e também uma aluna da escola, enquanto ajustava uma faixa colorida na barraca. — Por que você continua tentando? Dahyun nunca será gentil com você na frente dos outros.
Momo sorriu, sem deixar que a dúvida de Jihyo afetasse sua determinação. — Eu vejo algo nela que ninguém mais vê, Jihyo. Eu sei que ela é mais do que essa fachada fria.
Jihyo suspirou, balançando a cabeça. — Bem, só espero que você saiba o que está fazendo.
Mais tarde naquele dia, enquanto Momo fazia uma pausa, ela viu Dahyun caminhando em sua direção, acompanhada por suas amigas. Sentindo um arrepio de antecipação, Momo se preparou para o próximo confronto.
— Olha quem está aqui, nossa querida Gorgon — Dahyun disse, com um sorriso desdenhoso. — Ainda tentando impressionar, Momo? Parece que você nunca aprende.
As amigas de Dahyun riram, e Momo manteve a calma, tentando não deixar transparecer a dor das palavras cruéis. — Sempre vale a pena tentar, Dahyun. Um dia, talvez você veja isso.
Dahyun revirou os olhos, mas antes que pudesse responder, uma de suas amigas, Nayeon, interveio. — Vamos, Dahyun. Deixe essa perdedora para lá. Temos coisas mais importantes para fazer.
Dahyun lançou um último olhar de desprezo para Momo antes de se afastar com suas amigas. Momo suspirou, mas seu espírito não foi quebrado. Ela sabia que, por trás daquela máscara de crueldade, havia uma pessoa diferente, alguém que valia a pena conhecer.
Mais tarde, quando a noite caiu e as luzes do festival iluminavam a escola com um brilho mágico, Momo caminhava sozinha pelo jardim, aproveitando um momento de tranquilidade. Foi então que viu Dahyun, sentada em um banco de pedra, longe da multidão.
— Dahyun? — Momo chamou suavemente, aproximando-se com cautela.
Dahyun olhou para cima, seus olhos suavizando ao ver Momo. — Momo... — ela começou, a voz sem o usual tom de desprezo. — O que você está fazendo aqui sozinha?
Momo deu de ombros, sentando-se ao lado de Dahyun. — Só estava aproveitando a noite. E você? Não está com suas amigas?
Dahyun suspirou, parecendo mais vulnerável do que Momo jamais havia visto. — Às vezes, é cansativo manter essa fachada o tempo todo. Fingir ser algo que não sou.
Momo olhou para ela, seu coração se apertando. — Você não precisa fingir comigo, Dahyun. Eu quero conhecer a verdadeira você, não a princesa intocável.
Dahyun ficou em silêncio por um momento, olhando para o céu estrelado. — É difícil. Fui criada para ser forte, para nunca mostrar fraqueza. Mas com você... com você é diferente. Sinto que posso ser eu mesma.
Momo sorriu, sentindo a esperança crescer em seu peito. — E você pode. Sempre que precisar, estarei aqui para você.
Dahyun olhou para Momo, seus olhos refletindo a luz das estrelas. — Você realmente é persistente, Momo. Talvez seja isso que eu admiro em você.
Os dois ficaram em silêncio, apreciando a presença um do outro. Era um pequeno passo, mas para Momo, era um sinal de que estava no caminho certo.
No dia seguinte, na escola, Dahyun voltou a ser a mesma de sempre. Durante uma aula, Momo foi chamada para resolver um problema no quadro, e Dahyun não perdeu a oportunidade de lançar um comentário sarcástico.
— Vamos ver se a nossa Gorgon é tão boa em matemática quanto é em ser persistente — Dahyun disse, provocando risos entre os alunos.
Momo, no entanto, manteve a calma e resolveu o problema com precisão, mostrando sua habilidade sem se abalar pelos comentários de Dahyun. Ela sabia que, por trás daqueles insultos, havia uma faísca de respeito e admiração que Dahyun ainda não estava pronta para admitir publicamente.
E assim, entre humilhações públicas e momentos privados de vulnerabilidade, a relação entre Momo e Dahyun continuava a evoluir. Cada pequeno gesto de gentileza em particular era uma vitória para Momo, um sinal de que estava se aproximando cada vez mais do verdadeiro coração de Dahyun. Ela estava determinada a continuar, a cada passo, a cada desafio, até que Dahyun finalmente aceitasse o amor sincero que Momo oferecia.
O festival de fim de ano chegou ao ápice com um grande baile de máscaras, o evento mais aguardado pelos alunos de Monster High. O salão principal estava decorado com tecidos luxuosos, lustres brilhantes e uma música encantadora que flutuava no ar. Todos estavam ansiosos para mostrar suas fantasias elaboradas e dançar sob as luzes cintilantes. Momo, determinada a impressionar Dahyun, havia passado semanas planejando seu traje. Ela escolheu um vestido elegante, inspirado na mitologia grega, complementado por uma máscara de serpentes douradas que destacava seus traços exóticos. Ela sabia que Dahyun estaria deslumbrante, e queria estar à altura. Quando Momo entrou no salão, seus olhos imediatamente procuraram Dahyun. A princesa múmia estava no centro da pista de dança, cercada por seus admiradores e amigas. Ela usava um vestido dourado que parecia brilhar com a própria luz, sua máscara ornada com detalhes intrincados que só realçavam sua beleza régia. Tomando coragem, Momo se aproximou, seu coração batendo rápido. Ela esperava que, talvez naquela noite mágica, Dahyun pudesse ver a sinceridade de seus sentimentos. No entanto, quando se aproximou, Dahyun olhou para ela com um olhar de puro desprezo.
— Você? — Dahyun disse, sua voz gélida atravessando o barulho da festa. — O que você pensa que está fazendo aqui, Gorgon?
As palavras de Dahyun foram como uma lâmina afiada, cortando o entusiasmo de Momo. No entanto, ela manteve a postura, decidida a não se deixar abalar.
— Eu queria pedir uma dança, Dahyun — Momo respondeu, tentando não mostrar sua vulnerabilidade. — Apenas uma dança.
Dahyun soltou uma risada cruel, que ecoou pelo salão. — Você, me pedindo para dançar? Que piada! Você realmente acha que está no meu nível, Momo?
Os amigos de Dahyun riram, e o som das risadas ecoou como um martelo no coração de Momo. Ela sentiu os olhares dos outros alunos sobre ela, alguns cheios de pena, outros de curiosidade mórbida.
— Por favor, Dahyun — Momo insistiu, sua voz suave mas firme. — Apenas uma dança. É tudo o que eu peço.
Dahyun deu um passo à frente, seu olhar intenso perfurando Momo. — Escute bem, Gorgon. Você nunca será nada mais do que uma inconveniência para mim. Pare de tentar se aproximar, porque você nunca terá uma chance. Você é patética e deveria aceitar isso.
As palavras de Dahyun foram como um golpe final, e Momo sentiu seus olhos se encherem de lágrimas. Mas, com um esforço supremo, ela conseguiu segurar as lágrimas e manter a dignidade. Sem dizer mais nada, ela se virou e saiu do salão, deixando para trás a música, as luzes e as risadas.
Fora do salão, o ar noturno era fresco e silencioso. Momo caminhou até o jardim da escola, buscando um momento de paz para recompor-se. Ela se sentou em um banco de pedra, deixando finalmente as lágrimas escorrerem pelo rosto.
— Por que eu continuo tentando? — Momo sussurrou para si mesma, a dor evidente em sua voz.
Minutos se passaram, e Momo estava perdida em seus pensamentos quando ouviu passos leves atrás dela. Virando-se, viu Dahyun, ainda usando seu vestido dourado, mas sem a máscara. Seus olhos estavam diferentes, mais suaves, quase arrependidos.
— Momo... — Dahyun começou, hesitando. — Eu não deveria ter dito aquelas coisas.
Momo olhou para ela, surpresa. — Por que você faz isso, Dahyun? Por que me trata assim na frente dos outros e depois vem se desculpar em particular?
Dahyun suspirou, sentando-se ao lado de Momo no banco de pedra. — Porque tenho medo. Medo de ser eu mesma e perder tudo que eu tenho. Se meus amigos vissem que eu posso gostar de você... eles não entenderiam. Eles achariam que eu sou louca.
— Gostar de mim? — Momo repetiu, seu coração batendo mais rápido. — Você gosta de mim?
Dahyun desviou o olhar, seu rosto ligeiramente corado. — Talvez. Eu não sei. Só sei que você é a única que nunca desiste de mim, mesmo quando eu sou horrível com você. E isso... isso significa algo.
Momo sentiu uma onda de esperança misturada com tristeza. — Eu não vou desistir de você, Dahyun. Porque eu acredito que há mais em você do que essa fachada cruel. Mas você precisa decidir o que realmente quer.
Dahyun ficou em silêncio por um longo tempo, olhando para o céu estrelado. — Eu não sei o que quero, Momo. Mas talvez, só talvez, eu queira descobrir.
Aquelas palavras foram um pequeno consolo para Momo, que sabia que o caminho ainda seria longo e difícil. Mas pelo menos agora, havia uma chance, uma pequena luz no fim do túnel.
No próximo dia, na escola, Dahyun voltou a ser a mesma de sempre, tratando Momo com desprezo na frente dos outros. Mas cada vez que se encontravam sozinhas, ela mostrava um pouco mais de vulnerabilidade, um pouco mais de seu verdadeiro eu. E Momo, com paciência e determinação, continuava a lutar pelo coração de Dahyun, acreditando que, um dia, ela poderia finalmente conquistar o amor que tanto desejava.
O início de um novo semestre trouxe uma onda de novidades e uma renovada esperança para Momo. Após o baile de máscaras, onde Dahyun havia mostrado um pequeno vislumbre de vulnerabilidade, Momo sentiu que estava finalmente começando a fazer algum progresso. No entanto, sabia que a mudança não seria imediata. Precisaria de paciência e perseverança. As aulas recomeçaram e, como de costume, Dahyun continuava a manter sua fachada de crueldade na frente dos outros. No entanto, havia algo diferente em sua atitude, algo que só Momo parecia notar. Pequenos gestos, quase imperceptíveis, começaram a surgir. Durante uma aula de química, quando Momo acidentalmente derrubou seus livros, Dahyun, ao invés de rir ou fazer um comentário sarcástico, simplesmente olhou para ela com um olhar indecifrável e depois desviou o olhar.
Num dia de primavera, enquanto Momo estava sentada sozinha na biblioteca, Dahyun entrou. Ela parecia estar procurando por algo ou alguém, e quando viu Momo, hesitou por um momento antes de se aproximar.
— Oi, Momo — Dahyun disse, sua voz mais suave do que o normal.
Momo levantou os olhos do livro, surpresa com a abordagem. — Oi, Dahyun. O que você está fazendo aqui?
Dahyun olhou ao redor, certificando-se de que ninguém estava prestando atenção. — Eu... eu estava pensando se você poderia me ajudar com a lição de casa de história. Eu sei que você é boa nisso.
Momo sorriu, um pouco surpresa, mas feliz por Dahyun estar pedindo sua ajuda. — Claro, eu adoraria ajudar. Vamos sentar aqui.
Elas passaram a próxima hora juntas, e Momo notou que Dahyun estava mais relaxada, quase amigável. Elas conversaram sobre a lição de casa, mas também sobre coisas triviais, como música e filmes. Foi um momento simples, mas para Momo, foi significativo.
Na semana seguinte, a escola organizou um evento esportivo, onde várias competições e jogos eram realizados. Momo participou de uma corrida e, para sua surpresa, viu Dahyun na torcida, observando de longe. Quando a corrida terminou, e Momo saiu vitoriosa, ela viu Dahyun dar um pequeno sorriso antes de se virar e sair.
— Você está indo bem, Momo — comentou Jihyo, que tinha notado as interações. — Acho que Dahyun está começando a mudar, mesmo que lentamente.
— Eu espero que sim — Momo respondeu, sentindo um fio de esperança.
Os dias se transformaram em semanas, e Momo continuava a perceber pequenas mudanças no comportamento de Dahyun. Em vez de insultos diretos, Dahyun começou a fazer comentários mais neutros. Em vez de revirar os olhos, ela às vezes apenas olhava em silêncio. Momo sabia que esses pequenos sinais eram importantes, e continuava a agir com paciência e bondade.
Durante um ensaio para a peça de teatro da escola, onde ambos estavam envolvidos, Dahyun surpreendeu Momo ao defender ela de uma crítica injusta de um colega.
— Eu acho que Momo está fazendo um ótimo trabalho — Dahyun disse, sua voz firme. — Ela merece mais respeito pelo esforço que coloca.
Foi um momento de choque para todos, inclusive para Momo, que agradeceu com um sorriso.
Naquela noite, Momo estava novamente no jardim da escola, refletindo sobre os recentes eventos. Dahyun apareceu mais uma vez, parecendo um pouco nervosa.
— Oi, Momo — Dahyun começou, sentando-se ao lado dela. — Eu queria... eu queria me desculpar por como tenho te tratado. Eu sei que fui cruel e... isso não foi justo.
Momo olhou para ela, surpresa pela sinceridade. — Dahyun, eu sei que você tem suas razões. Eu só quero que você saiba que estou aqui para você, sempre.
Dahyun suspirou, olhando para o céu estrelado. — Eu sei. E eu... eu estou tentando mudar. Não é fácil, mas estou tentando.
Momo colocou uma mão gentilmente no ombro de Dahyun. — Você não está sozinha. Eu acredito em você.
Nos meses que seguiram, a mudança em Dahyun se tornou mais perceptível. Ela começou a ser mais gentil em público, suas palavras menos afiadas e suas ações mais consideradas. Ela ainda mantinha uma certa distância emocional, mas os momentos de amizade verdadeira entre ela e Momo se tornavam mais frequentes.
Durante um projeto de grupo em biologia, Dahyun e Momo foram colocadas na mesma equipe. Trabalharam juntas harmoniosamente, e Dahyun mostrou uma faceta mais colaborativa e aberta. Quando terminaram, Dahyun sorriu para Momo.
— Foi bom trabalhar com você, Momo — ela disse, sua voz carregando uma sinceridade que Momo raramente ouvira.
— Foi bom trabalhar com você também, Dahyun — Momo respondeu, sentindo que a amizade delas estava se fortalecendo.
No fim do semestre, durante uma festa na escola, Dahyun surpreendeu a todos quando, em vez de ficar com seu grupo usual, ela se aproximou de Momo e seus amigos. Passaram a noite conversando, rindo e se divertindo juntos. Foi um momento de conexão verdadeira, onde Dahyun permitiu que sua verdadeira personalidade brilhasse, mesmo que por pouco tempo.
— Acho que você realmente está mudando, Dahyun — Momo disse quando ficaram sozinhas por um momento.
— Estou tentando — Dahyun respondeu, sorrindo. — E muito disso é por sua causa. Você nunca desistiu de mim, mesmo quando eu não merecia.
— Você sempre mereceu, Dahyun. Só precisava acreditar nisso — Momo disse, segurando a mão dela.
E assim, entre desafios e triunfos, a relação entre Momo e Dahyun continuava a crescer. A mudança em Dahyun era lenta, mas genuína, um passo de cada vez. E Momo, com sua paciência e amor inabalável, estava determinada a continuar ao lado de Dahyun, acreditando que, no final, o amor verdadeiro prevaleceria.
À medida que o relacionamento entre Momo e Dahyun se aprofundava, elas começavam a desfrutar de momentos de intimidade e cumplicidade, compartilhando risos, segredos e até mesmo sonhos. No entanto, em público, elas mantinham uma postura mais reservada, conscientes dos olhares julgadores e dos possíveis ataques que poderiam enfrentar por estarem juntas.
Uma tarde ensolarada, enquanto Dahyun estava em sua aula de literatura, um mensageiro misterioso entregou uma carta para ela. Curiosa, Dahyun abriu o envelope e leu o conteúdo com crescente surpresa e preocupação. Seu coração começou a bater mais rápido ao perceber que sua vida estava prestes a mudar drasticamente. A carta informava que ela e suas amigas seriam convocadas para uma reunião urgente no Palácio no Egito, onde seu pai tinha um anúncio importante a fazer. E o que era ainda mais chocante era a menção de um casamento arranjado, uma tradição antiga que agora parecia estar voltando à tona. Dahyun sentiu um nó se formar em sua garganta enquanto lia as palavras escritas, tentando assimilar a magnitude do que estava por vir. Um casamento arranjado? Ela nunca imaginara que seu destino fosse ser decidido por outros, especialmente não dessa maneira. E agora, com o coração pesado, ela se perguntava o que isso significaria para seu relacionamento com Momo. Quando Dahyun contou a Momo sobre a carta e a convocação para o Egito, Momo ficou chocada e preocupada. Ela sabia que o casamento arranjado era uma prática comum em algumas culturas, mas ainda assim a ideia de Dahyun ser forçada a se casar contra sua vontade a deixava indignada.
No dia da partida, enquanto estavam a caminho do aeroporto, Momo segurou a mão de Dahyun com firmeza, tentando transmitir conforto e apoio silencioso. Elas trocaram olhares cheios de incerteza, mas também de determinação, prometendo enfrentar juntas qualquer desafio que surgisse em seu caminho.
No Palácio no Egito, a atmosfera era tensa e solene quando Dahyun e suas amigas foram recebidas pela família real. O anúncio do casamento arranjado foi feito oficialmente durante um jantar cerimonial, deixando Dahyun e Momo em estado de choque e confusão. Enquanto todos ao redor celebravam o compromisso, Momo sentiu-se como uma estranha no meio da multidão. Ela observava Dahyun, cujo rosto estava mascarado pela cortesia, mas seus olhos revelavam uma mistura de tristeza e resignação. Quando o jantar terminou, Momo se afastou discretamente, lutando para conter as lágrimas que ameaçavam cair. Ela se sentia impotente diante da situação, incapaz de oferecer a Dahyun o conforto e a segurança de que ela tanto precisava.
Foi então que Dahyun apareceu ao seu lado, sua expressão suave e determinada. Ela segurou as mãos trêmulas de Momo e olhou profundamente em seus olhos.
— Momo, nós somos mais fortes juntas. Essa situação é difícil, mas nós vamos superá-la, como sempre fizemos. — Dahyun disse com voz firme, transmitindo uma confiança renovada.
Momo olhou para ela, vendo a determinação nos olhos de Dahyun. Ela percebeu que, mesmo diante das adversidades, o amor delas era inabalável.
–Eu sinto que não sou suficiente pra você Dahyun, você é a princesa, vai se casar com alguém a sua altura, eu sou só uma górgona qualquer —Momo diz em uma voz baixa.
— Você é mais que suficiente para mim, Momo. — Dahyun continuou, sua voz suave e reconfortante. — Nada pode nos separar, porque nos unimos juntas.
Momo sentiu um calor reconfortante espalhar-se por seu peito enquanto absorvia as palavras de Dahyun. Ela percebeu que, apesar das incertezas do futuro, o amor que compartilhavam era sua força mais poderosa.
Abraçadas uma à outra, Momo e Dahyun enfrentaram o desafio que se avizinhava, sabendo que, juntas, poderiam superar qualquer obstáculo que a vida colocasse em seu caminho. E enquanto o sol se punha sobre o Palácio no Egito, elas se prometeram uma à outra que, acontecesse o que acontecesse, permaneceriam juntas, lado a lado.
Na imponente sala do Palácio no Egito, Dahyun confrontou seu pai, o faraó, cujo olhar severo refletia sua desaprovação.
-Pai, eu não posso simplesmente aceitar essa decisão! Meu coração pertence a Momo, e eu não posso me submeter a um casamento arranjado.-Dahyun esbanjava com pura raiva cada palavra.
-Você ousa desafiar a tradição de nossa família? Você sabe muito bem qual é o seu lugar, Dahyun. O futuro do nosso reino depende de alianças estratégicas, não de sentimentos efêmeros-Seu pai lhe responde com desprezo na voz repudiando cada ação de sua primogênita.
O encarando séria Dahyun o rebate. –Mas meu lugar é ao lado de quem eu amo! Eu não posso seguir adiante com isso!
O faraó, furioso, ergueu-se de seu trono, sua voz ecoando pelas paredes do palácio.
– Você trará desonra à nossa linhagem se persistir nesse caminho, Dahyun! Você precisa entender seu dever para com nossa família e nossa história! Suas emoções não podem se sobrepor à estabilidade e à segurança do reino.
–Eu entendo meu dever, pai, mas também entendo o valor do amor verdadeiro! Eu não posso e não vou me casar contra a minha vontade!
A tensão na sala era palpável, cada palavra pronunciada ecoando como um trovão no deserto. Dahyun estava determinada a lutar por seu amor, mesmo que isso significasse desafiar a autoridade de seu próprio pai, o faraó.
A tensão no Palácio no Egito atingiu níveis quase insuportáveis quando o faraó, determinado a separar Dahyun e Momo, tentou uma abordagem diferente. Ele convocou Momo para uma audiência privada, na esperança de persuadi-la a deixar Dahyun e abandonar qualquer esperança de um relacionamento com ela.
– Momo, minha jovem, entendo que você tem sentimentos por minha filha, mas deve compreender que esse amor não é viável. Se você desistir de Dahyun, eu posso garantir riquezas e conforto para o resto de sua vida. Você terá tudo o que desejar, desde que abandone essa tolice.
Momo, furiosa com a audácia do faraó em tentar comprar seu afeto, recusou-se a ceder.
–Como você ousa sugerir que eu possa ser comprada como uma mercadoria qualquer? Meus sentimentos por Dahyun são genuínos e não podem ser subornados ou negociados. Eu não aceitarei suas ofertas mesquinhas. Eu ficarei com Dahyun, não importa o que aconteça.
O faraó, enraivecido pela recusa de Momo, perdeu a compostura, e a discussão rapidamente se transformou em uma briga explosiva. Palavras afiadas foram trocadas, e o respeito mútuo desapareceu completamente.
– Você é uma tola, Momo! Não sabe o que está perdendo ao se apegar a uma ilusão!
– E você é um tirano, faraó! Sua ganância e sua arrogância só trazem sofrimento para aqueles ao seu redor!
O embate entre Momo e o faraó ressoou pelos corredores do palácio, causando uma comoção entre os servos e sacerdotes que ouviam a discussão. Mas, apesar das palavras cortantes e da raiva fervente, Momo permaneceu firme em sua determinação de proteger seu amor por Dahyun, custe o que custar.
O faraó, consumido pela ira e determinado a separar Dahyun e Momo, elaborou um plano cruel. Ele ordenou que Momo fosse levada para longe do palácio, mantendo sua localização em segredo, na esperança de fazer Dahyun acreditar que Momo a havia deixado.
Dahyun, devastada pela ideia de que Momo a abandonara, se viu mergulhada em um abismo de tristeza e solidão. Ela tentou negar seus sentimentos, convencendo-se de que Momo nunca a amara verdadeiramente.
–Como pude ser tão tola? Ela nunca amaria ter que viver essa vida, nunca que ela ficaria comigo aqui. É apenas a minha batalha…
Enquanto Dahyun sofria em seu próprio tormento emocional, suas amigas, alertadas para o desaparecimento de Momo, começaram uma busca desesperada para encontrá-la e trazê-la de volta. Elas vasculharam cada canto do palácio, questionando cada servo e investigando cada pista em sua busca incansável pela amiga desaparecida. E, finalmente, após horas de busca angustiante, elas descobriram o paradeiro de Momo, mantida em cativeiro em uma torre isolada nos arredores do palácio. Com determinação implacável, as amigas de Dahyun elaboraram um plano ousado para resgatar Momo. Elas aproveitaram as sombras da noite para se infiltrar na torre, evitando os olhos vigilantes dos guardas. Com habilidade e coragem, elas neutralizaram os guardas e abriram caminho até a cela onde Momo estava presa.
Momo, surpresa e aliviada ao ver as amigas de Dahyun, mal podia acreditar que elas haviam vindo resgatá-la. Com rapidez, elas libertaram Momo de suas correntes e a guiaram para fora da torre, correndo para a segurança dos portões do palácio.
Enquanto o amanhecer iluminava o horizonte, Dahyun, consumida pela dor da perda, viu-se cercada por suas amigas, que trouxeram Momo de volta para ela. Ela olhou para Momo, seus olhos cheios de lágrimas, enquanto a realidade de sua partida e retorno se desenrolava diante dela.
– Momo... Eu pensei que você tinha ido embora para sempre.
– Nunca, Dahyun. Eu nunca poderia deixar você. Eu estava sendo mantida longe de você, mas suas amigas me resgataram. Eu sempre estarei ao seu lado, não importa o que aconteça.
Com lágrimas de alegria e alívio, Dahyun e Momo se abraçaram, sabendo que, juntas, podiam superar qualquer obstáculo que o destino lhes reservasse. E enquanto o sol surgia no céu, iluminando um novo dia, elas sabiam que, com o amor e o apoio de suas amigas, nada poderia separá-las novamente. Após o resgate bem-sucedido de Momo, Dahyun decidiu confrontar seu pai, o faraó, uma última vez. Com determinação inabalável, ela marchou até o trono real, onde ele estava reunido com seus conselheiros.
–Pai, eu vim aqui para dizer adeus. Eu não posso mais ficar em um lugar onde meu coração é desprezado e meus sentimentos são ignorados. Eu escolho seguir meu próprio caminho, longe das restrições e da opressão desta corte.
–Dahyun, você não pode simplesmente virar as costas para sua linhagem e suas responsabilidades. Você está cometendo um erro terrível ao abandonar tudo o que lhe foi dado.
–Não é um erro, pai. É uma escolha consciente de buscar minha própria felicidade, mesmo que isso signifique abandonar tudo o que conheço. Eu prefiro viver livremente do que estar aprisionada em um casamento sem amor.
Com suas palavras finais dirigidas ao pai, Dahyun virou as costas para o palácio, deixando para trás sua antiga vida no Egito. Ela sabia que o caminho à sua frente seria difícil e incerto, mas ela estava determinada a seguir seu coração, mesmo que isso significasse enfrentar desafios desconhecidos.
Após meses do ocorrido, Momo inspirada, decidiu fazer uma declaração pública de seu amor. No meio de um festival na Escola Monster High, ela subiu ao palco diante de todos os alunos e professores, seu coração batendo forte de nervosismo.
– Pessoal, eu tenho algo importante para compartilhar com todos vocês hoje. Algo que vem do fundo do meu coração.
Com uma respiração profunda, Momo lançou um olhar determinado para Dahyun, que estava entre a multidão, observando com surpresa.
–Dahyun, desde o momento em que te conheci, meu mundo mudou. Você trouxe luz para minha vida, e eu não posso mais imaginar minha vida sem você. Então, hoje, diante de todos aqui, eu quero te pedir uma coisa.
Ela se ajoelhou diante de Dahyun, tirando um pequeno objeto de seu bolso.
–Dahyun, você aceita ser minha namorada?
Um murmúrio de antecipação percorreu a multidão enquanto todos aguardavam a resposta de Dahyun. Ela olhou para Momo, seus olhos brilhando com emoção, e depois para o objeto em sua mão. Com um sorriso radiante, ela se aproximou de Momo e o aceitou em sua mão.
–Sim, Momo. Eu aceito ser sua namorada. Eu escolho seguir meu coração e estar ao seu lado, não importa o que aconteça.
Com lágrimas de alegria e aplausos da multidão, Dahyun e Momo se beijaram selando seu amor diante de todos. E enquanto o sol se punha sobre o festival, eles sabiam que estavam prontos para enfrentar o futuro juntos, com coragem, determinação e, acima de tudo, amor.
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