Depois de um tempinho com Naruto conversando com Neji e os alfas calados, as vezes trocando olhares, Naruto ouviu de longe um "Me dá, eu quero falar com o papai, me dá"
— Oi papai, como foi a viagem?
— Viagem?
— É, o pai falou que você viajou pra trabalhar, já chegou? Eu já posso voltar pra casa? Sabia que o Mitsu dormiu aqui ontem?
— A-ah claro, uma viagem, pede para o seu pai te trazer porque eu estou cansadinho. – Franziu o cenho vendo os dois alfas disputando quem ficaria com a mão em sua barriga.
— Eu vou pedir.
— Boruto, não pule no sofá. – Ouviu Neji dizer de longe.
— Se arruma logo e vem me ver, não pule no sofá do seu pai, ele vira uma fera. – Puxou o cabelo de Sasuke antes que ele mordesse a mão de Itachi.
— Ele não consegue ficar bravo comigo papai. – Falou convencido.
Depois de um tempo converasando com o filho, desligou o celular e ficou esperando algum dos dois iniciarem uma conversa, pois estavam olhando pra sua cara como dois retardados.
— Se quiserem tirar uma foto minha pra adimirar mais tarde, pode.
— É que você é lindo. – Itachi falou e Sasuke grunhiu.
— Só porque eu ia dizer isso, está lendo mentes agora?
— Que pena, mas eu falei primeiro.
— Tá bom, calem a boca. – Falou alto trazendo a atenção deles para si novamente.
— Eu tenho que ir agora, vou passar no escritório e ver algumas coisas. – Recebeu um beijo de Itachi, concordou com a cabeça vendo ele se levantar e consertar a roupa. — Qualquer coisa, me liga e eu venho na hora.
— Tá... – Sasuke também o beijou de repente.
— Eu também já vou, provavelmente Mikoto vem te ver. – O alfa mais novo também se levantou.
— Certo, podem ir, eu também tenho umas coisas pra resolver antes do Boruto chegar.
Demorou mais dois minutos para Naruto ficar sozinho em casa. Com dificuldade, se levantou e andou até às escadas pensando se vale a pena mesmo subir elas.
— Eles acabaram comigo. – Falou baixinho e subiu as escadas do jeito que pôde.
Entrou no quarto, já arrumado, e foi direto para mesa de trabalho, sentou na cadeira giratória e ligou o notebook. Enquanto ele ligava, aproveitou para ligar para seu braço direito.
— Eita, a coisa foi boa né? Está andando?
— Se você estivesse aqui agora, iria ganhar um soco inglês no meio da cara.
— Puts, soco inglês? Onde aprendeu isso?
— Ah, Boruto que me ensinou.
— Nem estou surpreso.
— Então Sai, como estão as coisas aí, depois que eu fiquei uma semana fora?
— Tivemos muitos pedidos, o que é normal, recusei alguns porque a cliente não queria pagar o real valor que foi cobrado.
— E o que ela pediu?
— Como era para o aniversário de 15 anos da filha dela, pediu vestido de debutante, roupa pra ela, pro marido, vestidos iguais para amigas da menina, e alguns outros que eu te mando daqui a pouco, e tudo isso, escolhendo os nossos modelos e não quis pagar, então eu rejeitei.
Naruto suspirou, não era a primeira vez que isso acontecia.
— Tá, tudo bem, me manda tudo e eu vou dar uma olhada, me manda os que você aceitou também.
— Sim chefinho.
— E amanhã eu vou na sua casa.
— O QUE? V-você vai pra minha casa? A-amanhã?
— É, amanhã, algum problema?
— Não, q-que isso, pode ir sim.
— Hmmm, ok então pode me esperar.
— PAPAI!
— Acho que meu bebê chegou, beijo, te ligo depois. – Desligou e se levantou, ignorando o incomodo, saiu do quarto.
Assim que olhou para abaixo das escadas, viu Boruto pulando e rodando no meio da sala, e Neji encostado na parede, desceu o mais normal possível, revirando os olhos ouvindo Neji rir.
— Está em pé?
— Só não te dou uma resposta porque Boruto está aqui. – Bagunçou os cabelos do filho quando ele abraçou suas pernas.
— Papai como foi a viagem? Touxe presentes? – Naruto o carregou com dificuldade.
— Não, eu estive trabalhando, não tive muito tempo pra sair e comprar um presente. – Apertou o biquinho que Boruto fez.
— Trabalhando muito duro? – Neji.
— É Neji, cala a boca por favor? – Olhou enfurecido para o alfa.
— Não falei nada demais. – Se jogou no sofá, fingindo inocência.
Ouviram a campainha tocar e Neji se voluntariou para atender. O ômega sentou no sofá ainda com o filho nos braços, o apertou ouvindo ele reclamar.
— Eu fiquei com saudade. – Falou com uma voz fina fazendo Boruto rir e segurar suas bochechas com as duas mãos.
— A gente vai jogar videogame o dia todo hoje, não é papai?
— Va–
— Não, hoje ele tem atividade pra fazer, só joga quando terminar. – Neji falou colocando as chaves do portão no lugar.
Naruto olhou para o filho vendo ele fazer sua carinha chorosa.
— Só hoje, porque eu estou com saudades. – Boruto abriu um sorriso e saiu do colo do pai, começando a pular no sofá.
— Você mima ele demais.
— Quem era no portão? – Mudou de assunto.
— Já está vindo. – Apontou para porta e Naruto ficou olhando esperando algum ser aparecer.
— Oi. – Uma cabeleira negra apareceu ali, logo entrou por completo.
— Vovó Mikoto. – O pequeno correu para a ômega que se derretia toda vez que era chamada de vovó.
— Meu neném, já está de volta hm? – Beijou a bochecha gordinha do menor.
— Estou!
— Naruto, como está? Vim ver se estava bem. – Se aproximou segurando a mão do loiro maior.
— Sabia que o papai viajou? – Boruto pulou na frente de Mikoto.
— V-viajou? – Naruto fez sinal pra ela concordar, só assim ela entendeu. — Ah, sim, eu sei que ele viajou, ainda bem que voltou não é?
— Sim. – Boruto gritou correndo por todo canto da casa fazendo os ômegas rirem pela velocidade que o mini Naruto corria.
Neji apenas cochilava no sofá ignorando tudo.
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