— Então quer dizer que você está apaixonado...
— É.
— Pode me dizer quem é o alfa suicida que fez meu bebê chorar?
Naruto estava deitado entre as pernas do pai na cama dele, enquanto Minato fazia carinho em seus cabelos.
— "Quem é" não. "Quem são"
— "São?" É mais de um? Não acredito... – Minato estava surpreso.
— É, poisé, nem eu.
— É do trabalho?
— Não.
— Não me diga que é aquele menino Sasuke e o outro irmão que eu vi no aniversário do Boruto?
— Acertou. – Falou com a voz fraquinha.
— Me conte tudo, pode ser? Eu vou te ouvir como sempre.
Naruto resmungou e começou a contar sua parte, e o que os alfas falaram. Quando terminou, ia começar a chorar de novo mas Minato o abraçou o fazendo engolir o choro.
— Eles não negaram seus sentimentos, como você mesmo disse, eles pediram um tempo pra pensar, vai ser bom pra você também pensar se é isso que você realmente quer. – Minato falou ainda abraçado ao filho.
— Faz sentido, não pensei por esse lado. – Naruto limpou o rosto. — Meu corpo já pede a marca dos dois, sabia?
— Mas um motivo pra você se dar um tempo pra pensar também.
O mais novo concordou e sorriu fraco.
— Quando Boruto melhorar, eu e ele vamos sair muito pra passear.
— Vai sim, pretende ficar quanto tempo aqui?
— Não sei... Um mês, talvez. – Se separaram e na mesma hora, Kushina entrou, tinha escutado boa parte, mas não falaria nada.
— Um mês aqui? Acho ótimo, você faz falta para seus amigos que moram aqui. – Kushina comentou.
— Eu sei disso. – Naruto susurrou fechando os olhos lentamente.
— Vem Mina, deixa ele dormir ai. – Kushina esticou a mão, Minato deixou um último beijo pra depois sair do quarto com a ruiva.
(...)
Naruto acordou sentindo seu rosto sendo acariciado.
— Oi.
Abriu os olhos e sorriu ao ver quem estava ali.
— Já chegou? Quando?
Sentou na cama e Neji sentou na ponta.
— Faz quinze minutos, Boruto continua dormindo, mas sem febre. – Neji falou sorrindo orgulhoso, seu filho era forte. — E você está bem?
— Sim, melhor depois de conversar com meu pai. – Naruto sorriu pegando uma mecha do longo cabelo do alfa. — Acha que seria mais fácil se nós dois fossemos apaixonados um pelo outro?
— Talvez, mas ninguém manda no coração. – O loiro concordou. — Vou ter que ver meu pai agora, ele quer falar urgente comigo, quando Boruto acordar, leva ele lá.
— Pode deixar.
— Tem falado com ele?
— Ele quem?
— Ele.
— O Kiba?
— Não, Ele.
— Ah, não muito. Ele ainda tenta puxar assunto comigo, eu respondo uma coisa ou outra mas não dou muita bola. – Fez bico.
— Porque não fazem as pazes? Sabe, ele não queria dizer aquilo–
— Eu sei, mas doeu. A gente se fala, mas não como antes, quem sabe se ele resolver aparecer, podemos ter uma conversa de verdade. – Cruzou os braços.
— Tem razão, vou falar com ele–
— Quero que ele apareça por vontade própria.
— Aí, tá bom. – Se aproximou deixando um beijo rápido na bochecha do ômega. — Eu já estou indo, se cuida, qualquer coisa me liga.
— Tá.
Neji saiu do quarto na intenção de ir para a casa do pai. O mais interessante que aonde os pais do loiro moravam, era perto de tudo, os Hyuuga moravam a cinco ruas dali, os amigos de Naruto moravam um pouquinho de nada mais longe, mas ao mesmo tempo, era perto.
Se levantou saindo do quarto dos pais e entrando no seu, procurou uma roupa em seu antigo guarda roupas e a pegou, precisava de um banho para acordar de verdade e ficar mais leve, ficar chorando pelos cantos não ia adiantar em nada.
(...)
— Já acabei. – Boruto empurrou o prato e correu para a sala.
— Eu acho que você já está bom, tá até correndo. – Minato foi atrás do neto vendo ele correr em volta da mesa de centro
— Estou mesmo, eu quero ver logo o vovô Hiashi, e comer muito bolinho.
— Já estou pronto. – Naruto desceu as escadas todo arrumado e com as chaves do carro na mão. — Vamos? Seu pai está lá também.
— VAMOS!! – Boruto abraçou Minato depois correu pra fora da casa.
— Vá com cuidado. – O mais velho avisou, Naruto mandou um tchauzinho e depois saiu da casa dos pais, vendo Boruto abraçando uma mulher.
— Anko?
A ômega se levantou e foi abraçar Naruto.
— Meu deus, a quanto tempo? Esse menino já está enorme. – Naruto retribuiu.
— É mesmo, o que faz aqui? Cadê a vovó Tsunade? – Se separaram.
— Plantão no hospital a semana toda, eu vim falar com o Minato por ela. – Sorriu ainda olhando para Boruto.
— Entendi, ele está lá dentro, agora eu tenho que sair.
— Certo, vá com cuidado, foi bom te ver de novo. – Acenou para o loiro.
— Foi mesmo.
Anko é filha adotiva de Tsunade, Minato era o filho biológico, e como irmãos, se davam muito bem.
Boruto entrou no carro todo elétrico, sinal de que ele estava bem de verdade.
— Prende a cadeirinha. – Boruto obedeceu sentindo o carro começar a se movimentar.
— Será que o vovô vai me reconhecer?
Naruto fingiu pensar.
— Acho que não, você já está enorme. – Boruto sorriu orgulhoso de si mesmo.
— Acelera o carro papai. – Naruto negou. — Vamos comer Lamen naquele tio?
— Vamos.
— E no parquinho?
— Também.
— E ir na casa da tia Sakura?
— Sim.
— Da tia Ino?
— Claro.
— Do vovô Jiraya?
— Ele está muito ocupado, então acho que não.
Boruto choramingou mas depois abriu um sorriso ao ver a casa do avô, era perto, já tinham chegado, Naruto se perguntava porque não veio andando.
Naruto destravou o carro e na mesma hora viu Boruto pular pra fora dele, suspirou e saiu também vendo o filho pulando na frente do portão, o que Minato tinha colocado na comida desse menino?
— Vai logo papai!!
— Pra onde?
— Eu não consigo apertar a campainha. – Então era por isso que ele estava pulando? Naruto riu e carregou ele para ficar na direção do botão, ele apertou com o dedinho e depois ficou quieto do lado do pai.
Escutaram o portão sendo aberto, um alfa sério e carrancudo apareceu, mas logo a face seria se foi dando lugar para um sorriso grande de vovô babão.
— VOVÔ! – O menino foi pego no colo pelo avô.
— Meu garoto, olha como você está grandão.
— Papai disse que você não ia me reconhecer. – O homem olhou para Naruto que estava parado no mesmo lugar.
— Eu tenho uma boa memória. – Sorriu dando espaço para o ômega entrar.
— Como vai, senhor Hiashi?
— "Senhor?" Desde quando me chama assim? Cadê o "tio" Vamos, me dê um abraço. – Naruto o abraçou deixando Boruto esmagado no meio dos dois. — Você também mudou bastante, filho. – Disse carinhoso.
— Você não sabe o quanto.
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