História Amor Platónico... - ...Bem Real

- Não acho que isso seja uma boa ideia- Disse Hermione- Apesar de tudo, ela não passa de um fantasma.

- Até tu, Hermione?!- Espantou-se Harry- Pensei que fosses mais compreensiva.

- E até sou- Confirmou a rapariga - Mas existem mais pessoas ''vivas'' que se interessam por ti.

- Sim, aqueles que se aproveitam de mim por ser famoso- Continuou Harry.

- Não- Negou Ron, que tinha acabado de chegar- Existem pessoas que não se aproveitam de ti.

- Sim, tu e a Hermione- Disse o rapaz de cabelo preto.

- E não só- Concluiu a rapariga de cabelo encaracolado- A Ana Afonzo também se interessa por ti e toda a gente sabe que não é por seres famoso.

 Houve um momento de silêncio.

- Ela uma vez veio falar comigo- Disse Harry- E disse que gostava de mim mas não lhe cheguei a dar uma resposta.

- Então aproveita agora para ir falar com ela- Aconselhou Hermione.

- Sim, vou falar com ela- Confirmou o rapaz da cicatriz- E a seguir vou ter com a Myrtle à casa de banho dos Perfeitos.

 Harry saiu da sala comum dos Gryffindor e encontrou Ana.

- Oi, Ana- Começou o rapaz- Tudo bem?

- Mais ou menos e tu?- Respondeu a rapariga- Precisas de alguma coisa?

- Queria esclarecer o que aconteceu à uns dias. Tens tempo para me ouvir?

- Diz- Respondeu Ana, após um momento de silêncio.

- Lembraste de vires ter comigo, dizer-me que gostavas de mim e eu não te ter dado uma resposta- Começou Harry- Bem, a verdade é que agora tenho a tua resposta.

 Mais um momento de silêncio.

- Não te quero criar ilusões para depois virem as desilusões portanto vou ser o mais direto possível- Continuou o rapaz- Tu tens sido uma grande amiga e tens-me ajudado bastante só que eu não consigo sentir por ti o mesmo que tu sentes por mim. Desculpa.

- Não há problema- Disse Ana- Desde que sejas feliz, também fico feliz por ti.

- Obrigado por compreenderes- Agradeceu Harry, abraçando a rapariga.

 Saiu dali a correr para a casa de banho dos Perfeitos ao mesmo tempo que Ana entrava na Sala Comum.

 

[Casa de Banho dos Perfeitos]

- Estás aí, Myrtle?

- Claro, Harry- Respondeu Myrtle, aparecendo- Demoraste um pouco.

-Tive de resolver um assunto com a Ana- Disse o rapaz de cabelo preto.

- Aquela rapariga que disse que gostava de ti?- Foi a vez de Myrtle fazer uma pergunta.

- Sim- Confirmou Harry.

 O rapaz começou a despir-se e entrou na banheira já preparada..

 Myrtle encostou-se a ele, logo de seguida.

 

 [Sala Comum dos Gryffindor]

- Então, Ana?- Perguntou Hermione, vendo a amiga a chorar- O que se passa?

- O que fiz eu de mal para que o Harry não veja o que faço por ele?- Quis saber a rapariga que tinha acabado de falar com o rapaz.

- Tu não fizeste nada de mal, Ana- Disse Ron- Ele simplesmente pensa que pode namorar com um fantasma.

- Um fantasma?!- Exclamou Ana- Que história é essa?

- Boa, Ron!- Disse Hermione, sarcasticamente- Não era suposto ela saber. Combinámos com o Harry que a iríamos poupar a um grande sofrimento.

- Peço desculpa se da minha boca só saem verdades!- Defendeu-se o rapaz de cabelo ruivo.

- Queres tu ter a honra de lhe contar a história do amor platónico do Harry?- Perguntou a rapariga de cabelo encaracolado, desapontada.

- Bom...Vou tentar ser o mais breve possível - Começou Ron- O Harry e a Myrtle estão numa espécie de namoro.

- Como é que é?!- Escandalizou-se Ana- Isso é praticamente impossível! Quando é que começou?

- No inicio deste ano- Respondeu Ron.

- Não é ao ''pseudo-namoro'' a que me refiro- Corrigiu Ana- É...

 Sem acabar a frase, Hermione respondeu.

- Desde o segundo ano- Disse a rapariga de cabelo encaracolado.

 Harry voltou e os três amigos ainda estavam a conversar.

- Voltei- Disse o rapaz.

 Todos se viraram.

- Como foi o teu encontro com a Myrtle?- Quis saber Ana.

 O rapaz fez uma cara de espanto.

- Não faças essa cara- Pediu a rapariga- Eu já sei de tudo.

 Dirigiu-se para o dormitório mas antes parou.

- Já agora- Concluiu Ana- Não me precisavas de omitir isto. Eu iria compreender.

- Quem teve a brilhante ideia de lhe contar o que se passava entre mim e a Myrtle?- Perguntou Harry, um pouco zangado.

 No dia seguinte, Ana chegou ao Salão mas não se sentou perto dos amigos.

- Ela ficou mesmo magoada por não teres sido completamente sincero com ela- Afirmou Hermione.

 Catarina Fernandez foi ter com a sua prima e saíram as duas do Salão.

 

[ Catarina e Ana]

- Que se passa, prima?- Quis saber a rapariga Slytherin- É alguma coisa relacionada com o Harry?

- Sim- Confirmou Ana- Ao que parece, ele ''anda'' com a Myrtle.

- WOW!- Espantou-se Catarina- Isso é muito estranho.

- Será que me podias ajudar a descortinar o que fazer?- Pediu a prima de Catarina.

- Vou ver o que consigo fazer alguma mas não prometo nada.

- Obrigada, prima!- Agradeceu Ana.

 Apareceram duas pessoas para irem buscá-la.

- Já está na hora da aula- Disse Hermione- É melhor não chegarmos atrasados.

[Aula de Poções]

- Tenho uma noticia bombástica, Draco!- Começou Catarina.

- O que se passa?- Perguntou-lhe o rapaz.

- Acabei de descobrir que a Myrtle e o Harry estão num ''pseudo-namoro''!- Explicou a rapariga, num sussurro.

 Draco ficou bastante espantado e ia para dizer alguma coisa mas Snape silenciou a aula.

- Miss Fernandez, parece que hoje está um pouco faladora de mais- Disse o professor de Poções.

-Peço imensa desculpa, professor- Pediu Catarina-  Não volta a acontecer. Prometo.

 Após uma hora, a aula acabou e todos saíram da masmorra.

- Olha, eu vou ter com a minha prima a fim de sacar mais alguma informação- Disse Catarina- Na sala comum conto-te tudo.

 

[Pátio]

- Desculpa o atraso, priminha!- Disse a rapariga Slytherin- O Snape teve a dar-me um sermão pelo que aconteceu no início da aula.

- Não há problema- Começou Ana- Podes vir sentar-te comigo perto do lago para te informar sobre o resto da situação e para assim poderes ajudar-me um pouco melhor?

- Claro- Aceitou Catarina.

 Ana e a prima foram sentar-se a rapariga Gryffindor contou a Catarina tudo o que sabia acerca daquele assunto.

- Onde se meteu o Harry?- Perguntou Ron- Desde a aula de Poções que está desaparecido e se continuar assim, vai faltar à aula de Herbologia.

- Onde achas que estará?!- Disse Hermione- Com a Myrtle!

 

[Casa de Banho 2º Andar]

- Sabes...- Começou Myrtle- Estou desejosa que chegue o dia em que tu venhas viver comigo para este castelo.

- O dia há-de chegar- Disse Harry- Mas tens de ser paciente, por favor. Deixa-me acabar os estudos.

- Oh sim! Eu deixo, claro!- Aceitou Myrtle- Já agora, que estás a ler?

- O que vamos dar este ano a Herbologia- Respondeu o rapaz de cabelo preto.

 De seguida olhou para as horas.

- Oh meu deus!- Exclamou Harry- Tenho de ir! Até logo, Myrtle! Amo-te!

 Saiu a correr e quando chegou, chocou contra alguém

 

[Estufas]

- Vê-la por onde andas!- Gritou Catarina- Sujeitaste-te a ser amaldiçoado se me apanhares num dia ''bom''.

- E se for num dia ''mau''?- Perguntou Harry, tendo uma súbita ideia.

- Talvez te lance uma maldição de Morte- Respondeu a rapariga Slytherin.

- Fica o aviso dado- Concluiu Harry.

- Todos para dentro- Ordenou a professora de Herbologia.

Harry foi ter com Hermione e Ron.

- Acabei de ter uma excelente ideia- Comunicou aos amigos.

- Do que te lembraste agora?- Perguntou Ana, que se encontrava no grupo ao lado- De morreres de propósito para ires com a Myrtle?

- É isso mesmo!- Confirmou Harry- Como sabias?

- Silêncio aí atrás, Mr Potter e Miss Afonzo- Pediu a professora de Herbologia.

 Ambos pararam de falar e, a seguir, quem continuou a conversa foi Hermione.

- Tens a certeza disso?- Perguntou a rapariga de cabelo encaracolado, um pouco preocupada.

- Absoluta, Hermione!- Confirmou Harry.

- Quando?- Quis saber Ron.

- Possivelmente quando acabar o 7º Ano- Explicou o rapaz da cicatriz.

- Ao ouvir isto, Ana derrama uma lágrima.

- Vai existir muita gente a não concordar com essa ideia, sabes disso não sabes?- Concluiu Hermione, antes de a mandarem calar.

 Acabou a aula e Ana saiu disparada para fora das estufas.

- Considera essa tua ideia antes de magoares mais pessoas, por favor- Pediu a amiga de Harry.

- O que eu mais quero é estar com a Myrtle e faço tudo o que for necessário nem que a Morte seja um desses caminhos- Disse Harry- Desculpem malta mas espero este momento à demasiado tempo para depois não se concretizar. Se precisarem de mim, já sabem onde me encontrar.

 Entretanto, Catarina decidiu ir falar com o diretor da escola.

 [ Gabinete do Diretor]

 Catarina bate à porta.

- Pode entrar- Autorizou Dumbledore.

- Bom tarde, Diretor- Cumprimentou Catarina.

- Bom tarde, Miss Fernandez- Disse Dumbledore- Precisavas de alguma coisa?

 

- Estou preocupada com a minha prima- Começou a rapariga Slytherin.

- Acerca da relação do Harry com a Myrtle?- Pergutou Dumbledore.

- Eu não sei o que fazer- Lamentou-se Catarina- Quero ajudá-la mas não sei como.

- Sabes sim- Continuou o diretor- A professora de Herbologia veio-me informar de que alguém ameaçou um estudante com um Maldição de Morte. Aposto que foste tu.

- Sim, fui- Confirmou a namorada de Draco.

 Houve um silêncio durante 5 minutos.

- Está a dizer que devo apenas ajudar o Harry?- Catarina estava confusa- Eu odeio-o!

- Está na hora do almoço- Concluiu Dumbledore- Porque não vais ter com o Draco ao Salão? Até lá podes pensar no que fazer a seguir.

 

[Hall de Entrada]

 Quando Ana encontra a prima a entrar no salão, vai ter com ela.

- Então?- Começou a rapariga Gryffindor- Há progressos?

- Sim- Confirmou Catarina- Sabendo como és, não vais gostar da ideia mas acho que é o melhor a fazer.

 Foram sentar-se nas escadas que davam acesso aos andares de cima.

- Pronta?- Perguntou a prima de Ana.

- Sim- Respondeu a outra rapariga.

- É assim... Quando duas pessoas se amam mutuamente, é praticamente impossível romper esse vinculo- Explicou Catarina- E é o que acontece com o Harry e a Myrtle.

- E quais são as alternativas que tenho?- Quis saber Ana.

- Tens duas- Continuou Catarina- Uma delas é ajudares o Harry, matando-o e ele, assim, fica feliz para o resto da sua vida mas tu não porque o mataste. A segunda é começares a conviver com mais gente, esquecendo-o assim tudo o que se passou com ele. No ínicio vai ser um pouco complicado mas com o tempo habituaste.

- Obrigada, prima- Agradeceu Ana- Vou pensar nisso.

 Entraram as duas no Salão e cada uma foi para a sua mesa respetiva.

[Mesa Slytherin]

- Demoraste um bocado- Disse Draco, ao ver a namorada.

- Desculpa- Pediu Catarina- Tive a falar com o Diretor e a minha prima veio ter comigo.

- Sempre vais fazer o que planeavas?- Quis saber Draco- Sabes que isso tem graves consequências...

 

[Mesa Gryffindor]

- Ainda bem que vieste, Ana- Começou Hermione- Precisavamos de falar contigo.

- O que se passa?- Perguntou a rapariga.

- Nós achamos que a tua prima se está a aproveitar da tua situação- Explicou Ron.

- Porque dizem isso?- Estranhou Ana- Para que saibam, a Catarina sempre me ajudou nestas situações.

- Eu acredito nisso mas tens de admitir que ela mudou quando entrou para os Slytherin e conheceu o Draco- Disse a rapariga de cabelo encaracolado- Alguma vez a ouviste a ameaçar alguém?

- Ela nunca fez isso!- Escandalizou-se Ana.

- Pensas tu!- Continuou Ron- Hoje, antes da aula de Herbologia, o Harry chocou com a Catarina e ela ameaçou-o, dizendo que o amaldicioava se estivesse num ''bom dia'' e que lhe atirava com uma Maldição de Morte se estivesse num ''dia mau''.

 Ao acabar de ouvir aquilo, sai disparada do Salão e encontra Catarina frente a frente com Harry.

 A sua prima está com a varinha erguida e Harry com os braços abertos, pronto a morrer.

Catarina verbaliza um ''Avada Kedrava'' e um feixe de luz verde sai da varinha, atingindo o rapaz.

- Agora sim, vamos ficar juntos, Myrtle- Foram as ultimas palavras de Harry- Para sempre.

 A rapariga Slytherin afastou-se e Ana ficou ao lado do corpo do seu amado.

 Mais gente começou a chegar e todos faziam uma roda à volta deles.

 O diretor chegou, juntamente com a chefe de equipa dos Gryffindor, Minerva McGonnagal.

- Afastem-se todos, por favor- Ordenou Dumbledore.

Todos criaram um caminho para eles passarem.

- Oh meu deus!- Exclamou Minerva- Quem fez isto em pleno dia mesmo no meio da escola?

- Talvez a Miss Afonzo nos saiba dar a resposta.

- N... Não sei professor- Disse Ana, no meio de soluços- A..Apenas o en..encontrei aqui estendido no ch...chão.

- Miss Granger- Chamou o diretor- Vá chamar a Madame Promfrey e diga que estamos todos no hall.

 McGonnagal dispersou todos os alunos para as salas comuns.

 Passados dez minutos, Madame Promfrey chegou e quase tinha um ataque de coração.

- Não me digam que este é...é... o Har...Harry Potter!- A enfermeira não conseguia falar.

- Infelizmente é- Confirmou Dumbledore- Minerva, leve o rapaz até à enfermaria  com a Madame Promfrey, por favor. Eu vou falar com a Miss Afonzo.

 

[Gabinete do Diretor]

- Foi a Miss Fernandez que fez isto, não foi?- Perguntou o diretor.

- Como é que sabe?- Estranhou Ana.

- Ela veio falar comigo antes do almoço- Explicou Albus.

- Então já estava à espera disto, não era?- Perguntou a rapariga- Vai fazer-lhe alguma coisa?

- Vou pensar no assunto mas é muito provável que faça alguma coisa a não ser que a Miss Afonzo mude o futuro e faça com a Myrtle não seja morta e possa viver o tempo que devia.

- Isso não seria abusador- Perguntou Ana.

- Pense no caso e depois dê-me uma resposta- Concluiu Dumbledore.

 

 Os dias passaram e realizou-se o funeral de Harry.

- Pensaste no que o diretor te disse?- Quis saber Hermione- Sim- Confirmou Ana- E a resposta que lhe darei será ''não'' porque o Harry está feliz com a Myrtle e eu fico feliz pelos dois.