Luan.
Alguns dias tinham se passado, e eu me obriguei a comparecer uma consulta com a obstetra de Jade. Essa era a parte ruim, por outro lado, Ana e eu estávamos cada vez mais próximos, eu a sentia mais solta e confortável comigo. Não estávamos juntos, porém eu arrisco dizer que já tinha me apegado. Tivemos que contar isso para a Bruna ou seria ameaçado de morte, e ela estava nos deixando loucos.
- A dra pode ser breve? Ainda tenho compromissos hoje. – pedi a médica e Jade e olhou com cara feia.
- Oh, sim. Senhorita Jade, você está com quase quatro semanas, um mês de gestação. É muito cedo para dizer algo, mas tudo parece normal.
- Ótimo. – sorri forçado. – É possível fazer um teste com o bebê ainda na barriga?
Ambas pareceram se espantar com meu questionamento, e a médica responde desconcertada:
- É possível a partir dos três meses, o bebê ainda não está formado, seria arriscado para a criança e para sua... ahn, esposa?
- Não somos mais casados, Luan quis o divórcio. – Jade deu uma de vítima. – E eu não vou deixar que você coloque em risco a vida do meu filho! Entendeu? – ela se levantou bruscamente e saiu andando. Não me dei ao trabalho de ir atrás dela, peguei meu carro e fui embora. Se o problema era tempo, eu esperaria a criança nascer. Agora eu tinha coisas mais interessantes para fazer, e isso envolvia a Ana.
Ana.
- Já posso abrir os olhos? – perguntei desconfiada enquanto estava com o Luan.
- Sim, pode. – ele respondeu e o observei tirar um envelope do bolso e me entregar.
- O que é isso? – hesitei. Se fosse dinheiro, eu não iria aceitar.
- Isso é o convite para você participar do coquetel da nova coleção do Frank e das modelos dele, ele mandou te chamar por conta própria, juro que não tem meu dedo nisso.
- Está falando sério? – fiquei surpresa.
- Estou, Frank tem interesse até demais por você. – ele entortou o rosto e eu ri.
- Está com ciumes? – o provoquei.
- Ciumes? Claro que não. – ele me puxou para seus braços. – Até porque pretendo te fazer minha.
Eu não sabia o que responder quando ele falava coisas desse tipo pra mim, então o beijava e foi o que fiz. Henrique estava mais do que feliz por mim, e eu queria que ele também se acertasse com sua ex.
- Vamos jantar? Preparei lasanha.
- Se eu já não estivesse apaixonado, diria que você está tentando me conquistar pelo estômago. – ele brincou e eu revirei os olhos.
- Bobo. – murmurei.
{...}
- Para, Luan! – eu ria descontroladamente e tentava me esquivar. – Você tá me sujando toda de molho.
- Acho que vou ter que te atacar de outro jeito. – ele começou a pressionar minha barriga e fazer cócegas. Lágrimas molhavam meu rosto de tanto que eu ria e quanto mais implorava para ele parar, mais ele fazia.
- Você está judiando demais de mim, não sei se consigo manter uma relação com uma pessoa assim. – fingi uma cara feia e tentei arrumar meu cabelo que estava desgrenhado.
- Ana, me perdoa. – Luan parou de sorrir e se ajoelhou na minha frente, fazendo carinho no meu rosto.
- Ei, tá tudo bem, eu só tava brincando. – o tranquilizei, recebendo um beijo na testa.
- Vai trocar de roupa. – ele falou convencido.
- Que? Tem noção de que horas são? Aonde vai me levar?
- É surpresa, vai trocar de roupa, não está tão tarde assim.
Luan.
Coloquei Ana ao meu lado e dirigi até a casa dos meus pais, ok, era tarde, mas não pro que eu pretendia fazer. Eu não podia mais esperar. Ouvia a respiração desregulada dela ao meu lado antes que eu tocasse a campainha, sabia que isso estava lhe deixando nervosa. Meus pais nos receberam, e Bruna esticou o corpo na escada, ambos de pijama.
- O que vocês estão fazendo aqui, meus filhos? – mamãe pareceu preocupada.
- Está rolando uma festinha do pijama e nós ficamos de fora? – mudei de assunto para descontrair.
- Não é isso... – meu pai disse. – Entrem.
Bruna desceu e nos abraçou, fazendo com que meus pais ficassem com expressões confusas no rosto, Ana também não entendia nada.
- Eu trouxe a Ana aqui de surpresa, porque achei que estava mais na hora de fazer uma coisa. – falei e minha mãe arqueou a sobrancelha. – Mãe, Pai, conhecer a Ana foi a melhor coisa que já me aconteceu. Estou tão apaixonado por ela, quanto ela por mim.
- Eu já sabia! – Bruna soltou um gritinho.
- Eu quero saber se vocês me dão autorização para namorar a Ana? – questionei. Houve um silêncio breve, meus pais se entreolharam e sorriram.
- Claro que damos! Sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. – meu pai falou.
- Vocês não imaginam o quanto combinam juntos, o quanto parecem felizes. Vocês tem nossa benção. – minha mãe disse e Ana estava muda ao meu lado, sua mão apertando a minha.
- Só temos um problema, Ana. Você aceita namorar com o Luan? – Bruna perguntou.
- Isso é pergunta que ainda se faça? – ela estava com a voz embargada. – Claro que aceito!
- Isso é tão lindo, eu quero muito que vocês cuidem um do outro.
- Vou cuidar dela, pai. Ana é a coisa mais importante pra mim agora. – beijei sua bochecha.
{...}
- Vamos dormir aqui? – pedi, ainda estávamos na casa dos meus pais e realmente tinha ficado tarde.
- Acho que essa é nossa única solução. – ela murmurou sonolenta e a aconcheguei em meus braços.
Ela tinha ficado linda com uma camiseta antiga minha que cobria até metade de suas coxas e se esquentava em mim.
- Quero um beijo de boa noite da minha namorada. – disse.
- Hmmm, boa noite, meu amor. – ela me beijou e por instinto, minhas mãos percorreram a extensão de suas pernas, quase levantando a blusa e ela se afastou. – Não, Luan. – seu peito subia e descia, e ela evitava olhar nos meus olhos.
- Eu não queria ir com pressa, me desculpe. É difícil me controlar com você desse jeito perto de mim. Você é virgem? – perguntei.
Após muito gaguejar, ela respondeu:
- Você vai rir se eu disser que sou? – sua cabeça estava abaixada.
- Jamais faria isso. – a abracei. – Eu entendo e respeito, e isso a torna ainda mais preciosa. – eu tinha um sorriso no rosto, saber que ninguém nunca tinha tocado nela era um alívio, eu seria o primeiro e se dependesse de mim, o único a encostar nela.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.