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História Amor por Juliane - Enfim, o beijo


Escrita por: BenTomaz

Notas do Autor


Oi! Boa leitura.

Capítulo 4 - Enfim, o beijo


Hoje é quarta e eu resolvi não ir a faculdade. Estou sem ânimo, a semana está sendo chata, minha ex fica no meu pé, Victoria está cada vez mais indecisa. Eu preferi ficar na minha cama olhando o teto do meu quarto, me parece mais produtivo. Escuto meu celular tocar e vou olhar torcendo para que seja mensagem dela, da menina que anda me encantando. Mas não! É apenas a mãe de Victoria me perguntando se eu estou com ela, algo bem estranho pois toda vez que nos encontramos a Vic avisa para a mãe. A respondo dizendo que não sei dela, e logo em seguida Sabrina (irmã da Vic) me liga.

- Bruna, a Vic não mesmo com você? - pergunta ela aflita.
- Não Sabrina, ela não comigo! Ela me mandou mensagem hoje cedo dizendo que iria ao mercado com o tio e quando eu acordasse era pra mandar mensagem pra ela. Só que já mandei mensagem e ela não apareceu ainda.
- Bruna, ela não saiu com tio nenhum! Ela simplesmente sumiu. - nesse instante me sobe um mini desespero, pois Victoria sofre com problemas de depressão, e o medo dela fazer besteira passa da irmã dela para mim!
- Se ela não aparecer, eu vou nos lugares onde a gente costuma ir pra ver se encontro ela. - nos despedimos e eu levanto para ficar preparada se caso for necessário ir atrás dela. Depois de duas horas Victoria não deu nenhum sinal de vida, já estávamos todos desesperados. A mãe dela já pensava no pior então eu decido sair e andar por onde a gente costuma ficar para ver se tenho algum sucesso em procura-la. Ando cerca de uma hora e não a encontro, celular só da desligado, nenhum dos amigos a viu. Apenas uma das primas a viram sair de casa, alegou que ia dar uma volta para esfriar a cabeça pois precisava disso. Nem o carro ela levou, e isso deixa sua mãe mais nervosa. Me junto a mãe e a irmã dela para irmos em hospitais para termos certeza se ela estava em algum deles. Já se passavam das sete quando chegamos na casa da vó de Victoria quando uma das tias dela recebe a ligação de uma das filhas dizendo que havia encontrado com ela. Ali eu consegui respirar aliviado, sensação de invalidez passou e a esperei chegar onde eu estava. Quando olhei para ela, tinha marcas de quem havia apanhado em seu pescoço. Ela estava acabada, nem parecia a menina com quem eu estava "me relacionando". Minha vontade era de bater nela e colocar para fora todo o mal que senti e que vi seus familiares passar. Mas me contive, e deixei apenas sua mãe e irmã darem o tão esperado sermão.
Depois de todos falarem aos montes em seu ouvido, ela veio até mim pedir desculpas.

- Não queria ter deixado você assim tão preocupada. Só que se eu te contasse onde estava, por não querer deixar minha mãe preocupada você iria falar pra ela que te contei. Eu só queria ficar sozinha! - ela explica com lágrimas nos olhos. - Me desculpa! - completa ela, me olhando com cara de "cachorro pidão"
- Não, eu não desculpo! Você acha que é assim?! Simplesmente some e depois vem pedindo desculpas e dizendo que precisava ficar sozinha, acha que isso é o bastante?! Minha vontade é de enfiar minha mão na sua cara, mas já fizeram isso por mim! - digo apontando para as marcas roxas que estão aparentes.
- Tudo bem, não quer me desculpar não precisa!
- Eu sei que não! - Sabrina chega nos interrompendo para dizer que o tio dela me levaria embora.
Cheguei em casa simplesmente furiosa com tudo.

"Perdi um dia atrás de quem queria ficar sozinha, ótimo isso!"

Em meio a pensamentos reprovadores tomo um banho e vou comer algo.

- Lembrou que tem mãe?
- Ah mãe, desculpa. Os dias têm sido bem corridos ultimamente! - digo com um sorriso de lado e sem jeito.
- Sei! Senta aí pra comer algo! - Me sento ao lado dela, logo em seguida minhas irmãs se juntam a nós duas. Depois de conversar e rir bastante com elas, resolvo subir e dormir pois estava morta de tanto que andei durante o dia. Deito e durmo logo, a tempos que não fazia isso.

Sigo a semana monótona como de costume, faculdade tem ficado cada vez mais chata e Juliane tem ficado cada vez mais interessante. Victoria se faz ausente durante dois dias, e só reaparece no sábado, meu aniversário.

"Primeiro feliz aniversário! E segundo, desculpa ter sumido. Só quero que saiba que tá tudo bem e que Luana e eu voltamos. Fica bem... bjs"

Respondo sua mensagem e da forma mais gentil possível, levanto e vou ajudar minha mãe com as coisas pois a tarde alguns amigos vão vir para cá.

As horas voam, logo alguns amigos vão chegando e eu vou ficando ansiosa para a chegada de uma pessoa em especial.

"Estamos chegando" - avisa Carla por meio de uma mensagem, e isso só me faz ficar mais ansiosa. Elas chegam e Carla logo me da um abraço me desejando felicidades, logo em seguida o abraço mais esperado da tarde acontece. Juliane me abraça e por um instante senti o mundo girar devagar! Ao nos soltar, vi olhares nos vigiando, então tentei disfarçar o quanto esperei por aquele abraço.

Além de amigos, alguns familiares também se fazem presente e eles não são lá muito legais com minha sexualidade e eu não quero que eles foquem suas atenções nela. Não quero que ela se assuste com eles, ainda cedo para isso.

A mini comemoração foi tranquila, minha família não fez nenhum vexame (algo que me surpreendeu!), no final de tudo ficou apenas Lucas, Carla, Juliane e eu. Minha mãe e minha irmã mais nova foram dormir assim que jantaram, minha irmã do meio foi passar o final de semana com o namorada, então tecnicamente temos a casa só para nós. Lucas pela segunda vez em tão pouco tempo tem uma ideia boa.

- Que tal a gente assistir um filme?

- Olha, foi inteligente mais uma vez! Parabéns, continue assim. - todos nos colocamos a rir, fui até meu quarto pegar o notebook e o conecto à TV. Nesse exato momento começa a briga para não assistir filmes de terror.

- Bruna, a gente tem medo! - diz Carla se referindo a Juliana e ela.

- Mas o filme é fraquinho! - digo achando graça do desespero de Carla.

- Não quero assistir filme de terror, poxa! - diz Juliane de uma forma tão dela que ali já me convenci a não assistir mais terror algum,

- bom, vocês venceram! Vamos assistir o que então? - digo me sentando no sofá até elas escolherem algo.

- A culpa é das estrelas! - afirma Carla e eu faço que não com os dedos e cabeça em forma de protesto. Não adiantou, tive que assistir esse filme mesmo. Ao longo do filme, Carla e Lucas ficaram em um meio "love", e eu o máximo que consegui foi que ela sentasse ao meu lado com a cabeça em meu ombro.

Carla não aguentou assistir todo o filme e acabou adormecendo ao lado de Lucas, enquanto eu imaginava um jeito de conseguir um beijo. Como estava frio, resolvi pegar meu edredom assim Juliane e eu não ficaríamos congelando.

Acho que o filme estava tão chato que Lucas adormeceu assim como Carla e Juliane começou a implicar comigo fazendo cócegas em minha perna.

- Sério isso? - pergunto em tom de riso.

- fazendo nada! - afirma ela sorrindo. Ela continua e aquilo de certa forma vai mexendo comigo como não deveria.

- Se não parar vou te beijar! - afirmo para ver se assim ela parava de mexer comigo. Ela simplesmente sorrir e para por alguns instantes, porém, volta a fazê-lo novamente.

"Acho que ela não levou muito a sério o que eu disse! Fazer o que né?! Nem eu levei muito..." me desfaço de meus pensamentos e quando ela menos espera (devo dizer que também não esperava tal atitude) eu lhe "roubo" um "estalinho".  Com 18 anos me senti voltando aos 13. Senti meu rosto queimar e meu coração dar uma pequena acelerada. O medo da reação dela me fez querer "fugir", assim tentei puxar meu braço que estava ao redor dela, mas ela o prendeu. Respirei fundo e tentei me concentrar no filme, mas não muito tempo depois eu só senti dois beijos beijos em minha bochecha e logo depois um em minha boca. Eu simplesmente parei! Não sabia como reagir, por um momento esqueci até como beijar. Quando meu cérebro voltou ao normal, a beijei não da melhor forma que poderia, mas da melhor forma que meu nervosismo deixou. Não consegui relaxar, não sabia como reagir pois não esperava, mesmo sendo aquilo que eu mais queria à algum tempo. Ao escutar barulhos na escada nos afastamos e percebemos que o filme havia acabado, minha mãe entra na sala e nos olha com uma cara de quem ainda está dormindo.

- Vão dormir não? - pergunta com um meio sorriso.

- Vamos sim! O filme acabou agora, já vamos subir! - afirmo tentando não deixar meu nervosismo tomar conta de mim. Arrumo tudo na sala para Lucas poder dormir e subo com as meninas. Para minha tristeza Juliane se deita ao lado de Carla para dormir, e eu que queria outro beijo, fico ali apenas olhando para o teto com os fones no ouvido sem ao menos prestar atenção na música. Até que tive a "brilhante" ideia de ligar o ventilador de teto, assim ela acordariam para me xingar. Dito e feito! Nunca fiquei tão feliz em ver mulheres irritadas.

- de sacanagem né? - questiona Carla

- Não! Só estou com calor.

- Sei que calor é esse. - me levanto e desligo o ventilador, Juliane me olha e então faço sinal chamando-a para deitar comigo e para minha alegria ela se deita ao meu lado. A gente conversa um pouco até que a vontade de beija-la fala mais alto e então a beijo. Um beijo lento que só me fez querer beijar mais. A puxo mais para perto, sua mão percorre meu corpo e logo percebo que o lugar que ela mais gostou de pôr a mão foi meus seios. Minhas mãos por sua vez também viajavam por seu corpo, porém com receio de ela não se sentir tão à vontade com tal situação. Acabou que ela dormiu ali, no calor dos meus braços e eu nunca me senti tão bem.

Cada segundo com ela estava gravado em mim, cada segundo eu queria reviver e no fundo, por mais que eu venha negar, só desejava que ela também tivesse como eu estava.


Notas Finais


E aí, o que achou? Gostou? Espero que sim, torço para que continue aqui comigo!
Bjs! 😘


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