História Amor Proibido - Grosseria?

— Amor... não precisa ficar desse jeito. -Hyosang dizia na tentativa de acalmar o namorado.

Jin estava nervoso e com raiva desde a ligação de sua mãe. Ele não queria encontrar-se com Namjoon de forma alguma mas sabia que era pelos negócios da família. Ele não podia colocar tudo em risco por conta de uma antipatia com o famoso Kim. 

Ele estava ciente de que se não tomar conta dos negócios agora, sua família poderia perder sua maior fonte de renda e ele se culparia pelo resto da vida se isso acontecesse.

— Mas amor... eu não quero jantar com ele. -choramingou fazendo birra. Hyosang engatinhou pela cama até o moreno e acariciou seu rosto.

— Eu sei meu bebê mas pense na sua família. -afagou os cabelos de Jin que ronronou como um gatinho pedindo por mais daquele carinho. — Você parece um ursinho de pelúcia. -soltou uma risada nasalada.

— Está me chamando de gordo? -Jin semicerrou os olhos e logo soltou uma gargalhada com a expressão de arrependido do namorado.

— Você precisa ir cedo para casa. -Hyosang lembrou.

— Não fala isso. Eu lembro que tenho um jantar com aquele cretino. -bufou.

— Eu tenho uma ideia. -Jin virou-se rapidamente para o namorado e encarou-o ansioso pela ideia. — Você poderia ligar para el...

— Ah não! -Jin interrompeu. — Eu não vou ligar para ele Jin Hyosang!

— Calma! Você nem me deixou terminar de falar. -Jin revirou os olhos e pediu para que o outro prosseguisse. — Então... Você pode ligar para ele e mudar o lugar do encontro de negócios. -Jin murmurou um "hm" para que o namorado continuasse a explicar o plano já que não estava conseguindo compreender. — Eu estarei em uma exposição de artes no centro de Seul, vocês podem ir para lá. -Jin concordou vendo que não era uma má ideia.

— Você vai estar sempre por perto? -enlaçou os braços no pescoço de Hyosang que assentou roçando os seus lábios nos do Jin.

— Se ele fizer alguma coisa, eu quero a cara dele lá mesmo. -disse com a voz firme e Jin beijou-o avidamente. — Liga para ele. -Hyosang estendeu o celular assim que quebraram o beijo por falta de ar.

Seokjin pegou o celular das mãos do namorado e buscou nos contatos o número que seu pai havia lhe enviado para quando precisasse falar com Namjoon. 

De início, Jin achou estranho já que geralmente eles ligam para o escritório mas o pai havia lhe entregue o número íntimo de Namjoon. Ele sabia que seu pai era louco e queria que ficassem juntos, o que para ele estava fora de cogitação.

Namjoon sempre escutava o nome de Seokjin nos jantares de negócios. Os Kim's sempre comentavam sobre o filho e faziam milhares de elogios. O que, claro, despertava curiosidade em Namjoon. 

O garoto nunca comparecia as reuniões, o que era muito estranho já que, quando alguém irá assumir uma empresa em breve, era obrigatório ir aos jantares para começar a ter uma noção do que se tratava e de como acontecia.

Para Namjoon, essa viagem dos seus sócios foi apenas um empurrãozinho para que o filho se empenhasse e dedicasse a seus futuros negócios. Ele convidaria-o para conhece a empresa e ajudaria-o a desenvolver ideias.

Enquanto Seokjin aguardava a ligação ser atendida, Namjoon procurava pelo celular que não parava de liberar aquele toque berrante. Estava no meio de uma reunião e havia esquecido de colocar no silencioso.

Todos que estavam na reunião começou a encara-lo sem dizer um pio, já que ele era o chefe e qualquer reclamação poderia levá-los ao olho da rua. Quem iria querer perder aquela oportunidade única que estão tendo de trabalhar na melhor empresa?

Após achar o celular, pediu para que prosseguissem com a reunião sem ele e retirou-se da sala. Namjoon estava bufando de raiva já que odiava ser interrompido nessas horas. 

Ligação

— Alô. Espero que seja algo importante pois você está me atrapalhando. -atendeu já imaginando que fosse seu amigo Yoongi.

— Essa é a educação que te deram? -Jin questionou e Namjoon franziu o cenho ao perceber que aquela não era a voz de Yoongi.

— Quem é? -perguntou e verificou rapidamente o número que continha na tela e só assim foi ver que não conhecia.

— Seokjin, Kim Seokjin. -respondeu impaciente e Namjoon arqueou as sobrancelhas ao notar que era o filho de seus sócios.

— Olá Seokjin. Perdoe-me pela falta de educação. Eu estava em uma reunião e o celular tocou no meio dela.

— Existe silencioso para isso.

— Eu havia esquecido de colocar.

— Azar o seu.

— Hm... ok. -Namjoon se perguntava qual era o problema daquele garoto. Tão azedo que nem parecia ser aquele garoto dócil que via nas capas de revistas.

— Eu gostaria de mudar o lugar do nosso encontro de negócios. -Jin disse já querendo cortar assunto.

— Para onde?

— Está tendo uma exposição de artes no centro de Seul e achei que seria mais descontraído irmos para lá.

— Por mim tudo bem. Te busco que horas?

— Não precisa me buscar. Eu sei dirigir e também sei o caminho. Agora você pode voltar para a sua reunião.

— Tudo bem, 20h na exposição?

— Isso! Tenha uma boa tarde. 

Namjoon ainda estava em choque. O garoto foi seco, grosso e ainda desligou em sua cara. É... as aparências enganam. Parece que nessa noite Namjoon teria um trabalho enorme para tentar lidar com Seokjin e isso ia contra as leis da gravidade. 

                                         ***

Seokjin havia ido mais cedo para a exposição pois preferiu chegar acompanhado de seu namorado. Haveria muitos fotógrafos e com certeza liberariam rumor sobre ele e Namjoon, então talvez se chegasse com o namorado isso não aconteceria. Isso era o que Seokjin pensava.

Jin Hyosang passou o caminho inteiro, até o ateliê, reclamando sobre o modo que o Jin falou com Namjoon ao telefone. Ele era um superior e deveria ser respeitado. O problema era que Kim Seokjin não abaixava a cabeça para ninguém e isso piorava a situação.

Faltavam alguns minutos para 20h então despediu-se do namorado e seguiu para a entrada do ateliê à espera de Namjoon que não demorou a chegar em um terno preto chique e cercado de paparazzi.

Namjoon caminhava pelo tapete vermelho de entrada com uma postura, olhar e andar superior. Ele exalava sensualidade e Seokjin não podia negar isso, ele era muito mais charmoso pessoalmente. Porém, nem morto admitiria uma coisa dessas em voz alta.

Namjoon correu os olhos pelo ateliê e sorriu gentilmente assim que cruzou com os de Seokjin que estava em um termo preto azulado e o cabelo perfeitamente alinhado. Namjoon não pode deixar de reparar no rapaz bonito a sua frente enquanto caminhava até o mesmo.

— Boa noite Seokjin. -estendeu a mão para o mais velho que apertou brevemente sem muita animação.

— Boa noite Namjoon. -deu um sorrisinho e suspirou. Ele tinha que tentar ser agradável.

— Vamos dar uma volta e apreciar os quadros. Estou curioso para vê-los. -Jin disse e virou-se para caminhar entre os corredores do ateliê com o Namjoon seguindo-o atras observando cada passo do mais velho.

Seokjin parou em uma sala onde continua figuras que para Namjoon não passavam de tintas espirradas sob uma tela branca e insignificante mas Jin olhava tudo com brilho nos olhos.

— O que você vê nesses quadros para ficar tão impressionado assim? -Namjoon questionou e Jin encarou-o incrédulo.

— O que você vê nesses quadros Kim Namjoon? -questionou com seriedade.

— Respingos de tintas sem sentido. -disse dando de ombros.

— Não são apenas respingos de tintas. Cada quadro desse foi pintado como uma forma de expressar algum tipo de sentimento. Esse, por exemplo. -Jin apontou para um que tinha respingos coloridos e sincronizados. — Você vê claramente que está sendo expresso algo bom como felicidade. Você pode perceber pela variedade de cores vivas. Ao contrário desse... -apontou para um com tons escuros e desuniforme. — Que transmite medo, angústia... 

Namjoon ouvia atentamente as palavras de Seokjin que dizia tudo aquilo como um especialista em artes. Ele explicava os quadros de uma forma que parece ele mesmo ter os pintado de tanta confiança e certeza que exalava em suas palavras.

— Você cursa artes? -Namjoon questionou ao lembrar de já ter ouvido falar que Jin fazia alguma faculdade.

— Não... gastronomia. -controlou um riso pela cara de perdido que Namjoon transmitia ao tentar analisar os quadros.

— Quer champanhe? -Jin negou e Namjoon olhou-o de forma intensa. Ninguém rejeitava nada que oferecia quando fazia isso. — Beba Seokjin. Se você tiver vindo dirigindo, te deixo em casa. -agraciou sua voz com um toque de sensualidade que não passara despercebido por Seokjin.

— Ai Namjoon... -Jin riu debochadamente. — Nem adianta vir com esse papo de garanhão que gosta de ver todos caídos aos seus pés porque comigo não rola. -Jin continuou com um sorriso debochado nos lábios enquanto Namjoon arqueia a sobrancelha com a audácia com outro.

— Todos me desejam Seokjin e com você não será diferente. -Namjoon toma um gole do champanhe e se aproxima de Seokjin.

— A diferença é que eu não sou todo mundo Kim Namjoon. Nada que você faz com essa sua faminha de Don Juan cola comigo. -Jin dá uma piscadinha e vira as costas indo para outra sessão.

Ele estava se divertindo com as caras e bocas de Namjoon ao ouvir cada resposta negativa. Namjoon não estava contente em ser negado e aquilo estava soando como um desafio para si.

— Estamos aqui para nos conhecemos mais Seokjin. Me diga sobre você. -Namjoon diz dando mais um gole em sua bebida.

— Estudo gastronomia, tenho um bom namorado, gosto de ler, cantar e prefiro ficar em casa do que ir a festas.

— Eu... -Namjoon ia falar sobre si mas Jin interrompeu-o.

— Eu sei sobre você Namjoon. -encarou-o. — Milionário, tem quem quiser caindo aos seus pés, dono da melhor empresa do mundo, tem fama de galinha e vive em festas enchendo a cara. 

— Quem você pensa que é para falar assim de mim? -Namjoon questiona mais firme e Jin sente um arrepio na espinha e deduz ser de receio.

— Eu mesmo, Kim Seokjin. Vai negar e dizer que você é o santo do pau oco? -Jin cruza os braços.

— Não porque você tem razão. Inclusive na parte de ter quem eu quero caindo aos meus pés. 

— Está insinuando de que eu vou cair aos seus pés?

— Eu não insinuo, eu apenas digo o que a realidade nos mostra. -Jin gargalha.

— Você é hilário Namjoon. -coloca a mão sob os lábios na tentativa de abafar a risada e se abana com a outra.

Namjoon via que Seokjin era uma pessoa discreta e orgulhosa, o que despertava totalmente seu instinto persistente que ama o difícil. Ele faria Seokjin desejá-lo nem se for a última coisa que ele faça.

— Amor? -Hyosang entrou na sala e deu um selinho nos lábios do namorado. — Olá... -cumprimentou Namjoon.

— Olá, sou Kim Namjoon. -estendeu uma das mãos que logo foi segurada pela de Hyosang.

— Jin Hyosang... namorado do Seokjin. -entrelaçou deus dedos nos do namorado que sorriu gentilmente.

— Eu sei, já vi vocês em algumas fofos nas revistas. -deu de ombros.

— Bom, só vim passar para ver se você está bem... -perguntou ao namorado que assentiu com um sorriso fofo no rosto. — Vou deixar vocês a sós, até mais tarde amor. -despediu-se com um selinho e saiu deixando os dois novamente sozinhos.

— Então, creio que irá trabalhar comigo na empresa. -Namjoon resolve tocar no assunto em relação a administração da empresa já que não podia tomar conta de tudo sozinho quando se tem sócios para cuidar de alguns setores.

— Irei, gostaria de saber o que farei. -questionou.

— Você passará esse período comigo na minha sala para que seja melhor o nosso contato já que você está meio que iniciando. -Jin apenas assente pois já imaginava que seria dessa forma... suportando Namjoon por horas na mesma sala que o mesmo. — Aí eu te auxilio lá mesmo até você pegar a prática e conseguir tocar sua parte sem precisar de mim. -conclui.

— Tudo bem... não tenho para onde fugir mesmo. -Jin deu de ombros.

— Você não quer seguir com a empresa no futuro não? -Namjoon questiona ao perceber a falta de interesse do outro.

— Quero sim. 

— Então por que esse descaso?

— Talvez seja porquê terei que ficar em um mesmo ambiente que você contra a minha vontade.

— Você não vai com a minha cara né?

— Eu não vou com você por inteiro, Kim Namjoon.