História Amor proibido e complicado - Encontro: part I

Chegamos ao refeitório e para a minha infelicidade, aquela namorada do Jean estava sentada na mesa com o pessoal. Ao vê-la, que inclusive estava sentada no meu lugar, reviro o olho e faço uma careta, que Armin percebe.

- Você guardou ressentimentos hein – ele fala rindo – se quiser, nós podemos sentar em outro lugar.

- Nem pensar, não vou dar esse gostinho a ela – digo e vou me servir.

Quando chego na mesa, sento ao lado de Sasha, que estava quase entalada com farofa, e Armin senta ao meu lado. Dava para sentir a tensão que exalava, principalmente de Jean, ele estava pálido e quase não conseguia comer. Dou graças a Deus quando Sasha pergunta a Jean se ele vai comer a carne dele e todo mundo começa a rir, menos aquela lambisgoia ruiva.

Já estava quase terminando, quando Eren e Jean começam a brigar, paro de comer e começo a rir dos dois, era sempre muito engraçado as discussões deles, que na maioria das vezes, se iniciava por besteiras, ainda lembro da época que Jean morria de ciúmes de mim com o Eren e nesse tempo as confusões eram mais constantes.

Connie ria e colocava mais lenha na fogueira, fazendo com que eles quase entrassem no tapa. Até que a aquela menina, que eu ainda não sabia o nome e nem fazia questão de descobrir, se meteu e deu um soco no estomago do Eren. Mas que porra essa menina ta fazendo? Sem pensar duas vezes, dou um salto sobre a mesa e a empurro com força e ela cai no chão, olho para ver se ele não estava machucado. Eu sei que Eren é muito forte e que não se machucaria assim, mas não consigo evitar minha preocupação com ele.

- Você é louca garota? – escuto Historia falando com aquela mocreia e chegando perto de nós dois – você ta bem? – Ela toca onde o soco foi proferido, mas ele não esboça nenhuma dor.

- Fica aqui com ele Hist, que eu vou resolver com essa menina – quando vou me virando para ir até aquele projeto mal feito de demônio, Eren me puxa pelo o braço.

- Não precisa Mika, eu estou bem .... Não faz isso, não quero que você sofra algum tipo de punição por minha causa ... Eu já te prejudiquei muito no passado, não quero repetir os mesmos erros.

- Eu não ligo para o que vai acontecer comigo, ninguém pode machucar você ... Só eu e a Historia ... Ela te deu um soco por nada, deve ta doendo – Digo e vou me virando novamente para ir dar uma lição naquela garota, mas ele me puxa com mais força e quase caio.

- Ei, eu to bem, não me machuquei ... Não faz isso ... e olha, de qualquer forma, você já machucou ela – ele fala e aponta para Jean, que estava levantando a menina do chão e eu vi um pequeno corte em sua testa. Bufo de raiva e me sento novamente e todos me olhavam com vontade de rir.

- Qual é a graça? – Pergunto e todos iniciam uma risada fora de ritmo, não entendi nada. Em meio aos risos, Connie tenta falar.

- Essa menina é muita maluca, por isso namora o Jean – ele fala e ri mais ainda – E essa é a segunda vez que você a machuca, parece que ela não aprende – ele fala já contendo sua risada, quando vê Jean voltando para a mesa sozinho.

- A qual é, foi só um arranhão – digo e encaro Jean, que parecia estar com vergonha.

**

Depois daquele almoço estressante, resolvo ir banhar e fazer os cuidados necessários em meu cavalo, o coitado tava precisando. Já estava terminando de escova-lo, quando sinto mãos em meu quadril e um beijo em meu pescoço, só pelo o cheiro, eu sabia quem era. Me virei e lhe dei um selinho.

- Qual o motivo dessa visita repentina e esse contato todo aqui no estábulo meu capitão? Já pensou se algum soldado ver nós dois?

- Eu vim lhe dar os detalhes do nosso jantar e eu não ligo que nos vejam - ele fala e me puxa para um beijo, mas que logo depois o afasto.

- Certo, então diga - falo e saio de seu abraço.

- Vai ser no telhado do quartel, esteja lá às 20:00 horas em ponto ... Tem uma escada no segundo andar, perto da minha sala.

- No telhado? Você ta ficando louco, só pode - Digo incrédula, lá deve ser muito sujo e muito ingrime.

- Não se preocupe, é um lugar bem agradável, você vai gostar ... Confie em mim - se ele está dizendo, vou acreditar né - ah, não esqueça aquela Lingerie vermelha que você mencionou - ele complementa e dar um sorrisinho cheio de más intenções.

- Você é um tarado né - Digo e dou uma gargalhada.

- Só por você - Ele responde e em seguida me beija e vai embora. Tem como não se apaixonar por esse gnomo de jardim?

//Quebra de tempo//

- Eu não tenho uma roupa decente, meu Deus.

- Calma amiga, vamos achar algo que você goste - Historia responde e me ajuda a remexer nas poucas peças que tenho.

- E se você usar um vestido meu? ... Tenho um que nunca usei, ficou horroso em mim, mas como você tem mais peito e mais bunda, vai ficar lindo - Sasha fala e me entrega um vestido preto de alça grossa que claramente esconderia o vermelho do sutiã, e ia até o meio das coxas. Ele era bem justo e tinha uma fenda na lateral. Achei ele lindo e realmente ficou bom.

Historia faz uma maquiagem leve em mim e passa aquele batom vermelho, que eu acho um exagero, mas que ela diz que fica perfeito em mim. Coloco brincos e pulseiras douradas e o anel que o Levi me deu. Decido não usar salto, para nossa altura não ficar muito desproporcional e borrifo um perfume.

- Mikasa, posso fazer pequenos cachos no seu cabelo? Eu acho que vai combinar muito - Historia pergunta segurando um troço esquisito e o liga na tomada - porfavorzinho - ela faz biquinho e eu concedo, apesar de achar tudo isso muito extravagante, quero estar linda para ele.

Ela usa aquele negócio em meu cabelo, que ela disse se chamar babyliz, faz pequenos cachinhos e depois o penteia. Quando olho no espelho, percebo que realmente ficou lindo. Estava me sentindo muito bonita. Pego um casaco preto, ajeito o meu cachecol e sigo para o lugar marcado.

Passo quase correndo pelos corredores, não quero que ninguém me veja assim, não saberia explicar o motivo de estar toda arrumada. Por sorte não encontro ninguém e fico aliviada quando encontro a escada que dava acesso ao telhado, mas antes de chegar lá em cima, passo por um portão, o cadeado estava destrancando, então resolvo trancar após passar, não queria que algum curioso atrapalhasse esse momento.

Quando chego no local, eu fico totalmente desacreditada no que via, nunca em 100 anos imaginaria essa cena. No meio do telhado tinha uma mesa posta com um tecido branco, duas velas, dois pratos, talheres e uma garrafa de vinho. O chão estava coberto de pétalas de rosas e pequenas velas aromáticas, que deixavam o local com uma sensação de conforto, mais ao fundo, tinha uma pequena bancada com o jantar pronto. O que mais me chamou atenção, foi um colchão de casal que estava no chão, com uma colcha vermelha e mais pétalas de rosas.

Sentia lágrimas escorrendo pelo o meu rosto, estava em choque com aquilo, não conseguia acreditar que ele havia feito tudo isso para mim. O procuro por todo local, até q o encontro perto da sacada e pasmem, ele estava vestido com um terno escuro e segurando um buquê de rosas vermelhas. Eu poderia ser enterrada ali mesmo, não tinha reação pra nada. Segurei a respiração quando percebi que ele se aproximava de mim sorrateiramente. 

- Você está maravilhosa - Ele começa a falar - Eu não sabia se você gostava de flores, mas eu achei que fosse ser romântico - ele complementa e eu ainda não consigo esboçar nenhuma reação, eu tinha amado tudo - Mas pela a sua reação, acho que você não gostou, eu exagerei - ele fala baixinho, quase triste.

- Está tudo perfeito Levi, eu amei - finalmente crio coragem para falar - eu só estou surpresa, jamais imaginaria que você faria isso tudo por mim.

- Mikasa, eu sou capaz de virar o mundo do avesso por você - ele diz e eu me aproximo e o beijo. Esse homem é perfeito e é todo meu. Quando ficamos sem ar, me afasto dele e pego o buquê.

- É lindo ... Só não sei como vou cuidar delas, não tenho um vaso - digo um pouco chateada já imaginando que elas iriam murchar no dia seguinte.

- Eu imaginei, mas não se preocupe, eu trouxe um vaso para você.

- Você pensou em tudo né - digo e o beijo novamente.

- Vem, vamos jantar antes que a comida esfrie e aproveitar para colocar essas flores no vaso com água - Ele fala e me puxa carinhosamente, entrelaçando sua mão na minha e me guia até a bancada do jantar. Parecia estar tudo delicioso e tinha um cheiro muito bom.

- Qual o cardápio que o cozinheiro montou para nós? - digo sarcástica.

- Ah ele fez um ensopado, arroz com verduras e milho e uma salada de batata - ele diz entrando na brincandeira - Ele falou que a sobremesa é surpresa.

- Huum - Respondo e começo a me servir, mas ele me impede.

- Não não, sente-se na cadeira e eu irei lhe servir ... Hoje farei tudo o que você quiser, serei seu servo - ele fala e dar um sorrisinho malicioso e puxa a cadeira para que eu me sente.

Ele serve uma porção generosa de comida e uma taça de vinho, que era linda e tinha o brasão da tropa. Ele se senta na minha frente e começamos a comer em silêncio, mas não era um silêncio ruim, era confortável e prazeroso.