História Amor Proibido Revisão - Capítulo 2

...

Fiquei até surpresa quando o senhor Chang chegou sorrindo em casa. Faz anos que não vejo ele assim, essa visita do seu filho vai ser maravilhosa para ele.

Mas assim que ele souber que ainda não fui limpar o quarto, aí sim ele vai ficar furioso, tenho que parar de deixar o serviço para depois.

Assim que termino de organizar a cozinha, vou para lavanderia onde estão os produtos de limpeza que eu iria usar e subo para o quarto.

A casa estava tão calma e silenciosa, pois as outras meninas estão de folga hoje, nunca vi meninas tão escandalosas.

Só que ninguém quis pular a folga para me ajudar, vou lembrar disso quando elas pedirem algo para mim.

Subi até o segundo andar da casa, assim que passei pelo corredor vi o senhor Chang saindo do quarto de seu filho.

- Ah, S/n... Você está aí.

- Precisa de alguma coisa, Senhor?

- Eu deixei algumas coisas no quarto de Hoseok... - Então, esse é o nome dele. - É um jogo de lençol novo, alguns itens de decoração. Porque aquela está muito antiga. É bem simples, mas se você não conseguir sozinha eu chamo alguns decoradores.

- Entendi, pode deixar comigo.

Senhor Chang dá um sorriso mínimo e vai para seu escritório. Não estranhei, quando ele não vai para empresa ele não sai daquele cômodo.

Mas enfim, vou para o quarto de Hoseok, encaro aquilo tudo sem saber por onde começar. Se eu tivesse tomado vergonha na cara e limpado direito todo esse tempo, eu não iria ter que trabalhar duro agora.

Começo tirando a poeira, tiro as cortinas com muita dificuldade. E sim, quase caí da escada, porém sou uma pessoa muito forte, retiro aquele carpete velho e empoeirado. Limpo o closet e lavo o banheiro.

A hora passou que eu nem vi, assim que olhei em meu relógio de pulso, cinco horas da tarde já se aproximava.

Eu ainda tinha que fazer compras, quando as meninas não estão aqui, isso vira uma loucura.

Desço até meu quarto, tomo um

banho rápido, visto uma roupa fácil que vejo primeiro, pego a lista que eu já havia feito e vou correndo para o mercado mais próximo.

( ... )

Agora eu sei por que as vezes me chamam de exagerada.

Acho que comprei muita coisa, sempre é assim. Nunca sigo a lista, e agora sem ninguém para me ajudar, ainda bem que a casa não é tão longe.

- Precisa de ajuda, senhorita? - Aí que bom, alguém com o espírito voluntário veio... Espera um minuto.

Eu conheço essa voz.

- Jin... - Tento me virar para ele, mas acabo me desequilibrando.

- Calma... - Ele se aproxima e pega quase todas as sacolas da minha mão. - Eu te ajudo.

Eu não sabia o que eu iria fazer, estava paralisada. Esperava que qualquer pessoa fosse aparecer para me ajudar... Menos ele!

- S/n... - Ele estava completamente diferente, tinha mudado a cor dos cabelos estava tão... Alto.. forte... Lindo! - Você está bem?

- Ah... Desculpa. – Tento sorrir sem parecer desesperada com aquilo - Você... Voltou!

- Sim, eu voltei.

- Está diferente...

- Diferente como? – Ele sorri abertamente, eu amava aquele sorriso.

- Não sei, talvez seja o cabelo.

- Você gostou da cor? - Gostei de tudo.

- Sim, combinou com seus olhos!

Jin sorriu e baixou a cabeça, acho que estava envergonhado. Eu que deveria estar.

- É, então ... Podemos ir, essas sacolas estão realmente pesadas. - Jin se pronuncia erguendo a cabeça.

O começo da caminhada estava tão silencioso, havia tantas perguntas rondando minha cabeça, queria saber por que ele parou de falar comigo, o que fez em Busan, se conheceu alguém... E muitas outras perguntas desse gênero, mas acho que isso ia ser extremamente rude de minha parte.

- Então ... - Comecei timidamente. - Como foi em Busan?

- Ah, Foi normal. – Responde simples.

- Que tipo de resposta é essa. - Resmunguei e ele sorriu.

- Comecei a trabalhar em uma conveniência, recebia um salário bom. Deu para começar minha faculdade e ajudar minha vó. Mas aí aconteceu umas coisas que me fizeram largar os estudos.

- E o que aconteceu?

- Aish... - Sorriu sem graça. - Foi uma garota.

- Ata, entendi! - Abaixei a cabeça. - Foi por causa dessa garota que você parou de falar comigo?

Sério que eu perguntei isso?

Jin suspirou alto deixando um riso divertido escapar de seus lábios.

- Sim... - Respondeu depois de alguns segundos. - Foi por causa dela, eu estava cego de amor. E você sabe como uma garota ciumenta é.

- Não, eu não sei Jin. - Olho para ele rapidamente, e vejo que está incomodado com o assunto. - Mas, nem sei por que estou perguntando sobre isso... Não é da minha conta.

- Ela é uma manipuladora. - Continuou. - Sempre dizia que se eu continuasse falando com você, ela iria me deixar.

- Jin, é sério. Não precisa falar dela. - Paro e pego as sacolas de suas mãos, foi tão rápido nossa caminhada.

- Senti sua falta. - Fala se aproximando.

- É, com certeza sentiu. - Uso meu tom sarcástico.

- Talvez se você fosse minha namorada... - Acho que ele não percebeu meu tom. - As coisas teriam sido diferentes. - Olhou-me com um sorriso de ladino.

Eu não queria admitir que estava morta de ciúmes e irritada por não ter sido a primeira paixão dele. Magoa muito você amar uma pessoa, mas ele te deixar por outra. Eu nunca havia sentido o que estou sentindo agora.

É como se meu coração tivesse sido rasgado ao meio. Estava fazendo o esforço muito grande para não chorar em sua frente.

Assim que voltei a mim, Jin já estava bem próximo, sua respiração batia em meu rosto.

- Jin... Eu... - Ele roçou seu nariz no meu, e antes que sua boca tocasse a minha, me afasto dele. - Eu preciso entrar.

- S/n...

- Outro dia nos falamos mais.

Sem mais enrolação entro deixando Jin para trás, parecendo estar magoado. Mas o que posso fazer se eu também estou.

Chegando na porta da cozinha vejo que as meninas já haviam voltado e estavam fazendo o jantar. Demorei tanto que acabei perdendo a hora.

-O patrão chegou. - Grace se pronunciou calmamente colocando água em uma panela.

- Obrigada por ter começado a preparar o jantar. - Falo sem muita animação. - Aqui estão algumas coisas que eu comprei. Se quiser dar uma olhada, talvez precise de algo.

- Que animação é essa, S/n? - Tay se aproxima - Aconteceu alguma coisa?

- Não... Nada. - Tento sorrir.

- Com certeza aconteceu algo. - Grace se aproxima também. - Mas primeiro vai falar com o Senhor Chang, ele parece estar bravo e já perguntou de você três vezes.

- Não queria deixar vocês preocupadas.

- S/n, somos suas amigas, estamos aqui para ajudar uma a outra.

- Obrigada, Tay. - Sorrio gentilmente para elas. - Agora eu vou lá.

Chego na sala calmamente, o senhor Jung não é um dragão, só um pouco fechado, não tenho medo dele como elas têm.

-O senhor mandou me chamar?

Ele me lançou um olhar de tédio, mesmo assim manteve a pose.

- Onde você estava? - Perguntou ríspido.

- Fui ao mercado. Era para ser rápido, mas encontrei com um amigo no caminho.

- Você tem um emprego, não tem que ficar de papinho com "amigos" - Fez aspas com os dedos. - Em horário de trabalho e ainda mais agora que meu filho está voltando esse final de semana.

- Calma senhor! Não se preocupe, está tudo certo.

- Espero mesmo!

- Algo mais?

- Sim, sábado irei fazer uma festa para meu filho, vai ser para os amigos mais próximos. - Como ele pode ter amigos? Nunca recebeu visita nenhuma. - Arrume tudo no dia e ajude o pessoal do Buffett. - Já estou começando odiar a volta desse Hoseok, e senhor Chang está me enchendo de serviço. - Ah, e sexta feira você vai até o aeroporto com o motorista buscar meu filho, vou estar em reunião não vou poder ir.

- Mas... - Falo e ele ergue a mão fazendo eu parar.

- Ainda, não terminei. Você e as outras três, vão ajudar a servir alguns petiscos na hora da festa. Sei que sábado é a sua folga, mas vou pagar um extra e lhe dar dois dias de folga.

Ah, nada mais justo.

- Certo, algo mais?

- Não, pode ir. E cuidado com seus horários. - Advertiu.

Fiz reverência e voltei para cozinha, chegando lá dei a notícia para as meninas, e como eu imaginei, elas não ficaram nem um pouco animadas.

- Cadê a Lea? - Perguntei.

- Acho que está com o namorado novo. - Grace sentou-se ao meu lado. - Então, conta o que aconteceu.

- Eu... Encontrei o Jin.

- Será o destino? - Tay fala em um tom de piada, mas eu não estava no clima. - Era para você estar feliz.

- Sim, era mas... Jin não gosta de mim, nunca gostou.

- Ele disse isso?

- Não com essas palavras, Grace. Ele disse que parou de falar comigo porque começou namorar e a garota pediu. Ele não considerou nem nossa amizade, me senti tão mal.

- Aish... Mas se ele te procurou é porque ainda pensa em você. – Grace fala na tentativa de me animar.

- Aí que está o X da questão. Ele não me procurou, nos encontramos por uma simples coincidência. - Grace e Tay me olhavam sem ter o que dizer. Eu não consegui segurar o riso. - Não precisam dizer nada, eu estou bem.

- Pelo menos você sorriu!

...