História Amor Proibido Revisão - Capítulo 25

[ Hoseok On ]

- S/n, o que significa isso? - Jin apontou para mim,  arqueio uma sombrancelha incrédulo, pois eu sabia que ele estava referindo a minha falta de roupa.

- Amor.. - S/n chamou-me e no mesmo instante direcionei meu olhar a ela, que pareceu-me um pouco atordoada. - Deixa que eu resolvo isso, pode ser?

Franzi o cenho pois eu não havia entendido o porquê dela estar dizendo isso, a única coisa que passou por minha cabeça foi que quando eu deixasse aquele cômodo Jin iria aproveitar e beijar minha garota, e eu não posso deixar isso acontecer.

Ela é só minha. Apesar que demorei para admitir que eu amava ela.

- Como assim, princesa? - Questionei tentando me manter calmo, S/n não pode estar querendo ficar sozinha com esse... Cara ai.

- Confia em mim, ta? - Ela sorriu e em seguida puxou-me selando nossos lábios de uma forma calma e carinhosa, com isso percebi que ela estava passando-me confiança. Mas esse é o problema; Eu confio nela, não  nele. - Vai lá tomar um banho, e não precisa se preocupar com nada. Eu  amo você..

Suas palavras fizeram-me sentir o homem mais feliz do mundo, e é claro que sorri triunfante para o Jin, que olhava aquilo tudo com muita raiva e bufava algumas vezes.

- Também  amo você, MINHA princesa... - Tentei enfatizar bastante o 'minha' para ele ver que havia perdido essa mulher maravilhosa envolvida em meus braços, puxei S/n pela cintura e dessa vez demos um beijo de verdade, já havia me esquecendo que aquele paspalho continuava ali, mas ele fez questão de nos lembrar, pigarreando. - Ah, você ainda está ai.. 

- É, estou.. - Jin respondeu enfurecido, pensei que partiria para cima de mim naquele instante.

Dei um último selar em S/n, e fui caminhando em direção ao quarto, mas é óbvio que eu não fui.

Me escondi atrás da parede, apenas ouvindo os dois.

- S/n, o que  Hoseok está fazendo aqui? - Questionou Jin. - Que eu me lembre o casamento dele foi ontem! - Percebi uma leve alteração em sua voz.

- Eu não tenho que te dar explicação de nada.. - S/n respondeu calmamente - Que eu me lembre não somos nada um do outro.. - Ela usou a frase dele para responder. Hum, minha garota evoluiu, mas porquê não são nada?

Eles não eram tipo: melhores amigos?

- Precisamos conversar... - Disse Jin, mas não ouvi nada em resposta da S/n. - Sei que errei, eu deveria ter te contado.. 

- É, mas não contou. - S/n interviu - Não quero ouvir desculpas, nem esse teatrinho todo de fingir que está triste pois eu não acredito em nada. Não adianta chorar!

- Mas S/n ...

- Mas nada, quantas vezes eu chorei por você, e, você me ignorava, fingia não estar a par da situação. DOS MEUS SENTIMENTOS.. - S/n gritou fazendo-me assutar um pouco. - Enquanto eu sofria aqui, você fazia um filho com minha irmã em Busan, não é mesmo?

- Eu tentei te dizer, eu.. eu só não sabia como! Tenta me entender - Jin suplicou.

- E quanto a mim? Porque você não tenta me entender.. - S/n usou quase o mesmo tom de voz dele, acho que ela começou a chorar. E minhas pernas estavam desesperadas para andar até aquele desgraçado e quebrar a cara dele. - Não, não toque em mim..

- S/n.. Me perdoa, por favor! Eu te amo muito, quero você de novo ao meu lado, eu preciso de você..

Quem esse cara pensa que é?

Pedindo para voltar com minha S/n sabendo que ela está comigo?

Eu vou ter que quebrar a cara dele.
E porque ela não diz nada?

Ela tem que dizer que ama somente a mim.

Confesso que agora senti meu corpo estremecer de medo, não posso perde-la novamente.

- Lembra quando eu pedi para você ficar ao meu lado, pois eu precisava de você? Hoseok havia me deixado, descobri que a Senhora. Seong era minha mãe, minha vida estava de cabeça para baixo.. - S/n parou por um instante e ouvi uma risadinha baixa dela, e foi ai que eu voltei a prestar atenção na conversa novamente. Como assim minha mãe também é mãe dela?
Nós somos irmãos? Ela sabia disso e não me disse nada? Mas se fôssemos irmãos ela não teria coragem de se relacionar comigo, ou teria? Quantas perguntas! Tenho que esclarecê-las o mais rápido possível. - Mas você não se importou comigo, nem se quer pensou em como eu ficaria, considerou-me como uma mulher qualquer. Lembra o que me disse naquele restaurante? Da forma como tratou-me.. Eu me senti um lixo aquele dia, você me machucou mais do que Hoseok. Agora, não venha derramar essas lágrimas pensando que vai me fazer perdoar você, porque é inútil. Não vou importar-me se você está sofrendo ou não, agora vai embora pois quero curtir meu namorado.

- Não, S/n.. - Jin gritou - Você não pode fazer isso comigo, eu te amo!

S/n começou gritar pedindo para que Jin a soltasse, apenas caminhei em passos largos e apressados, quando coloquei meus pés na sala deparei-me com cena mais revoltante  que algum dia eu poderia ver.

Aquele desgraçado estava agarrando S/n a força tentando beija-la, e ela tentava a todo custo se soltar dos braços dele.

Não sei o que aconteceu comigo mais meu sangue ferveu eu só consegui ver quando puxei S/n pelo braço e acertei um soco no rosto do Jin.

Ele se desequilibrou mas logo em seguida veio para cima de mim. Eu estava cego pela raiva, caímos no chão comigo por cima dele, meus braços se  movimentavam de forma rápida, Jin tentava se desviar dos golpes e ao mesmo tempo sair daquela posição. Os gritos de desesperos da S/n ecoavam pelo apartamento.

- Eu vou te matar seu desgraçado, filho da puta! - Exclamei ainda desferindo socos nele.

- Parem com isso por favor.. !! Alguém me ajuda aqui, eles vão se matar.. - S/n gritou para alguns rapazes que passavam no corredor, e nesse segundo de distração Jin acertou um golpe no meu olho fazendo-me sair de cima dele.

S/n correu até mim e os rapazes entraram no apartamento um pouco amedrontados.

- Meu amor, porque fez isso? Você está bem ? - S/n perguntou olhando em meu corpo para ter certeza que eu estava bem, seu rosto estava banhado em lágrimas, eu não conseguia dizer nada.

- Você está bem? - Um dos rapaz perguntou ao Jin ajudando ele se levantar do chão.

- Você bate feito marica, Hoseok! - Disse Jin sem se importar com a pergunta do rapaz, a raiva ainda estava me consumindo  eu me preparei para ir lá e quebrar a cara dele  novamente, mas S/n me segurou. - É assim que você luta? - Sorriu  debochado, e limpou um filete de sangue que escorria de sua boca. - Nem fez cócegas!

- Cala boca, Jin.. E vai embora daqui.. - Disse S/n.

- Não era para fazer cócegas, e sim causar dor, e pela sua cara eu consegui.. - Sorri vitorioso, os dois rapazes apenas observaram tudo em silêncio.

S/n agradeceu os rapazes e eles foram embora, seguindo Jin.

- Olha só o que ele fez com você, amor.. - S/n tocou a parte de baixo do meu olho onde Jin havia acertado, e gemi de dor pois ela não foi nada delicada. - Desculpa!

Termino meu banho, S/n implorou para fazer um curativos em meu rosto, apenas aceitei. Mas quase não houve diálogo entre nos depois que Jin foi embora, aquelas palavras ainda martelavam em minha cabeça, deixando-me confuso e sem saber como entrar em um assunto tão delicado. Mas eu tenho que saber se somos irmãos.

Assim que pus meus pés no quarto, vi  s/n sentada na ponta da cama e ao seu lado havia uma maleta de primeiros socorros.

Quando seu olhar encontrou o meu, um sorriso doce e inocente formou em seus lábios, e com isso eu percebi que cada minuto que passa eu me apaixono mais por ela.

- Senta aqui, que eu vou cuidar... Disso ai! - Ela apontou o dedo para o próprio rosto, mas entendi o que ela quis dizer. Caminhei até a cama ela se levantou, então sentei onde ela estava.

Só vi quando ela pegou o algodão e algumas pomadas, não estava com atenção toda ali.

- Nós somos irmãos? - Finalmente.

S/n parou o que estava fazendo e encarou-me com um certo receio.

- Porque está me perguntando isso?

- É que.. Eu meio que.. Tipo; Ouvi sua conversa com Jin, e, você disse que você é filha da minha mãe, sendo assim a lógica é que somos irmãos.. - Soltei tudo de uma vez, S/n arqueeou uma sobrancelha, acho que falei rápido demais. Levantei-me parando em sua frente e olhando em seus olhos, procurando alguma resposta. - E, nós tivemos relações...

Ela nem esperou eu terminar de dizer tudo o que queria, apenas deu as costas para mim e caminhou em direção ao seu closet.

- Ótimo , Hoseok.. - Falei baixinho.

Acho que não foi uma boa ideia começar o assunto desse jeito, será que ela ficou irritada?

Mas uma hora ou outra, ela vai ter que me contar. Poxa.. Eu mereço saber.

Depois de alguns minutos S/n  voltou para o quarto com uma caixa em mãos, ela se sentou ao meu lado e abriu aquele pequeno objeto, e lá dentro havia uma carta.

Fiquei curioso com aquilo mas permaneci na mesma posição, apenas observando seus movimentos.

- Quero que leia isso.. - S/n entregou-me uma carta, sem muitas delongas tomei aquele papel em minhas mãos.

Não demorou muito eu já estava lendo o conteúdo dela.

Estou fugindo de você...

Talvez sim, mas espero que me entenda.

Bom.. Nem sei por onde começar!

Seria bom pelo começo não é?

Então, vamos lá, vou resumir.

Quando eu tinha 20 anos, eu era uma jovem bonita, livre,  ninguém nunca tentou colocar-me limites, minha vida era radical.

Meu pai, sempre foi rígido, mas minha mãe apoiava minhas loucuras, ela dizia que quando jovem era igual a mim.

Minhas atitudes nunca foram bem vistas para sociedade, naquela época as coisas eram diferentes, tudo tinha que ser no seu devido lugar, mulheres recatadas e submissas a impressa sempre estava atrás de mim para flagrar minhas loucuras.

As broncas e os castigos de papai foram ficando rígidas, então, meu comportamento mudou de um dia para o outro, fui colocada na empresa para ajudar nas finanças, e dentro de alguns meses terminei a faculdade de administração.

Depois de dois meses descobrimos que meu pai estava muito doente, e em pouco tempo ele faleceu.

Mamãe entrou em depressão pois ela amava muito meu pai e não conseguia aceitar a morte dele.

E em um curto intervalo de tempo, minha mãe também faleceu.

Eu era filha única, não tinha ninguém para apoiar-me nesse momento, nem amigas eu tinha por causa do meu comportamento, ninguém queria fazer amizade comigo.

Meu pai deixou para mim uma herança milionária, as empresas.. Tudo ficou para mim, contratei várias pessoas para ajudar-me. Foi então que conheci Jung Chang, um homem simples, amável , carinhoso.

Com o tempo fomos ficando mais próximos, então, descobri que estava perdidamente apaixonada por ele.

E como uma trouxa apaixonada, deixei ele responsável pela empresa, nós casamos depois de alguns meses. Eu estava tão feliz, mas Chang foi ficando diferente comigo, ele só queria saber de trabalhar e aumentar nossa fortuna, e o amor que eu sentia foi morrendo aos poucos.

Foi então que me envolvi com meu motorista, e em uma de nossas noites de prazer não nos protegemos, depois de algumas semanas, veio a surpresa  ... Eu estava grávida.

Na hora eu entrei em desespero, Chang ia descobrir que não era dele,pois fazia tempo que a gente nem se via direito, então era impossível ser dele. Isso seria um escândalo, Chang ia me matar. E eu não queria ser alvo da imprensa novamente.

Aproveitei que Chang estava viajando, e fui para uma cidade próxima, para pensar melhor nas coisas. Não contei nada pra ninguém.

Nessa cidade teve uma pequena mudança de planos, eu acabei passando minha gestação inteira ali sozinha.
Em uma noite decidi ir dar uma volta, mas eu não esperava entrar em trabalho de parto na rua, uma mulher que se disse parteira ajudou-me, seu nome, OLÍVIA ...

E você veio ao mundo, uma menina linda. Mas Chang nunca iria aceitar uma filha mulher, ele era machista e queria ter um filho.

Depois de dois meses, eu tive que voltar para Seoul mas levei Olívia comigo, como uma babá ela começou morar lá em casa.
Chang voltou de viagem e eu tentava fingir que você era menino. Colocando vários cobertores  masculinos, tampava  seu rosto, pois você não tinha traços orientais, você foi ganhando idade ia ser um pouco difícil esconder.

Chang quase não parava em casa, então viagei novamente, e lá Olívia Mr apresentou um menininho lindo, ele se parecia muito comigo. Então deixei você com Olívia pois sabia que ela cuidaria bem da minha filha.
Resgistramos você com o nome de _______ , e o outro garotinho de Jung Hoseok.

Voltei para minha casa, Chang não havia voltado e assim foi por longos meses. Eu sentia sua falta, mas eu tinha que cuidar bem de Hoseok.

Chang voltou mas ele não se importava comigo nem com o "filho", então foi fácil.

Mantive ele longe de Hoseok até os 12 anos de idade, foi quando Olívia veio atrás de mim para me chantagear e pedir dinheiro, e é claro que não dei, mandei Hoseok para uma escola na Inglaterra pois a maioria das ameaças envolviam ele. Hoseok não era meu filho, mas eu amava ele e iria protegê-lo de tudo e de todos. Fiquei tranquila em três anos, mas muito sozinha, envolvi com o carteiro, muito lindo e amoroso, então Olívia apareceu novamente mas ela me trouxe você. Minha princesinha, meu coração quase explodiu de tanta alegria. Minha garotinha estava de volta! Acho que você lembra dessa parte.

Dedicava o tempo todo para ficar ao seu lado, Chang não aceitava você ali como um 'peso'.
Ele sugeriu que você trabalhasse na casa como empregada, aceitei!
Era a única maneira de ter você perto.

As ameaças de Olivia se tornaram frequentes, fiz um testamento deixando minha fortuna para minha única herdeira, e decidi fugir com  Kim Hyang, ele tinha um filho, mas nem se importou com ele. Vou sumir, quero refazer minha vida  .. Mas do zero!

Então, quando você tiver 20 anos você poderá ler essa carta, e tomar posse da sua herança e me procure, vou estar na Austrália.

Sei que Hoseok vai sofrer muito, mas ele tem que aceitar, não estou aguentando mais essa mentira.
A história é um pouco complicada.

Me perdoa por isso filhinha, mas saiba que eu te amo muito, eu só queria o seu bem...  Diga ao Hoseok que também amo ele, mas o direito é todo seu.

Vou te esperar, até daqui três anos."

- Uau.. - Foi a única coisa que eu consegui dizer.

- Amor, você está bem? - S/n se aproximou de mim, e me abraçou.

Senti meu corpo se arrepiar, eu não posso ficar com raiva da S/n, ela não tem culpa de nada. Ela é tão vítima quanto eu.

- Eu te amo, princesa! - Falei assim que retribui a abraço dela.


....