História Amor que Vale a Pena - 1. Chega de Sofrimento

 Com o passar dos anos, Marinette e a turma se formaram no ensino médio, mas acabaram por ficarem em Paris mesmo cursando suas faculdades.

Como de esperado da morena, ela seguiu a carreira como estilista e acabou trabalhando para Gabriel Agreste, tendo cada vez mais contato com Adrian, que só a tratava como uma boa amiga, nada além disso.

Até que um dia…

- CHEGA! Estou farta Tiki, de amar sozinha sem ser correspondida, meu coração não aguenta mais, não posso continuar minha vida assim – Diz a garota quase aos berros consigo mesma andando de um lado pro outro no seu terraço todo iluminado com luzinhas e decorado com almofadas.

- Marinette, o que aconteceu? Porque tão brava assim? - Pergunta o akuma preocupado.

- Nada não… só que… foi mais um dia que o Adrian me trata como todas as outras… ele não sente nada por mim. A ficha caiu… estou brava por ter demorado tanto tempo pra perceber. Com tantas pessoas em Paris e eu aqui sofrendo por uma só que nem é tudo isso. - Agora mais calma, a morena apoia seus braços no parapeito observando a lua com um olhar vazio.

A noite estava agradável, e as estrelas brilhavam como nunca tinha visto antes, era realmente maravilhoso, até que Marinette percebe um vulto pulando entre os prédios e pensa:

- Olha o gatuno fazendo seus passeios de novo. Hahaha.

Chat-Noir se aproximou de onde a garota estava num pulo sentando no parapeito do lado dela. Essas visitas noturnas do gato preto já haviam virado habito á algum tempo, desde que os pais da garota se mudaram para uma casa menor e deixaram o apartamento em cima da cafeteria para ela. Eles ainda trabalhavam lá, mas agora a morena, maior de idade, poderia ter sua própria liberdade.

- Olá Cat, como está a noite hoje? - a mesma pergunta sem sequer olhar para o loiro.

- Nada de novo princesa, passei mais pra ver como você está…

- Sabe Cat, eu cansei… cansei de sofrer por um amor não correspondido. Hoje foi meu ultimo dia de sofrimento por Adrian Agreste. - Ela diz com confiança

Ao ouvir aquele nome, o gatuno gela dos pés á cabeça. Marinette sempre disse sofrer por alguém, mas nunca havia dito o nome. Ele quase cai de costas, mas luta para manter a compostura.

- Agreste? O garoto das propagandas?

- Esse mesmo! … Verdade, eu nunca tinha mencionado que era ele.

- Não… você não disse. - Ele ainda se segura pra não tremer na frente da morena. - Mas porque acha que não é correspondido? - Ainda tenta disfarçar como quem não quer nada.

- Ora essa Cat! Quantas vezes eu te disse, ele me trata como uma amiga, agora mais ainda como colega de trabalho… sabe, eu não quero passar o resto da minha vida sofrendo por quem não me quer. - Ela diz com mais conforto pela decisão.

- Mas você chegou a contar pra ele o que sentia? - CHEQUE! Ele sabia que não, afinal, eram a mesma pessoa.

- Não… mas como eu poderia? Ele não deu nenhum sinal de que eu pudesse ter essa oportunidade – Cheque de novo! De fato, ele nunca tinha tratado a marin de uma forma que ela pudesse se sentir confortável para isso.

- Entendo... – Diz o gato cabisbaixo – Ser rejeitado em todas as investidas também não é uma coisa que se aguente por muito tempo…

Marinette sente o coração apertar pelo amigo, afinal, ela e a heroína são a mesma pessoa, e Lady Bug sempre o rejeita, por mais fofo que ele tente ser em declarar seu amor… a vida não foi justa para nenhum dos dois…

- Não se preocupa Cat, mesmo a vida não tendo sido justa com nossos corações, sempre tem uma luz no fim do túnel. - Ela tenta consolar o amigo mas falhando miseravelmente. - Olha pelo lado positivo, você e a Lady Bug são ótimos parceiros trabalhando juntos, salvando a cidade… vocês são uma ótima dupla, e talvez o romance entre vocês poderia piorar essa ligação.

Chat-Noir fica admirado com as palavras da amiga, mas concorda que ela tem razão.

- Então está decidido marin, nossos corações vão seguir em frente! Temos amigos, uma cidade linda, nada de sofrer mais por amor! - Agora o ar do herói é de confiança e alívio de ter tirado um peso do peito.

- Exatamente gatinho!

O loiro não pode deixar de notar como nessa ultima frase, a morena tinha se parecido muito com a Lady Bug, afinal, ela é a única que o chama de gatinho… por um segundo, podia jurar que era a mesma falando.

Mas logo ele ignora seus pensamentos e volta a conversar com a amiga descontraidamente, aproveitando a vista e a noite.

Marinette trouxe biscoitos e leite para eles sentarem nas almofadas e aproveitarem aquela noite agradável.

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