Uma semana havia se passado e finalmente Emma e Regina estavam em uma verdadeira lua de mel. Muitos sorrisos, brincadeiras, carinhos, tudo que um casal apaixonados compartilham no inicio do casamento.
Emma parecia outra pessoa. Ruby brinca dizendo que Regina finalmente domou seu coração cafajeste. Emma não se importava com essas brincadeiras, afinal, sua amiga estava dizendo a verdade. A loira nunca havia amado assim, nunca sentiu ter uma família, um lar igual ao que Regina está lhe proporcionando.
Depois que a morena amou Emma de corpo e alma não passava um dia em que não quisesse fazer amor com sua loira e Emma a atendia sempre.
Já haviam feito amor em vários lugares da casa. A noite passada elas se amaram na banheira e para Emma foi maravilhoso, sua morena estava se mostrando muito fogosa e isso a agradava bastante.
O único problema na relação delas era o ciúme gigantesco que Emma sentia. E ontem, ela sabia que tinha passado dos limites quando em um passeio elas encontraram Neal e Lily que estavam mais uma vez na cidade.
Tudo aconteceu quando Neal cumprimentou Regina com um beijo no rosto, imediatamente a loira fechou a cara e praticamente arrastou a esposa para casa onde tiveram uma discussão com lágrimas por parte de Regina e a porta do escritório de Emma sendo fechada com bastante força.
Emma passou o fim da tarde e a metade da noite bebendo e fumando seus charutos como sempre fazia quando estava com raiva. Depois que a loira se acalmou sentiu a culpa tomar conta de seu coração. Ela tinha prometido fazer sua amada feliz e fez o contrário, deixou sua mulher chorando no quarto.
Emma levantou e foi em direção ao quarto, encontrou Regina dormindo. A loira respirou fundo arrependida por tudo o que falou para a esposa e em seguido tomou seu banho para tirar o cheiro do álcool e do charuto do corpo e em seguida deitou abraçando sua morena por traz se permitindo sentir o cheiro adocicado da esposa.
— Emma. – disse Regina que acordou assim que sentiu os braços da esposa em seu corpo.
— Me perdoa. – falou Emma apertando Regina em seus braços.
— Já perdoei, amor. – falou Regina se virando para encarar a amada.
— É que... eu não consigo lidar com o fato de você tê-lo amado e... – Emma foi calada pelos lábios de Regina.
Emma retribuiu ao beijo apaixonadamente. Ela amava Regina de todas as formas possíveis e tinha medo de um dia ser deixada por ela.
— Eu amo você. Põe isso nessa cabeça dura. – disse Regina após o beijo e Emma abriu um lindo sorriso.
Elas voltaram a se beijar e tal beijo deu inicio a mais uma noite tórrida de amor.
[SQ]
Regina dormia tranquilamente e foi despertando ao sentir toques suaves em seu rosto. Ela abriu os olhos lentamente e viu fios loiros caírem por seu rosto e sorriu ao perceber que tais toques eram os lábios de Emma que deslizavam delicadamente por sua pele.
— Hum... que gostoso acordar assim. – sussurrou Reina e Emma a encarou sorrindo.
— Bom dia meu amor. – falou a loira e deu um selinho em Regina.
— Deu formiga na cama foi? Já está vestida. – disse Regina sorrindo.
— Uma formigona gostosa que tenho como esposa. – brincou Emma e abraçou a morena.
— Por que está arrumada? Já vai sair? – Perguntou Regina fazendo manha.
— Tenho que resolver algumas coisa com Ruby, amor. – disse Emma sentando ao lado da morena. – Mas antes... – disse a loira indo em direção a mesinha que ficava no canto do quarto. – Quis preparar isso para você. – disse ela levando uma bandeja com café da manha para elas.
— Foi você quem preparou ... ou foi a Belle? – perguntou Regina erguendo uma sobrancelha.
— Me pegou. – disse Emma sorrindo. – mais a ideia foi minha. – falou divertida sentando ao lado de Regina.
E elas saborearam o café da manha com muitas risadas e carinhos. Não poderiam estar melhor como casal. A felicidade estava ali para que todos pudessem ver. Após o café Emma saiu ao encontro de Ruby e Regina ficou em casa com uma cara de boba apaixonada.
Quando ela conheceu Emma jamais imaginaria que as coisas fossem ficar perfeitas como agora. Na verdade a morena jamais imaginaria que um dia seria tão feliz casada com uma mulher, principalmente essa mulher ser Emma Swan, aquele pessoa séria, grossa em determinados momentos e que debochava dela sempre que podia. Mas depois de conhece-la melhor, Regina viu que esse comportamento agressivo de Emma era apenas um escudo, uma forma de proteção que aprendeu com a vida difícil que sempre teve. Na verdade Emma era a mulher mais amável, delicada e dedicada que qualquer um queria ter por perto e Regina amava Emma verdadeiramente.
Regina estava na sala bordando quando ouve sino da porta da frente tocar. Ela deixa o bordado de lado a vai atender a porta.
— Mamãe! Fico feliz que veio. – disse Regina abraçando Cora.
— Que saudades minha filha. – Cora retribui o abraço.
— Entre mamãe. – pediu Regina e sentou-se em frente a mãe.
— Quer uma água ou um suco talvez? – perguntou Regina sorrindo.
— Um suco seria maravilhoso. Essa cidade está cada dia mais quente. – disse Cora se abanando com um leque.
Nesse momento Mary aparece na sala com a cara feia de sempre.
— Mary, você poderia pedir a Belle que traga um suco para minha mãe. – pediu Regina.
— Peça você! Não sou sua empregada! – disse a garota em tom grosso.
— Que isso garota! Isso são modos de falar comigo. – disse Regina.
— Falo como eu quiser. Você não manda em mim. – retrucou Mary com raiva.
— Enquanto estiver em minha casa, peço que trate as pessoas de forma educada, principalmente na frente de visitas. – disse Regina ficando de pé.
— A casa é da Emma. Você não manda em nada aqui. – disse Mary e saiu correndo para a cozinha. – deixando Regina sem reação.
— Filha, você não pode deixar os empregados te tratar assim. – Falou Cora horrorizada.
— Ela não é empregada mamãe. – disse Regina ainda de pé.
— Mesmo assim filha, ela deveria ter respeito por você que é dona da casa.
— Esqueça a Mary mamãe. Espere que irei pegar seu suco. – disse Regina e ia saindo quando Cora a chamou.
— Filha, não precisa mais de suco. Eu vim te pedir um favor. – disse Cora e Regina voltou a seu lugar.
— O que precisa mamãe? – falou Regina encarando a mãe.
— É que Gold veio falar comigo sobre um rapaz que tem uma avo doente. Ele precisa de um emprego, pois, a situação deles está difícil. – falou cora.
— A senhora o conhece?
— Não, como eu disse Gold que me pediu ajuda. E como ele e sua esposa não se dão bem, não se atreveu a vir.
— Não sei mamãe. Tenho que falar com a Emma antes. – disse Regina seria.
— Mas se disse que foi Gold quem pediu ela não vai querer e esse rapaz está precisando muito. Faça o seguinte, diga que fui eu quem o recomendei. – pediu Cora.
— Não mamãe! Não quero mentir para a Emma. Mas fique tranquila, verei o que posso fazer.
— Obrigada filha. – disse Cora segurando a mão de Regina. – Estou tão feliz por você minha filha. Dá pra ver em seus olhos que está muito feliz.
— Sim mamãe. Emma é o amor da minha vida. – falou sorrindo bobamente.
— Bem que Don Noel dizia que Emma tinha um bom coração.
— Sim, o melhor de todos.
Ficaram conversando por toda a manhã. Cora não podia acreditar em tudo o que a filha dizia sobre Emma. Era totalmente o contrário que ela via, mas vendo a alegria no rosto da filha e via que era verdade.
Emma chegou para almoçar e Cora as acompanhou por insistência de Regina. Na presença da sogra, Emma não era tão solta como quando estava a sós com a esposa. Mas as três conversavam tranquilamente.
Assim que a mãe foi embora, Regina seguiu para o quarto onde Emma tinha ido tomar banho para voltar ao galpão terminar seu trabalho com Ruby. Quando saiu do banheiro encontrou Regina olhando com um semblante sério pela janela. A loira sabia que algo estava errado e depois de vestir a roupa sentou ao lado da amada e segurou uma de suas mãos.
— O que foi amor? – perguntou Emma e Regina a encarou.
— Pode ir trabalhar Emma. A noite conversamos. – disse a morena.
— Não. Eu sei que algo te incomoda e sendo assim, não conseguiria me concentrar sabendo que tem algo errado com você. – disse a loira acariciando a mão da morena.
— É a Mary. – disse Regina soltando a respiração.
— O que ela fez agora?
— É esse jeito dela de sempre me tratar com grosseria. Eu até entendia, pois, sei que ela sente algo por você, mas hoje ela me destratou em frente a minha mãe e fiquei sem saber o que fazer.
— Não interessa o que ela sente por mim. Isso não dá direito a ela de te destratar dentro de sua própria casa. – falou Emma com raiva. – Falarei com ela.
— Não seja rude com ela, afinal, ela é só uma garota.
— Com ela eu sei como falar. Não se preocupe resolverei isso. – disse Emma e depositou um selinho nos lábios da morena. – Agora eu tenho que ir, ou Ruby acabará comigo. – disse Emma sorrindo.
— Vai. Só tenha cuidado. – pediu Regina e beijou sua loira.
— Emma. – chamou Regina e a loira parou na porta. – Tem outra coisa. Minha mãe veio pedir para empregarmos um rapaz...
— Você é a dona da casa e portanto, resolve isso. – disse sorrindo.
— Mas...
— Você resolve, eu confio em você. Até a noite meu amor. – disse Emma e se retirou do quarto.
Emma foi em direção a cozinha, resolveria as coisas com Mary o mais rápido possível.
— Onde está a Mary? – perguntou Emma encontrando apenas Belle na cozinha.
— Saiu patroa. – disse Belle.
— Quando ela chegar diga para ir me procurar no galpão.
— Sim patroa. – respondeu Belle e Emma se foi.
Algumas horas haviam se passado quando Mary chegou cheia de sacolas.
— O que você aprontou agora? – perguntou Belle se aproximando.
— Eu nada! – disse Mary pondo as sacolas na mesa com ajuda de Belle.
— A patroa Emma veio atrás de você e estava uma fera.
— O que ela queria?
— Não disse. Só mandou te avisar para ir falar com ela no deposito assim que chegasse. – falou Belle e Mary saiu apressada.
A garota andava com um sorriso nos lábios. Imaginando que Emma deveria estar brava com a esposa e precisava dela para relaxar. Minutos depois Mary chegou ao deposito e foi para o escritório da loira encontrando ela e Ruby analisando alguns documentos.
— Queria falar comigo? – perguntou sorrindo.
— Sim. – respondeu a loira a encarando. – Ruby, depois continuamos. – dito isso Ruby se retirou deixando as duas a sós.
— Regina disse que você está se portando mal com ela. – disse Emma a encarando e Mary fechou os semblante na hora. Irritada por Emma está falando de Regina.
— Ela é que está se portando mal com você! – Disse a garota irritada. – Como pode se casar com uma mulher que ama outro? – disse Mary com os olhos marejados.
— Não diga bobagens! – Ordenou Emma.
— NÃO É BOBAGEM! – gritou Mary.
— A Regina me ama e eu não vou permitir que a trate mal. Você tem que entender que você é para mim como uma irmã mais nova.- disse Emma respirando fundo para não gritar com Mary.
— Você é uma idiota Emma. Se ela te ama então como explica isso? – disse Mary tirando a foto do vestido e entregando a loira. – Leia o que está escrito.
Assim que Emma viu a foto de Neal sentiu seu sangue sumir de seu corpo e enquanto lia as palavras no verso foi como se o sague tivesse voltado com tudo fazendo seu coração quase explodir no peito.
— Onde encontrou isso? – perguntou com a voz tremula.
— Entre as roupas de sua esposa.
— Quando?
— Há alguns dias. – disse e Emma ficou com os olhos fixos no objeto em suas mãos. – Não vai fazer nada? – continuou Mary, mas parecia que Emma não estava mais naquela sala. – Vai deixar que ela te manipule como a irmã? – falou Mary mais alto.
— CALA A BOCA! – gritou Emma a encarando. – Volte para casa, e não diga uma só palavra sobre isso. – disse ela voltando a olhar para a foto.
— E você? – perguntou Mary, mas resolveu sair dali depois que Emma a olhou com raiva.
Emma ficou naquela sala se sentindo uma idiota. Andava de um lado a outro sem conseguir raciocinar direito. Como Regina pode enganá-la dessa forma? Como? Depois de fazer essas perguntas diversas vezes resolveu escutar a resposta de Regina e saiu pisando firme possuída pela raiva.
Assim que entrou em casa encontrou Lily e Regina conversando. Ela soltou um riso debochado e parou em frente as duas.
— Ora! As irmãzinhas juntas? – falou e pôs as mãos na cintura.
— Oi Emma. – disse Lily sorrindo.
— Lily. – falou Emma encarando a cunhada.
— Como está? – perguntou Lily se insinuando deixando Regina irritada.
— Não tão bem como você. – Respondeu Emma segurando uma das mãos de Lily e olhando descaradamente para seu corpo. – Está particularmente bela hoje. – continuou e Regina tinha os punhos cerrados. – A que devo a agradável visita? – perguntou Emma sem olhar para a esposa.
— Vim pedir um favor a Regina e a você é claro. – disse Lily sem entender a reação de Emma, já que a loira mal olhava para ela.
— Mas eu já disse que não seria possível. – Respondeu Regina irritada pela cena ridícula a sua frente.
— Em que podemos ajuda-la? – perguntou Emma sem dar atenção as palavras da esposa.
— É que todos vão para a fazendo do meu esposo, incluindo minha mãe. E como eu não quero ficar sozinha vim pedir para ficar hospedada aqui com vocês. – disse Lily.
— Será um prazer.
— NÃO! – gritou Regina.
— Vai negar um favor a sua irmã? – perguntou Emma sem olhá-la. – Não seja rancorosa.
— Será por poucos dias. – disse Lily.
— O tempo que você precisar. – continuou Emma Regina as olhava com os olhos marejados.
— Obrigada Emma. – sorriu. – Nos vemos depois irmãzinha. – disse Lily para Regina e Emma a acompanhou até a porta.
Emma fechou a porta e ficou encarando a madeira tentando controlar sua raiva.
— Qual é o seu problema? – perguntou Regina magoada. – Como pode fazer isso comigo? – perguntou com a voz embargada.
— E você? Como pode dizer que me amava... –disse Emma entredentes se aproximando da esposa. – Quando o tempo todo estava pensando naquele imbecil?
— Do que está falando? – perguntou a morena sem entender a reação de Emma.
— Ah! Não faça essa cara de vítima! Você é pior que sua irmã. Pelo menos ela não esconde o que sente. – disse Emma com raiva.
— Por que está falando assim comigo? O que eu fiz? – perguntou Regina deixando algumas lágrimas escaparem dos olhos.
— Por que me fez acreditar que tinha esquecido Neal? – perguntou Emma se aproximando de Regina que dava alguns passos para trás.
— Por que é verdade.
— Não seja hipócrita Regina! – disse Emma e segurou a morena pelos braços com força. – Por que sou capaz de te matar! – disse Emma soltando a esposa. – Pelo menos tenha a coragem de me dizer a verdade!
— Mas é verdade! – disse Regina assustada.
— Então como me explica isso? – perguntou Emma tirando a foto do casaco e mostrando a Regina. – “Meu único e verdadeiro amor! Não vejo a hora de tê-lo comigo” – Emma leu em voz alta.
— Por favor, cale-se. Essa foto é muito antiga. – pediu Regina Chorando.
— Então por que a trouxe? Para se consolar quando eu não estivesse aqui?
— Eu não a trouxe, nem sei como chegou aqui.
— NÃO MINTA! – gritou a loira. – Mary encontrou em suas roupas.
— Talvez estivesse ali por engano.
— E porque eu acreditaria em você?
— POR QUE É A VERDADE! – Gritou Regina e saiu de perto de Emma que a estava encurralando contra a parede.
— Vou te dizer a verdade. – Disse Emma de frente para ela. – Você nunca deixou de amá-lo...
— ISSO NÃO É VERDADE!
—... e você fez um enorme sacrifício em se casar comigo somente para protege-lo.
— Já te disse que não. – disse Regina escondendo o rosto com as mãos em total desespero.
— Mentiu, por que a única verdade é esta! – disse Emma e jogou a foto em Regina que se encolheu. – Eu uma imbecil. – disse Emma que também chorava. – Me entreguei totalmente a você, confessei meu amor...
— Por favor, me deixe explicar...
— NÃO QUERO OUVIR NADA! – gritou a loira apontando o dedo para Regina. – Não quero nada de você! Se achou que iria me manipular... agora verá quem eu realmente sou. – disse a loira e saiu de casa com o demônio no corpo.
Regina nada pode fazer. Ela apenas caiu de joelhos e se entregou ao pranto. Não sabia como aquela maldita foto foi parar ali. Ela tinha certeza que não a trouxera, mas do que adiantaria saber disso agora que sua esposa a adiava e não acreditaria em nada que ela falasse.
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