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História Amor Verdadeiro - Capítulo XXXI


Escrita por: Vivimars

Notas do Autor


Oi, gente!!!
Abandonei vocês por duas semanas... Sorry.
É que inventei de escrever outra Fic para postar depois que terminar essa e me dediquei um pouco a ela.
Será CS, espero que vocês acompanhem também.

Mas vamos ao que interessa!

Capítulo 32 - Capítulo XXXI


Fanfic / Fanfiction Amor Verdadeiro - Capítulo XXXI

Dentro do carro, com as luzes todas apagadas, o homem de cabelos escuros observava a luz acesa em um único apartamento do prédio no outro lado da rua, sabia que apartamento era aquele e sabia muito bem quem ainda estava acordada naquela hora da madrugada. Certamente era errado o que estava fazendo, parecia que a espionava, entretanto, fazia isso por se preocupar. Já que não podia cuidar dela abertamente como antes, ainda que escondido, zelava por sua segurança.

A noite tinha sido péssima: tinha tido que evitar Jennifer a festa toda, a única vez que falou com ela, encontrou-a transtornada e, para finalizar, brigara outra vez com sua esposa.

Afirmar que aquela era a primeira vez que ele “espionava” a ex-amiga era mentira. Como uma sombra, dava sempre um jeito de segui-la sem ser percebido. Mas isso normalmente acontecia no set de gravação, aquela era a primeira vez que ia até a casa dela. A memória dos lacrimosos olhos verdes, transbordando de dor, naquela noite, depois de ouvirem injustamente uma acusação feita por Helen, foi o incentivo que Colin precisava para ir até lá.

Já estava completando uma hora que a observava e ela ainda não tinha ido dormir, sabia que a luz acesa não a deixaria dormir, sabia que sua enxaqueca atacaria se ela continuasse por muito tempo exposta a luz. Respirou profundamente. Ao menos estava na segurança de casa. Queria subir e dizer que sentia muito, que o único culpado por toda aquela situação era ele, mas ela certamente não o receberia e a situação poderia ficar ainda pior.

Sem perceber, acabou adormecendo. Acordou com o barulho de um carro estacionando em frente ao prédio dela.

Era um taxi.

Olhou no relógio: 4h15.

A viu através do portão, estava vestida casualmente e carregava uma bolsa pequena.

Ficou intrigado: Para onde iria naquela hora da manhã de um domingo? E porque estava indo de taxi, não de carro?

Resolveu segui-la discretamente.

Quando o motorista parou para que ela descesse, Colin teve que seguir para deixar seu carro no estacionamento, foi então que a perdeu. Deu várias voltas procurando por ela no aeroporto, não a encontrou. Certamente já tinha passado pelo portão de embarque. Por fim desistiu e voltou para casa. Ela certamente faria uma viagem curta, afinal, levava apenas a bolsa pequena, nem uma troca de roupa caberia ali.

Tentava imaginar para onde ela poderia ter ido, nenhum lugar lhe vinha à mente, um mal pressentimento o acometeu. Ela estava saindo às pressas e certamente não tinha dormindo nem meia hora sequer naquela noite.

Ao chegar em casa o dia já estava clareando. Subiu para o quarto de hóspedes, era para lá que tinha ido ao brigar com a esposa. Não sabia se Helen tinha notado sua ausência, também não se importava, ainda estava chateado com ela.

Dentro do quarto, despiu-se e foi para a cama, pretendia dormir um pouco. Vinte minutos mais tarde acordou sobressaltado. Em seu sonho, se viu em um campo de batalha, estava dentro de uma tenda e tinha um soldado ferido, o sangue ensopava seu uniforme, aproximou-se um pouco mais e sentiu seu corpo se contrair dos pés a cabeça: o soldado era Jennifer.

Colin se levantou e foi lavar o rosto no banheiro. Repetia para si mesmo que aquilo era só um sonho, não significava nada. Com a certeza de que não conseguiria dormir, desceu para a cozinha e foi preparar o café da manhã.

Um pouco mais tarde, a notícia de que seria pai novamente, apagou todas as sensações ruins. Entretanto, inventou uma desculpa para sair à noite e passou novamente no prédio que vigiou durante a madrugada.

- Boa noite! – Cumprimentou o porteiro. – Vim para visitar a Sra. Morrison, ela está em casa?

- Boa noite, Colin. – O velho conhecido sorriu com simpatia. – Acabou de chegar? Quer que eu o anuncie ou vai fazer surpresa?

- Farei uma surpresa. – Explicou, retribuindo o sorriso. Estava aliviado por saber que ela estava em casa.

- Pode subir, então. – O mulato indicou o elevador. – Não preciso te explicar o caminho, não é?

Colin agradeceu e seguiu em frente. Parou diante da porta, levou a mão até a campainha e... desistiu. O que diria a ela? Provavelmente só causaria outra situação ruim. Além do mais, ela devia estar dormindo. As luzes estavam apagadas dessa vez.

Gostaria tanto de poder ajuda-la, de tirar a ex-amiga da solidão que parecia consumi-la, mas suas mãos pareciam atadas. Não tinha nada que poderia fazer para amenizar a... Ou teria?

Ao entrar novamente em seu carro, pegou o celular e fez uma ligação.

***

Algumas semana depois, Colin acordou animado. O final de semana tinha acabado e pela primeira vez no ano iria para o set sabendo que não precisaria mais fingir não ser amigo de Jennifer. 

- Helen! - Deu um beijinho no rosto da esposa para acorda-la, já estava pronto para sair de casa.

- Já está indo? – Perguntou a esposa sonolenta. – Espera, vou levantar e fazer um café para você. – Sentou-se na cama esfregando os olhos.

O marido se adiantou e deu selinho em sua mulher.

- Não precisa, amor. Ainda é muito cedo, tomo café no set.

- Tá bom então. Te amo! – Deitou-se na cama novamente ouvindo o marido responder com um “eu te amo” também.

O moreno carregava dois copos de café, bebericando vez ou outra o conteúdo do que estava em sua mão direita. Estava ansioso, era como se estivesse pisando naquele local pela primeira vez novamente. Avistou a loira que procurava, muitas lembranças em sua mente, muita saudade em seu coração.

- Quais são as novidades, Morrison? – Interpelou-a da maneira como costumava fazer anteriormente todas as manhãs.

- Bom dia.

Recebeu uma resposta seca e por um momento duvidou de que as coisas poderiam voltar ao normal.

- Trouxe café para você. – Estendeu o copo a ela.

- Colin?!– Jennifer o repreendeu e não fez qualquer movimento para pegar o copo.

- Pode parar com isso, Kitten. – Levou o copo até a mão dela. – Sei muito bem que Helen conversou com você. Somos amigos de novo, não somos?

Ele a encarou com olhos pidões. A loira sustentou aquele olhar azul, enxergou ali a luz que tanto gostava, sentiu o gelo que estava em volta de seu coração se derreter por completo. Pensou que ainda estava magoada com seu amigo por ele ter desdenhado de seu relacionamento com Flainn, mas descobriu, naquele instante, que a saudade era forte demais e esmagava qualquer sentimento negativo. Como era agradável a seus ouvidos o som daquela suave voz masculina a chamando de “Kitten”, como nos velhos tempos.

Deu um passo à frente e o abraçou com força, quase derrubou seu café no processo.

- Senti tanto a sua falta, Kitten.

- E eu a sua, Shadow! – Separou-se do abraço, voltando a encarar o azul penetrante de seus olhos. – Quero dizer, agora faz tempo que não é minha Shadow. (Sombra em inglês)

Colin discordou mentalmente da afirmação dela. Nunca tinha deixado de ser a sombra dela.

- Tive medo agora pouco, acho que meu coração parou uma batida. – Confessou o rapaz. – Eu fiquei tão feliz sexta quando Helen me contou como tinha feito as pazes com você e que permitia nossa amizade, que eu queria correr até sua casa na mesma hora. Aguardei ansioso pelo dia de hoje e você foi tão fria. – Acusou-a. – Pensei que ainda estava chateada pelo o que eu disse...

- Também achei que eu estava. – Jen manteve a voz grave e séria. – Daí você veio com essa sua expressão de cachorrinho arrependido e eu não aguentei.

Um largo sorriso a acolheu.

- Cinco minutos... Que alegria saber que você continua a mesma de antes. – Beijou-lhe a bochecha.

- Cinco minutos? – A loira estava confusa.

- É o tempo que você leva para perdoar alguém. Você sempre foi assim, Kitten.

- Acho que demorei bem mais que isso dessa vez.

- Só porque a gente não estava se falando e eu não tinha te pedido desculpas ainda. Aliás, quero fazer isso direito. – Respirou fundo. – Eu tenho agido como um canalha machista há muito tempo e... Acredite! Se tem alguém que me odeia...

- Ninguém te odeia Colin – ela o interrompeu.

- EU tenho me odiado! Me desconheço, Jennifer. Eu traí minha esposa, causei uma ferida que sei que ainda não está cicatrizada, tanto nela quanto em você, te vi passar o inferno por um erro que foi meu... Tenho sido um péssimo exemplo de homem para meu filho. – Desabafou.

- Também foi um idiota na nossa última conversa. – Ela completou.

O ator abaixou a cabeça envergonhado.

- Exatamente! E ainda tenho coragem de vir aqui te pedir desculpas. – Levantou o olhar. – Você desculpa esse idiota?

- Aí vem esse olhar de novo. Já te disse que você parece um cachorrinho? 

Ele exagerou ainda mais a expressão.

- E então? Me perdoa?

Ela queria se fazer de orgulhosa e maltrata-lo um pouco, só para provar que não perdoava assim tão fácil. Ironicamente, não era boa em atuar na vida real.

Revirou os olhos.

- Claro que perdoo, né PUPPY! (Filhote de cachorro em inglês)

- Puppy? – Ele ergueu uma sobrancelha.

- Você me chama de Kitten o tempo todo, por que não posso te chamar assim? – Abriu um sorriso arteiro.  – Acho que Puppy combina com você. Às vezes você me lembrar a Ava, sabia?

- Isso não é muito másculo. – Afirmou com o sobrecenho franzido.

Ela forçou uma expressão de estranhamento.

- Por quê? Você se acha másculo, Puppy?

- Ei? Eu não perdoo tão fácil quanto você. – Colin cruzou os braços com uma carranca.

 Ela deu as costas para ele.

- Você é quem sabe! – Saiu desfilando.

Colin correu para alcança-la e passou um braço por sua cintura abraçando-a de lado.

- Não vá sem mim! – Reclamou.

Jennifer gargalhou.

- Igualzinho a Ava pulando na minha perna. – Acariciou a cabeça dele como se ele fosse um bichinho de estimação. – Seja bonzinho, Puppy.

Os dois saíram felizes, conversando e rindo alto, atraindo olhares por onde passavam. Jennifer viu de soslaio as pessoas comentando, notou também os fãs tirando fotos e não se importou. Estava feliz. Feliz como a muito tempo não se sentia. Precisava dessa amizade mais do que imaginava, parecia-lhe agora que o ar preenchia mais suavemente seus pulmões.


Notas Finais


E então gente?
O que acharam do Colin cuidando dela mesmo de longe, como uma sombra?
Gente e o que foram esses painéis Colifer?
Colin chamando a Jen de segunda esposa...
A dificuldade de falar sobre a saída dela...
Cabeça no ombro...
As brincadeiras durante as fotos...
<3


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