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História Amore Nostrum - Capítulo XXIII


Escrita por: alicecdiangelo

Notas do Autor


Esse capítulo é mais leve e divertido, pra dar uma descontraída e ter uma interação com os outros personagens que ainda não tiveram um grande papel na trama. É bem difícil essa tarefa de manter uma relação natural e gostosa entre todos os personagens, sem parecer forçado de algumas forma, mas eu tento o máximo que posso. Espero que apreciem a leitura...

Capítulo 23 - Capítulo XXIII


POV Bianca

 

A excursão se passou tão rápido que eu nem mesmo percebi. Quando vi, estava tentando fechar a mala cheia de compras de skin care, roupas, doces e salgadinhos japoneses. O pior dessa viagem toda foi aguentar a tortura de ver Nathaniel andando com dificuldade e visivelmente incomodado com os hematomas, fato que me fez sentir extremamente culpada e cuidar dele o tempo todo. Não demorou para correrem rumores sobre estarmos namorando, e no fim, tive que espalhar outra fofoca por cima, de que ele estava morando na nossa casa, e éramos da mesma família agora, por isso a proximidade. Chegando no saguão, a minha cara de sono e meu humor rabugento não foram suficientes para afastar os gêmeos de me importunar logo pela manhã.

-Que cara de cu, Bianca. Dormiu numa cama de pregos?- Alexy começou, direto como sempre. Soprei um riso, passando as mãos pelo rosto.

-Olha, você que deve ter dormido com o Bozo, engraçadinho- revirei os olhos, e Armin bagunçou os meus cabelos. Bufei e os penteei com os dedos, enquanto seguíamos até os sofás. Eu estava me sentindo nervosa, tensa e cada vez mais descontrolada, e não entendia porque- Porra...- resmunguei quando meu chinelo ficou para trás, no meio do saguão, e a sola do meu pé tocou o piso frio.

-Caramba, vamos vender na internet! Deve valer uma fortuna!- Armin gritou, correndo com o pé de sapato nas mãos. Tirei o par que restara em meu pé direito, correndo atrás dele e jogando o chinelo na sua cabeça- Ai... Consegui! Vamos, Alexy, vamos ficar ricos- revirei os olhos e continuei correndo atrás dos dois pelo saguão, enquanto os funcionários do hotel olhavam aquela bagunça toda, desesperados.

-Ei, calma anão de jardim, eu ainda preciso do meu braço- Castiel apareceu e me segurou no caminho, me fazendo quase levar seu braço junto no trajeto interrompido. Resmunguei, irritada e me debatendo levemente- Qual é a dos pés descalços? É moda aqui?- lancei lhe meu melhor olhar mortal, e ele revirou os olhos, olhando na direção dos dois garotos que riam como doidos e tentavam recuperar o fôlego- Aí, devolve o sapato da chatonilda, no avião ela não tem pra onde fugir- os dois riram junto com ele, enquanto eu arranquei os chinelos das mãos de Armin e dei uma chinelada no braço de cada um, jogando o par de sapatos no chão e calçando-os.

-Inferno, vocês são muito insuportáveis- saí pisando duro, mas fui rapidamente levantada no ombro de alguém, que foi salvo pelo meu último fio de paciência de levar um mata-leão- Caralho, eu vou descer a tijolada em vocês, sério mesmo.

-Sossega, e melhora esse humor. Gente baixinha é invocada, né? Dizem que você evoluiu dos pinschers- dei um soco nas costas de Castiel, que grunhiu e continuou a rir da minha cara, mas me desceu- Tá bom, tá bom. Vamos comer.

-Logo cedo e vocês já querem ser expulsos do hotel antes do último dia?- Bernardo e Nathaniel apareceram, com os cabelos molhados. O segundo tinha os olhos vermelhos. Franzi a sobrancelha e tombei a cabeça para o lado, piscando diversas vezes em interrogação.

-Ah, nem pergunta. Estou irritado, já foi suficiente passar por isso- ele resmungou, e Bernardo começou a se esgoelar de rir- Cala a boca, e larga de ser otário- esse comentário apenas o fez rir ainda mais, com as mãos rodeando a barriga- Vou trocar de melhor amigo, a vaga tá aberta- cruzou os braços e fez uma cara emburrada, que se desfez numa careta de incômodo enquanto passava a esfregar os olhos.

-Oh, pecado. Vamos na farmácia do outro lado da rua comprar um colírio- tirei suas mãos da frente, virando seu rosto na minha direção e analisando os olhos, tirando as madeixas molhadas do caminho- Nossa, isso tá feio mesmo.

-Deus me livre de ser boiola igual vocês dois, viu?- Rosalya apareceu, finalmente, com seus pertences- Por que não se casam logo? Já vivem se cuidando e com essa frescura toda, mesmo- gargalhei, empurrando o garoto na direção da porta.

-Espera, eu vou com vocês, vai que precisam de ajuda pra atravessar a rua ou algo assim- Alexy se ofereceu, e seu irmão veio junto, pela primeira vez na semana, sem seu console na frente do rosto.

-Não precisa, gente. Ele já está todo irritadinho, pode deixar que eu lido com a criança birrenta- ouvi seus resmungos, mas não se atreveu a retirar minha mão de seu antebraço.

-Falou a outra, que me deu uma chinelada na cabeça- os gêmeos riram juntos.

-Parecia um boomerang, vindo em curva na sua direção- neguei com a cabeça, soprando um riso e depois continuando meu caminho. Durante todo o trajeto, ele não dizia nada, apenas esfregava os olhos.

-Para de esfregar assim, vai inflamar- peguei sua mão próxima e continuamos o caminho até a farmácia- O que aconteceu, afinal? Caiu algo nos seus olhos? Ou será conjuntivite?- perguntei quando passamos pelo portal da loja, e nos dirigi até o balcão.

-Eu estava fazendo a barba, mas a espuma entupiu, e quando tentei arrumar, ela voou no meu rosto todo, e entrou nos meus olhos- segurei o riso, lambendo e comprimindo os lábios, mas meus ombros se moviam com o sopro de uma risada- Pare de rir de mim, seu irmão mais riu do que me ajudou. E ele tentou te ligar pra ajudar, mas você estava sem sinal.

-Desculpe, desculpe- virei para a atendente e lhe expliquei a situação, e ela me entregou um colírio e um pacote de pads de algodão- Prontinho- ele tentou alcançar a carteira- Nada disso, eu pago- compramos tudo e voltamos até o hotel, onde todos esperavam a liberação da professora para que entrássemos no restaurante para a última refeição, já que o café precisava de um ticket, que recebemos pela compra do pacote de hospedagem.

Enquanto aguardávamos, pinguei, com muita luta e discussão, o colírio em seus olhos, enquanto ria das piadas que Bernardo e os gêmeos faziam da situação. Castiel, como sempre não parava de me encher o saco com comentários desnecessários sobre a minha (falta de) altura, e a minha impaciência para ser enfermeira, e Rosalya com piadinhas sobre namorar e procurar um motel e uma fantasia de médica sensual.

-Meu santo Jesus cristinho, vocês são um bando de coisas mandadas, não tem mais o que fazer, não?- Todos responderam "não" coletivamente, e começamos uma discussão e guerrinha com almofadas dos sofás do hall de espera, enquanto Nathaniel deitava de olhos fechados e brincava com as pontas dos meus cabelos que tocavam seu ombro por estar exatamente atrás de mim, já que eu me ajoelhei e sentei sobre as minhas pernas em cima do sofá para continuar a brigar com meus colegas e meu irmão.

-Ai, não é justo, você nunca erra, Bianca- Rosalya resmungou, jogando uma batatinha que Alexy derrubou no sofá, do saco que comprara na máquina e comia entre a baderna.

-Vingança, irmã, eu avisei antes- comi a batata que caiu sobre o meu colo e continuamos aquela idiotice toda, até que acertamos Faraize sem querer quando ele chegava para nos entregar os tickets- Oh, professor. Você está bem?- ajudei-o a recolher os cards do chão, e entregar para os delinquentes que chamo de amigos, e ele seguiu resmungando e gaguejando sobre ser mais firme e se impor como professor.

-Está na hora? Estou com fome e dor de cabeça- encarei o rosto de Nathaniel, vendo que seus olhos estava menos irritados, agora. Sorri, dando um tapinha e seu braço e o puxando para cima pela mão que ele erguera em pedido de ajuda.

-Sim, rabugentinho, vamos. Eu levo seu ticket- encostamos as bagagens todas num canto, e fomos até o restaurante do hotel, encontrando o mesmo tipo café da manhã ocidental de sempre, nada muito oriental além de pão de melão e mochi. Comemos tanto, e ainda conseguimos roubar alguns pãezinhos para levar no ônibus e nos empanturrar mais, além de cappuccinos em lata.

-Vamos, todos peguem suas coisas e sigam para o ônibus crianças, temos horário para pegar o voo!- era um completa mentira aquela pressa toda, porque fomos badernando no ônibus, descemos fazendo o mesmo, e tivemos que esperar no portão de embarque por cerca de quarenta minutos após o check-in.

-Nanica, passa um pouco dessa Coca-Cola, que eu te dou um pouco de marshmallows- revirei os olhos, estendendo a garrafa para Castiel e alcançando a embalagem plástica- Valeu, estava com sede- destrocamos os produtos e eu me ajeitei novamente no chão, recostada na coxa do garoto rabugento que esfregava os olhos ao lado do meu irmão, impacientemente. Coloquei um marshmallow na boca, e estendi outro para Bernardo. Depois, bati na perna de Nathaniel e pairei o doce a frente de seu rosto, que apenas se esticou o suficiente para abocanhar e voltar a sua posição confortável.

-QUE INFEEEEERNO. QUE HORAS VAMOS EMBORA DESSE LUGAR?- gritei frustrada, sentindo o sobressalto do maior em que me apoiava e vendo Lysandre pular ao lado do amigo.

-Meu Deus, até acordei agora, Bianca- seus olhos coloridos estavam levemente arregalados, e seu bloco caíra de seu colo para o chão, mas ele não pareceu perceber.

-AH, NÃO. Me dá esse bloco aqui- peguei do chão ao seu lado, enfiando na mochila- Te devolvo no avião, cansei de procurar essa coisa, não vai perder ela no Japão, não- sua cara de inocente me fez rir, e ele soprou um riso também.

-Finalmente, porra!- Castiel pulou, se colocando em pé, olhando o quadro brilhando acima, e logo soou o aviso de embarque do voo. Joguei os braços para o ar suspirando, e depois me apoiei nas coxas de Nathaniel para levantar. No meio do caminho, tropecei em seu pé, com os braços cheios pela mochila e caí sentada em seu colo, ouvindo seu grunhido de dor. Era estranho, não costumava cair, mas já tropecei duas vezes nessa viagem.

-Ai... Tudo bem aí?- seu braço rodeou minha cintura, e eu senti minhas bochechas esquentarem, o que era anormal também. Seus olhos amarelos estavam mais perto do que eu esperava, e congelei por alguns segundos, piscando repetidas vezes, antes de pigarrear e responder.

-Tu... Tudo. Eu tropecei na sua bota- me levantei, e o braço ao redor da minha cintura permaneceu, seguindo meu movimento. Ele se colocou de pé elegantemente, ficando perto demais, novamente- Vamos. Anda, anda, anda- me tornei impaciente, empurrando-o para longe, em direção ao embarque, e fingi não perceber o olhar curioso e questionador de Bernardo.


Notas Finais


E, aí? Espero que tenham se divertido com eles nessas bagunça toda. E sobre o Nathaniel e a Bianca... Soa o alerta vermelho, e aguardemos os próximos episódios. Quem será que conseguirá penetrar Bianca coração de pedra? Epsero vocês no próximo capitúlo.
Beijos de Nutella com morango,
Tia Alice


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