Na noite seguinte ao encontro, Madora, Kaori e Kurenai se reúnem em um restaurante para comer churrasco, tomar saquê e jogar conversa fora.
Kurenai estava ansiosa para saber as novidades.
-Então meninas, como foi o encontro de vocês?
-O meu não teve nada demais. - Madora passa a vez para Kaori.
-Eu posso até começar a contar, mas não me venha dizer que não aconteceu nada de mais.
Kaori relata tudo o que aconteceu nos mínimos detalhes.
-Então ele te deu uns amassos! - diz Kurenai empolgada – E você sentiu aquilo lá…?
Kaori cai na gargalhada, as duas estavam mais soltinhas após alguns saquês.
-Uhum – confirma Kaori e faz um gesto com as palmas das mãos afastadas indicando tamanho.
-Hahahahaha! Você é terrível, Kaori! - Afirma Kurenai enquanto Madora permanece quieta. - Agora é a sua vez de abrir o bico, Madora!
-Já disse que não foi nada de mais!
-Com licença meninas, mas eu preciso ir ao banheiro, volto já. – diz Kaori, mas era apenas um pretexto, ela foi ao balcão pediu um chá, um umeshu (vinho de ameixa) e mais dois saquês. Ela pega o umeshu e mistura no chá, ela mesma leva a bandeja até a mesa
-Aqui, um saque para Kurenai-chan, um para mim, e um chazinho para a moça comportada que não tem nada a dizer. E você Kurenai, como anda no amor?
-Então, tem um carinha aí…
-Hum sei! Um carinha que eu conheço bem, por sinal… - interrompe Madora. - Nossa! Esse chazinho está uma delícia. - Kaori se espanta ao ver o copo ficar vazio em segundos. - Ei garçom, traz mais um chá desses no capricho!
-Madora, não é melhor pegar leve? - Aconselha Kaori já com medo do que havia feito.
-Ah Kaori, deixa de ser chata, até parece meus pais me regulando.
Kurenai fica sem entender nada, então Kaori faz um gesto com o polegar indicando para o copo e em seguida gira o indicador para baixo.
-Você misturou o chá da Madora com bebida alcoólica? - sussurra Kurenai e Kaori responde que sim com a cabeça.
-Mas você ainda não nos contou como foi o encontro com o Gai ontem, Madora – Kurenai se aproveita da situação para voltar no assunto.
-Ah, o Gai, ele é tão cavalheiro e gentil, me encheu de bichos de pelúcia, mal conseguimos carregar todos na volta para casa, era uma pilha enorme, e eu adoro bichos de pelúcia, eles são tão fofinhos e …
-Esquece os bichos, rolou um beijo não foi? - Kaori redireciona o assunto.
-Não rolou um, rolaram vários!
-Uuuhhhh! - fazem em coro Kurenai e Kaori.
-Mas não vai achando que sou como essa descontrolada aí, não – aponta para Kaori – Foram só uns beijinhos, não teve nada de amasso.
-Então conta dos beijos. - diz Kurenai.
-Ele beija tão bem, o primeiro foi bem atrapalhado, não sei o que deu nele, estava se retorcendo todo e do nada caiu em cima de mim. Acho até que ele fez de propósito. - Kaori quase cospe o saquê que estava bebendo – Mas quando ele me beijou, eu não sabia se empurrava, se o ajudava e acabei deixando e era o que faltava para o homem tomar coragem, ele se levantou, sentou-se do meu lado e me beijou pra valer, mas delicadamente, não igual a uns aí - aponta novamente pra Kaori – Que quase se engoliram.
Kaori só ouvia enquanto Kurenai tinha dores no estômago de tanto rir.
-Depois ele me levou pra casa, com certeza teríamos ido abraçados, se não tivéssemos que levar todos aqueles bichos de pelúcia, de vez em quando um caia e toda vez que ele ia juntar aproveitava e me dava um selinho. Eu adoro mesmo bichos de pelúcia, já falei isso pra vocês?
-Sim, já falou, mas e aí? Como foi a despedida? - pergunta Kurenai.
-Não teve prensada na porta como umas aí. – aponta mais uma vez para Kaori – que os vizinhos quase chamaram a guarda por causa da indecência. Não mesmo. Só teve mais um beijinho suave, bem romântico. E foi isso, mas combinamos de treinar juntos um outro dia e eu vou estar preparada! - Madora começa a dar golpes no ar e acaba acertando a mesa e virando tudo.
-Chega por hoje, mocinha! Vamos para casa. - diz Kaori segurando a amiga.
Kurenai se desculpa com o dono do restaurante, acerta a conta e as três vão embora.
Kaori deixa Madora em casa e vai para a sua, mas no caminho tem novamente aquela sensação de estar sendo seguida. Ela chega e vai direto tomar um banho. Enquanto ensaboa os cabelos de olhos fechados sente uma coisa cair em sua cabeça, ela abre os olhos e vê um punhado de areia que havia passado embaixo da água do chuveiro, ela olha em volta e as paredes do box todo estão tomados de areia.
“Droga! É aquele garoto esquisito da aldeia da areia!”
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