História Amores Ilegalmente Corretos - Genius

Hoje era um dia especial, logo após o dia de San Valentin, era o dia da música e por isso a facola faria um momento especial com grande parte dos alunos, de todas as áreas.

Professora Anna estava envolvida no projeto, é claro, fazia parte de sua área e ao ver seu casal favorito entrar no local com os amigos, foi correndo falar com eles.

- Olá, meus queridos! - Cumprimenta animada. Nunca mais tinha conseguido achar um motivo para os deixar unidos nas aulas, a não ser por suas próprias avaliações.

- Bom dia, professora. - Eadlyn responde, sorrindo.

- Como sabem, hoje é um trabalho especial. Estava pensando em manter minhas duplas de sempre para cantarem hoje.... - Fala, como quem não quisesse nada.

O casal de amigos já era muito acostumado com isso, então já estavam entendendo o que a professora queria dizer.

- Creio que isso não vá ser possível hoje, professora. - Eadlyn diz.

Anna passa a olhar para os dois, sem entender muito bem.

- Como assim? - Pergunta, chateada.

- Não posso usar minha voz muito hoje. - Kile se explica, a voz totalmente rouca e falha.

Observando melhor, a mais velha pôde perceber seu nariz vermelho e olhos meio cansados.

- Ele está doente. - Eadlyn busca se explicar primeiro.

- Poxa vida. - Lamenta a professora. Nunca mais havia visto interações de seu casal. Teria que demorar mais? Ela suspira, resignada. - Tudo bem. Vou colocar para ser grupos de amigos então. - Fala, desanimada, olhando para o palco improvisado.

- Melhoras, filho. - Diz para Kile, que acena com a cabeça, sorrindo.

Quando ela se afasta, Francinny pergunta, curiosa:

- É essa professora que fica juntando vocês dois?

- Sim. Toda oportunidade que ela tem, ela fala alguma coisa sobre sermos um casal. - A morena responde, divertida.

- Poxa. Queria ter aulas com ela e Francinny. - Murmura Cristina, baixinho. - Ei, professora!! - A mesma saiu correndo atrás de Anna. - A senhora não acha que fotografia e medicina precisam de aulas de arte? Eu creio que seja totalmente necessário. - Se explica, com seriedade.

A mulher lhe olhava com o cenho franzido.

- Oi? - Questiona, ainda perdida.

- Acho que não, né? Mas não custava sonhar. - Responde, desanimada e voltando ao grupo.

- Então, como vamos fazer nossos grupos? - A ruiva pergunta.

No final, ficou os dois garotos em um grupo e as três garotas em outro.

Brice havia faltado naquele dia, estava muito atarefada com atividades atrasadas, já que sempre adiava os estudos acadêmicos para ler algo dos pdf 's que havia ganhado e isso atrasou um pouco seus estudos.

Sendo assim, vários grupos passaram a se apresentar no palco, somente por diversão e em homenagem ao dia da música.

Todos olharam para Kile quando o mesmo soltou um alto espirro.

- Você realmente não está bem. - Joaquim diz, com uma careta.

- Isso foi por causa da chuva? Mas todos nós estávamos na chuva. - Cristina se questiona, confusa.

Após limpar seu nariz com um lenço, Kile diz, intrigado:

- Também estou curioso. Minha imunidade costuma ser bastante alta em relação a frieza. - Murmura, não compreendia como podia ter sido o único a ficar assim.

Ainda mais porque morava em um lugar constantemente frio e não sofria com esses resfriados.

Chegou na vez das garotas e elas já tinham uma música como certa:

" Genius".

- Do you think I’m stupid? Do you think I’m bat shit crazy having you on my mind?  ( Você acha que eu sou idiota? Você acha que eu tô completamente louco por te ter na minha mente?) - Elas começam cantando juntas, a princípio mais acanhadas, mas logo vão se sentindo mais confortáveis ao verem que estão  passando vergonha juntas.

- Do you think I’m calling? Do you think I’m calling out your name every night? Girl, I have fallen for you ( Você acha que eu estou chamando? Você acha que eu estou chamando pelo seu nome todas as noites? Garota, eu me apaixonei por você) - Cristina cantava essa parte, olhando discretamente para Francinny.

- (What, what you say?) (O quê? O que disse?) - Eadlyn canta isso com determinação,  fazendo a si mesma rir.

- Oh my God. Baby, baby, don’t you see? I got everything you need. Only a genius could love a woman like she ( Ai meu Deus Querido, querido, você não vê? Eu tenho tudo que você precisa. Apenas um gênio poderia amar uma mulher como ela )

Numa determinada parte, Francinny toma coragem para fazer algo para Cristina.

- She’s a genius ( Ela é um gênio) - Ela diz, apontando para Cristina, que fica meio perdida na canção,  até entender e completar.

- ‘Cuz I love a woman like you (  Porque eu amo uma mulher como você)  - Diz, apontando para Francinny de volta, dando um sorriso galanteador.

Mas logo as duas riem entre si por isso.

Cristina estava muito feliz, agora Francinny agia naturalmente com si, mesmo sabendo que ela gostava dela.

-A ge-ge-ge-ge-ge-ge genius A ge-ge-ge-ge-ge-ge genius  ( Um gê-gê-gê-gê-gê-gê gênio) - Eadlyn cantava, quase morrendo de tanto evitar a risada, sentindo-se uma vela humana enquanto via as duas amigas flertando entre si.

Kile, por toda a canção, observava suas amigas passando vergonha.

Mas seu foco era em uma em especial.

Ele via aquela cantoria malfeita, mas não conseguia se importar com a voz falha nas notas altas ou com a falta de ritmo.

E ele só conseguia prestar atenção no quanto a garota estava linda, pulando e dançando a sua maneira, cabelos esvoaçantes e um lindo sorriso no rosto.

Ele não ficaria surpreso em fazer qualquer coisa para ser o motivo daquele sorriso.

Se encostou na parede ao seu lado, ainda prestando atenção em Eadlyn.

Ela lhe chamava atenção, fizesse o que fizesse, seu foco sempre era ela.

Ele já sabia a tempos que sua amiga o atraia. Mas ultimamente não era só isso.

Além de ser uma de suas melhores amigas, ele sentia falta de algo.

Não era comum sentir aquelas coisas.

Não para amigos.

Ou para ficantes.

Kile começava a questionar seu próprio juízo por pensar assim.

Estava pensando em um bom termo para serem,  ele e a morena e namorados era uma boa opção.

Uma ótima opção.  Sua mente esclareceu.

Mas ele mesmo se nega a pensar assim. Já tinha como decidido que seu foco não seria namoro na Inglaterra e não seria diferente.

Estava resoluto em sua opinião.

Mas quando olhou novamente para a garota e  agora a viu cantar o olhando e sorrindo, seu coração acelerou e a boca ficou seca.

Sem conseguir impedir sua própria imaginação, se imaginou junto a ela, realmente comprometidos.

Por que nada soava como impedimento para isso?

Com ela, o loiro faria isso. 

Faria qualquer coisa, para falar a verdade. 

Ele deixaria aquilo de lado, por ela.

Perceber isso foi assustador.

- Only a genius could love a woman like me. ( Somente um gênio poderia amar uma mulher como eu. )    - Eadlyn cantava agora, enquanto sorria, se sentindo num show.

Kile, enquanto ainda a observava, descobriu um fato assustador naquele momento.

Rapidamente ligou para sua amiga mais próxima, querendo contar aquilo que havia o deixado surpreso.

Após alguns toques,  Brice atende.

- Oi, Ki. O que foi? - Ela pergunta, desinteressada, enquanto escrevia algo de sua atividade.

- Eu sou um gênio. - Ele diz, embasbacado.

Ele realmente estava gostando de Eadlyn.

Romanticamente.

No outro lado da linha, Brice larga seu lápis irritada.

- Sério que você me ligou para isso?! Vá com seu convencimento para o quinto dos infe-

Kile desliga em sua cara, chocado com sua descoberta.

E sai da sala para pensar um pouco.