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História Amortentia - Azaléa


Escrita por: MissPeach

Notas do Autor


🌟 MIA NOSSA SENHORA se passou mais de um ano, é isso mesmo Brasil? Gente...
Na real que esse capítulo tava pronto já faz uns meses, mas eu esqueci da existência dele e.e Obg Sami por me lembrar que essa fanfic existe
6 não devem nem estar entendendo mais nada, tipo, "q diacho de fic é essa que veio notificação?"
ANYWAYS, sorry guys (tÔda GriNga EU). Demorei (muito, gzuis), mas voltei, vivíssima
Capa "nova" pra fic e pros capítulos (mas já deve fazer um ano tb kkkk vergonha na cara tá em falta)
Oq tiver no pretérito é passado kkk pode ocorrer essas mudanças durante os capítulos da fic, porém ela será predominantemente no presente

Boa leitura, galera <3 Qualquer erro, foi mal 🌟

Capítulo 3 - Azaléa


Fanfic / Fanfiction Amortentia - Azaléa

. • Primeiro passo para a dominação• .

 

Olha, eu juro pra vocês, nunca na minha vida desejei tanto que meu irmão voltasse para perto de mim tão rapidamente.

É o seguinte: se você não tem um irmão, então não faz a mínima ideia do que é amar e odiar alguém ao mesmo tempo de verdade. E então você se pergunta “mas como odiar o Will? Ele parece tão gentil”. Já ouviu a expressão “não se deixe enganar pelas aparências”? Apesar desse rostinho doce e desses cabelos azul clarinho, Will às vezes pode ser bem cara de pau, e sabe aproveitar da sua carinha de anjo para ter o que quer; podem acreditar.

E então, cá estou eu, precisando urgentemente da ajuda dele nesse caso de vida ou morte. Não é exagero, essa ideia ficou tanto tempo martelando minha cabeça que eu já estou a ficar desesperado. Eu necessito dessa poção, e só ele pode me ajudar.

Abordei ele depois da sua aula de Alquimia –cuja ele tem o prazer de dividir com Dipper, pena que eu não me prestei a cursar essa matéria- para implorar por uma ajudinha e ele disse para o encontrar na biblioteca depois do fim das aulas -o que eu achei uma péssima ideia, já que a bibliotecária sempre tinha a cara amarga enfiada em um dos livros, atiçando os ouvidos para qualquer murmurinho, prestes a atacar qualquer um que interrompesse sua leitura. Mas, no meu desespero, não há de que reclamar.

O que importa, afinal, é que eu cheguei aqui deve fazer uns dez minutos e ele ainda não está aqui. Aquele tufo de algodão está fazendo o que? Se atracando com alguém por aí? Pois duvido, quero ver se o pegam, medroso demais pra isso.

Deve estar com aquela Mabel lá e as amiguinhas dela, me trocando –eu, seu lindo irmão querido e amado. É muita ingratidão que eu recebo, você tá vendo, né? Quando todo mundo abandoná-lo e só sobrar eu, quero ver só ele vir chorar pra mim –vou expor mesmo, sou desses.

Olho pela centésima vez para a entrada do local e finalmente a figura pálida de meu irmão surge, adentrando e descendo rapidamente as escadarias rubras.

—Até que enfim, né, criatura de Merlin. Aponte sua defesa! Deixa eu palpitar: 'tava complicado no toalete? — digo, com minha melhor cara de mau humor.

—Quanto drama, Bill — dai-me paciência, porque se me der força, eu mato — Ocorreu apenas um pequeno empecilho em uma das escadas, ela não estava de muito bom humor para me deixar passar — justifica, coçando a nuca e sorrindo minimamente.

—Acho bom mesmo. Agora, me diz, você conseguiu? — pergunto, sentindo a impaciência e a ansiedade tomando conta de cada mínimo pelo em mim. Estou um tanto nervoso também, afinal essa é uma poção explicitamente contraindicada por Ford, nosso professor de Poções -mas não que essa pequena fagulha de insegurança fosse me impedir de continuar com o plano, longe disso.

—Consegui, sim. Fiz Prof. Ford prometer que me daria algum ingrediente especial caso acertasse o preparo de Veritaserum, e acertei. Então aqui está seus ovos congelados de Cinzácaro — puxa de baixo do manto preto um saquinho de couro enrolado com uma corda amarelada. Pego-o e guardo bem amarrado no cós da calça.

—Obrigado, maninho. Você é o melhor — abraço-o de lado, notando que seus cabelos tornaram-se levemente roxos no processo, anunciando seu pequeno desconforto pelo fato de abraçá-lo com tanta intimidade na frente de outros alunos -estes que não dão a mínima importância para o ato.

—Eu até te cobraria um favor, você sabe, ovos de Cinzácaro são difíceis de se achar e servem unicamente para poções do Amor e cura para a malária, e o Prof. Ford sabe bem que não estou doente; mas, depois dessa demonstração de afeto público, vou recogitar a questão — filho da puta.

—Eu sei. Por isso mesmo que você é o melhor — faço um coração com a mão e ele revira os olhos — De qualquer modo, estamos quase lá. Já temos os ovos, a essência do meu perfume; agora só falta a poeira de pérola e quem sabe um fiapo de cabelo. É melhor, não é? Quanto mais forte for, melhor para mim.

—Isso vai ser mais complicado de conseguir. Como você espera que eu diga para Mabel que quero um fio de cabelo do seu irmão? — ele exaspera, massageando as têmporas — Talvez eu devesse mesmo pensar em te cobrar por isso.

—Credo, Willzinho, não seja assim. Nunca te pedi nada nessa vida, o que que custa fazer esse favorzinho pra seu irmão favorito? — peço, com uma voz mais manhosa.

—Primeiramente, já pediu sim. Isso tá custando muita coisa pra mim, incluindo minha dignidade, afinal o doido apaixonado não sou eu, é você. E em terceiro lugar, você é meu único irmão.

—Ui, grosso. Tá bom, tá bom. Fico te devendo essa.

—Bom, então estamos resolvidos por hoje. Vou me encaminhar para o salão principal e acho que deveria fazer o mesmo, daqui a pouco já é hora da janta. Aliás, coma mais, você está muito magro.

—Olha quem fala, palito de dente — debocho — Vai mesmo com suas amigas, babaca — Will ri.

—Para com isso, você sabe que eu te amo — ele sacode meu cabelo, típica cena de irmão mais velho. Mas, na realidade, ele é pouquíssimos minutos mais velho que eu, e menos números ainda mais alto. Sim, Will Cipher, o meu gêmeo fofo, é mais alto e mais velho. Ironias do Universo, vai entender.

—Eu também te amo. E obrigado por tudo — sorri do modo mais dócil que pude, o que provavelmente soou como um psicopata sádico. Ele subiu as escadas e saiu da biblioteca. Ouço um suspiro apaixonado e reviro os olhos: Giffany. Aquela garota maluca não sai do pé do meu irmão desde que ele estava no segundo ano e ela, no primeiro.

—Me pergunto se esses ingredientes de Amortentia são para uma garota especial — a voz infantil ecoa dentro de mim e logo já me sobe um ranço — E se for qualquer outra além de mim, será um problema.

—Acho que os humanos têm a poção perfeita para você...— digo, me virando para a garota baixinha de cabelo rosa — se chama Semancol. Vê se me erra, meu bem, Will não quer nada com você.

—É o que você pensa, baba-ralé. Logo, logo, Willzinho será só meu — ela ri timidamente — E você não vai interferir em nada, nem nenhuma poção idiota, porque meu amor por ele é verdadeiro.

—Sei, sei — respondo, já irritado. Sem esperar resposta e nem querendo mais perder meu tempo, viro de costas para a garota e sigo até as escadas.

Quando chego no primeiro degrau, avisto um anjo subindo a escada da direita. Meu coração falha uma batida ao ver Dipper lendo tão concentrado um livro surrado que levava em mãos e, de repente, sinto-me mais motivado do que nunca. Rapidamente vem-me a cabeça que talvez esteja sendo tão louco quanto Giffany, mas esse pensamento é abalado pelos sentimentos platônicos que me assolam.

 

 

—Eu nunca vou conseguir passar nessa desgraça! Vou reprovar em Poções, é isso. Adeus um ano da minha vida, adeus Dipper Pines, adeus ao sonho de me formar com o meu amor! — choraminguei, batendo a cabeça repetidamente no livro enorme de Bebidas e Poções Mágicas — Isso é ridículo, como eu vou lembrar dos ingredientes de todas essas coisas?!

—Cipher, se controla — reclamou, impaciente, Gideão. Pode parecer engraçado, mas ele estava me ajudando a estudar para essa prova maldita. O projétil de anão é esperto pra caramba — Vai dar tudo certo, você consegue.

—Eu não consigo nem o amor da minha abobrinha linda, quem dirá uma nota boa em Poções! Isso está fora de cogitação; é melhor eu desistir mesmo, porque se não der certo vou poder dizer que nem tentei.

—Para com isso, cabeça de caroço de abacate. Se pensar tão negativamente assim, é capaz de ficar até mesmo calvo — e com essa afirmação só trato de me deprimir mais. Calvo! Em nome das plicas de Merlin, que isso não seja verdade, amo tanto meu cabelo.

—Desse jeito você só tá me motivando a desistir não só do meu quinto ano, do meu amor e da minha dignidade, mas da minha vida de bruxo inteira! Talvez fosse melhor eu viver uma vida de trouxa mesmo, lá pelo menos existe os animes — ponderei seriamente, circulando com os dedos o nome de uma poção. “Amortentia”, meus olhos leram quase que inconscientemente. Um lampejo de memória faiscou na minha cabeça e de repente senti como se esse nome fosse a solução de tudo. Levantei-me rapidamente e devorei as informações sobre a poção.

“A Amortentia é a poção do amor mais poderosa que existe, ela pode ser facilmente identificada pelo brilho perolado, pela fumaça que solta (que sobe em espirais características) e pelo seu cheiro que varia de pessoa pra pessoa de acordo com o que mais a atrai. Segundo Horácio Slughorn é a poção mais perigosa que existe, porque pode levar a pessoa que a bebeu a fazer loucuras pela paixão obsessiva."

—Gideão… — chamei o garoto, que me olhava de forma esquisita — Acho que eu encontrei.

 

 

A aula de Herbologia é a próxima na minha grade de horários e será dividida com os alunos da Corvinal. Lazy Susan, a professora da matéria, é também diretora da Lufa-Lufa e uma senhora muito agradável, embora a maioria a considere como estranha. Há boatos de que o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas tenha um penhasco por ela, mas aparentemente ela nunca se demonstrou interessada.

Mas o que importa mesmo é que é uma das raras oportunidades em que posso estar em um ambiente a menos de 18 metros do amor da minha vida, e também que hoje tenho o objetivo de conseguir mais um ingrediente para a minha amada poção. Os componentes necessários para a Amortentia são variantes, assim como o modo de preparo. Para um resultado mais potente e eficaz, é preciso que o bruxo deixe um “toque especial” que marque sua personalidade e a do alvo a qual se direciona. Neste caso, como um amante de tudo relacionado à natureza, escolhi que como ingrediente especial usarei alguma planta de meu apreço, agora qual é a questão. Até pensei em colocar a essência do meu perfume, que consegui pedindo para minha mãe mandar por coruja, mas acho que cairia melhor algo mais natural.

Abútua com certeza é um ingrediente essencial para potencializar o efeito de minha poção, mas entre as flores, não sei qual escolho entre crisântemos e azáleas, ambas flores que eu aprecio muito.

Bom, mas não é como se hoje eu conseguisse me preocupar com isso, afinal quando chegarmos na estufa já não estarei mais em Hogwarts -e sim babando pela beleza do meu amor.

Honestamente, esse garoto é tão bonito que nem parece real. Os olhos são tão grandes e tão escuros que eu sinto como se fossem me digerir -parece até um senpai de anime. Me pergunto se ele também se interessa pelos entretenimentos dos trouxas, mas acho que talvez não faça seu estilo -visto que ele nem cursa Estudo dos Trouxas, como eu. Mas essa não é a questão, afinal ele é perfeito de qualquer forma.

Por falar na perfeição, lá vem o meu cremoso. Está conversando quase aos sussurros com Pacifica, a garota loira e pálida, que está sempre com cara de doente. Os dois riem e eu, como bom escorpiano que sou, quase engulo meu próprio veneno de ciúmes -fico me perguntando se alguém foi capaz de me ouvir sibilando. Queria estar ali, afinal meu loiro é muito mais bonito que o dessa oxigenada. Talvez eu seja um pouco agressivo.

Lazy Susan entra na estufa com seu longo vestido magenta e carregando o livro encourado do quarto ano. Sua postura retilínea, porém natural, exala uma tranquilidade incomum no meu coração -talvez identificação, ou talvez seja só um sentimento natural que a rodeia; uma associação inconsciente a uma doce avó.

—Muito bem, alunos. Boa tarde. Sabem que estamos nos aproximando dos exames e acho bom já estarem preparados. Terminaremos hoje o último conteúdo do ano letivo, sobre Envenenamentos Complexos do Grau Sete, cujo efeito é instantâneo e mortal para qualquer bruxo. Alguém poderia me dar um exemplo? — pergunta, e prontamente Northwest levanta as mãos.

—Boca-de-Guincho — responde, com uma carinha de naja, soando como um guizalho (ou é a minha imaginação pregando peças em mim de tanto ódio que tenho dessa garota). Não ia nem ligar se um Visgo-do-Diabo agarrasse ela até sua alminha sair feliz e saltitante desse corpo de Regina George.

—Certamente, Pacifica. Mas assim como é uma planta perigosíssima, também nos fornece benefícios dos quais podemos usufruir. Abram seus livros no último capítulo.

Olho de canto de olho para Mason e a Northwest, e os dois cochicham entre si parecendo muito envolvidos numa conversa de interesse mútuo, o que me causa um pouco de dor no coração e sinto toda a minha motivação descer ralo abaixo. O sarcasmo é a minha salvação dessa tristeza que é coexistir nesse mundo com Pines e não poder beijar essa boca linda, mas às vezes até ele me deixa na mão.

 

 

O final de semana chegou e, junto de Will e Mabel, vim visitar Hogsmead. O tempo está ameno, a temperatura está até agradável e não há mais neve nem chuva. A grama verde ao redor do vilarejo voltara, assim como as árvores tornaram a se encorpar. O primeiro lugar ao qual vou é uma pequena Farmácia, onde um magricela vendedor me atende.

—Olá, jovem rapaz. O que gostaria? — leio em seu crachá, seu nome é Tyler Cutebiker. Não querendo ser maldoso nem nada, mas já sendo, esse cara é estranho. Tem o queixo bem redondo, bochechas enormes e um corpo ainda mais magro que o meu. Além desse bigode estranho, como se fosse do Mario, e esses cílios enormes. Definitivamente um sujeito peculiar.

—Bom dia, senhor Cutebiker. Gostaria de saber quais são as flores não-mágicas que o senhor teria para me oferecer — peço, com a maior polidez que já me ensinaram (e que eu me recuso a usar com pessoas que não a merecem).

—Oh, sim, siga-me. Para sua sorte, a primavera trouxe com ela belas flores, algumas um tanto exóticas — comenta, enquanto me leva a um compartimento nos fundos da loja. A umidade dentro da apertada estufa incomoda-me um pouco — Aqui está.

—O senhor por acaso não teria azáleas?

—Por acaso, tenho sim, rapaz. Flores híbridas têm se tornado muito procuradas aqui pela Grã-Bretanha, e de fato azálea é um belo exemplar. Porém, por ser uma flor de caule curto e não muito comum em climas de frio tão intenso, só a terei em pétalas secas. Serve-lhe?

—Claro, senhor. Agradeço.

—Então, venha. Pegarei para você — voltamos para a parte de ingredientes e o senhor esguio alcançou uma caixinha feita de papel reciclado com pétalas de um rosa blasé. Pago 7 Nuques.

—Obrigado, senhor — agradeço com um pequeno balançar de cabeça.

—Eu que agradeço, jovem. Volte sempre — despede-se com sua voz fina e me retiro, contente.

Então, finalmente está tudo pronto. Se tudo der certo, terminarei o ano letivo com Dipper nos meus pés.

Ingredientes para uma Amortentia de sucesso: amor, carinho e um pouco de Felix Felicis. Mais cinco pontos para Bill e sua incrível genialidade.

 

. • ♡ • .


Notas Finais


🌟 FOI ISSO GENTE, n me matem
O que acharam? Muito lento? Bom, as coisas começam a acelerar a partir desse capítulo
Digam o que pensam meus pessegozinhos <3 a tia ama vcs (embora não pareça)
Perdoa os vacilo e não desiste de mim

Quem quiser, pode me perseguir no Twitter, @pessego_madura, pode cobrar capítulo lá, perguntar sobre a fic, sobre mim, ou só puxar papo; ENFIM, é isto
<3
🌟


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