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História Amostra Humana. - Prólogo.


Escrita por: Korrah

Notas do Autor


Olá.
Escrevi essa fanfic há um tempo, e só agora resolvi postá-lá.
Primeiramente uma leve introdução da história.
Espero que vcs gostem tanto quanto eu gostei de escrever :D

Capítulo 1 - Prólogo.



 

    Ajustou um parafuso aqui e ali e pronto! Sua mais nova invenção estava terminada. Acionou os comandos básicos que ela mesma havia desenhado e apertou o botão principal do pequeno controle. O robô acendeu seu visor e se postou de pé. Ela sorriu e pulou de alegria. Finalmente havia dado certo! O robô, que era quase do tamanho de um gato e de forma redonda fazia o que fora programado.
- Gill! Gill! Gill! - Dizia sem parar.
    Ela riu. Não sabia ao certo porque o programara apenas pra dizer aquilo, na hora pareceu engraçado. Mas o que ela mais queria no momento era mostrar seu novo robô a seu pai. Ele simplesmente adorava quando ela aparecia com uma bugiganga nova. E sem demoras a menininha  pegou seu novo trabalho e correu até a produção da empresa.
    A mansão deles era praticamente do lado da fábrica, tudo o que fez foi cruzar o longo quintal e passar pelos fundos. Os seguranças, criados e operários já estavam tão acostumados com a correria da garota até ali que a deixavam passar sem problemas. Ela subiu alguns andares, aquela hora seu pai provavelmente estaria vendo as produções das novas cápsulas que estava desenvolvendo, algo que era particularmente incrível e quase impossível! Se tratava de uma cápsula que era capaz de guardar qualquer coisa. Aquilo com certeza seria uma revolução para a humanidade...
    E ela adivinhara! O pai estava observando do alto os operários trabalhando com um sorriso satisfatório no rosto.
    Ela subiu uma pequena escadaria e correu até o pai.
- Papai, papai! - Gritou contente, chamando a atenção dele.
- Olá querida.
    Ela o abraçou e ele fez o mesmo, sorrindo.
- Eu tenho uma invenção nova!- disse sem delongas.
- Ah é? O que será dessa vez?
- Veja.
    Ela mostrou seu robô ao velho e explicou como ele funcionava e disse quais materiais havia usada para concluí-lo.
- Gill! Gill!
    Eles se entreolharam e deram risadas. O velho se levantou de novo e acendeu um cigarro, ainda sorrindo.
- Quando você crescer vai ser uma grande cientista. Como o seu pai.
    Ela sorriu e acenou afirmativa.
- É o que eu mais quero.
    Sim, era verdade. E aquela garota tinha tudo para se tornar uma cientista. Curiosidade, força de vontade, criatividade... Aprendia tudo que tinha vontade, e apesar da pouca idade ela já era um pequeno gênio.
-Como já sabe, um dia tudo isso será seu. - o velho tragou seu cigarro.
    Os olhos da garotinha, azuis, rolaram por toda a extensão da fábrica, encantados. Vários operários montavam peças, outros já operavam máquinas de grande porte. Ela adorava aquele lugar. Talvez no mundo não existisse nada que a agradava mais que aquela corporação.
- Mal posso esperar! - falou animada.
- Também estou ansioso filha.
    E bagunçou seus cabelos, tão azuis quanto os olhos. Um sorriso largo cresceu em sua face. Logo o pai e a filha voltaram os olhares de volta a produção.

    

      Seus olhos abriram rápidos, fazendo as pupilas dilatarem. Se sobressaltou assustada e se ergueu bruscamente, o que a fez retrair-se de dor. Soltou um leve gemido.
    Todo o seu abdômen doía, e sua cabeça latejava dando a sensação de que ia explodir a qualquer momento. Levou a mão sobre a testa atordoada e sentiu algo líquido.
    Sangue. Saía de um corte próximo ao couro cabeludo não muito profundo, mas suficiente para lhe deixar sem noção de qualquer acontecimento. Talvez tivesse levado uma pancada muito forte e desmaiado? Aquilo não fazia sentido...
    Por que raios ela se encontrava no meio de uma avenida? Suja, ferida e maltrapilha? Então percebeu a fuligem caindo do céu.  Prestou um pouco mais de atenção no cenário a seu redor e finalmente se deu conta de que a situação era mais grave do que pensava. Tudo estava destruído e em ruínas.
    Arregalou os olhos. Alguns lugares estavam até em chamas! A prova de que o que quer que tivesse acontecido era recente... A fumaça e a poeira dos destroços impossibilitava qualquer visão de longo alcance.
    Engoliu em seco com o coração palpitando. Havia tido uma guerra? Um desastre natural?
    Ela tentou se erguer, mas a dor abdominal era tão intensa que ela mal conseguia se colocar de pé. Com dificuldades a garota se arrastou até algo que parecia ter sido um prédio e se ergueu apoiada. De pouco em pouco ela ia se deslocando até o centro da cidade. Apesar das memórias confusas, pequenos flashes surgiam em sua mente. Ela sabia que na cidade sempre haviam pessoas, então quem sabe não encontraria um sinal de vida por lá?
    Mas quanto mais se aproximava da rua principal mais destruição encontrava. Hidrantes vazando água, ruas todas emburacadas... E então se deparou com um tanque de guerra. Pelo visto o exercito havia agido... e falhado. Ele estava em pedaços. Mesmo com sua mente a mandando procurar abrigo e refúgio sua curiosidade falava mais alto. Ela seguiu seu caminho mesmo assim.
    Talvez ela realmente devesse ter procurado um refúgio. Tudo o que encontrou foi uma verdadeira chacina.
    Haviam poças de sangue e cadáveres por todos os lados. Destroçados, partidos... Todos nos piores estados. Ela não acreditou no que via... O que havia acontecido?!
    Quando seu desespero não podia ser maior deparou-se com o corpo de uma criança. Tão machucado que seu rosto se tornara irreconhecível. Tapou sua boca tremendo. As lágrimas escorriam pelas bochechas sem cessar. Que tipo de ser teria tamanha crueldade de fazer aquilo com tantas pessoas inocentes?
    Em meio a seus soluços nada baixos, ela ouviu algo. Olhou assustada para a direção do barulho e viu um homem. Ele se arrastava suplicando em meio ás dores, com as duas pernas quebradas além do corpo todo ferido. Ergueu um braço na direção da moça:

- Me ajude... Por favor. - Falava fraco.

    Antes que a garota pudesse fazer qualquer coisa, repentinamente uma calda envolveu o pescoço do homem e o puxou, o erguendo. A respiração da garota falhou.
    O ser que pegara o homem não era um humano. Muito menos uma máquina... Era algo que  ela nunca havia visto. A tremedeira e o desespero voltaram imediatamente.
    Aquela criatura, extremamente pálida, se sustentava sobre as duas pernas e sua postura era ereta. Sua pele parecia ser escamosa, como a de um réptil, e em alguns lugares, como em pontos vitais aparentava ser mais resistente... Além daquilo ainda havia a calda, quase do tamanho do corpo. Com a facilidade que ela erguia o homem ela pensou que fosse tão forte quanto um braço.
    Deu passos pra trás, assistindo a cena apavorada.
    A criatura olhava o homem com certo desprezo, até entediada, e o homem, tentava se soltar inutilmente.

- Não me mate! - Implorou – Se você me poupar minha vida é sua!

    Um sorriso quase sádico brotou na face do monstro. Ele aproximou o homem perto de si.

- Mas a sua vida não vale nada. - Disse friamente.

    Sem que o homem pudesse ter  uma reação com a frase, a calda do monstro se contorceu num giro muito veloz, dilacerando o pescoço do pobre homem, deixando a cabeça segurada  pela calda e o corpo no chão.   
    A garota entrou em estado de choque, aterrorizada. Aquela fora a cena mais horrível que vira em sua vida. E finalmente a criatura notou a presença dela.
    Jogou a cabeça no chão e abaixou sua calda, a olhando mortalmente. Sua calda branca agora era carmesim, e se movimentava como uma cobra pronta para dar o bote. O folego da moça lhe faltou. Queria sair correndo, mas seu corpo não correspondia a seus pensamentos. Estava paralisada.
    Estavam apenas os dois ali, naquele lugar agora inóspito. Ela já se imaginava no chão, morta como os outros. O terror dela só parecia satisfazer cada vez mais o ser... Seu fim chegaria logo, logo. As mãos dela se tornavam frias, com sua pressão caindo consideravelmente. Torcia para que ele fosse rápido.
     E quando o monstro deu um passo em sua direção uma buzina forte soou, ressoando por todas as direções.
    O ser rolou os olhos, e voltou a sua posição inicial pegando o corpo do homem que havia acabado de matar e colocando nas costas. Antes de de retirar ainda olhou para a moça enojado.
    Assim que ela o perdeu de vista caiu inconsciente no chão.
    Mas antes de apagar completamente jurou ter visto uma silhueta se aproximando.


Notas Finais


Obrigada pela leitura, e até o próximo o/


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