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História O Som Do Nosso Amor - J I K O O K - 14. Confissões


Escrita por: HopeLover__

Capítulo 14 - 14. Confissões


Estávamos encerrando o ensaio, ofegantes, suados e cansados. Todos seguimos para o banho.

Em seguida fizemos nosso jantar e nos sentamos a mesa para comer e jogar conversa fora, até bebemos um pouco e falamos sobre como estávamos animados com a folga que teríamos nas próximas semanas, quero dizer, eu não vinha falando com minha família direito, eu iria viajar sozinho na última semana de folga, ainda não sabia se deveria ir até a casa dos meus pais, eles não estavam mesmo falando comigo.

Após jantarmos, Namjoon e eu ficamos responsáveis pela organização da cozinha, pois os outros iriam fazer suas malas, alguns como Jimin e Taehyung já iriam embora.

─ O que vai fazer Kook? ─ Namjoon perguntou, enquanto enxaguava um dos pratos.

─ Amanhã e a semana que vem, vou ficar por aqui. Eu poderia ir para o meu apartamento, mas eu não quero ficar sozinho lá... e na outra semana eu vou viajar pra Jeju.

─ Não vai ver seus pais? ─ perguntou o mais velho.

Neguei.

─ Eles não querem me ver. ─ falei triste.

Namjoon abriu um sorriso triste e enxaguou o último prato.

─ Bem, eu posso atrasar um dia para ver minha família. ─ olhei para ele. ─ Quer fazer alguma coisa comigo amanhã? ─ perguntou.

Sorri e me aproximei.

─ O que tem em mente?

 ─ Quer ver a troca de guarda no Palácio Gyeongbokgun? ─ Namjoon propôs?

─ Sim! Que horas vamos? ─ me animei.

Namjoon abriu um belíssimo sorriso, revelando suas covinhas bem desenhadas em cada uma de suas bochechas.

─ Vamos pela manhã, tomamos café em algum lugar legal, vemos a troca, almoçamos juntos e depois vemos o que mais podemos fazer. ─ pegou o celular e começou a digitar algo. ─ Pode ser?

Assenti, sorrindo animado.

Jimin, Tae e Hoseok foram até a gente para se despedir.

─ Nos vemos logo! Eu vou ligar todos os dias, por isso, atendam. ─ Avisou Hobi.

─ Você e o Yoon não vão ficar juntos? ─ me atrevi a perguntar.

Hoseok perdeu um pouco a compostura e pareceu ficar com a pele ainda mais branca do que já é.

─ N-nós ficamos juntos todos os dias, não m-marcamos nada juntos agora.

RM franziu o cenho e encarou Hoseok.

─ Por quê ficou nervoso?

─ Não fiquei nervoso! ─ Respondeu com os olhos arregalados. ─ Querem saber? Eu tô indo embora, vejo vocês logo, família. Amo vocês, tchau. Jungkook! ─ me chamou, quando estava perto da porta.

─ Sim, hyung?

─ Vá para a cama cedo, coma direito e não exagere nos doces, estou de olho.

Fiz bico.

─ Tá bom, mamãe.

Ele me olhou com uma careta fingindo estar com raiva e se foi sorrindo.

V foi até o RM e o abraçou, ficou por longos minutos abraçado ao mais alto.

─ Eu vou ter saudades de vocês. ─ Disse com a voz triste.

Namjoon sacudiu a cabeça, rindo, todo abobalhado.

─ Também vou. Mas logo vamos estar juntos de novo. Divirta-se e descanse! Ok? ─ Pediu, acariciando as costas de Tae.

─ Sim... Eu vou te ligar lá de Paris, para você ver como é meu quarto e vou gravar vlogs, para vocês verem como é a cidade. ─ Prometeu.

─ Que ótimo Tete. Vamos amar ver como vai a sua viagem. Tomara que um dia possamos ir todos juntos. ─ Disse Namjoon.

Tae assentiu, ainda sem se soltar do abraço de Namjoon. Ele é um bebê, que quer carinho e atenção, é bem evidente para nós, que ele realmente nos ama e é claro que também amamos ele, esses seis caras são meus melhores amigos.

Jimin me abraçou também, me lembrei que ele estaria longe de novo, por tempo de mais, comecei a sentir um apertinho no peito, já começava a sentir saudades dele.

─ Fica bem, não faça nenhuma loucura e se alimente direito. ─ Jimin pediu. ─ É sério, se você se comportar mal, vai se ver comigo quando eu voltar. ─ Mudou seu semblante para um autoritário.

─ Tá bom, Jimin-ssi.

Ele sorriu, deixando seus olhos praticamente fechados, será que alguém já disse pra ele, que quando ele sorri assim, deixa o mundo inteiro em uma situação difícil? Pois essa é uma das imagens mais lindas do mundo, esse sorriso do Park é a minha imagem favorita, nada nunca será mais bonito do que isso.

─ Jimin-ssi. ─ Ele repetiu.

Logo, Jin se juntou a nós na cozinha, para se despedir dos meninos. Não demorou até saírem, Taehyung deu uma carona para Jimin até sua casa, pois o mesmo não gosta de dirigir à noite.

Suga estava no sofá, trocando mensagens com alguém, passei por ele, desejando boa noite.

─ Quer dormir no nosso quarto hoje? ─ perguntou. ─ Fiz que não. ─ Sério? Vai dormir sozinho?

─ Eu não sou um bebê. ─ respondi.

Ele sorriu, com seu sorriso gengival.

─ É claro que você é um bebê! Aiai, crianças sempre querendo ser adultas.

─ Para de provocar ele, Yoongi! ─ disse Namjoon. ─ Ele já é grandinho, não tem medo de dormir sozinho.

Jin soltou uma gargalhada escandalosa, enquanto eu mantinha uma feição de reprovação no rosto.

─ Querem apostar que no meio da madrugada ele vai para o nosso quarto?

Os três riram e eu saí da vista deles, irritado. Ouvi RM me chamar, mas ignorei.

Escovei meus dentes, pus um pijama e me deitei, fechando os olhos, procurando dormir rápido. Mas aí abri novamente meus olhos e peguei meu celular, coloquei para despertar às 05h da manhã, eles vão adorar a hora que eu vou acordar eles, sorrindo, rapidamente adormeci.

Às 05h, quando o celular despertou, eu quis ignorar, mas me concentrei e me levantei, indo até o quarto dos três.

Abri a porta, estavam dormindo como anjinhos, sorri.

Fui até a cama do Yoongi e me joguei em cima dele.

─ Acorda, hyung. Eu estou com medo! ─ Sacudi ele.

Ele resmungou e Namjoon acendeu a luz com uma careta no rosto, me viu sorrindo e revirou os olhos.

─ Eu te dou três segundos pra sair de cima de mim, Jungkook. Ou eu vou te matar! ─ Ralhou Yoongi.

Namjoon apagou a luz e se deitou outra vez.

─ Yoongi, acorda! Eu estou entediado.

─ Um de vocês tira essa criatura daqui, ou eu vou bater nele! ─ Yoongi gritou.

─ Vem cá, Jungkook. ─ Jin chamou. ─ Deita comigo, me dá mais cinco minutinhos e eu vou fazer nosso café.

─ Não. Eu não quero mais cinco minutos. ─ Continuei deitado em cima do Yoongi. 

Namjoon levou seu braço em minha direção.

─ Vem. Vamos dormir mais um pouquinho. Pode deitar comigo.

─ Não quero dormir. ─ respondi. Mas ele continuou com o braço estendido.

─ Vem, só deita aqui e deixa seus hyungs dormirem mais uns minutinhos. Seja bonzinho. ─ Pediu.

Então fui até sua cama e me deitei ao seu lado, é inevitável não obedecer Namjoon. Ele passou um braço e uma perna por cima do meu corpo.

─ Não quero dormir. ─ resmunguei e ele fez "shhhh" então fiquei calado.

Minutos depois, Jungkook pegou no sono, Namjoon se levantou um pouquinho para conseguir ver o rosto do rapaz e soltou uma risadinha.

─ Dormiu? ─ Jin perguntou.

─ Sim, dormiu. ─ Namjoon respondeu.

─ Rum! Eu disse que ele é um bebê. ─ Yoongi disse se virando para o outro lado.

─ Yoongi, você vai viajar? ─ Jin, perguntou.

─ Vou encontrar o Hoseok na Tailândia.

─ Vocês querem acordar o Jungkook pra ele pular em cima da gente outra vez? ─ Namjoon chamou a atenção dos rapazes, que trataram de fazer silêncio e voltar a dormir.

Os três dormiram até quase 09h da manhã.

Optaram por tomar café juntos, pois ficariam alguns dias sem se ver, ao terminarem o café, seguiram seus rumos, o pai de Seok Jin foi o buscar e Yoongi se foi em seu carro.

Namjoon e Jungkook foram até o Palácio Gyeongbokgun, após alguns minutos de conversa, puderam ver a troca de guarda.

Almoçaram juntos em um bom restaurante, fizeram compras, voltaram até a casa da empresa e jogaram vídeo game por algumas horas.

Narradora off. (Adeus! Adeus!)

Jungkook on:

À noite pedimos pizza e as onze fomos para a cama, dessa vez dormi no quarto com Namjoon, no dia seguinte, logo pela manhã nos despedimos e ele também foi embora.

Foi divertido passar um tempo com ele, Namjoon é uma pessoa muito boa de conviver.

Passei metade do dia, decidindo que roupas levar na minha viagem na semana que vem, até que ouvi batidas na minha porta, o que era estranho, já que os meninos não estão e os staff's nem ligam pra minha existência.

─ Quem é? ─ perguntei com o cenho franzido.

─ Sou eu, filho. ─ reconheci a voz do meu pai, do outro lado da porta.

Respirei fundo, não sabia o que esperar dessa ilustre visita, o que ele poderia querer? Colocar novas amarras para voltar a me controlar como sempre?

Não vou permitir!

─ Entra. ─ respondi simplório, me levantando da cama e indo em direção ao armário.

Ouvi o ranger da porta, indicando que ele havia entrado no quarto.

─ Você não ia mesmo avisar que teve pausa em suas atividades? ─ Meu pai quis saber.

Me virei em sua direção, ainda sério.

─ Se eu tivesse dito, você se lembraria? Se lembraria que eu poderia passar um tempo em casa? Da última vez, vocês viajaram e me deixaram para trás. Não vi necessidade de avisar, não queria me iludir em poder ir para lá. ─ voltei a minha atenção para o armário, tirando alguns dos meus casacos favoritos.

Meu pai não disse nada, não o olhei e ficamos em silêncio.

─ Não sabia que dentro desse seu coraçãozinho tão puro, cabia tanto rancor. A quem você puxou?

─ É uma pergunta retórica? ─ questionei.

─ É. ─ Ele respondeu. ─ Não vai dar um abraço no seu pai, bebê?

Queria muito, porém ainda sentia mágoa pelas coisas que aconteceram, queria entender o porquê deles me esquecerem, de não me aceitarem do jeito que eu sou.

─ Você não pode me abraçar. ─ dessa vez encarei seu rosto. ─ Já pensou se eu sou gay? Que absurdo você abraçar um gay.

Vi seus olhos se encheram de lágrimas.

─ Ainda está chateado com isso? Jungkook! Eu não... não tenho preconceito! Sei que não é gay, você tinha uma namoradinha, então... mas se você fosse, ou Jaehyun, nada mudaria, eu continuaria te amando, ainda seriam meus filhos.

─ Seus pacientes nunca mais pisariam no seu consultório!

─ Jungkook, chega! ─ Foi firme. ─ Chega desse assunto, faça sua mala e vamos para casa, sua mãe vai fazer sua comida favorita, vamos passar uns dias juntos. Vamos? ─ Pediu.

Fiz uma careta, pensando em como seria estranho, mentalizando que de forma alguma, eu deixaria eles decidirem sobre mim, não vou aceitar nunca mais que meus pais se metam na minha vida.

Quando abri a boca para lhe dar uma resposta, a porta do dormitório mais uma vez foi aberta e passando por ela, uma figura alegre de cabelos rosados, era Jimin.

Meu pai se voltou ao menor que vacilou um pouco o sorriso ao encontrar o olhar do mais velho.

─ Senhor, Jeon. ─ Jimin se curvou.

Meu pai o olhou de cima a baixo, o que me deixou extremamente irritado, agora conseguia ver com clareza, como meus pais eram, se passavam por pessoas legais, mas julgavam sem limites as pessoas, sem ao menos conhece-las.

─ Achei que todos tinham ido embora. ─ Se voltou a mim, ignorando a presença de Jimin, que abaixou a cabeça, deixando claro seu constrangimento.

Fui até Park, com um sorriso nos lábios, tirei sua franja de seus olhos.

─ Por quê voltou, amor? Esqueceu alguma coisa? ─ perguntei.

─ A-amor? ─ Jimin gaguejou me olhando com um misto de confusão e surpresa.

─ Amor? QUE PALHAÇADA É ESSA? ─ O mais velho gritou, perdendo a compostura.

Olhei em seus olhos, tranquilamente, pensando nas palavras certas para usar naquele momento.

─ Pai, você disse que não mudaria nada, então por que está gritando?

─ FALAR É UMA COISA, ACEITAR É OUTRA! ─ continuou.

Fez o maior discurso homofobico que eu já ouvi na vida, tentando não ser homofobico, querendo encubrir seu preconceito, fazendo com que eu acreditasse que o problema estava em mim, mas apenas ouvi e deixei sair pelo outro ouvido.

─ Não estou com o Jimin e nem com ninguém. ─ falei por fim, vendo seu rosto começar a ficar mais sereno. ─ Mas em um futuro, eu ainda quero que Jimin seja meu namorado.

Foi a gota d'água.

Ele avançou em minha direção e naquele momento eu achei que ele me bateria, pela primeira vez na vida, até chegou a levantar sua mão.

Pisquei várias vezes, com meu coração batendo tão forte que poderia sair para fora do peito, Jimin agarrou meu pulso e meu pai parou sua mão no ar e me olhou nos olhos.

─ Porra! ─ xingou e saiu do dormitório, batendo a porta com força.

Soltei o ar pela boca, me concentrei e mentalizei que não choraria, não há motivos para chorar, eu acabei de confirmar como meu pai é, ele sempre se escondeu por trás de uma máscara.

Sempre o vi como meu herói, achei que fosse um homem perfeito e bom, é doloroso saber que ele não é como eu imaginei a vida toda, mas é importante conhecer o lado verdadeiro, para saber que não devo me basear somente no que as pessoas demonstram.

─ Você está bem? ─ Jimin perguntou.

─ Estou. ─ me sentei na cama de Tae, Jimin se sentou ao meu lado e se agarrou ao meu braço.

─ Você... Por quê disse essas coisas pro seu pai? Sobre mim? Sobre sermos namorados no futuro? Não devia brincar assim.

Levei meus olhos até os de Jimin, ele também me encarou, voltei a levar minha mão até seus fios rosados, passando eles carinhosamente para trás de sua orelha.

─ Não é uma brincadeira, Jimin. ─ deslizei minha palma por sua bochecha até chegar em seu queixo. ─ Quero que um dia, você aceite ser meu namorado...

─ Jungkook... ─ Jimin me cortou, desviando o olhar.

─ Eu gosto de você. ─ revelei.

─ Você está confuso. ─ vi seus olhinhos brilharem.

Fiz que não e aproximei meu rosto do seu.

─ Eu gosto muito de você, desde a primeira vez, sinto coisas que não entendo, mas queria poder grudar em você e não soltar mais. ─ encostei nossos narizes. ─ Eu... Você não sente nada por mim?

Sem responder, Jimin uniu nossos lábios, levei minhas mãos até sua nuca tentando o trazer ainda mais para mim, seus braços envolveram meu corpo, senti suas mãos explorarem meu corpo, por cima do tecido de minha roupa.

Minha língua adentrou sua boca e ele a chupou, me fazendo arfar.

Ele afastou o beijo e sorriu de leve.

Ficamos com as testas coladas e em silêncio por algum tempo.

─ Eu voltei, porque eu queria perguntar se podia ir viajar com você, não pensei que me beijaria.

─ Foi você que me beijou.

─ Não gostou? ─ perguntou.

─ Não. ─ respondi. ─ Eu amei.

Vi Park abrir um sorriso e em seguida me abraçou.

Ficamos a tarde toda discutindo sobre nossos sentimentos e trocando carícias.

Nunca imaginei que teria coragem de dizer a ele um dia, que gosto dele, mas finalmente consegui. Quis saber qual seria a reação de meu pai e também quis fazer uma declaração ao garoto que eu gosto.

Enfim, consegui fazer as duas coisas e estou muito satisfeito, sei que meus pais não vão me aceitar, mas sinto que Jimin também gosta de mim, do jeito que eu gosto dele.

Espero que algum dia, meu pai não se oponha às minhas escolhas e se ele for mesmo se opor, que eu não ligue para isso. 


Notas Finais


Que gays! Eu amo.


Obrigada por ler. 💜


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